A Embrapa marcou presença na tarde de quarta (17), na Sessão Especial da Câmara de Vereadores de Aracaju para marcar os 28 anos do massacre de Eldorado de Carajás e celebrar os 40 anos de luta do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A chefe-geral interina da Embrapa Tabuleiros Costeiros Tereza Cristina, juntamente com a analista de Transferência de Tecnologia Fernanda Amorim e o supervisor de Comunicação Saulo Coelho, prestigiou e fez parte da mesa de honra do evento, realizado a partir de requerimento do vereador Camilo Daniel (PT). O mês de abril é marcado pela Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária, que este ano tem o lema “Ocupar, para o Brasil Alimentar!”. A data escolhida para a sessão é alusiva ao Massacre de Eldorado do Carajás, onde 21 trabalhadores sem-terra foram brutalmente assassinados no dia 17 de abril de 1996. Em sua fala na tribuna, Tereza destacou que a Embrapa é parceira e aliada histórica do Movimento, com atuação colaborativa e participativa nas pesquisas em agroecologia, agricultura familiar, segurança alimentar, sociologia rural e diversas outras linhas, com foco na sua missão de promover a inclusão produtiva de todas a trabalhadoras e trabalhadores rurais. “Em seus 40 anos de luta e caminhada, o MST, para muito além de garantir a inserção da reforma agrária na agenda pública do País, assume um papel de protagonista na produção de alimentos, conferindo soberania e segurança alimentar à sociedade brasileira, e com base ecológica, o que faz toda a diferença”, destacou. “Quando a gente fala de um novo modelo de desenvolvimento e novas possibilidades em relações sociais, a gente está falando exatamente da atuação do MST, fortemente fundamentada na solidariedade. O Movimento tem todo o nosso respeito e solidariedade, pois tem grande relevância não apenas no Brasil, mas é reconhecido no mundo inteiro como uma referência de movimentos sociais”, ressaltou. “O Movimento luta, também, para internalizar na sociedade a importância dos entes públicos, a Embrapa inclusa, pautarem suas agendas de atuação e a construção de políticas públicas com base nas reais necessidades da sociedade”, defendeu a gestora. Presenças Estiveram presentes na sessão especial o jornalista Breno Altman, o Coordenador Nacional do MST, Zé Roberto; o Superintendente do Incra, André Luiz Milanez; a jornalista e pré-candidata à Prefeitura de Aracaju, Candisse Carvalho; a chefe-geral da Embrapa, Tereza Cristina de Oliveira; o integrante da Direção Nacional do MPA, Samuel Carlos; a Deputada Estadual, Linda Brasil; a vice-presidente da CUT/SE, Caroline Santos; a dirigente nacional do MST, Eliene dos Santos; o Secretário Especial de Planejamento, Orçamento e Inovação do Governo do Estado, Julio Cesar Monzú Filgueira; além de representantes sindicais e trabalhadores do MST. A sessão foi marcada por muita emoção e mística. Os trabalhadores do movimento realizaram uma homenagem em memória dos trabalhadores assassinados no Massacre de Eldorado do Carajás. Breno Altman afirma que o MST é o principal movimento popular da América Latina e destaca sua importância no cenário mundial. “Uma das características fundamentais do Movimento Sem Terra sempre foi a solidariedade internacional. O MST sempre deu ao povo brasileiro o exemplo na solidariedade internacional”. Zé Roberto, coordenador nacional do MST, citou a luta dos trabalhadores pela Reforma Agrária. “Nestes 40 anos nós tivemos várias caminhadas, várias lutas, vários sonhos, alguns realizados e outros interrompidos pela brutal violência do latifúndio e brutal violência do Estado. O Estado Brasileiro até hoje não permite a distribuição da terra. A concentração da terra é um dos piores problemas que a sociedade brasileira enfrenta”, denunciou o coordenador. A dirigente do MST, Eliene Santos, ressaltou a importância do MST na produção de alimentos e fez um convite para quem não conhece as ações do movimento: “Nós temos um trabalho em nossos assentamentos em nossas agroindústrias. Vocês precisam conhecer as nossas áreas, as nossas produções, como nos organizamos nas nossas cooperativas e onde comercializamos os nossos produtos”. Acácia Daniel, do setor de Educação do Campo do MST, relembrou sua história no movimento e reforçou a necessidade do MST estar presente em todos os setores. “Tenho muito orgulho de ter participado desde o início da construção do Movimento Sem Terra. É muito importante estarmos aqui hoje porque devemos ocupar todos os espaços e ocupar com muito compromisso e muito amor”. O vereador Camilo lembra da trajetória do movimento no estado de Sergipe e fala sobre a luta pela Reforma Agrária. “Essa é a maior dívida que o Estado Brasileiro tem com nosso povo: a ausência de uma política efetiva de distribuição de terra. É isso que impacta diretamente no crescimento desordenado e desigual das grandes cidades”, conclui o parlamentar. *Com informações de João Paulo Freire – Assessoria de Imprensa do vereador Camilo Daniel
A Embrapa marcou presença na tarde de quarta (17), na Sessão Especial da Câmara de Vereadores de Aracaju para marcar os 28 anos do massacre de Eldorado de Carajás e celebrar os 40 anos de luta do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
A chefe-geral interina da Embrapa Tabuleiros Costeiros Tereza Cristina, juntamente com a analista de Transferência de Tecnologia Fernanda Amorim e o supervisor de Comunicação Saulo Coelho, prestigiou e fez parte da mesa de honra do evento, realizado a partir de requerimento do vereador Camilo Daniel (PT).
