A Embrapa participa do 2º Simpósio Brasileiro de Ensino, Pesquisa e Extensão em Tecnologia Social (II SEPETS), evento que será realizado nos dias 28 e 29 de outubro na sede da Empresa em Brasília (DF) pelo Programa de Pós-Graduação em Economia e Desenvolvimento da Universidade Federal de Santa Maria (PPGE&D-UFSM) e pela Associação Brasileira de Ensino, Pesquisa e Extensão em Tecnologia Social (ABEPETS). O simpósio busca estabelecer um espaço periódico e nacional para que os atores do campo da Tecnologia Social (TS) possam se organizar, debater e fortalecer a Tecnologia Social no País. São aguardados pesquisadores, professores, estudantes, representantes de movimentos sociais e demais interessados que atuam no campo da TS, a fim de promover a troca de experiências e à articulação entre grupos de pesquisa, instituições de ciência e tecnologia, organizações comunitárias e movimentos sociais; estimular e consolidar políticas públicas; apreciar a gestão da produção do conhecimento em TS e o fomento à pesquisa voltada à produção acadêmica; e definir estratégias para organização do ensino, pesquisa e extensão em TS como área do conhecimento com acentuada interface entre diferentes saberes além do acadêmico. A programação do II SEPETS conta com mesas, apresentações de trabalhos acadêmicos, lançamentos de livros, painéis e espaços de diálogo que vão debater os principais desafios para a TS e compartilhar experiências. As inscrições são realizadas na página oficial do evento: https://www.even3.com.br/2o-sepets/, onde também são disponibilizadas outras informações. Integrante da comissão científica do simpósio e dirigente da ABEPETS a pesquisadora Suênia de Almeida, da Embrapa Cerrados (DF), explica que a TS é uma das abordagens da pesquisa participativa trabalhadas junto a agricultores familiares e em outros setores onde hajam comunidades em condições de vulnerabilidade. “A TS está enraizada onde o povo está. Quando fazemos pesquisa com essas populações, reconhecemos os diversos saberes além do conhecimento científico, que sozinho não vai resolver todas as questões”, afirma, acrescentando que os agricultores familiares, por exemplo, são capazes de construir tecnologia e conhecimento. “E nós da Embrapa, dos institutos de pesquisa, das universidades, que temos o conhecimento científico, colaboramos para a construção desse conhecimento para modificar as realidades deles”. A pesquisadora destaca que o evento vai trazer visibilidade ao que tem sido produzido no meio acadêmico e nos movimentos sociais sobre pesquisa participativa e TS. Ela lembra que a Embrapa Cerrados tem uma longa história no tema desde o Projeto Silvânia (1987-1998), cujas pesquisas era realizadas a partir da realidade e dos problemas e desafios enfrentados pelos agricultores familiares da região do município do Sudeste goiano. Nesta edição do SEPETS, a Unidade vai apresentar a recente experiência de pesquisa participativa em pecuária leiteira familiar em Paracatu (MG) juntamente com a Cooperativa Agropecuária do Vale do Paracatu (Coopervap) em dois momentos. No dia 28, será apresentado um resumo expandido sobre os aspectos técnicos do trabalho; e no dia seguinte, durante os “Diálogos entre Experiências da tecnologia Social e Políticas Públicas”, os agricultores Elza Monteiro da Silva e Evaldo Barbosa, do assentamento Santa Rosa farão uma apresentação sobre a experiência de Paracatu no contexto do Programa Mais Leite Saudável. “A participação da Embrapa é muito importante, pois temos diversos projetos que trabalham nessa perspectiva. É uma oportunidade para dar visibilidade ao que a Unidade vem fazendo fora de seus campos experimentais e laboratórios, em contato direto com os agricultores familiares nas suas propriedades”, lembrando que o projeto em Paracatu, que vem sendo realizado há quase cinco anos, reúne uma rede de 140 agricultores familiares de 11 assentamentos e 14 comunidades tradicionais da agricultura familiar no território do Noroeste Mineiro. “Estamos muito felizes com essa oportunidade de os próprios agricultores virem trocar experiências com outros agricultores e falarem do nosso trabalho”, afirma. O trabalho da Embrapa Cerrados no Noroeste Mineiro é uma das 61 experiências e trabalhos científicos de todo o Brasil que serão apresentados durante os dois dias de programação do II SEPETS. Além da Embrapa, também apoiam o evento a Universidade de Brasília, a Fundação Banco do Brasil e os Ministérios do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS); Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA); do Trabalho e Emprego (MTE); e da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Sobre a Tecnologia Social O MCTI utiliza o conceito de Tecnologia Social (TS) como “um conjunto de técnicas, metodologias transformadoras, desenvolvidas e/ou aplicadas na interação com a população e apropriadas por ela, que representam soluções para inclusão social e melhoria das condições de vida”. Esse conceito, de acordo com o MCTI, “remete para uma proposta inovadora de desenvolvimento, considerando uma abordagem construtivista na participação coletiva do processo de organização, desenvolvimento e implementação, aliando saber popular, organização social e conhecimento técnico-científico”, sendo baseado na disseminação de soluções para problemas relacionados a renda, trabalho, educação, conhecimento, cultura, alimentação, saúde, habitação, entre outros. Tais soluções precisam ser efetivas e reaplicáveis, e devem promover a inclusão social e a melhoria da qualidade de vida das populações em situação de vulnerabilidade social. Criada em 2021 por profissionais que atuam com a abordagem da pesquisa participativa, a ABEPETS está aberta a pessoas e grupos que desenvolvam ou tenham interesse em desenvolver atividades de ensino, pesquisa e extensão no campo da TS e que entendam a necessidade de fortalecimento do campo da TS como área de estudo no âmbito da ciência, tecnologia e inovação. Assista ao vídeo ABEPETS: construindo um outro paradigma tecnológico.
A Embrapa participa do 2º Simpósio Brasileiro de Ensino, Pesquisa e Extensão em Tecnologia Social (II SEPETS), evento que será realizado nos dias 28 e 29 de outubro na sede da Empresa em Brasília (DF) pelo Programa de Pós-Graduação em Economia e Desenvolvimento da Universidade Federal de Santa Maria (PPGE&D-UFSM) e pela Associação Brasileira de Ensino, Pesquisa e Extensão em Tecnologia Social (ABEPETS). O simpósio busca estabelecer um espaço periódico e nacional para que os atores do campo da Tecnologia Social (TS) possam se organizar, debater e fortalecer a Tecnologia Social no País.
São aguardados pesquisadores, professores, estudantes, representantes de movimentos sociais e demais interessados que atuam no campo da TS, a fim de promover a troca de experiências e à articulação entre grupos de pesquisa, instituições de ciência e tecnologia, organizações comunitárias e movimentos sociais; estimular e consolidar políticas públicas; apreciar a gestão da produção do conhecimento em TS e o fomento à pesquisa voltada à produção acadêmica; e definir estratégias para organização do ensino, pesquisa e extensão em TS como área do conhecimento com acentuada interface entre diferentes saberes além do acadêmico.
A programação do II SEPETS conta com mesas, apresentações de trabalhos acadêmicos, lançamentos de livros, painéis e espaços de diálogo que vão debater os principais desafios para a TS e compartilhar experiências. As inscrições são realizadas na página oficial do evento: https://www.even3.com.br/2o-sepets/, onde também são disponibilizadas outras informações.
