Desde 2016 comercializando sementes orgânicas da variedade de milho BRS Caimbé, a empresa licenciada da Embrapa “Grãos Orgânicos” aposta neste segmento que vem sendo cada vez mais valorizado na alimentação da população brasileira. “O hábito de se consumir produtos livres de insumos químicos já é uma tendência. No caso do milho orgânico, temos que pensar que o cereal move toda uma cadeia produtiva, desde o horticultor que quer plantar uma semente livre de inseticidas até as cadeias produtivas do leite, da carne e dos ovos, que precisam de uma matéria prima orgânica para conseguirem a certificação dos seus produtos”, explica o pesquisador Walter Matrangolo, da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG).
No caso da cultivar BRS Caimbé, o sistema orgânico de produção é bastante complexo. “Nosso objetivo é aliar eficiência técnica e econômica com equilíbrio e respeito à biodiversidade”, resume o técnico agrícola Virgínio Gonçalves, da Embrapa Milho e Sorgo. Abaixo, conheça uma série de dicas reunidas pelo pesquisador Walter Matrangolo, da Embrapa, e pelo sócio-gerente da empresa Grãos Orgânicos, Carlos Thomaz, sobre a condução dos sistemas orgânicos de produção envolvendo o milho, o controle de pragas, doenças e plantas espontâneas, além de outras recomendações. A cultivar de milho BRS Caimbé é uma variedade de ciclo precoce com ampla adaptação a todas as regiões brasileiras.
Fundamentos para a produção orgânica
Fonte: Pesquisador Walter Matrangolo (Embrapa Milho e Sorgo)
Primeiro passo: conhecer o histórico da área
As formas de manejo do solo podem interferir em sua capacidade de produção.
Muita movimentação de máquinas cria camadas compactas que reduzem a capacidade das raízes se aprofundarem em busca de água e nutrientes. A compactação também impede que o ar chegue às raízes e prejudica a atividade de microrganismos importantes. A falta de Oxigênio altera a forma química de muitos nutrientes e reduz sua assimilação. Um solo poroso, vivo, favorece a infiltração de água, a penetração das raízes em maiores profundidade, o que a torna mais resistente à seca e melhor nutrida.
Segundo passo: rotação entre culturas de grupos distintos – leguminosas e gramíneas, por exemplo
É um fundamento essencial que evita o “cansaço” do solo e diminui a chance de surtos de doenças e de insetos fitófagos. Onde foi cultivada apenas uma espécie por muitos anos, corre-se o risco de populações de organismos associados terem explosões populacionais no caso de haver continuidade de cultivo semelhante.
Terceiro passo: avaliação física, química e biológica do solo
Conhecer a estrutura física do solo é fundamental, pois implicará em cuidados especiais no manejo de implementos. Solos mais argilosos podem ser compactados mais rapidamente, reduzindo os macros e micros poros. O teor de matéria orgânica afeta a retenção de água e a disponibilização de nutrientes. A excessiva movimentação de máquinas consome matéria orgânica, pois favorece a atividade microbiana e deixa o solo sem agregados. Solos com maior teor de matéria orgânica são capazes de fornecer mais Fósforo. A vida no solo é essencial para a produção. Fungos e bactérias favorecem a estruturação do solo, pois criam estruturas que agregam pequenas partículas. Desagregado, o solo não retém água, reduz sua aeração nas raízes e a absorção de nutrientes.
Quarto passo: conhecer o regime hídrico
A restrição de água pode ser o principal fator a prejudicar a colheita. A cobertura do solo reduz a perda da água de chuva por escorrimento e favorece o seu armazenamento. As constantes mudanças nos padrões de chuva (mais veranicos e chuvas concentradas em curtos períodos) criam condições de estresse nas plantas cultivadas.
Quinto passo: produzir matéria orgânica
Aumentar o teor de matéria orgânica do solo é fundamental. Produção de composto orgânico a partir dos materiais vegetais produzidos na propriedade é mais econômico e exige planejamento. Leguminosas são capazes de transformar o Nitrogênio disponível em compostos nitrogenados e resgatar nutrientes do solo e armazená-los em seus tecidos, que são liberados com a decomposição. Em uma área próxima, as leguminosas podem ser cultivadas de forma adensada e cortadas periodicamente para suprir a demanda por nutrientes. Leguminosas com ciclos curtos tem o inconveniente de terem que ser replantadas periodicamente. Já as perenes, com boa capacidade de rebrota, exigem um esforço menor por demandar apenas um plantio. Um composto ideal deve ter os nutrientes de fácil disponibilização como ocorre com as folhas de leguminosas, além de fibras. Esse conjunto contribui com a estrutura física do solo e o mantém protegido por mais tempo.