O mês de abril é marcado pela Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária, que este ano tem o lema “Ocupar, para o Brasil Alimentar!”. A data escolhida para a sessão é alusiva ao Massacre de Eldorado do Carajás, onde 21 trabalhadores sem-terra foram brutalmente assassinados no dia 17 de abril de 1996.
Em sua fala na tribuna, Tereza destacou que a Embrapa é parceira e aliada histórica do Movimento, com atuação colaborativa e participativa nas pesquisas em agroecologia, agricultura familiar, segurança alimentar, sociologia rural e diversas outras linhas, com foco na sua missão de promover a inclusão produtiva de todas a trabalhadoras e trabalhadores rurais.
“Em seus 40 anos de luta e caminhada, o MST, para muito além de garantir a inserção da reforma agrária na agenda pública do País, assume um papel de protagonista na produção de alimentos, conferindo soberania e segurança alimentar à sociedade brasileira, e com base ecológica, o que faz toda a diferença”, destacou.
“Quando a gente fala de um novo modelo de desenvolvimento e novas possibilidades em relações sociais, a gente está falando exatamente da atuação do MST, fortemente fundamentada na solidariedade. O Movimento tem todo o nosso respeito e solidariedade, pois tem grande relevância não apenas no Brasil, mas é reconhecido no mundo inteiro como uma referência de movimentos sociais”, ressaltou.
“O Movimento luta, também, para internalizar na sociedade a importância dos entes públicos, a Embrapa inclusa, pautarem suas agendas de atuação e a construção de políticas públicas com base nas reais necessidades da sociedade”, defendeu a gestora.
Presenças
Estiveram presentes na sessão especial o jornalista Breno Altman, o Coordenador Nacional do MST, Zé Roberto; o Superintendente do Incra, André Luiz Milanez; a jornalista e pré-candidata à Prefeitura de Aracaju, Candisse Carvalho; a chefe-geral da Embrapa, Tereza Cristina de Oliveira; o integrante da Direção Nacional do MPA, Samuel Carlos; a Deputada Estadual, Linda Brasil; a vice-presidente da CUT/SE, Caroline Santos; a dirigente nacional do MST, Eliene dos Santos; o Secretário Especial de Planejamento, Orçamento e Inovação do Governo do Estado, Julio Cesar Monzú Filgueira; além de representantes sindicais e trabalhadores do MST.
A sessão foi marcada por muita emoção e mística. Os trabalhadores do movimento realizaram uma homenagem em memória dos trabalhadores assassinados no Massacre de Eldorado do Carajás.
Breno Altman afirma que o MST é o principal movimento popular da América Latina e destaca sua importância no cenário mundial. “Uma das características fundamentais do Movimento Sem Terra sempre foi a solidariedade internacional. O MST sempre deu ao povo brasileiro o exemplo na solidariedade internacional”.
Zé Roberto, coordenador nacional do MST, citou a luta dos trabalhadores pela Reforma Agrária. “Nestes 40 anos nós tivemos várias caminhadas, várias lutas, vários sonhos, alguns realizados e outros interrompidos pela brutal violência do latifúndio e brutal violência do Estado. O Estado Brasileiro até hoje não permite a distribuição da terra. A concentração da terra é um dos piores problemas que a sociedade brasileira enfrenta”, denunciou o coordenador.
A dirigente do MST, Eliene Santos, ressaltou a importância do MST na produção de alimentos e fez um convite para quem não conhece as ações do movimento: “Nós temos um trabalho em nossos assentamentos em nossas agroindústrias. Vocês precisam conhecer as nossas áreas, as nossas produções, como nos organizamos nas nossas cooperativas e onde comercializamos os nossos produtos”.
Acácia Daniel, do setor de Educação do Campo do MST, relembrou sua história no movimento e reforçou a necessidade do MST estar presente em todos os setores. “Tenho muito orgulho de ter participado desde o início da construção do Movimento Sem Terra. É muito importante estarmos aqui hoje porque devemos ocupar todos os espaços e ocupar com muito compromisso e muito amor”.
O vereador Camilo lembra da trajetória do movimento no estado de Sergipe e fala sobre a luta pela Reforma Agrária. “Essa é a maior dívida que o Estado Brasileiro tem com nosso povo: a ausência de uma política efetiva de distribuição de terra. É isso que impacta diretamente no crescimento desordenado e desigual das grandes cidades”, conclui o parlamentar.
*Com informações de João Paulo Freire – Assessoria de Imprensa do vereador Camilo Daniel