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Pesquisa trabalha na inserção de níveis de manejo na gestão de risco climático na agricultura

Pesquisadores da Embrapa vem trabalhando na inclusão níveis de manejo agronômico no Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc). Os desafios para definição de indicadores mensuráveis, replicáveis e verificáveis foram discutidos durante a 8ª Reunião da Rede Zarc Embrapa, que está sendo realizada em Brasília de 18 a 20 de junho. O objetivo do trabalho é de ampliar as referências usadas na definição do risco de uma determinada área agrícola. Atualmente, além do volume de chuvas na região e do ciclo das cultivares são considerados três tipos de solo baseados no teor de argila para se definir os riscos de cada cultura para cada município. Um avanço recente já vigente no zoneamento da soja passou a considerar também os teores de sílica e a areia, ampliando para seis classes de solo, conforme a água disponível. A proposta agora é que também passe a ser incluído na análise de risco as técnicas de manejo que contribuem para um melhor desenvolvimento do sistema radicular e, consequentemente, da capacidade das plantas de absorção de água. Essas técnicas serão classificadas em quatro níveis de manejo. O desafio para é a definição de quais indicadores serão usados para definir estes níveis de manejo. De acordo com o pesquisador da Embrapa Soja José Renato Farias é preciso que sejam indicadores mensuráveis, replicáveis e verificáveis. “Não devemos esperar ter indicadores perfeitos já neste primeiro momento. Precisamos implementar essa metodologia de avaliação e depois podemos aprimorar. Temos muita condição de evoluir, mas precisamos começar”, afirma Farias. Para a cultura da soja foram desenvolvidos os primeiros indicadores, que estão servindo de referência para o mesmo trabalho para o milho e do trigo. Os avanços nessas culturas foram apresentados durante a reunião. Embora sejam baseados em boas práticas agropecuárias, possibilitando melhor desenvolvimento de raízes e considerando a cobertura do solo com palha, os indicadores não buscam maior ou menor produtividade e sim obter sistemas produtivos que sejam menos suscetíveis às perdas por adversidades climáticas. De acordo com José Renato Farias, para o que Zarc Níveis de Manejo seja implantado é preciso primeiramente finalizar a definição dos indicadores e depois dependerá de negociação entre Ministério da Agricultura e Pecuária e Banco Central para que seja adotado. “Vimos aqui na reunião que as seguradoras não estão considerando a diferença da disponibilidade hídrica na avaliação de risco. Vamos ter que construir e mostrar para as seguradoras que o risco é bem menor com o uso dos níveis de manejo. Com o Zarc NM teremos a valorização dos bons produtores, estabilidade de produção e maior sustentabilidade ao negócio”, afirma. Experiências de níveis de manejo Para pautar a discussão sobre os indicadores de avaliação de níveis de manejo, diferentes experiências foram apresentadas durante a reunião. O projeto Operação 365 desenvolvido no Rio Grande do Sul pela Embrapa em parceria com a CCGL é um exemplo que já trabalha com a bonificação de produtores conforme as técnicas de manejo e a classificação da fazenda. O trabalho foi apresentado pelo pesquisador da Embrapa Trigo Giovani Faé. Pesquisas sobre manejo de solo em Mato Grosso do Sul confirmam o efeito das técnicas de manejo do solo em relação à disponibilidade de água. De acordo com os resultados apresentados pelo pesquisador Júlio Salton, da Embrapa Agropecuária Oeste, sistemas de plantio direto na palha com braquiária, por exemplo, têm mais água disponível no solo. Mesmo áreas com ILP, quando submetidas a gradagem ou escarificação perdem de imediato a capacidade de retenção de água. Outro exemplo foi apresentado pelo produtor rural Luis Pradela, que mostrou que no Oeste da Bahia, o manejo do solo e uso de plantas de cobertura é imprescindível. As altas temperaturas somadas as características de solo demandam a cobertura em tempo integral para evitar perdas com altas temperaturas e veranicos. Finalizando a programação, a pesquisadora da Embrapa Cerrados Ieda Mendes apresentou a técnica de bioanálise do solo BioAS, que mensura a saúde dos solos. A técnica já está disponível para as culturas anuais no Cerrado e no Paraná e vem sendo calibrada para uso em outras culturas e outras regiões. Reunião Zarc Esta é a 8ª edição da reunião da Rede Zarc Embrapa de Pesquisa. Anualmente pesquisadores de cerca de 30 Unidades da Embrapa se reúnem para discutir os avanços no zoneamento agrícola de risco climático. Os dois primeiros dias do evento foram transmitidos no Canal da Embrapa no Youtube e estão disponíveis para interessados em acompanhar o conteúdo (dia 1 e dia 2). O encontro é realizado pela Embrapa, em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária e Banco Central.

