As cultivares BRS 7881IPRO e BRS 8383IPRO foram apresentadas pelo pesquisador André Ferreira, da Embrapa Cerrados (DF), durante o Dia de Campo da Competição de Cultivares de Soja da AgroBrasília 2025. Promovido pela Cooperativa Agropecuária da Região do Distrito Federal (Coopa-DF) na última sexta-feira (7) no PAD-DF, Distrito Federal, o evento contou com mais de 630 produtores, técnicos e estudantes, que conheceram 57 variedades transgênicas desenvolvidas por 13 empresas. Os materiais apresentados são adaptados às condições do Planalto Central e utilizam as biotecnologias IPRO, i2X ou Conkesta E3. O resultado da competição será divulgado no dia 30 de abril e as cultivares vencedoras serão expostas na AgroBrasília, feira de tecnologias agropecuárias que será realizada de 20 a 24 de maio deste ano. Para o presidente da Coopa-DF, José Guilherme Brenner, o Dia de Campo é uma forma de levar informação ao agricultor sobre o ciclo da soja, suas características específicas e, posteriormente, a produtividade. “O produtor pode escolher o material mais adequado. Isso dá segurança e capacidade de superar desafios. Ele tem que ter muita resiliência, porque nem sempre o mais importante é o material que produziu mais, mas sim aquele que atende às suas necessidades”, afirmou. A Embrapa Cerrados tem desenvolvido cultivares de soja para a região do Cerrado Central em parceria com a Fundação Cerrados desde a década de 1990. Ilson Alves, diretor-técnico da fundação, explicou que a entidade foi criada por produtores de sementes de soja para auxiliar financeiramente a Embrapa no desenvolvimento de novas cultivares. “Como compensação, os produtores de sementes associados têm direito de exclusividade na multiplicação e comercialização das sementes dessas cultivares durante o período determinado em contrato. Após esse período, as cultivares podem ser exploradas por qualquer produtor de sementes”, disse. Lançada na AgroBrasília em 2024, a cultivar BRS 7881IPRO apresenta, além de elevado potencial produtividade e da tolerância às principais doenças da soja, a resistência ao nematoide de galhas Meloidogyne javanica e ao nematoide do cisto (Heterodera glycines) raças 3 e 14. O grupo de maturação é 7.8 e ciclo varia de 116 a 127 dias conforme a região de adaptação – a variedade é recomendada para as regiões sojícolas do Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais e do Oeste da Bahia. “É um material com arquitetura bem arejada, que aceita elevada população de plantas por hectare (cerca de 200 a 240 mil/ha) sem acamar. Mesmo em locais de altitudes mais baixas ou em regiões de maiores altitudes, será bem posicionado, e aqui não foi diferente. Nos nossos experimentos, alcançou mais de 80 sc/ha com certa tranquilidade”, comentou o pesquisador André Ferreira. Já a cultivar BRS 8383IPRO tem ciclo de 120 a 134 dias e grupo de maturação 8.3, o mais plantado no Oeste baiano. Na região do Planalto Central, tem bom posicionamento em áreas mais novas ou com cascalho, podendo ser utilizadas cerca de 200 mil plantas/ha. Apresenta como diferencial a resistência ao nematoide de galhas M. incognita. “Para quem trabalha com o algodão, cultura muito suscetível ao M. incognita, a cultivar será muito bem posicionada na rotação, reduzindo a população desse nematoide”, disse Ferreira. Outras características importantes da variedade são o elevado teto produtivo (acima de 90 sc/ha) e o sistema radicular agressivo, que favorece a absorção de água e nutrientes pelas plantas e a tornam uma opção interessante de cultivo na região do Matopiba, formada pela porção de Cerrado do Maranhão, do Tocantins, do Piauí e da Bahia, além de Mato Grosso e do Distrito Federal. O pesquisador lembrou que as duas variedades são produtos do Programa de Melhoramento Genético da Embrapa, que no momento desenvolve variedades convencionais (não-transgênicas) e transgênicas (RR, IPRO e i2X). “Buscamos produtividade e diferenciais importantes, pensando o cenário da agricultura nacional atual até o momento do lançamento da variedade que estamos desenvolvendo agora, fazendo cruzamentos de plantas. É uma estratégia construída junto com os parceiros, tentando antever cenários e ajudar o produtor a ter maior produtividade e rentabilidade ao final”, afirmou, citando a futura disponibilização de materiais tolerantes a percevejos (tecnologia Block) e tolerantes à ferrugem asiática da soja (tecnologia Shield) e avanços no melhoramento genético, como o uso das ferramentas de edição gênica. As sementes das duas cultivares estarão disponíveis para a próxima safra. Os contatos dos produtores licenciados podem ser fornecidos pela Fundação Cerrados: (61) 3387-9219 e 3387-4175.
