Uma expedição está percorrendo o País para atualizar o mapa dos biomas brasileiros em uma escala cartográfica com maior resolução, o que vai permitir definir com mais detalhes os limites entre eles. O objetivo é criar um mapa na escala cartográfica de 1:250.000, em que 1 centímetro corresponde a 2,5 quilômetros (km). O atual, publicado em 2004, tem escala de 1:5.000.000, ou seja, cada centímetro equivale a 50 km.
Coordenada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da Coordenação de Recursos Naturais e Estudos Ambientais, a Expedição Biomas vai fazer um minucioso trabalho de observação e registros da fauna, flora, relevo, hidrologia e solo, nos seis biomas do Brasil: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal. Pesquisadores e técnicos do IBGE e, eventualmente, de outros órgãos governamentais visitarão as áreas selecionadas, durante cinco meses, para coletar os dados.
O mapa dos biomas é um importante instrumento de política pública, que auxilia a tomada de decisão por parte de gestores, consultores e empreendedores. Com base nesse instrumento, são criadas leis que regulamentam a atividade produtiva e a preservação ambiental. A atualização busca confirmar ou redefinir os limites estabelecidos no primeiro mapeamento, a partir da verificação de critérios físico-bióticos relativos à vegetação, relevo e solo, entre outros aspectos.
A iniciativa do novo mapeamento é resultado de uma série de discussões realizadas em 2017, que tiveram a participação de 61 pesquisadores representando 20 instituições brasileiras de atuação nacional e estadual, incluindo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, os ministérios do Meio Ambiente e de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, além de universidades e institutos de pesquisa.
Pelo Pantanal
As atividades de campo do projeto Representação de Biomas compatível com a Escala 1:250.000 começaram pelo Pantanal, no início de abril. Durante 15 dias, uma equipe visitou cerca de 4.000 km, passando por 23 municípios dos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária (Campinas, SP) João Vila integrou a equipe formada por especialistas do IBGE, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Secretaria de Estado do Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema-MT) e Secretaria de Estado de Planejamento do Mato Grosso (Seplan-MT).
Com o apoio de imagens de satélite e ferramentas de geoprocessamento, os especialistas observaram aspectos geográficos, morfológicos e hidrológicos do Pantanal, como a identificação da vegetação, do tipo de solo e inundações, considerando as áreas de transição que delimitam o bioma. Vila é autor de um trabalho de pesquisa de delimitação da planície pantaneira, realizado na Embrapa Pantanal (Corumbá, MS), que serviu como subsídio para a criação de leis estaduais em Mato Grosso e em Mato Grosso do Sul, que orientam o planejamento ambiental nos estados.
“A definição de limites é fundamental para o planejamento e a criação de critérios de conservação e desenvolvimento”, explica Vila. A legislação ambiental estabelece ainda que os governos estaduais devem usar as informações produzidas pelas instituições de pesquisas locais, para a regulamentação de uso e ocupação da terra. No caso das propriedades rurais, que precisam se adequar ao Código Florestal, essa delimitação é essencial.
Para a geógrafa do IBGE Rosangela Botelho, responsável técnica pela Expedição Biomas – Pantanal, “este novo mapa a ser lançado pelo IBGE representará um avanço na representação de um recorte espacial que reflete as características físico-bióticas do território. Portanto, poderá contribuir para preservação e manejo sustentável dos recursos naturais, desde sua utilização na educação básica até o apoio ao estabelecimento de políticas públicas no País”, ressalta.
A próxima expedição será no limite entre a Mata Atlântica e o Cerrado e estará em campo a partir de 14 de maio. O Mapa de Biomas será publicado no primeiro trimestre de 2019, de acordo com o IBGE.
Uma expedição está percorrendo o País para atualizar o mapa dos biomas brasileiros em uma escala cartográfica com maior resolução, o que vai permitir definir com mais detalhes os limites entre eles. O objetivo é criar um mapa na escala cartográfica de 1:250.000, em que 1 centímetro corresponde a 2,5 quilômetros (km). O atual, publicado em 2004, tem escala de 1:5.000.000, ou seja, cada centímetro equivale a 50 km.
Coordenada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da Coordenação de Recursos Naturais e Estudos Ambientais, a Expedição Biomas vai fazer um minucioso trabalho de observação e registros da fauna, flora, relevo, hidrologia e solo, nos seis biomas do Brasil: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal. Pesquisadores e técnicos do IBGE e, eventualmente, de outros órgãos governamentais visitarão as áreas selecionadas, durante cinco meses, para coletar os dados.
O mapa dos biomas é um importante instrumento de política pública, que auxilia a tomada de decisão por parte de gestores, consultores e empreendedores. Com base nesse instrumento, são criadas leis que regulamentam a atividade produtiva e a preservação ambiental. A atualização busca confirmar ou redefinir os limites estabelecidos no primeiro mapeamento, a partir da verificação de critérios físico-bióticos relativos à vegetação, relevo e solo, entre outros aspectos.
A iniciativa do novo mapeamento é resultado de uma série de discussões realizadas em 2017, que tiveram a participação de 61 pesquisadores representando 20 instituições brasileiras de atuação nacional e estadual, incluindo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, os ministérios do Meio Ambiente e de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, além de universidades e institutos de pesquisa.
Pelo Pantanal
As atividades de campo do projeto Representação de Biomas compatível com a Escala 1:250.000 começaram pelo Pantanal, no início de abril. Durante 15 dias, uma equipe visitou cerca de 4.000 km, passando por 23 municípios dos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. O pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária (Campinas, SP) João Vila integrou a equipe formada por especialistas do IBGE, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Secretaria de Estado do Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema-MT) e Secretaria de Estado de Planejamento do Mato Grosso (Seplan-MT).
Com o apoio de imagens de satélite e ferramentas de geoprocessamento, os especialistas observaram aspectos geográficos, morfológicos e hidrológicos do Pantanal, como a identificação da vegetação, do tipo de solo e inundações, considerando as áreas de transição que delimitam o bioma. Vila é autor de um trabalho de pesquisa de delimitação da planície pantaneira, realizado na Embrapa Pantanal (Corumbá, MS), que serviu como subsídio para a criação de leis estaduais em Mato Grosso e em Mato Grosso do Sul, que orientam o planejamento ambiental nos estados.
“A definição de limites é fundamental para o planejamento e a criação de critérios de conservação e desenvolvimento”, explica Vila. A legislação ambiental estabelece ainda que os governos estaduais devem usar as informações produzidas pelas instituições de pesquisas locais, para a regulamentação de uso e ocupação da terra. No caso das propriedades rurais, que precisam se adequar ao Código Florestal, essa delimitação é essencial.
Para a geógrafa do IBGE Rosangela Botelho, responsável técnica pela Expedição Biomas – Pantanal, “este novo mapa a ser lançado pelo IBGE representará um avanço na representação de um recorte espacial que reflete as características físico-bióticas do território. Portanto, poderá contribuir para preservação e manejo sustentável dos recursos naturais, desde sua utilização na educação básica até o apoio ao estabelecimento de políticas públicas no País”, ressalta.
A próxima expedição será no limite entre a Mata Atlântica e o Cerrado e estará em campo a partir de 14 de maio. O Mapa de Biomas será publicado no primeiro trimestre de 2019, de acordo com o IBGE.