Sexto passo: manutenção e ampliação de áreas de refúgio para agentes de controle biológico natural
Aves e diversos insetos que são agentes de controle biológico são importantes para manter a população de insetos fitófagos em níveis baixos. Migram para a lavoura para buscar alimento (no caso de aves e insetos predadores) e hospedeiros (no caso de insetos que precisam de outros insetos para concluir seu ciclo de vida – os parasitoides). As populações que crescem na lavoura, após a colheita, migram para as matas e ali se multiplicam. Novas populações são geradas que contribuirão com o controle biológico natural na próxima safra.
Além das matas, muitas plantas espontâneas são importantes por produzirem pólen e néctar que alimentarão insetos benéficos. Bem nutridos, são capazes de serem mais efetivos no controle, gerando mais descendentes.
Recomendações e dicas para a produção orgânica de milho
Fonte: Carlos Thomaz Lopes (Grãos Orgânicos)
1 – Nutrição do solo
Diferentemente do que ocorre com os adubos granulados, que são prontamente acessíveis pelo sistema radicular das plantas, a adubação orgânica requer mais tempo, seja para sua liberação, seja para sua mineralização. Além disso, os adubos químicos são mais concentrados e os volumes utilizados são bem menores do que os adubos orgânicos. Para ser bem sucedido, o produtor orgânico precisa antes de qualquer coisa se ajustar a essa realidade e acostumar-se ao uso de instrumentos com características muito diferentes da nutrição convencional. Deve, também, avaliar que em contrapartida, tem benefícios continuados de melhoria das condições de solo, tanto químicas quanto físicas e biológicas. A nutrição orgânica é usualmente obtida por meio do uso combinado de:
a) Adubação verde, com crotalárias, feijão-guandu e feijão-de-porco, mucuna e outras leguminosas. Essas plantas apresentam a propriedade de fixar nitrogênio no solo;
b) Fontes orgânicas de adubação, a exemplo do esterco sólido e curtido, e do composto, que consiste no resultado de um processo envolvendo esterco de gado ou de aves, misturado com gramíneas, leguminosas e restos de cultura. O objetivo é adubar o sistema de produção como um todo, não apenas a cultura. Existem diversos manuais sobre o assunto; um dos mais práticos pode ser visto neste link.
Dicas
– Solo em primeiro lugar: análise, avaliação e correções. Cada região apresenta características e desafios específicos.
– Rotação e/ou consórcio da cultura se possível com leguminosas. São as formas mais eficazes para evitar os riscos trazidos pela monocultura.
– Composto ou esterco curado com qualidade e quantidade adequadas à cultura principal e sempre que possível em combinação com a adubação.
2 – Controle de plantas espontâneas
Como o uso de defensivos é vetado no sistema orgânico de produção, resta ao produtor orgânico valer-se de controles mecânicos e culturais, sendo quase todos preventivos. Os mecânicos são conhecidos, podendo ser com o uso de cultivadores ou roçadeiras, e os manuais ou costais, como a capina e a roçada. É recomendável que se faça uma capina com cultivador na fase inicial da cultura (em torno de 15 dias após a emergência), uma segunda em fase posterior e uma capina manual de catação. Os métodos culturais passam, dentre outros, pelo uso de cultivares adaptadas, arranjo de plantas, culturas de cobertura, alelopatia e rotação de culturas. É recomendável também o controle de plantas espontâneas na área de pousio, impedindo que essas plantas lancem novas sementes no solo, assim como a operação de limpeza de implementos.
Um exemplo muito usado consiste no plantio prévio de leguminosas com boa capacidade de cobertura, que dificultam a emergência e o desenvolvimento das plantas espontâneas, além de auxiliarem na adubação por meio da fixação de nitrogênio, assim como no fornecimento de biomassa. Para grandes áreas, o controle de espontâneas é um dos principais desafios e requer planejamento e utilização de ambos os controles mencionados. Em compensação, áreas maiores têm os ganhos de escala, que permitem utilização de equipamentos mecanizados maiores e preparação antecipada de culturas que ocupam espaços e dificultam os avanços de plantas espontâneas. Uma boa descrição de ambos os métodos pode ser vista em http://panorama.cnpms.embrapa.br/copy_of_plantas-daninhas .
