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Parceria entre Embrapa e IBGE vai aperfeiçoar a identificação de viveiros escavados

A Embrapa Territorial e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) assinaram um acordo de cooperação técnica para aperfeiçoar a identificação de viveiros escavados, e, desta forma, aprimorar as estatísticas da aquicultura brasileira. A parceria prevê a integração dos dados espaciais do mapeamento de viveiros escavados, realizado pela Embrapa Territorial, com os de produção aquícola presentes no Censo Agropecuário. A expectativa é ampliar o percentual de validação dos tanques mapeados, aumentando a precisão do mapeamento, e subsidiar previamente os recenseadores com a localização de unidades de produção aquícola, melhorando a cobertura censitária. A partir da integração das bases de dados, serão realizadas análises para identificar unidades de produção aquícolas coincidentes. Para isso, as equipes vão comparar os polígonos de tanques escavados fornecidos pela Embrapa com as coordenadas geográficas dos estabelecimentos agropecuários, considerando as distâncias entre eles. Os polígonos que não coincidirem com os estabelecimentos serão incluídos nas listas censitárias para identificação e confirmação da presença de atividade aquícola durante a coleta do 12º Censo Agropecuário, prevista para ocorrer no próximo ano. Os municípios com tanques escavados já identificados serão compartilhados com a rede de coleta do IBGE para avaliação se estão contemplados nas estimativas da Produção Pecuária Municipal (PPM); caso contrário, serão empreendidos esforços para a sua inclusão nas estimativas anuais. “Nossa expectativa é aprimorar o planejamento do censo, a supervisão e a crítica dos dados coletados, e ampliar o uso do sensoriamento remoto nas estatísticas agropecuárias”, disse Octávio de Oliveira, coordenador de Agropecuária do IBGE. Oliveira considera que a melhoria da avaliação da cobertura de ação, com a garantia de que as unidades de interesse aquícola sejam identificadas e visitadas, é um impacto altamente positivo para a visibilidade dos dados aquícolas levantados pelo censo. Precisão dos dados Como os estudos foram desenvolvidos em um recorte temporal muito próximo – o mapeamento, de 2018, e o Censo Agropecuário, de 2017 -, espera-se que eles apresentem cenários semelhantes para retratar a expansão da atividade aquícola, o que vai contribuir para aprimorar a precisão dos viveiros escavados mapeados pela Embrapa. Lucíola Magalhães, chefe-adjunta de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Territorial, ressalta que o mapeamento adotou técnicas modernas de sensoriamento remoto, mas não pôde contar com uma validação em campo extensiva. “A validação realizada na época se baseou em dados secundários, como licenciamento ambiental e outorga de uso d’água”, disse. As estatísticas da produção aquícola no Brasil são recentes, com quase dez anos, e muitas vezes não conseguem capturar a rápida expansão da atividade. Os primeiros dados registrados no Censo Agropecuário datam de 2006. Em 2013, a atividade passou a integrar a Pesquisa Pecuária Municipal (PPM), realizada anualmente, e a contar, assim, com números anuais de volume e valor da produção. Tipificação Outra atividade prevista é a tipificação dos estabelecimentos agropecuários com produção aquícola. A equipe de geoprocessamento da Embrapa fará a caracterização destas unidades produtivas, considerando o tamanho da lâminas d’água, tamanho do imóvel rural e áreas dedicadas à vegetação nativa (dados do Cadastro Ambiental Rural), atividade aquícola desenvolvida na propriedade, além de informações censitárias, como faixa etária, sexo, nível de escolaridade do proprietário. O cruzamento dos dados da produção aquícola com os dados territoriais do CAR ajudarão a compreender o compromisso assumido por estes produtores para a preservação ambiental. “Quando cruzarmos os dados do CAR, do IBGE e do mapeamento viveiro escavado, podemos demonstrar que ali há uma propriedade que cumpre os critérios ambientais”, avalia Lucíola Magalhães. Com duração de cinco anos, o acordo assinado entre Embrapa Territorial e IBGE terá um foco inicial na aquicultura, mas poderá ser ampliado para incluir outras atividades agrícolas. Atualização dos dados A Embrapa Territorial também está atualizando o mapeamento dos viveiros escavados, em parceria com o Ministério da Pesca e Aquicultura. O primeiro estudo abrangeu 513 municípios brasileiros, resultando na identificação de mais de 78 mil hectares de viveiros escavados para produção aquícola no Brasil. Agora, serão mapeados 1.096 municípios brasileiros, considerando as maiores concentrações de produção aquícola registradas nos PPMs de 2018 e 2022, e nas lâminas d’água – uma informação recente disponibilizada pelo IBGE.

