A Embrapa participa da quarta edição da SpaceBR Show 2024, em São Paulo, entre os dias 21 e 23 de maio. O evento vai reunir cientistas, especialistas, autoridades e representantes de empresas e instituições de ensino e de pesquisa públicas e privadas.
A participação da Embrapa será na programação do Fórum que será realizado no Expo Center Norte – Pavilhão Amarelo. A pesquisadora Alessandra Fávero, da Embrapa Pecuária Sudeste, vai mostrar a iniciativa que pretende pesquisar o cultivo de plantas no Espaço e o impacto dos resultados para a sociedade brasileira.
Para a cientista, a Agricultura Espacial pode contribuir com a descoberta de novas variedades de plantas mais tolerantes a condições desafiadoras. “Pesquisadores podem desenvolver novas tecnologias, produtos e processos em favor da população brasileira. O evento é uma oportunidade de divulgar uma ciência que muitas vezes é vista em filmes, mostrar que ela está próxima e é muito mais útil para nossa vida do que podemos imaginar”, destacou.
Os avanços nessa área trarão retorno não só para o país, mas para o planeta – com plantas mais adaptadas às mudanças climáticas e mais eficientes no consumo de água e energia. “Acreditamos que teremos novas tecnologias para uso no espaço e na terra. Muitas inovações, como o GPS, telas pequenas utilizadas em celular e equipamentos sem fio, são avanços das pesquisas espaciais”, conta.
Iniciativa
A Embrapa e a Agência Espacial Brasileira formaram uma Rede com aproximadamente 50 pesquisadores de 13 instituições diferentes para articular um projeto em agricultura espacial. A Rede é uma resposta à assinatura pelo Brasil do Acordo Artemis. O protocolo de intenções entre a AEB e a Embrapa para pesquisas de agricultura no espaço foi assinado em novembro de 2023 pela presidente da Empresa Silvia Massruhá e o presidente da Agência Espacial Brasileira, Marco Antônio Chamon.
O objetivo é avançar no desenvolvimento de sistemas de produção e adaptação das culturas no espaço. As plantas selecionadas são grão-de-bico e batata-doce.
O Brasil e a Embrapa são reconhecidos internacionalmente pela pesquisa agrícola. “A empresa, os institutos de pesquisa parceiros e o país não podem ficar fora desse tema. Podemos contribuir significativamente tanto nas descobertas para o avanço visando o cultivo de plantas no espaço, quanto incorporar novas metodologias de pesquisa utilizando o ambiente espacial para criar produtos e processos. Muitos efeitos de spill-overs podem ocorrer baseados em pesquisas espaciais, como ocorreu no Programa Apollo”, afirmou Alessandra.
Rodrigo Leonardi, da AEB, destacou, em evento que discutiu a formação e desafios da Rede em março, que “na agricultura o Brasil não se sente intimidado por ninguém. No entanto, quando você vai para a Lua, você precisa repensar tudo, repensar a sua tecnologia. Nós dominamos a agricultura aqui na Terra. Lá teremos que repensar as tecnologias. São oportunidades enormes para o desenvolvimento de novos produtos”.
Mais informações e inscrições para o SpaceBR Show no site do evento.