Notícias

Cerrado e perspectivas da agricultura sustentável são discutidos em seminário na Embrapa

Como será possível elevar a produção e a produtividade agrícola no Cerrado brasileiro até 2040 de forma sustentável? O que fazer para superar os desafios que ameaçam o desenvolvimento sustentável do bioma, caso não sejam definidas estratégias que contribuam com o processo de tomada de decisão do setor produtivo rural?  Pesquisadores e especialistas do setor público e privado se reuniram em Brasília, na sede da Embrapa, durante os dias 14 e 15 de agosto, para analisar tendências, incertezas e possíveis rupturas que irão moldar o futuro da região.

O encontro fez parte das atividades programadas no projeto Dinâmica Agrícola do Cerrado Brasileiro (Dinacer), cujo objetivo é realizar análises espaciais e temporais sobre a dinâmica agrícola no Cerrado no período 1940-2018 e realizar projeções e cenários para as próximas décadas (2018-2040). O Projeto Dinacer  vem sendo desenvolvido há um ano e meio e tem a coordenação da Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas (Sire), em parceria com a Embrapa Cerrados, e com a colaboração de pesquisadores de outros centros da Embrapa e instituições públicas e privadas. 

A complexidade das variáveis que envolvem a realidade do bioma que representa um quarto de todo o território nacional e onde estão localizados 1.389 municípios foi o ponto de partida para o I Seminário para construção de cenários para o desenvolvimento sustentável da agricultura no Cerrado brasileiro no período 2019-2040. “O resultado desse trabalho poderá subsidiar e contribuir para as tomadas de decisões do setor produtivo rural, na formulação de políticas públicas e na priorização de agendas estratégicas de pesquisa e inovação, voltadas para a região”, comentou o coordenador do projeto, pesquisador Edson Bolfe.

Participaram representantes de Unidades de pesquisa da Embrapa,  Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal de Goiás (UFG), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Presbiteriana Mackenzie, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Câmaras Setoriais, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e empresas de desenvolvimento rural.

 A abertura do evento teve a presença do diretor de Inovação e Negócios da Embrapa, Cleber Soares, que destacou a preocupação da Empresa em manter aberto o debate sobre o Cerrado, um dos biomas mais importantes do Brasil e sobre o qual têm estado voltadas as atenções da pesquisa, principalmente em função do que representa para a economia agrícola nacional. “A Embrapa tem coordenado ações de análise, estudos e cenários relacionadas aos biomas, seus desafios e oportunidades, motivadas em especial pelo momento em que se busca a superação da barreira mais importante a ser transposta, que é a produção agrícola sustentável”, comentou.

O seminário começou com a palestra do pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária, Eduardo Assad, que apresentou dados e questionamentos sobre a atual situação do bioma, que ainda mantém a atividade agrícola dependente, por exemplo, de insumos que vêm de outras regiões do País. Ocupando cerca de 25% do território nacional, correspondente a uma área de 2 milhões de quilômetros quadrados, o Cerrado, apesar das limitações -, como o uso abusivo de água para irrigação e perda de biodiversidade -,  tem uma grande extensão de terras aráveis, condições climáticas adequadas, além da topografia, vegetação e solos apropriados à mecanização, infraestrutura básica e a presença de calcário e fósforo na região. “O panorama relacionado ao bioma mudou muito nos últimos anos, ainda mais se considerarmos os problemas enfrentados pela agricultura nos anos 1970”, destacou Assad. “À época, o conhecimento dos recursos naturais era limitado, a fertilidade dos solos era baixa e os sistemas de produção ineficientes ou inexistentes”.

Para o pesquisador Edson Sano, da Embrapa Cerrados, dentre os temas que vão merecer atenção especial no sistema de produção agrícola do Cerrado em um futuro próximo, incluem-se a competição pelo consumo da água, viabilização do pagamento por serviços ambientais e precificação dos grãos em termos de qualidade (por exemplo, nível de proteína em soja) e rastreabilidade.

Durante os dois dias de seminário, foram discutidas tendências e incertezas do bioma abordando aspectos como produtividade, recursos naturais, agregação de valor, bioeconomia, tecnologia, agricultura de precisão, população, mercado consumidor, infraestrutura e logística para em seguida serem apresentados os resultados relacionados ao caminho produtivo do Cerrado, aos gargalos para a expansão produtiva e os rumos a serem definidos voltados à busca pela agricultura sustentável. Os resultados finais do projeto serão consolidados em uma publicação com os cenários exploratórios do Cerrado brasileiro.