Dicas
– Conhecer as plantas espontâneas com maior dificuldade de controle e antecipar-se sempre;
– Adotar espaçamento da cultura principal que ajude no controle;
– Uso de cultivador e de roçadeira costal (primeiro estágio)
3 – Manejo ecológico de pragas e doenças
Na agricultura orgânica, partimos do princípio que é fundamental reconhecer as principais pragas da cultura assim como seus inimigos naturais, além de conhecer o histórico da área. Procura-se, por meio de monitoramento sistemático, conhecer a flutuação de pragas nas áreas e evitar focos e condições favoráveis à sua propagação. Para tal fim, o uso preventivo do controle biológico tem sido de particular utilidade. Como exemplo, podemos citar a utilização do Baculovírus, o Trichogramma e o Bt (Bacillus thuringiensis). O manejo ecológico não faz milagres, mas permite um controle em tempo hábil, pelo monitoramento constante, e eficaz, pelo levantamento de focos em condições de serem controlados no seu nascedouro.
Dicas
– Conhecer os principais vetores, pragas e doenças;
– Realizar o monitoramento semanal da área de plantio;
– Rapidez na aquisição de biocontroles e preparação de caldas e sua aplicação.
Atenção: quanto mais constantes as operações de rotação e de consórcio, quanto melhor for a nutrição do solo e quanto melhor for realizado o controle de espontâneas, teremos menores riscos de infestações de pragas e ocorrência de doenças. A biodiversidade é um dos mais poderosos instrumentos de controle natural disponíveis para o produtor orgânico.
AQUISIÇÃO – Para comprar sementes orgânicas do milho BRS Caimbé, entre em contato com a empresa “Grãos Orgânicos”, licenciada da Embrapa. Clique aqui.
Assista aqui um vídeo sobre o sistema de produção do BRS Caimbé orgânico.
Assista aqui ao Dia de Campo na TV produzido pela Embrapa sobre o sistema orgânico de produção de milho.
Desde 2016 comercializando sementes orgânicas da variedade de milho BRS Caimbé, a empresa licenciada da Embrapa “Grãos Orgânicos” aposta neste segmento que vem sendo cada vez mais valorizado na alimentação da população brasileira. “O hábito de se consumir produtos livres de insumos químicos já é uma tendência. No caso do milho orgânico, temos que pensar que o cereal move toda uma cadeia produtiva, desde o horticultor que quer plantar uma semente livre de inseticidas até as cadeias produtivas do leite, da carne e dos ovos, que precisam de uma matéria prima orgânica para conseguirem a certificação dos seus produtos”, explica o pesquisador Walter Matrangolo, da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG).
No caso da cultivar BRS Caimbé, o sistema orgânico de produção é bastante complexo. “Nosso objetivo é aliar eficiência técnica e econômica com equilíbrio e respeito à biodiversidade”, resume o técnico agrícola Virgínio Gonçalves, da Embrapa Milho e Sorgo. Abaixo, conheça uma série de dicas reunidas pelo pesquisador Walter Matrangolo, da Embrapa, e pelo sócio-gerente da empresa Grãos Orgânicos, Carlos Thomaz, sobre a condução dos sistemas orgânicos de produção envolvendo o milho, o controle de pragas, doenças e plantas espontâneas, além de outras recomendações. A cultivar de milho BRS Caimbé é uma variedade de ciclo precoce com ampla adaptação a todas as regiões brasileiras.
Fundamentos para a produção orgânica
Fonte: Pesquisador Walter Matrangolo (Embrapa Milho e Sorgo)
Primeiro passo: conhecer o histórico da área
As formas de manejo do solo podem interferir em sua capacidade de produção.
Muita movimentação de máquinas cria camadas compactas que reduzem a capacidade das raízes se aprofundarem em busca de água e nutrientes. A compactação também impede que o ar chegue às raízes e prejudica a atividade de microrganismos importantes. A falta de Oxigênio altera a forma química de muitos nutrientes e reduz sua assimilação. Um solo poroso, vivo, favorece a infiltração de água, a penetração das raízes em maiores profundidade, o que a torna mais resistente à seca e melhor nutrida.
Segundo passo: rotação entre culturas de grupos distintos – leguminosas e gramíneas, por exemplo
É um fundamento essencial que evita o “cansaço” do solo e diminui a chance de surtos de doenças e de insetos fitófagos. Onde foi cultivada apenas uma espécie por muitos anos, corre-se o risco de populações de organismos associados terem explosões populacionais no caso de haver continuidade de cultivo semelhante.
Terceiro passo: avaliação física, química e biológica do solo
Conhecer a estrutura física do solo é fundamental, pois implicará em cuidados especiais no manejo de implementos. Solos mais argilosos podem ser compactados mais rapidamente, reduzindo os macros e micros poros. O teor de matéria orgânica afeta a retenção de água e a disponibilização de nutrientes. A excessiva movimentação de máquinas consome matéria orgânica, pois favorece a atividade microbiana e deixa o solo sem agregados. Solos com maior teor de matéria orgânica são capazes de fornecer mais Fósforo. A vida no solo é essencial para a produção. Fungos e bactérias favorecem a estruturação do solo, pois criam estruturas que agregam pequenas partículas. Desagregado, o solo não retém água, reduz sua aeração nas raízes e a absorção de nutrientes.
Quarto passo: conhecer o regime hídrico
A restrição de água pode ser o principal fator a prejudicar a colheita. A cobertura do solo reduz a perda da água de chuva por escorrimento e favorece o seu armazenamento. As constantes mudanças nos padrões de chuva (mais veranicos e chuvas concentradas em curtos períodos) criam condições de estresse nas plantas cultivadas.
Quinto passo: produzir matéria orgânica
Aumentar o teor de matéria orgânica do solo é fundamental. Produção de composto orgânico a partir dos materiais vegetais produzidos na propriedade é mais econômico e exige planejamento. Leguminosas são capazes de transformar o Nitrogênio disponível em compostos nitrogenados e resgatar nutrientes do solo e armazená-los em seus tecidos, que são liberados com a decomposição. Em uma área próxima, as leguminosas podem ser cultivadas de forma adensada e cortadas periodicamente para suprir a demanda por nutrientes. Leguminosas com ciclos curtos tem o inconveniente de terem que ser replantadas periodicamente. Já as perenes, com boa capacidade de rebrota, exigem um esforço menor por demandar apenas um plantio. Um composto ideal deve ter os nutrientes de fácil disponibilização como ocorre com as folhas de leguminosas, além de fibras. Esse conjunto contribui com a estrutura física do solo e o mantém protegido por mais tempo.
Sexto passo: manutenção e ampliação de áreas de refúgio para agentes de controle biológico natural
Aves e diversos insetos que são agentes de controle biológico são importantes para manter a população de insetos fitófagos em níveis baixos. Migram para a lavoura para buscar alimento (no caso de aves e insetos predadores) e hospedeiros (no caso de insetos que precisam de outros insetos para concluir seu ciclo de vida – os parasitoides). As populações que crescem na lavoura, após a colheita, migram para as matas e ali se multiplicam. Novas populações são geradas que contribuirão com o controle biológico natural na próxima safra.
Além das matas, muitas plantas espontâneas são importantes por produzirem pólen e néctar que alimentarão insetos benéficos. Bem nutridos, são capazes de serem mais efetivos no controle, gerando mais descendentes.
Recomendações e dicas para a produção orgânica de milho
Fonte: Carlos Thomaz Lopes (Grãos Orgânicos)
1 – Nutrição do solo
Diferentemente do que ocorre com os adubos granulados, que são prontamente acessíveis pelo sistema radicular das plantas, a adubação orgânica requer mais tempo, seja para sua liberação, seja para sua mineralização. Além disso, os adubos químicos são mais concentrados e os volumes utilizados são bem menores do que os adubos orgânicos. Para ser bem sucedido, o produtor orgânico precisa antes de qualquer coisa se ajustar a essa realidade e acostumar-se ao uso de instrumentos com características muito diferentes da nutrição convencional. Deve, também, avaliar que em contrapartida, tem benefícios continuados de melhoria das condições de solo, tanto químicas quanto físicas e biológicas. A nutrição orgânica é usualmente obtida por meio do uso combinado de:
a) Adubação verde, com crotalárias, feijão-guandu e feijão-de-porco, mucuna e outras leguminosas. Essas plantas apresentam a propriedade de fixar nitrogênio no solo;
b) Fontes orgânicas de adubação, a exemplo do esterco sólido e curtido, e do composto, que consiste no resultado de um processo envolvendo esterco de gado ou de aves, misturado com gramíneas, leguminosas e restos de cultura. O objetivo é adubar o sistema de produção como um todo, não apenas a cultura. Existem diversos manuais sobre o assunto; um dos mais práticos pode ser visto neste link.
Dicas
– Solo em primeiro lugar: análise, avaliação e correções. Cada região apresenta características e desafios específicos.
– Rotação e/ou consórcio da cultura se possível com leguminosas. São as formas mais eficazes para evitar os riscos trazidos pela monocultura.
– Composto ou esterco curado com qualidade e quantidade adequadas à cultura principal e sempre que possível em combinação com a adubação.
2 – Controle de plantas espontâneas
Como o uso de defensivos é vetado no sistema orgânico de produção, resta ao produtor orgânico valer-se de controles mecânicos e culturais, sendo quase todos preventivos. Os mecânicos são conhecidos, podendo ser com o uso de cultivadores ou roçadeiras, e os manuais ou costais, como a capina e a roçada. É recomendável que se faça uma capina com cultivador na fase inicial da cultura (em torno de 15 dias após a emergência), uma segunda em fase posterior e uma capina manual de catação. Os métodos culturais passam, dentre outros, pelo uso de cultivares adaptadas, arranjo de plantas, culturas de cobertura, alelopatia e rotação de culturas. É recomendável também o controle de plantas espontâneas na área de pousio, impedindo que essas plantas lancem novas sementes no solo, assim como a operação de limpeza de implementos.
Um exemplo muito usado consiste no plantio prévio de leguminosas com boa capacidade de cobertura, que dificultam a emergência e o desenvolvimento das plantas espontâneas, além de auxiliarem na adubação por meio da fixação de nitrogênio, assim como no fornecimento de biomassa. Para grandes áreas, o controle de espontâneas é um dos principais desafios e requer planejamento e utilização de ambos os controles mencionados. Em compensação, áreas maiores têm os ganhos de escala, que permitem utilização de equipamentos mecanizados maiores e preparação antecipada de culturas que ocupam espaços e dificultam os avanços de plantas espontâneas. Uma boa descrição de ambos os métodos pode ser vista em http://panorama.cnpms.embrapa.br/copy_of_plantas-daninhas .
Dicas
– Conhecer as plantas espontâneas com maior dificuldade de controle e antecipar-se sempre;
– Adotar espaçamento da cultura principal que ajude no controle;
– Uso de cultivador e de roçadeira costal (primeiro estágio)
3 – Manejo ecológico de pragas e doenças
Na agricultura orgânica, partimos do princípio que é fundamental reconhecer as principais pragas da cultura assim como seus inimigos naturais, além de conhecer o histórico da área. Procura-se, por meio de monitoramento sistemático, conhecer a flutuação de pragas nas áreas e evitar focos e condições favoráveis à sua propagação. Para tal fim, o uso preventivo do controle biológico tem sido de particular utilidade. Como exemplo, podemos citar a utilização do Baculovírus, o Trichogramma e o Bt (Bacillus thuringiensis). O manejo ecológico não faz milagres, mas permite um controle em tempo hábil, pelo monitoramento constante, e eficaz, pelo levantamento de focos em condições de serem controlados no seu nascedouro.
Dicas
– Conhecer os principais vetores, pragas e doenças;
– Realizar o monitoramento semanal da área de plantio;
– Rapidez na aquisição de biocontroles e preparação de caldas e sua aplicação.
Atenção: quanto mais constantes as operações de rotação e de consórcio, quanto melhor for a nutrição do solo e quanto melhor for realizado o controle de espontâneas, teremos menores riscos de infestações de pragas e ocorrência de doenças. A biodiversidade é um dos mais poderosos instrumentos de controle natural disponíveis para o produtor orgânico.
AQUISIÇÃO – Para comprar sementes orgânicas do milho BRS Caimbé, entre em contato com a empresa “Grãos Orgânicos”, licenciada da Embrapa. Clique aqui.
Assista aqui um vídeo sobre o sistema de produção do BRS Caimbé orgânico.
Assista aqui ao Dia de Campo na TV produzido pela Embrapa sobre o sistema orgânico de produção de milho.