Os participantes da Expoacre 2022 podem comprar a tradicional farinha de Cruzeiro do Sul direto dos produtores rurais do Juruá em nova embalagem com a marca de Indicação Geográfica. O espaço Caminhos do Agro (antiga fazendinha) conta com uma área dedicada à mandiocultura, com forno mecanizado para a produção de farinha e a presença de agricultores de três associações do Juruá, que estão comercializando seus produtos. Esse será o primeiro lote com uma nova marca da Indicação Geográfica “Cruzeiro do Sul” estampada na já tradicional embalagem de ráfia. “Essa forma de comercializar a farinha é adotada há anos na regional Juruá. A ideia é valorizar o modo de fazer, inclusive na forma de embalar, e acrescentar o selo de indicação de procedência para que o consumidor tenha certeza que está comprando a farinha produzida pelas agricultoras e agricultores do Juruá”, afirma a analista do Serviço de Apoio à Micro e Pequena Empresa, Sebrae-AC, Murielly Nóbrega. Para a produtora rural de Cruzeiro do Sul, Maria José Maciel, o sentimento é de alegria ao ver a produção de farinha reconhecida como um produto de qualidade, pois representa a trajetória dos agricultores que atuaram fortemente para chegar neste momento. “Meu maior orgulho é ver a nossa farinha reconhecida. Além disso, a nossa embalagem representa a luta, perseverança e união dos produtores. Na Expoacre, muita gente quer entender o histórico e o modo de fabricação. Queremos fechar contratos porque a nossa farinha é ótima e agora tem qualidade garantida”, ressalta. Resultado do costume tradicional, passado de geração em geração pelos agricultores familiares, a farinha de Cruzeiro do Sul obteve a indicação geográfica em 2017, sendo a primeira no Brasil a receber este selo que identifica sua origem e qualidade. A Embrapa, junto com o Sebrae e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), apoiaram o processo de obtenção e manutenção da Indicação Geográfica, que é fruto do protagonismo de agricultores familiares e de esforços de instituições de pesquisa e fomento à produção. “Conseguimos comprovar que o modo de fabricação é o principal fator responsável pela qualidade da farinha de mandioca produzida no Juruá. Por isso ela ganhou essa indicação geográfica de procedência, como reconhecimento do saber fazer dos produtores rurais. É esse fazer diferenciado que confere qualidade e fama ao produto e a preferência da população”, ressalta a pesquisadora da Embrapa Acre Virgínia Álvares. Fórum de Indicação Geográfica Durante a Expoacre, será constituído o Fórum Acreano de Indicações Geográficas e Marcas Coletivas – Origens Acre. O lançamento será realizado no auditório de reuniões, localizado no Parque de Exposições Wildy Viana, no dia 3 de agosto de 2022, às 19 horas. O objetivo é abrir espaço para discussões, promover estratégias de valorização e proteção da identidade, da cultura e da propriedade intelectual no território acreano. Além de estabelecer espaços para representar os produtores rurais e fortalecer seus produtos. O Fórum reúne representantes de diversas instituições, como órgãos governamentais, instituições de ensino e pesquisa, sindicatos, associações e cooperativas de produtores rurais, dentre outros segmentos interessados. Em julho, foi registrado, no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), o pedido de indicação geográfica para o açaí de Feijó. “Vamos discutir quais são os outros produtos potenciais que poderão ter o reconhecimento geográfico e também como podemos melhorar a gestão do selo de Indicação Geográfica, alcançar novos mercados e fazer a defesa e a proteção deste selo, já que sabemos que existem várias marcas no mercado com o nome de farinha de Cruzeiro do Sul”, diz Virgínia. A manutenção do Selo de Indicação Geográfica exige o cumprimento de uma série de critérios. “Conseguir o selo é apenas o primeiro passo para maior inserção no mercado. Depois disso, há muitos desafios a serem enfrentados, porque esse é um mercado com competitividade e as entidades representativas dos produtores rurais devem ser protagonistas nesse processo mercadológico. Vamos debater sobre a farinha de Cruzeiro do Sul, o açaí de Feijó, o cacau nativo do rio Purus e outros produtos artesanais com potencial para obtenção da Indicação Geográfica e para alavancar o desenvolvimento regional do Estado”, complementa.