Integrante da comissão científica do simpósio e dirigente da ABEPETS a pesquisadora Suênia de Almeida, da Embrapa Cerrados (DF), explica que a TS é uma das abordagens da pesquisa participativa trabalhadas junto a agricultores familiares e em outros setores onde hajam comunidades em condições de vulnerabilidade. “A TS está enraizada onde o povo está. Quando fazemos pesquisa com essas populações, reconhecemos os diversos saberes além do conhecimento científico, que sozinho não vai resolver todas as questões”, afirma, acrescentando que os agricultores familiares, por exemplo, são capazes de construir tecnologia e conhecimento. “E nós da Embrapa, dos institutos de pesquisa, das universidades, que temos o conhecimento científico, colaboramos para a construção desse conhecimento para modificar as realidades deles”.
A pesquisadora destaca que o evento vai trazer visibilidade ao que tem sido produzido no meio acadêmico e nos movimentos sociais sobre pesquisa participativa e TS. Ela lembra que a Embrapa Cerrados tem uma longa história no tema desde o Projeto Silvânia (1987-1998), cujas pesquisas era realizadas a partir da realidade e dos problemas e desafios enfrentados pelos agricultores familiares da região do município do Sudeste goiano.
Nesta edição do SEPETS, a Unidade vai apresentar a recente experiência de pesquisa participativa em pecuária leiteira familiar em Paracatu (MG) juntamente com a Cooperativa Agropecuária do Vale do Paracatu (Coopervap) em dois momentos. No dia 28, será apresentado um resumo expandido sobre os aspectos técnicos do trabalho; e no dia seguinte, durante os “Diálogos entre Experiências da tecnologia Social e Políticas Públicas”, os agricultores Elza Monteiro da Silva e Evaldo Barbosa, do assentamento Santa Rosa farão uma apresentação sobre a experiência de Paracatu no contexto do Programa Mais Leite Saudável.
“A participação da Embrapa é muito importante, pois temos diversos projetos que trabalham nessa perspectiva. É uma oportunidade para dar visibilidade ao que a Unidade vem fazendo fora de seus campos experimentais e laboratórios, em contato direto com os agricultores familiares nas suas propriedades”, lembrando que o projeto em Paracatu, que vem sendo realizado há quase cinco anos, reúne uma rede de 140 agricultores familiares de 11 assentamentos e 14 comunidades tradicionais da agricultura familiar no território do Noroeste Mineiro. “Estamos muito felizes com essa oportunidade de os próprios agricultores virem trocar experiências com outros agricultores e falarem do nosso trabalho”, afirma.
O trabalho da Embrapa Cerrados no Noroeste Mineiro é uma das 61 experiências e trabalhos científicos de todo o Brasil que serão apresentados durante os dois dias de programação do II SEPETS.
Além da Embrapa, também apoiam o evento a Universidade de Brasília, a Fundação Banco do Brasil e os Ministérios do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS); Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA); do Trabalho e Emprego (MTE); e da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Sobre a Tecnologia Social
O MCTI utiliza o conceito de Tecnologia Social (TS) como “um conjunto de técnicas, metodologias transformadoras, desenvolvidas e/ou aplicadas na interação com a população e apropriadas por ela, que representam soluções para inclusão social e melhoria das condições de vida”.
Esse conceito, de acordo com o MCTI, “remete para uma proposta inovadora de desenvolvimento, considerando uma abordagem construtivista na participação coletiva do processo de organização, desenvolvimento e implementação, aliando saber popular, organização social e conhecimento técnico-científico”, sendo baseado na disseminação de soluções para problemas relacionados a renda, trabalho, educação, conhecimento, cultura, alimentação, saúde, habitação, entre outros. Tais soluções precisam ser efetivas e reaplicáveis, e devem promover a inclusão social e a melhoria da qualidade de vida das populações em situação de vulnerabilidade social.
Criada em 2021 por profissionais que atuam com a abordagem da pesquisa participativa, a ABEPETS está aberta a pessoas e grupos que desenvolvam ou tenham interesse em desenvolver atividades de ensino, pesquisa e extensão no campo da TS e que entendam a necessidade de fortalecimento do campo da TS como área de estudo no âmbito da ciência, tecnologia e inovação.
Assista ao vídeo ABEPETS: construindo um outro paradigma tecnológico.