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Balde Cheio multiplica produção leiteira e transforma a vida de produtores

Criado há mais de 20 anos e já com atuação em vários estados, o  Balde Cheio oferece oportunidade de ganhos produtivos e econômicos com redução de custos/despesas e sem aumento da propriedade rural

Este mês de agosto de 2018, a Embrapa Cocais participou, em Cacoal-RO, do Encontro do Balde Cheio para a região Norte e estados do Maranhão e Piauí, no qual também participaram representantes das Unidades da Embrapa nessas regiões e ainda da Universidade Federal do Acre. A programação contou com visitas a propriedades do estado de Rondônia, nos municípios de Cacoal e Vilhena, que fazem parte do Balde Cheio, reuniões de discussão entre as equipes da Embrapa ali presentes e ainda a realização do II Encontro de Produtores do Balde Cheio de Rondônia. Em Rondônia, as ações do Balde Cheio ocorrem há 10 anos e atualmente há cerca de 50 propriedades atendidas em aproximadamente 15 municípios.

Criado e desenvolvido pela Embrapa Pecuária Sudeste há mais de 20 anos, o Balde Cheio conquistou reconhecimento, por contribuir para o desenvolvimento sustentável da pecuária leiteira, particularmente dos pequenos produtores. Há 2 anos, tornou-se projeto institucional em rede da Embrapa, abrangendo 16 Unidades, incluindo a Embrapa Cocais. No Maranhão, já são cerca de 60 propriedades participantes, com apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae. O instrutor responsável pelo desenvolvimento do programa no Maranhão, João Rosseto Júnior, trabalha para incrementar a produção de leite nas propriedades e aumentar o número de municípios envolvidos. “O Maranhão tem potencial para crescer em ambas as frentes e em qualidade do produto produzido”.

O que é – O Balde Cheio é uma metodologia de transferência de tecnologias para capacitar, de forma continuada, profissionais da assistência técnica, extensão rural e pecuaristas, em técnicas, práticas e processos agrícolas, zootécnicos, gerenciais e ambientais, visando incrementar a pecuária de leite e a qualidade de vida no campo. A inovação é o uso de uma pequena propriedade produtora de leite, usualmente de base familiar, participante do projeto como “sala de aula prática”, para que a comunidade conheça como funciona a metodologia do Balde Cheio. .

Resultados – Segundo explica o idealizador do projeto, o pesquisador Artur Chinelato de Camargo, a metodologia permite o intercâmbio de informações e conhecimento entre todos os envolvidos (pesquisadores, extensionistas e produtores) de acordo com a realidade de cada propriedade e de sua região, bem como o monitoramento dos impactos ambientais, econômicos e sociais nos sistemas de produção, que adotam as tecnologias propostas, propiciando impactos, não só no aumento na produção e produtividade, mas também na rentabilidade da atividade. “Ou seja, ao tornar o manejo mais eficiente e potencializar os resultados, o Balde Cheio também contribui para a recuperação da autoestima, da dignidade e da qualidade de vida do produtor, permitindo a fixação da família no meio rural. Para a extensão rural, o impacto é o restabelecimento da importância do extensionista como fator essencial para o desenvolvimento sustentável da atividade leiteira no País”, avalia.

Deveres e direitos – Para participar do projeto, o produtor deve cumprir os “combinados”: realizar exames anuais para detecção de brucelose e tuberculose; ter acompanhamento técnico na propriedade; registrar os controles básicos relativos ao clima (chuvas e temperaturas máxima e mínima), às finanças (despesas e receitas com a atividade leiteira) e ao rebanho (parições, coberturas, pesagens mensais e controles leiteiros); e permitir que a propriedade seja visitada por outros produtores e técnicos para realização de dias de campo e reuniões. Nesses encontros, os produtores recebem as orientações dos profissionais da assistência técnica, bem como de um instrutor, capacitados por pesquisadores da Embrapa. Os direitos do produtor são: ser assistido pelo extensionista local e sair e voltar quando quiser ao programa.

