O Programa de Cooperação Internacional para a Agricultura do Cone Sul (Procisur) lançou, no dia 2 de setembro, um guia de orientação para auxiliar suas instituições-membro na incorporação da perspectiva de gênero em seus projetos de pesquisa. O documento é fruto de um grupo de trabalho (GT) e contou com a participação da Embrapa, entre outras instituições dos países componentes. Com edições em português e espanhol, ele está disponível nas versões completa, com 31 perguntas e recomendações, e resumida, com 10. Para a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, que é também a líder do Procisur, o lançamento do guia representa um norte para as instituições de pesquisa latino-americanas no que se refere à igualdade de gênero nas ações de PD&I. Ela própria é uma prova do avanço dessa questão no contexto do Cone Sul, uma vez que é a primeira liderança feminina do programa em 40 anos. A pesquisadora Cristina Arzabe (DENE) e a gerente-geral de Desenvolvimento de Pessoas (GDP), Claudia Fuente, representam a Embrapa no Grupo de Trabalho de Gênero (GTG) desde maio deste ano. Mas a participação de Arzabe na Rede de Gênero do Procisur começou em junho de 2023, junto com a pesquisadora da Embrapa Café Helena Alves. Essa iniciativa reúne cerca de 50 pessoas que trabalham nos institutos de pesquisa agropecuária dos diferentes países que compõem o Procisur – Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai e Brasil – e visa compartilhar informações e atividades vinculadas à temática. Outras empregadas participaram do GTG em anos anteriores: Juliana Carneiro, Rosana Hoffman e Raquel Valadão. Arzabe lembra ainda que o conteúdo do guia está sendo analisado por um grupo de trabalho na Embrapa. “Pretendemos montar um curso de formação interno a partir desse documento, que será importante para capacitar nossas equipes, de forma a elaborar projetos mais inclusivos, em consonância com a política de diversidade, equidade e inclusão da Embrapa, a ser lançada em breve”, acrescenta. O grupo de trabalho do Procisur foi coordenado por Mariana Stegagnini, especialista em integração da perspectiva de gênero no âmbito da agricultura na América Latina. Segundo ela, o documento está adaptado às realidades, desafios e identidade do Cone Sul. “Além disso, é uma ferramenta amistosa e de aplicabilidade prática, voltada para todas as pessoas ligadas à ciência, tecnologia e inovação nos institutos de pesquisa e seus parceiros estratégicos, mesmo sem conhecimento prévio de questões relacionadas a gênero”, observa. Para a secretária-executiva do Procisur, Cecilia Gianoni, o lançamento do guia orientador faz parte da estratégia do programa de tornar as instituições mais equitativas, a partir da integração dessa abordagem interseccional. “Nossa meta é incorporar a dimensão de gênero desde o início em projetos e programas institucionais. Nesse sentido, a cooperação internacional tem potencial para fortalecer agendas e iniciativas de países, agregando valor à pesquisa regional e otimizando seus resultados”, destaca. Joanna Lado, do Instituto Nacional de Investigação Agropecuária (INIA), do Uruguai, e também membro do GTG, pontua que o guia é versátil e, por isso, pode ser usado em diversos contextos, como avaliação de projetos e planejamento estratégico institucional, entre outros. “Nossa expectativa é que a sua implementação promova a inclusão da perspectiva de gênero em todas as fases dos projetos, incluindo monitoramento, avaliação e orçamento. A flexibilidade, adaptabilidade e modularidade da ferramenta são elementos-chave para o seu sucesso em diferentes ambientes”, complementa. Procisur acompanha tendência mundial A inclusão dessa temática é cada vez mais forte nas agendas de organizações públicas e privadas em nível mundial. Atento às prioridades que cada país e, em cumprimento a compromissos internacionais, como a Agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), o Conselho de Administração do Procisur compreende a igualdade de gênero como uma questão prioritária, no âmbito da linha estratégica de desenvolvimento institucional. Nesse sentido, criou em 2021, o o Grupo de Trabalho de Gênero (GTG) para identificar as principais lacunas e promover iniciativas nessa temática visando à elaboração de políticas transversais de desenvolvimento científico e tecnológico do Cone Sul. Em 2021 foi apresentado o documento-base do GTG e, em 2022, foi realizado um treinamento de três meses para representantes das instituições que compõem o programa, além do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA). De 2023 para cá, o Procisur está trabalhando com linhas de atuação específicas, entre as quais está o desenvolvimento do novo guia, que apresenta o referencial metodológico dessa temática. Cápsulas de treinamento e lançamentos nos outros países Paralelamente ao lançamento do guia, o Procisur vai promover cápsulas de treinamento para acompanhar a sua implementação, além de um questionário de monitoramento e avaliação, cujas respostas serão fundamentais para fortalecer a ferramenta de forma contínua. O guia, que será lançado também nos demais países do Cone Sul, pode ser acessado aqui (versão completa em português) e aqui (versão resumida).
