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Bioinsumo da Embrapa para combater estresse hídrico nas plantas estará na Tecnoshow

Tecnologia é uma alternativa extremamente eficaz para reduzir os efeitos da seca O Auras, tecnologia resultante de mais de 12 anos de pesquisa, parceria da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) com a NOOA Ciência e Tecnologia Agrícola (MG) será demonstrado na Tecnoshow 2023, feira organizada anualmente pela cooperativa Comigo, e realizada em Rio Verde, GO, de 27 a 31 de março. É o primeiro produto comercial destinado a diminuir os efeitos causados pelo estresse hídrico nas plantas e não tem concorrentes registrados no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). O bioinsumo é capaz de reduzir os efeitos causados pelas estiagens prolongadas, minimizando riscos e expressando o potencial das lavouras. A tecnologia, desenvolvida pela Embrapa e produzida e distribuída, exclusivamente, pela NOOA é inspirada em plantas de regiões secas que se associam a microrganismos para tolerar o estresse hídrico e foi encontrada nas raízes do mandacaru, cacto bem conhecido no Semiárido. O bioinsumo Auras é feito a partir da bactéria Bacillus aryabhattai, presente nos solos da Caatinga. “Esses microrganismos são capazes de hidratar as raízes e atuam na fisiologia dos vegetais, fazendo com que respondam melhor à escassez de água”, diz o pesquisador Itamar Soares de Melo, líder da pesquisa. A ideia de pesquisar a mitigação da seca por bactérias benéficas surgiu em 2016, mas começou bem antes quando já eram analisados isolados de actinobactérias capazes de reduzir os efeitos do estresse hídrico em soja, milho e trigo em razão da produção de enzimas, fitormônios, mineralização de nutrientes, solubilização de fosfato e fixação de nitrogênio”, conta Melo. Ele explica que as bactérias tolerantes à seca, ao colonizar o sistema radicular das plantas sob estresse abiótico, produzem substâncias que hidratam as raízes, chamadas exopolissacarídeos. O Auras estimula a produção de um sistema radicular mais ativo e profundo, com maior volume de radicelas, proporcionando maior absorção de água. “O aumento de temperatura na planta acima de 30°C já traz efeitos negativos na fotossíntese, o que afeta diretamente a produtividade. Com o bioativo, o aproveitamento da água e sua absorção são maximizados, possibilitando à planta um melhor controle da temperatura foliar e, consequentemente, uma redução do estresse térmico, em comparação com as lavouras que não utilizam a solução da NOOA”, acrescenta o diretor técnico da empresa, Carlos Marcelo Soares. Segundo o diretor, as avaliações de campo comprovam o excelente desempenho do Auras após períodos de estiagem. “O uso da tecnologia permitiu que as plantas inoculadas sentissem o efeito da estiagem dias mais tarde que as plantas sem a tecnologia, contribuindo para o sólido desenvolvimento dos cultivos em que a solução foi aplicada”, salienta. Palestras Além das tecnologias, os visitantes poderão participar de palestras sobre diversos temas, dentro do Circuito de Palestras da Tecnoshow. O pesquisador da Embrapa Meio Ambiente Marcelo Morandi vai falar sobre Quais são os desafios das mudanças climáticas para o Agro para os próximos anos no dia 30 de março, a partir das 15h. Na palestra Morandi vai discutir temas como a intensificação produtiva sustentável, sistemas de produção de base ecológica e regenerativos, defesa sanitária, melhor uso de pesticidas e outros agroquímicos, novos insumos derivados da biodiversidade, segurança dos alimentos, geração e pagamento por serviços ambientais (incluindo o nascente mercado de carbono), os quais estão na agenda nacional e internacional. Para ele a agricultura precisará cada vez mais desempenhar atividades ambientalmente responsáveis que foquem na preservação da biodiversidade, diminuição da emissão de gases de efeito estufa (GEE) e valoração dos serviços ecossistêmicos. “Qualquer novo padrão tecnológico terá que se nortear pela consolidação de sistemas de produção limpos, com balanço positivo de carbono, adoção de práticas de manejo de solos tropicais, investimentos na conservação e uso da biodiversidade e que integrem as cadeias, promovam a inclusão produtiva e gerem e remunerem as externalidades positivas (benefícios indiretos que uma empresa gera a outras empresas e à sociedade)”, adianta. Segundo o pesquisador, “há muitas oportunidades e desafios neste ‘novo mundo’. Há espaço para ampliar a produção e a preservação ambiental. Para isto, precisamos conhecer e promover a adaptação e a mitigação dos impactos das mudanças climáticas”.