Para o chefe-adjunto de transferência de tecnologia, André Novo, da Embrapa Pecuária Sudeste, todos esses “combinados” são essenciais não só para uma produção com boa quantidade, mas também com qualidade. “Nosso objetivo é fazer com que o produtor trabalhe de forma profissional. Para se ter ideia dos números alcançados com o programa, cerca de 75% dos produtores de leite atendidos pelo Balde Cheio conseguem produzir acima de 200 litros por dia, o dobro da média nacional, que é 100 litros/dia”.

Parceria, o segredo do sucesso – Nesse projeto, Embrapa, instituições de assistência técnica e extensão rural (ATER), entidades públicas (órgãos de assistência técnica e extensão rural vinculados às Secretarias Estaduais de Agricultura, prefeituras, departamentos de agricultura municipais e instituições de ensino e pesquisa, instituições financeiras, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e privadas (cooperativas, laticínios, associações, federações de agricultura, Sebrae, instituições de ensino e pesquisa, profissionais autônomos) e produtores andam lado a lado, promovendo ações de capacitação e transferência de tecnologia no campo. A união desses diferentes elos da cadeia produtiva do leite – Embrapa, parceiros, técnicos e produtores – forma uma rede dinâmica de trabalho, com base na troca de informações e de conhecimentos científicos e práticos.

Tecnologias consagradas e adaptadas à região – O projeto Balde Cheio utiliza tanto tecnologias agropecuárias quanto ambientais e gerenciais, monitoradas quanto aos impactos ambientais, econômicos e sociais no sistema de produção, após a adoção. Dentre as principais tecnologias empregadas no campo, destacam-se o uso intensivo de pastagens, em sistema de pastejo rotacionado; sobre-semeadura de aveia ou de azevém em pastagens tropicais durante o período da seca; fornecimento  de suplementação alimentar no período da seca; controle reprodutivo; controle sanitário no rebanho; e uso de técnicas de melhoria do conforto e do bem-estar dos animais. Nas tecnologias ambientais são empregadas a recuperação e conservação da fertilidade do solo; plantio de árvores para formação ou renovação de matas ciliares; preservação de áreas de proteção permanente; controle de efluentes e ações de melhoria da qualidade da água. Nas gerenciais, são realizados o controle zootécnico do rebanho, a análise econômica da produção e o acompanhamento contábil das propriedades participantes.

Criado há mais de 20 anos e já com atuação em vários estados, o  Balde Cheio oferece oportunidade de ganhos produtivos e econômicos com redução de custos/despesas e sem aumento da propriedade rural

Este mês de agosto de 2018, a Embrapa Cocais participou, em Cacoal-RO, do Encontro do Balde Cheio para a região Norte e estados do Maranhão e Piauí, no qual também participaram representantes das Unidades da Embrapa nessas regiões e ainda da Universidade Federal do Acre. A programação contou com visitas a propriedades do estado de Rondônia, nos municípios de Cacoal e Vilhena, que fazem parte do Balde Cheio, reuniões de discussão entre as equipes da Embrapa ali presentes e ainda a realização do II Encontro de Produtores do Balde Cheio de Rondônia. Em Rondônia, as ações do Balde Cheio ocorrem há 10 anos e atualmente há cerca de 50 propriedades atendidas em aproximadamente 15 municípios.

Criado e desenvolvido pela Embrapa Pecuária Sudeste há mais de 20 anos, o Balde Cheio conquistou reconhecimento, por contribuir para o desenvolvimento sustentável da pecuária leiteira, particularmente dos pequenos produtores. Há 2 anos, tornou-se projeto institucional em rede da Embrapa, abrangendo 16 Unidades, incluindo a Embrapa Cocais. No Maranhão, já são cerca de 60 propriedades participantes, com apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Sebrae. O instrutor responsável pelo desenvolvimento do programa no Maranhão, João Rosseto Júnior, trabalha para incrementar a produção de leite nas propriedades e aumentar o número de municípios envolvidos. “O Maranhão tem potencial para crescer em ambas as frentes e em qualidade do produto produzido”.

O que é – O Balde Cheio é uma metodologia de transferência de tecnologias para capacitar, de forma continuada, profissionais da assistência técnica, extensão rural e pecuaristas, em técnicas, práticas e processos agrícolas, zootécnicos, gerenciais e ambientais, visando incrementar a pecuária de leite e a qualidade de vida no campo. A inovação é o uso de uma pequena propriedade produtora de leite, usualmente de base familiar, participante do projeto como “sala de aula prática”, para que a comunidade conheça como funciona a metodologia do Balde Cheio. .