A Embrapa Territorial e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) assinaram um acordo de cooperação técnica para aperfeiçoar a identificação de viveiros escavados, e, desta forma, aprimorar as estatísticas da aquicultura brasileira. A parceria prevê a integração dos dados espaciais do mapeamento de viveiros escavados, realizado pela Embrapa Territorial, com os de produção aquícola presentes no Censo Agropecuário. A expectativa é ampliar o percentual de validação dos tanques mapeados, aumentando a precisão do mapeamento, e subsidiar previamente os recenseadores com a localização de unidades de produção aquícola, melhorando a cobertura censitária. 
 

A partir da integração das bases de dados, serão realizadas análises para identificar unidades de produção aquícolas coincidentes. Para isso, as equipes vão comparar os polígonos de tanques escavados fornecidos pela Embrapa com as coordenadas geográficas dos estabelecimentos agropecuários, considerando as distâncias entre eles. Os polígonos que não coincidirem com os estabelecimentos serão incluídos nas listas censitárias para identificação e confirmação da presença de atividade aquícola durante a coleta do 12º Censo Agropecuário, prevista para ocorrer no próximo ano. 
 

Os municípios com tanques escavados já identificados serão compartilhados com a rede de coleta do IBGE para avaliação se estão contemplados nas estimativas da Produção Pecuária Municipal (PPM); caso contrário, serão empreendidos esforços para a sua inclusão nas estimativas anuais. 
 

“Nossa expectativa é aprimorar o planejamento do censo, a supervisão e a crítica dos dados coletados, e ampliar o uso do sensoriamento remoto nas estatísticas agropecuárias”, disse Octávio de Oliveira, coordenador de Agropecuária do IBGE. Oliveira considera que a melhoria da avaliação da cobertura de ação, com a garantia de que as unidades de interesse aquícola sejam identificadas e visitadas, é um impacto altamente positivo para a visibilidade dos dados aquícolas levantados pelo censo.
 

Precisão dos dados
 

Como os estudos foram desenvolvidos em um recorte temporal muito próximo – o mapeamento, de 2018, e o Censo Agropecuário, de 2017 -, espera-se que eles apresentem cenários semelhantes para retratar a expansão da atividade aquícola, o que vai contribuir para aprimorar a precisão dos viveiros escavados mapeados pela Embrapa. Lucíola Magalhães, chefe-adjunta de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Territorial, ressalta que o mapeamento adotou técnicas modernas de sensoriamento remoto, mas não pôde contar com uma validação em campo extensiva. “A validação realizada na época se baseou em dados secundários, como licenciamento ambiental e outorga de uso d’água”, disse. 
 

As estatísticas da produção aquícola no Brasil são recentes, com quase dez anos, e muitas vezes não conseguem capturar a rápida expansão da atividade. Os primeiros dados registrados no Censo Agropecuário datam de 2006. Em 2013, a atividade passou a integrar a Pesquisa Pecuária Municipal (PPM), realizada anualmente, e a contar, assim, com números anuais de volume e valor da produção. 
 

Tipificação
 

Outra atividade prevista é a tipificação dos estabelecimentos agropecuários com produção aquícola. A equipe de geoprocessamento da Embrapa fará a caracterização destas unidades produtivas, considerando o tamanho da lâminas d’água, tamanho do imóvel rural e áreas dedicadas à vegetação nativa (dados do Cadastro Ambiental Rural), atividade aquícola desenvolvida na propriedade, além de informações censitárias, como faixa etária, sexo, nível de escolaridade do proprietário.
 

O cruzamento dos dados da produção aquícola com os dados territoriais do CAR ajudarão a compreender o compromisso assumido por estes produtores para a preservação ambiental. “Quando cruzarmos os dados do CAR, do IBGE e do mapeamento viveiro escavado, podemos demonstrar que ali há uma propriedade que cumpre os critérios ambientais”, avalia Lucíola Magalhães.
 

Com duração de cinco anos, o acordo assinado entre Embrapa Territorial e IBGE terá um foco inicial na aquicultura, mas poderá ser ampliado para incluir outras atividades agrícolas. 
 

Atualização dos dados

A Embrapa Territorial também está atualizando o mapeamento dos viveiros escavados, em parceria com o Ministério da Pesca e Aquicultura. O primeiro estudo abrangeu 513 municípios brasileiros, resultando na identificação de mais de 78 mil hectares de viveiros escavados para produção aquícola no Brasil. Agora, serão mapeados 1.096 municípios brasileiros, considerando as maiores concentrações de produção aquícola registradas nos PPMs de 2018 e 2022, e nas lâminas d’água – uma informação recente disponibilizada pelo IBGE.

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