Os participantes da Expoacre 2022 podem comprar a tradicional farinha de Cruzeiro do Sul direto dos produtores rurais do Juruá em nova embalagem com a marca de Indicação Geográfica. O espaço Caminhos do Agro (antiga fazendinha) conta com uma área dedicada à mandiocultura, com forno mecanizado para a produção de farinha e a presença de agricultores de três associações do Juruá, que estão comercializando seus produtos.
Esse será o primeiro lote com uma nova marca da Indicação Geográfica “Cruzeiro do Sul” estampada na já tradicional embalagem de ráfia. “Essa forma de comercializar a farinha é adotada há anos na regional Juruá. A ideia é valorizar o modo de fazer, inclusive na forma de embalar, e acrescentar o selo de indicação de procedência para que o consumidor tenha certeza que está comprando a farinha produzida pelas agricultoras e agricultores do Juruá”, afirma a analista do Serviço de Apoio à Micro e Pequena Empresa, Sebrae-AC, Murielly Nóbrega.
Para a produtora rural de Cruzeiro do Sul, Maria José Maciel, o sentimento é de alegria ao ver a produção de farinha reconhecida como um produto de qualidade, pois representa a trajetória dos agricultores que atuaram fortemente para chegar neste momento. “Meu maior orgulho é ver a nossa farinha reconhecida. Além disso, a nossa embalagem representa a luta, perseverança e união dos produtores. Na Expoacre, muita gente quer entender o histórico e o modo de fabricação. Queremos fechar contratos porque a nossa farinha é ótima e agora tem qualidade garantida”, ressalta.
Resultado do costume tradicional, passado de geração em geração pelos agricultores familiares, a farinha de Cruzeiro do Sul obteve a indicação geográfica em 2017, sendo a primeira no Brasil a receber este selo que identifica sua origem e qualidade. A Embrapa, junto com o Sebrae e Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), apoiaram o processo de obtenção e manutenção da Indicação Geográfica, que é fruto do protagonismo de agricultores familiares e de esforços de instituições de pesquisa e fomento à produção.
“Conseguimos comprovar que o modo de fabricação é o principal fator responsável pela qualidade da farinha de mandioca produzida no Juruá. Por isso ela ganhou essa indicação geográfica de procedência, como reconhecimento do saber fazer dos produtores rurais. É esse fazer diferenciado que confere qualidade e fama ao produto e a preferência da população”, ressalta a pesquisadora da Embrapa Acre Virgínia Álvares.
Fórum de Indicação Geográfica
Durante a Expoacre, será constituído o Fórum Acreano de Indicações Geográficas e Marcas Coletivas – Origens Acre. O lançamento será realizado no auditório de reuniões, localizado no Parque de Exposições Wildy Viana, no dia 3 de agosto de 2022, às 19 horas. O objetivo é abrir espaço para discussões, promover estratégias de valorização e proteção da identidade, da cultura e da propriedade intelectual no território acreano. Além de estabelecer espaços para representar os produtores rurais e fortalecer seus produtos.
O Fórum reúne representantes de diversas instituições, como órgãos governamentais, instituições de ensino e pesquisa, sindicatos, associações e cooperativas de produtores rurais, dentre outros segmentos interessados. Em julho, foi registrado, no Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), o pedido de indicação geográfica para o açaí de Feijó.
“Vamos discutir quais são os outros produtos potenciais que poderão ter o reconhecimento geográfico e também como podemos melhorar a gestão do selo de Indicação Geográfica, alcançar novos mercados e fazer a defesa e a proteção deste selo, já que sabemos que existem várias marcas no mercado com o nome de farinha de Cruzeiro do Sul”, diz Virgínia.
A manutenção do Selo de Indicação Geográfica exige o cumprimento de uma série de critérios. “Conseguir o selo é apenas o primeiro passo para maior inserção no mercado. Depois disso, há muitos desafios a serem enfrentados, porque esse é um mercado com competitividade e as entidades representativas dos produtores rurais devem ser protagonistas nesse processo mercadológico. Vamos debater sobre a farinha de Cruzeiro do Sul, o açaí de Feijó, o cacau nativo do rio Purus e outros produtos artesanais com potencial para obtenção da Indicação Geográfica e para alavancar o desenvolvimento regional do Estado”, complementa.