Resultados – Segundo explica o idealizador do projeto, o pesquisador Artur Chinelato de Camargo, a metodologia permite o intercâmbio de informações e conhecimento entre todos os envolvidos (pesquisadores, extensionistas e produtores) de acordo com a realidade de cada propriedade e de sua região, bem como o monitoramento dos impactos ambientais, econômicos e sociais nos sistemas de produção, que adotam as tecnologias propostas, propiciando impactos, não só no aumento na produção e produtividade, mas também na rentabilidade da atividade. “Ou seja, ao tornar o manejo mais eficiente e potencializar os resultados, o Balde Cheio também contribui para a recuperação da autoestima, da dignidade e da qualidade de vida do produtor, permitindo a fixação da família no meio rural. Para a extensão rural, o impacto é o restabelecimento da importância do extensionista como fator essencial para o desenvolvimento sustentável da atividade leiteira no País”, avalia.

Deveres e direitos – Para participar do projeto, o produtor deve cumprir os “combinados”: realizar exames anuais para detecção de brucelose e tuberculose; ter acompanhamento técnico na propriedade; registrar os controles básicos relativos ao clima (chuvas e temperaturas máxima e mínima), às finanças (despesas e receitas com a atividade leiteira) e ao rebanho (parições, coberturas, pesagens mensais e controles leiteiros); e permitir que a propriedade seja visitada por outros produtores e técnicos para realização de dias de campo e reuniões. Nesses encontros, os produtores recebem as orientações dos profissionais da assistência técnica, bem como de um instrutor, capacitados por pesquisadores da Embrapa. Os direitos do produtor são: ser assistido pelo extensionista local e sair e voltar quando quiser ao programa.

Para o chefe-adjunto de transferência de tecnologia, André Novo, da Embrapa Pecuária Sudeste, todos esses “combinados” são essenciais não só para uma produção com boa quantidade, mas também com qualidade. “Nosso objetivo é fazer com que o produtor trabalhe de forma profissional. Para se ter ideia dos números alcançados com o programa, cerca de 75% dos produtores de leite atendidos pelo Balde Cheio conseguem produzir acima de 200 litros por dia, o dobro da média nacional, que é 100 litros/dia”.

Parceria, o segredo do sucesso – Nesse projeto, Embrapa, instituições de assistência técnica e extensão rural (ATER), entidades públicas (órgãos de assistência técnica e extensão rural vinculados às Secretarias Estaduais de Agricultura, prefeituras, departamentos de agricultura municipais e instituições de ensino e pesquisa, instituições financeiras, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e privadas (cooperativas, laticínios, associações, federações de agricultura, Sebrae, instituições de ensino e pesquisa, profissionais autônomos) e produtores andam lado a lado, promovendo ações de capacitação e transferência de tecnologia no campo. A união desses diferentes elos da cadeia produtiva do leite – Embrapa, parceiros, técnicos e produtores – forma uma rede dinâmica de trabalho, com base na troca de informações e de conhecimentos científicos e práticos.

Tecnologias consagradas e adaptadas à região – O projeto Balde Cheio utiliza tanto tecnologias agropecuárias quanto ambientais e gerenciais, monitoradas quanto aos impactos ambientais, econômicos e sociais no sistema de produção, após a adoção. Dentre as principais tecnologias empregadas no campo, destacam-se o uso intensivo de pastagens, em sistema de pastejo rotacionado; sobre-semeadura de aveia ou de azevém em pastagens tropicais durante o período da seca; fornecimento  de suplementação alimentar no período da seca; controle reprodutivo; controle sanitário no rebanho; e uso de técnicas de melhoria do conforto e do bem-estar dos animais. Nas tecnologias ambientais são empregadas a recuperação e conservação da fertilidade do solo; plantio de árvores para formação ou renovação de matas ciliares; preservação de áreas de proteção permanente; controle de efluentes e ações de melhoria da qualidade da água. Nas gerenciais, são realizados o controle zootécnico do rebanho, a análise econômica da produção e o acompanhamento contábil das propriedades participantes.

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