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Livro traz contribuições científicas sobre Sistemas Agroflorestais no Acre

Como forma de contribuir com os avanços científicos sobre Sistema Agroflorestais (SAFs), pesquisadores da Embrapa Acre publicaram o livro “Aspectos produtivos e ambientais de sistemas agroflorestais no Projeto Reca”. A obra é fruto da parceria de vinte anos com a cooperativa Reflorestamento Econômico Consorciado e Adensado (Reca). “O objetivo é divulgar resultados gerados desse trabalho em conjunto e contribuir com a ciência agroflorestal e o desenvolvimento regional, mediante o uso de sistemas agroflorestais, visto que há uma carência de informações técnico-científicas sobre o tema. A maioria dos profissionais da área necessita de referenciais de produtividade dos cultivos, de interações, de recomendações da pesquisa. O livro traz resultados que são demandados pelos produtores, principalmente, no cenário de hoje, com relação a ações contra a mudança do clima e a alternativas de uso da terra para pequenos e médios produtores na Amazônia”, destaca o pesquisador da Embrapa Acre, Tadário Kamel de Oliveira, editor técnico da obra. Trajetória de pesquisa Entre 2012 e 2016, a Embrapa executou o projeto Sistemas Agroflorestais para Produção e Recuperação Ambiental na Amazônia (Saram), que realizava ações em estados da Amazônia e em áreas do Reca. Em março de 2016, foi firmado um acordo de cooperação técnica, entre a Embrapa e a Associação dos Pequenos Agrossilvicultores do Projeto Reca, com o objetivo de integrar esforços para a execução de trabalhos de pesquisa. A demanda pelas ações de pesquisa surgiu da própria comunidade. Com esse acordo, foi implementado então o projeto Aperfeiçoamento de Sistemas Agroflorestais no Projeto Reca, com vigência de 2016 a 2021, e que foi base para os estudos desenvolvidos. “Na oportunidade, nós tivemos a condição de sistematizar conhecimentos já validados em campo pelos produtores, com relação à combinação de algumas espécies. Realizamos estudos de solos e de luminosidade nos sistemas, avaliando as interações entre os componentes, como o cupuaçu, pupunheira, espécies arbóreas como a castanheira, a andiroba e a copaíba”, explica. Segundo o presidente do Reca, Hamilton Condack, a parceria com a Embrapa é bastante positiva, já que foram desenvolvidos vários projetos de pesquisa na área, como por exemplo os estudos relacionados à castanha, a realização do mapeamento do solo e as capacitações feitas com os produtores da região. O presidente reforça ainda que as atividades e trabalhos realizados no campo e com os produtores do Reca, influenciam nos resultados e impactos de marketing e divulgação dos trabalhos. “Tivemos vários cursos, eventos em parceria, dia de campo e treinamentos. Muitas ações diretamente com o Reca. Além delas, os termos de cooperação que são feitos nos respalda muito para divulgar o nosso trabalho, quando nós recebemos visita ou os jornalistas para fazer entrevista Temos um carinho muito grande e gratidão pela Embrapa. Em suma, os projetos e atividades são as mais variadas e sempre com resultados muito positivos. Inclusive, estamos planejando construir um novo termo de cooperação, com mais atividades. São vários trabalhos espetaculares que a gente tem com a Embrapa”, destaca Hamilton. Além disso, também são apresentados os estudos de ordenamento territorial relacionados a solos e aptidão agroflorestal nas terras, com indicação das macrorregiões da área de influência do Reca, que teriam mais aptidão para o cultivo de grãos, implantação de SAFs, pecuária ou manutenção da floresta. Sobre o Reca Localizado no distrito de Nova Califórnia e Extrema, em Porto Velho (RO), o Reca abrange também os municípios de Acrelândia (AC) e Lábrea (AM). A comunidade é formada por 300 famílias de agroextrativistas, cooperados e outras famílias não associadas, que estão organizados em dez grupos de produtores e cada um possui um líder e um coordenador. Segundo a equipe técnica do Reca, existe uma área plantada de aproximadamente 1 mil hectares de SAFs e, alguns deles, têm como base a experiência prática de produtores, técnicos e pesquisadores. “O Reca é um exemplo, do ponto de vista técnico, de implantação e validação de SAFs com espécies nativas da Amazônia, que não são encontrados com facilidade. Um exemplo importante para a região amazônica ao gerar renda para os produtores e prestar serviços ambientais. Ainda há muito a ser estudado, mas existe bastante espaço para a pesquisa fazer esses estudos das interações entre outras espécies, outros espaçamentos e outros tipos de solo. Então, é um campo extremamente aberto para a ciência agroflorestal, que é jovem”, enfatiza o pesquisador. O livro “Aspectos produtivos e ambientais de sistemas agroflorestais no Projeto Reca” faz parte das ações do Projeto BID Embrapa – Inovações para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Brasileira, desenvolvidas pela Embrapa, com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento.