O Programa de Cooperação Internacional para a Agricultura do Cone Sul (Procisur) lançou, no dia 2 de setembro, um guia de orientação para auxiliar suas instituições-membro na incorporação da perspectiva de gênero em seus projetos de pesquisa. O documento é fruto de um grupo de trabalho (GT) e contou com a participação da Embrapa, entre outras instituições dos países componentes. Com edições em português e espanhol, ele está disponível nas versões completa, com 31 perguntas e recomendações, e resumida, com 10.
Para a presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, que é também a líder do Procisur, o lançamento do guia representa um norte para as instituições de pesquisa latino-americanas no que se refere à igualdade de gênero nas ações de PD&I. Ela própria é uma prova do avanço dessa questão no contexto do Cone Sul, uma vez que é a primeira liderança feminina do programa em 40 anos.
A pesquisadora Cristina Arzabe (DENE) e a gerente-geral de Desenvolvimento de Pessoas (GDP), Claudia Fuente, representam a Embrapa no Grupo de Trabalho de Gênero (GTG) desde maio deste ano. Mas a participação de Arzabe na Rede de Gênero do Procisur começou em junho de 2023, junto com a pesquisadora da Embrapa Café Helena Alves. Essa iniciativa reúne cerca de 50 pessoas que trabalham nos institutos de pesquisa agropecuária dos diferentes países que compõem o Procisur – Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai e Brasil – e visa compartilhar informações e atividades vinculadas à temática. Outras empregadas participaram do GTG em anos anteriores: Juliana Carneiro, Rosana Hoffman e Raquel Valadão.
Arzabe lembra ainda que o conteúdo do guia está sendo analisado por um grupo de trabalho na Embrapa. “Pretendemos montar um curso de formação interno a partir desse documento, que será importante para capacitar nossas equipes, de forma a elaborar projetos mais inclusivos, em consonância com a política de diversidade, equidade e inclusão da Embrapa, a ser lançada em breve”, acrescenta.
O grupo de trabalho do Procisur foi coordenado por Mariana Stegagnini, especialista em integração da perspectiva de gênero no âmbito da agricultura na América Latina. Segundo ela, o documento está adaptado às realidades, desafios e identidade do Cone Sul. “Além disso, é uma ferramenta amistosa e de aplicabilidade prática, voltada para todas as pessoas ligadas à ciência, tecnologia e inovação nos institutos de pesquisa e seus parceiros estratégicos, mesmo sem conhecimento prévio de questões relacionadas a gênero”, observa.
Para a secretária-executiva do Procisur, Cecilia Gianoni, o lançamento do guia orientador faz parte da estratégia do programa de tornar as instituições mais equitativas, a partir da integração dessa abordagem interseccional. “Nossa meta é incorporar a dimensão de gênero desde o início em projetos e programas institucionais. Nesse sentido, a cooperação internacional tem potencial para fortalecer agendas e iniciativas de países, agregando valor à pesquisa regional e otimizando seus resultados”, destaca.
Joanna Lado, do Instituto Nacional de Investigação Agropecuária (INIA), do Uruguai, e também membro do GTG, pontua que o guia é versátil e, por isso, pode ser usado em diversos contextos, como avaliação de projetos e planejamento estratégico institucional, entre outros. “Nossa expectativa é que a sua implementação promova a inclusão da perspectiva de gênero em todas as fases dos projetos, incluindo monitoramento, avaliação e orçamento. A flexibilidade, adaptabilidade e modularidade da ferramenta são elementos-chave para o seu sucesso em diferentes ambientes”, complementa.
Procisur acompanha tendência mundialA inclusão dessa temática é cada vez mais forte nas agendas de organizações públicas e privadas em nível mundial. Atento às prioridades que cada país e, em cumprimento a compromissos internacionais, como a Agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), o Conselho de Administração do Procisur compreende a igualdade de gênero como uma questão prioritária, no âmbito da linha estratégica de desenvolvimento institucional. Nesse sentido, criou em 2021, o o Grupo de Trabalho de Gênero (GTG) para identificar as principais lacunas e promover iniciativas nessa temática visando à elaboração de políticas transversais de desenvolvimento científico e tecnológico do Cone Sul. Em 2021 foi apresentado o documento-base do GTG e, em 2022, foi realizado um treinamento de três meses para representantes das instituições que compõem o programa, além do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA). De 2023 para cá, o Procisur está trabalhando com linhas de atuação específicas, entre as quais está o desenvolvimento do novo guia, que apresenta o referencial metodológico dessa temática. |
Cápsulas de treinamento e lançamentos nos outros paísesParalelamente ao lançamento do guia, o Procisur vai promover cápsulas de treinamento para acompanhar a sua implementação, além de um questionário de monitoramento e avaliação, cujas respostas serão fundamentais para fortalecer a ferramenta de forma contínua. O guia, que será lançado também nos demais países do Cone Sul, pode ser acessado aqui (versão completa em português) e aqui (versão resumida). |
Fernanda Diniz (MTb 4685/DF)
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