Pesquisadores da Embrapa vem trabalhando na inclusão níveis de manejo agronômico no Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc). Os desafios para definição de indicadores mensuráveis, replicáveis e verificáveis foram discutidos durante a 8ª Reunião da Rede Zarc Embrapa, que está sendo realizada em Brasília de 18 a 20 de junho.

O objetivo do trabalho é de ampliar as referências usadas na definição do risco de uma determinada área agrícola. Atualmente, além do volume de chuvas na região e do ciclo das cultivares são considerados três tipos de solo baseados no teor de argila para se definir os riscos de cada cultura para cada município. Um avanço recente já vigente no zoneamento da soja passou a considerar também os teores de sílica e a areia, ampliando para seis classes de solo, conforme a água disponível.

A proposta agora é que também passe a ser incluído na análise de risco as técnicas de manejo que contribuem para um melhor desenvolvimento do sistema radicular e, consequentemente, da capacidade das plantas de absorção de água. Essas técnicas serão classificadas em quatro níveis de manejo.

O desafio para é a definição de quais indicadores serão usados para definir estes níveis de manejo. De acordo com o pesquisador da Embrapa Soja José Renato Farias é preciso que sejam indicadores mensuráveis, replicáveis e verificáveis.

“Não devemos esperar ter indicadores perfeitos já neste primeiro momento. Precisamos implementar essa metodologia de avaliação e depois podemos aprimorar. Temos muita condição de evoluir, mas precisamos começar”, afirma Farias.

Para a cultura da soja foram desenvolvidos os primeiros indicadores, que estão servindo de referência para o mesmo trabalho para o milho e do trigo. Os avanços nessas culturas foram apresentados durante a reunião.

Embora sejam baseados em boas práticas agropecuárias, possibilitando melhor desenvolvimento de raízes e considerando a cobertura do solo com palha, os indicadores não buscam maior ou menor produtividade e sim obter sistemas produtivos que sejam menos suscetíveis às perdas por adversidades climáticas.

De acordo com José Renato Farias, para o que Zarc Níveis de Manejo seja implantado é preciso primeiramente finalizar a definição dos indicadores e depois dependerá de negociação entre Ministério da Agricultura e Pecuária e Banco Central para que seja adotado.

“Vimos aqui na reunião que as seguradoras não estão considerando a diferença da disponibilidade hídrica na avaliação de risco. Vamos ter que construir e mostrar para as seguradoras que o risco é bem menor com o uso dos níveis de manejo. Com o Zarc NM teremos a valorização dos bons produtores, estabilidade de produção e maior sustentabilidade ao negócio”, afirma.

Experiências de níveis de manejo

Para pautar a discussão sobre os indicadores de avaliação de níveis de manejo, diferentes experiências foram apresentadas durante a reunião. O projeto Operação 365 desenvolvido no Rio Grande do Sul pela Embrapa em parceria com a CCGL é um exemplo que já trabalha com a bonificação de produtores conforme as técnicas de manejo e a classificação da fazenda. O trabalho foi apresentado pelo pesquisador da Embrapa Trigo Giovani Faé.

Pesquisas sobre manejo de solo em Mato Grosso do Sul confirmam o efeito das técnicas de manejo do solo em relação à disponibilidade de água. De acordo com os resultados apresentados pelo pesquisador Júlio Salton, da Embrapa Agropecuária Oeste, sistemas de plantio direto na palha com braquiária, por exemplo, têm mais água disponível no solo. Mesmo áreas com ILP, quando submetidas a gradagem ou escarificação perdem de imediato a capacidade de retenção de água.

Outro exemplo foi apresentado pelo produtor rural Luis Pradela, que mostrou que no Oeste da Bahia, o manejo do solo e uso de plantas de cobertura é imprescindível. As altas temperaturas somadas as características de solo demandam a cobertura em tempo integral para evitar perdas com altas temperaturas e veranicos.

Finalizando a programação, a pesquisadora da Embrapa Cerrados Ieda Mendes apresentou a técnica de bioanálise do solo BioAS, que mensura a saúde dos solos. A técnica já está disponível para as culturas anuais no Cerrado e no Paraná e vem sendo calibrada para uso em outras culturas e outras regiões.

Reunião Zarc

Esta é a 8ª edição da reunião da Rede Zarc Embrapa de Pesquisa. Anualmente pesquisadores de cerca de 30 Unidades da Embrapa se reúnem para discutir os avanços no zoneamento agrícola de risco climático.

Os dois primeiros dias do evento foram transmitidos no Canal da Embrapa no Youtube e estão disponíveis para interessados em acompanhar o conteúdo (dia 1 e dia 2).

O encontro é realizado pela Embrapa, em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária e Banco Central.

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