Tecnologia é uma alternativa extremamente eficaz para reduzir os efeitos da seca

O Auras, tecnologia resultante de mais de 12 anos de pesquisa, parceria da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) com a NOOA Ciência e Tecnologia Agrícola  (MG) será demonstrado na Tecnoshow 2023, feira organizada anualmente pela cooperativa Comigo, e realizada em Rio Verde, GO, de 27 a 31 de março.

É o primeiro produto comercial destinado a diminuir os efeitos causados pelo estresse hídrico nas plantas e não tem concorrentes registrados no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). O bioinsumo é capaz de reduzir os efeitos causados pelas estiagens prolongadas, minimizando riscos e expressando o potencial das lavouras.

A tecnologia, desenvolvida pela Embrapa e produzida e distribuída, exclusivamente, pela NOOA é inspirada em plantas de regiões secas que se associam a microrganismos para tolerar o estresse hídrico e foi encontrada nas raízes do mandacaru, cacto bem conhecido no Semiárido. O bioinsumo Auras é feito a partir da bactéria Bacillus aryabhattai, presente nos solos da Caatinga. “Esses microrganismos são capazes de hidratar as raízes e atuam na fisiologia dos vegetais, fazendo com que respondam melhor à escassez de água”, diz o pesquisador Itamar Soares de Melo, líder da pesquisa.

A ideia de pesquisar a mitigação da seca por bactérias benéficas surgiu em 2016, mas começou bem antes quando já eram analisados isolados de actinobactérias capazes de reduzir os efeitos do estresse hídrico em soja, milho e trigo em razão da produção de enzimas, fitormônios, mineralização de nutrientes, solubilização de fosfato e fixação de nitrogênio”, conta Melo.

Ele explica que as bactérias tolerantes à seca, ao colonizar o sistema radicular das plantas sob estresse abiótico, produzem substâncias que hidratam as raízes, chamadas exopolissacarídeos. O Auras estimula a produção de um sistema radicular mais ativo e profundo, com maior volume de radicelas, proporcionando maior absorção de água.

“O aumento de temperatura na planta acima de 30°C já traz efeitos negativos na fotossíntese, o que afeta diretamente a produtividade. Com o bioativo, o aproveitamento da água e sua absorção são maximizados, possibilitando à planta um melhor controle da temperatura foliar e, consequentemente, uma redução do estresse térmico, em comparação com as lavouras que não utilizam a solução da NOOA”, acrescenta o diretor técnico da empresa, Carlos Marcelo Soares.

Segundo o diretor, as avaliações de campo comprovam o excelente desempenho do Auras após períodos de estiagem. “O uso da tecnologia permitiu que as plantas inoculadas sentissem o efeito da estiagem dias mais tarde que as plantas sem a tecnologia, contribuindo para o sólido desenvolvimento dos cultivos em que a solução foi aplicada”, salienta.

Palestras

Além das tecnologias, os visitantes poderão participar de palestras sobre diversos temas, dentro do Circuito de Palestras da Tecnoshow.

O pesquisador da Embrapa Meio Ambiente Marcelo Morandi vai falar sobre Quais são os desafios das mudanças climáticas para o Agro para os próximos anos no dia 30 de março, a partir das 15h.

Na palestra Morandi vai discutir temas como a intensificação produtiva sustentável, sistemas de produção de base ecológica e regenerativos, defesa sanitária, melhor uso de pesticidas e outros agroquímicos, novos insumos derivados da biodiversidade, segurança dos alimentos, geração e pagamento por serviços ambientais (incluindo o nascente mercado de carbono), os quais estão na agenda nacional e internacional.

Para ele a agricultura precisará cada vez mais desempenhar atividades ambientalmente responsáveis que foquem na preservação da biodiversidade, diminuição da emissão de gases de efeito estufa (GEE) e valoração dos serviços ecossistêmicos. “Qualquer novo padrão tecnológico terá que se nortear pela consolidação de sistemas de produção limpos, com balanço positivo de carbono, adoção de práticas de manejo de solos tropicais, investimentos na conservação e uso da biodiversidade e que integrem as cadeias, promovam a inclusão produtiva e gerem e remunerem as externalidades positivas (benefícios indiretos que uma empresa gera a outras empresas e à sociedade)”, adianta.

Segundo o pesquisador, “há muitas oportunidades e desafios neste ‘novo mundo’. Há espaço para ampliar a produção e a preservação ambiental. Para isto, precisamos conhecer e promover a adaptação e a mitigação dos impactos das mudanças climáticas”.

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