As cultivares BRS 7881IPRO e BRS 8383IPRO foram apresentadas pelo pesquisador André Ferreira, da Embrapa Cerrados (DF), durante o Dia de Campo da Competição de Cultivares de Soja da AgroBrasília 2025. Promovido pela Cooperativa Agropecuária da Região do Distrito Federal (Coopa-DF) na última sexta-feira (7) no PAD-DF, Distrito Federal, o evento contou com mais de 630 produtores, técnicos e estudantes, que conheceram 57 variedades transgênicas desenvolvidas por 13 empresas.
Os materiais apresentados são adaptados às condições do Planalto Central e utilizam as biotecnologias IPRO, i2X ou Conkesta E3. O resultado da competição será divulgado no dia 30 de abril e as cultivares vencedoras serão expostas na AgroBrasília, feira de tecnologias agropecuárias que será realizada de 20 a 24 de maio deste ano.
Para o presidente da Coopa-DF, José Guilherme Brenner, o Dia de Campo é uma forma de levar informação ao agricultor sobre o ciclo da soja, suas características específicas e, posteriormente, a produtividade. “O produtor pode escolher o material mais adequado. Isso dá segurança e capacidade de superar desafios. Ele tem que ter muita resiliência, porque nem sempre o mais importante é o material que produziu mais, mas sim aquele que atende às suas necessidades”, afirmou.
A Embrapa Cerrados tem desenvolvido cultivares de soja para a região do Cerrado Central em parceria com a Fundação Cerrados desde a década de 1990. Ilson Alves, diretor-técnico da fundação, explicou que a entidade foi criada por produtores de sementes de soja para auxiliar financeiramente a Embrapa no desenvolvimento de novas cultivares. “Como compensação, os produtores de sementes associados têm direito de exclusividade na multiplicação e comercialização das sementes dessas cultivares durante o período determinado em contrato. Após esse período, as cultivares podem ser exploradas por qualquer produtor de sementes”, disse.
Lançada na AgroBrasília em 2024, a cultivar BRS 7881IPRO apresenta, além de elevado potencial produtividade e da tolerância às principais doenças da soja, a resistência ao nematoide de galhas Meloidogyne javanica e ao nematoide do cisto (Heterodera glycines) raças 3 e 14. O grupo de maturação é 7.8 e ciclo varia de 116 a 127 dias conforme a região de adaptação – a variedade é recomendada para as regiões sojícolas do Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais e do Oeste da Bahia.
“É um material com arquitetura bem arejada, que aceita elevada população de plantas por hectare (cerca de 200 a 240 mil/ha) sem acamar. Mesmo em locais de altitudes mais baixas ou em regiões de maiores altitudes, será bem posicionado, e aqui não foi diferente. Nos nossos experimentos, alcançou mais de 80 sc/ha com certa tranquilidade”, comentou o pesquisador André Ferreira.
Já a cultivar BRS 8383IPRO tem ciclo de 120 a 134 dias e grupo de maturação 8.3, o mais plantado no Oeste baiano. Na região do Planalto Central, tem bom posicionamento em áreas mais novas ou com cascalho, podendo ser utilizadas cerca de 200 mil plantas/ha. Apresenta como diferencial a resistência ao nematoide de galhas M. incognita. “Para quem trabalha com o algodão, cultura muito suscetível ao M. incognita, a cultivar será muito bem posicionada na rotação, reduzindo a população desse nematoide”, disse Ferreira.
Outras características importantes da variedade são o elevado teto produtivo (acima de 90 sc/ha) e o sistema radicular agressivo, que favorece a absorção de água e nutrientes pelas plantas e a tornam uma opção interessante de cultivo na região do Matopiba, formada pela porção de Cerrado do Maranhão, do Tocantins, do Piauí e da Bahia, além de Mato Grosso e do Distrito Federal.
O pesquisador lembrou que as duas variedades são produtos do Programa de Melhoramento Genético da Embrapa, que no momento desenvolve variedades convencionais (não-transgênicas) e transgênicas (RR, IPRO e i2X).
“Buscamos produtividade e diferenciais importantes, pensando o cenário da agricultura nacional atual até o momento do lançamento da variedade que estamos desenvolvendo agora, fazendo cruzamentos de plantas. É uma estratégia construída junto com os parceiros, tentando antever cenários e ajudar o produtor a ter maior produtividade e rentabilidade ao final”, afirmou, citando a futura disponibilização de materiais tolerantes a percevejos (tecnologia Block) e tolerantes à ferrugem asiática da soja (tecnologia Shield) e avanços no melhoramento genético, como o uso das ferramentas de edição gênica.
As sementes das duas cultivares estarão disponíveis para a próxima safra. Os contatos dos produtores licenciados podem ser fornecidos pela Fundação Cerrados: (61) 3387-9219 e 3387-4175.