Como forma de contribuir com os avanços científicos sobre Sistema Agroflorestais (SAFs), pesquisadores da Embrapa Acre publicaram o livro “Aspectos produtivos e ambientais de sistemas agroflorestais no Projeto Reca”. A obra é fruto da parceria de vinte anos com a cooperativa Reflorestamento Econômico Consorciado e Adensado (Reca). 

“O objetivo é divulgar resultados gerados desse trabalho em conjunto e contribuir com a ciência agroflorestal e o desenvolvimento regional, mediante o uso de sistemas agroflorestais, visto que há uma  carência de informações técnico-científicas sobre o tema. A maioria  dos profissionais da área necessita de referenciais de produtividade dos cultivos, de interações, de recomendações da pesquisa. O livro traz resultados que são demandados pelos produtores, principalmente, no cenário de hoje, com relação a ações contra a mudança do clima e a alternativas de uso da terra para pequenos e médios produtores na Amazônia”, destaca o pesquisador da Embrapa Acre, Tadário Kamel de Oliveira, editor técnico da obra. 

Trajetória de pesquisa

Entre 2012 e 2016, a Embrapa executou o projeto Sistemas Agroflorestais para Produção e Recuperação Ambiental na Amazônia (Saram), que realizava ações em estados da Amazônia e em áreas do Reca. Em março de 2016, foi firmado um acordo de cooperação técnica, entre a Embrapa e a Associação dos Pequenos Agrossilvicultores do Projeto Reca, com o objetivo de integrar esforços para a execução de trabalhos de pesquisa.

A demanda pelas ações de pesquisa surgiu da própria comunidade. Com esse acordo, foi implementado então o projeto Aperfeiçoamento de Sistemas Agroflorestais no Projeto Reca, com vigência de 2016 a 2021, e que foi base para os estudos desenvolvidos. 

“Na oportunidade, nós tivemos a condição de sistematizar conhecimentos já validados em campo pelos produtores, com relação à combinação de algumas espécies. Realizamos estudos de solos e de luminosidade nos sistemas, avaliando as interações entre os componentes, como o cupuaçu, pupunheira, espécies arbóreas como a castanheira, a andiroba e a copaíba”, explica.

Segundo o presidente do Reca, Hamilton Condack, a parceria com a Embrapa é bastante positiva, já que foram desenvolvidos vários projetos de pesquisa na área, como por exemplo os estudos relacionados à castanha, a realização do mapeamento do solo e as capacitações feitas com os produtores da região. O presidente reforça ainda que as atividades e trabalhos realizados no campo e com os produtores do Reca, influenciam nos resultados e impactos de marketing e divulgação dos trabalhos. 

“Tivemos vários cursos, eventos em parceria, dia de campo e treinamentos. Muitas ações diretamente com o Reca. Além delas, os termos de cooperação que são feitos nos respalda muito para divulgar o nosso trabalho, quando nós recebemos visita ou os jornalistas para fazer entrevista Temos um carinho muito grande e gratidão pela Embrapa. Em suma, os projetos e atividades são as mais variadas e sempre com resultados muito positivos. Inclusive, estamos planejando construir um novo termo de cooperação, com mais atividades. São vários trabalhos espetaculares que a gente tem com a Embrapa”, destaca Hamilton. 

Além disso, também são apresentados os estudos de ordenamento territorial relacionados a solos e aptidão agroflorestal nas terras, com indicação das macrorregiões da área de influência do Reca, que teriam mais aptidão para o cultivo de grãos, implantação de SAFs, pecuária ou manutenção da floresta.

Sobre o Reca

Localizado no distrito de Nova Califórnia e Extrema, em Porto Velho (RO), o Reca abrange também os municípios de Acrelândia (AC) e Lábrea (AM). A comunidade é formada por 300 famílias de agroextrativistas, cooperados e outras famílias não associadas, que estão organizados em dez grupos de produtores e cada um possui um líder e um coordenador. Segundo a equipe técnica do Reca, existe uma área plantada de aproximadamente 1 mil hectares de SAFs e, alguns deles, têm como base a experiência prática de produtores, técnicos e pesquisadores.

“O Reca é um exemplo, do ponto de vista técnico, de implantação e validação de SAFs com espécies nativas da Amazônia, que não são encontrados com facilidade. Um exemplo importante para a região amazônica ao gerar renda para os produtores e prestar serviços ambientais. Ainda há muito a ser estudado, mas existe bastante espaço para a pesquisa fazer esses estudos das interações entre outras espécies, outros espaçamentos e outros tipos de solo. Então, é um campo extremamente aberto para a ciência agroflorestal, que é jovem”, enfatiza o pesquisador.

O livro “Aspectos produtivos e ambientais de sistemas agroflorestais no Projeto Reca” faz parte das ações do Projeto BID Embrapa – Inovações para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Brasileira, desenvolvidas pela Embrapa, com recursos do Banco Interamericano de Desenvolvimento.

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