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Estudo econômico aponta que é atraente investir em sistemas integrados de produção

Ao participar do 56º Congresso da Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural (SOBER) durante esta semana em Campinas, SP, pesquisadora revela resultados de estudo econômico de sistemas de Integração-Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) e Integração-Lavoura-Pecuária (ILP), atualizado ano a ano desde 2008, e afirma que os resultados têm consistentemente indicado que todos os sistemas de produção avaliados, individualmente, se mostram economicamente viáveis.

A informação chega em boa hora, principalmente para produtores que cada vez mais investigam a viabilidade econômica de se adotar sistemas integrados (SI). Para a especialista Mariana de Aragão Pereira, pesquisadora da Embrapa Gado de Corte que apresentou o trabalho:  “Viabilidade Econômica da Introdução de Eucalipto em Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária” no Congresso, os SI além de promover sustentabilidade, têm a vantagem de viabilizar a oferta de carne, grãos e madeira simultaneamente, reduzindo riscos de produção e mercado. “O ideal é que se faça uma análise de investimento considerando o mercado florestal, no caso da ILPF”, aconselha. Ela acrescenta que o olhar no longo prazo, nesse caso, é muito importante para uma tomada de decisão no presente. Além disso, Mariana Pereira recomenda ao produtor/investidor que busque auxílio de profissionais da consultoria técnica antes de optar por um ou outro sistema para minimizar riscos de decisões equivocadas, do ponto de vista técnico-econômico.

A pesquisadora avaliou os sistemas integrados, considerando preços médios de boi gordo, soja e produtos florestais em 2017 e uma taxa de desconto de 10% na análise de investimento (equivalente a outros investimentos de longo prazo disponíveis no mercado). A partir daí, simulou cenários com alterações nesta taxa e nos preços da madeira, comparando os resultados dos três sistemas avaliados. “Embora todos os sistemas tenham se apresentado viáveis economicamente, a rentabilidade dos sistemas ILPF diminuiu em comparação ao ILP, que, segundo este estudo, se mostrou mais atraente aos investimentos de capital do que os sistemas com árvores, em virtude da queda nos preços da madeira e aumento no preço de grãos e carne”, afirma a pesquisadora.  Mas os mercados são dinâmicos, diz ela, e esses resultados relativos se alteram. Mariana lembra que até 2015, as análises econômicas apresentavam o quadro oposto com os sistemas com árvores demonstrando maior rentabilidade do que o ILP, independente dos cenários alternativos.

Em sua apresentação no Congresso da SOBER, a especialista em economia rural enfatizou: “trabalhar com sistemas sustentáveis é um grande desafio para o setor agrícola. Neste contexto, os SI têm se destacado, dado o seu potencial para enfrentar este desafio”.  Ela reafirma que o SI, além de promover a sustentabilidade, pode resultar em aumentos rápidos e significativos na oferta de carne, grãos e madeira. Há estudos que mostram que um sistema ILPF com 357 árvores por hectare resultou em capacidade de suporte entre 0,8 e 1,0 unidade animal por hectare (UA/ha), semelhante à média brasileira, com o diferencial de viabilizar a produção de outras culturas na mesma área, agregando renda ao produtor.

O 56º Congresso realizado de 29 de julho a 1º de agosto no Instituto de Economia da Unicamp, em Campinas, SP, reuniu cerca de 700 trabalhos e participação de estudantes e profissionais. A Embrapa esteve presente apresentando trabalhos de outros profissionais. No primeiro dia do Congresso, Cleber Oliveira Soares, diretor de inovação da Embrapa apresentou palestra em um dos painéis sobre Pesquisa e Extensão na Agropecuária Brasileira: Cenários e Perspectivas em um Mundo Rural em Transformação.

Ao participar do 56º Congresso da Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural (SOBER) durante esta semana em Campinas, SP, pesquisadora revela resultados de estudo econômico de sistemas de Integração-Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) e Integração-Lavoura-Pecuária (ILP), atualizado ano a ano desde 2008, e afirma que os resultados têm consistentemente indicado que todos os sistemas de produção avaliados, individualmente, se mostram economicamente viáveis.

A informação chega em boa hora, principalmente para produtores que cada vez mais investigam a viabilidade econômica de se adotar sistemas integrados (SI). Para a especialista Mariana de Aragão Pereira, pesquisadora da Embrapa Gado de Corte que apresentou o trabalho:  “Viabilidade Econômica da Introdução de Eucalipto em Sistemas de Integração Lavoura-Pecuária” no Congresso, os SI além de promover sustentabilidade, têm a vantagem de viabilizar a oferta de carne, grãos e madeira simultaneamente, reduzindo riscos de produção e mercado. “O ideal é que se faça uma análise de investimento considerando o mercado florestal, no caso da ILPF”, aconselha. Ela acrescenta que o olhar no longo prazo, nesse caso, é muito importante para uma tomada de decisão no presente. Além disso, Mariana Pereira recomenda ao produtor/investidor que busque auxílio de profissionais da consultoria técnica antes de optar por um ou outro sistema para minimizar riscos de decisões equivocadas, do ponto de vista técnico-econômico.

A pesquisadora avaliou os sistemas integrados, considerando preços médios de boi gordo, soja e produtos florestais em 2017 e uma taxa de desconto de 10% na análise de investimento (equivalente a outros investimentos de longo prazo disponíveis no mercado). A partir daí, simulou cenários com alterações nesta taxa e nos preços da madeira, comparando os resultados dos três sistemas avaliados. “Embora todos os sistemas tenham se apresentado viáveis economicamente, a rentabilidade dos sistemas ILPF diminuiu em comparação ao ILP, que, segundo este estudo, se mostrou mais atraente aos investimentos de capital do que os sistemas com árvores, em virtude da queda nos preços da madeira e aumento no preço de grãos e carne”, afirma a pesquisadora.  Mas os mercados são dinâmicos, diz ela, e esses resultados relativos se alteram. Mariana lembra que até 2015, as análises econômicas apresentavam o quadro oposto com os sistemas com árvores demonstrando maior rentabilidade do que o ILP, independente dos cenários alternativos.

Em sua apresentação no Congresso da SOBER, a especialista em economia rural enfatizou: “trabalhar com sistemas sustentáveis é um grande desafio para o setor agrícola. Neste contexto, os SI têm se destacado, dado o seu potencial para enfrentar este desafio”.  Ela reafirma que o SI, além de promover a sustentabilidade, pode resultar em aumentos rápidos e significativos na oferta de carne, grãos e madeira. Há estudos que mostram que um sistema ILPF com 357 árvores por hectare resultou em capacidade de suporte entre 0,8 e 1,0 unidade animal por hectare (UA/ha), semelhante à média brasileira, com o diferencial de viabilizar a produção de outras culturas na mesma área, agregando renda ao produtor.

O 56º Congresso realizado de 29 de julho a 1º de agosto no Instituto de Economia da Unicamp, em Campinas, SP, reuniu cerca de 700 trabalhos e participação de estudantes e profissionais. A Embrapa esteve presente apresentando trabalhos de outros profissionais. No primeiro dia do Congresso, Cleber Oliveira Soares, diretor de inovação da Embrapa apresentou palestra em um dos painéis sobre Pesquisa e Extensão na Agropecuária Brasileira: Cenários e Perspectivas em um Mundo Rural em Transformação.

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