Como será possível elevar a produção e a produtividade agrícola no Cerrado brasileiro até 2040 de forma sustentável? O que fazer para superar os desafios que ameaçam o desenvolvimento sustentável do bioma, caso não sejam definidas estratégias que contribuam com o processo de tomada de decisão do setor produtivo rural?  Pesquisadores e especialistas do setor público e privado se reuniram em Brasília, na sede da Embrapa, durante os dias 14 e 15 de agosto, para analisar tendências, incertezas e possíveis rupturas que irão moldar o futuro da região.

O encontro fez parte das atividades programadas no projeto Dinâmica Agrícola do Cerrado Brasileiro (Dinacer), cujo objetivo é realizar análises espaciais e temporais sobre a dinâmica agrícola no Cerrado no período 1940-2018 e realizar projeções e cenários para as próximas décadas (2018-2040). O Projeto Dinacer  vem sendo desenvolvido há um ano e meio e tem a coordenação da Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas (Sire), em parceria com a Embrapa Cerrados, e com a colaboração de pesquisadores de outros centros da Embrapa e instituições públicas e privadas. 

A complexidade das variáveis que envolvem a realidade do bioma que representa um quarto de todo o território nacional e onde estão localizados 1.389 municípios foi o ponto de partida para o I Seminário para construção de cenários para o desenvolvimento sustentável da agricultura no Cerrado brasileiro no período 2019-2040. “O resultado desse trabalho poderá subsidiar e contribuir para as tomadas de decisões do setor produtivo rural, na formulação de políticas públicas e na priorização de agendas estratégicas de pesquisa e inovação, voltadas para a região”, comentou o coordenador do projeto, pesquisador Edson Bolfe.

Participaram representantes de Unidades de pesquisa da Embrapa,  Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal de Goiás (UFG), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Presbiteriana Mackenzie, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Câmaras Setoriais, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e empresas de desenvolvimento rural.

 A abertura do evento teve a presença do diretor de Inovação e Negócios da Embrapa, Cleber Soares, que destacou a preocupação da Empresa em manter aberto o debate sobre o Cerrado, um dos biomas mais importantes do Brasil e sobre o qual têm estado voltadas as atenções da pesquisa, principalmente em função do que representa para a economia agrícola nacional. “A Embrapa tem coordenado ações de análise, estudos e cenários relacionadas aos biomas, seus desafios e oportunidades, motivadas em especial pelo momento em que se busca a superação da barreira mais importante a ser transposta, que é a produção agrícola sustentável”, comentou.

O seminário começou com a palestra do pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária, Eduardo Assad, que apresentou dados e questionamentos sobre a atual situação do bioma, que ainda mantém a atividade agrícola dependente, por exemplo, de insumos que vêm de outras regiões do País. Ocupando cerca de 25% do território nacional, correspondente a uma área de 2 milhões de quilômetros quadrados, o Cerrado, apesar das limitações -, como o uso abusivo de água para irrigação e perda de biodiversidade -,  tem uma grande extensão de terras aráveis, condições climáticas adequadas, além da topografia, vegetação e solos apropriados à mecanização, infraestrutura básica e a presença de calcário e fósforo na região. “O panorama relacionado ao bioma mudou muito nos últimos anos, ainda mais se considerarmos os problemas enfrentados pela agricultura nos anos 1970”, destacou Assad. “À época, o conhecimento dos recursos naturais era limitado, a fertilidade dos solos era baixa e os sistemas de produção ineficientes ou inexistentes”.

Para o pesquisador Edson Sano, da Embrapa Cerrados, dentre os temas que vão merecer atenção especial no sistema de produção agrícola do Cerrado em um futuro próximo, incluem-se a competição pelo consumo da água, viabilização do pagamento por serviços ambientais e precificação dos grãos em termos de qualidade (por exemplo, nível de proteína em soja) e rastreabilidade.

Durante os dois dias de seminário, foram discutidas tendências e incertezas do bioma abordando aspectos como produtividade, recursos naturais, agregação de valor, bioeconomia, tecnologia, agricultura de precisão, população, mercado consumidor, infraestrutura e logística para em seguida serem apresentados os resultados relacionados ao caminho produtivo do Cerrado, aos gargalos para a expansão produtiva e os rumos a serem definidos voltados à busca pela agricultura sustentável. Os resultados finais do projeto serão consolidados em uma publicação com os cenários exploratórios do Cerrado brasileiro.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *