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Jovens do interior de SP trocam expectativas para atuação na agricultura

No Dia Internacional da Agricultura Familiar (25 de julho), pequenos produtores rurais da região de Jundiaí (SP) reuniram-se com seus filhos e alunos da Escola Técnica Benedito Storani no II Fórum Jovens Rurais. Com foco em sucessão na propriedade, o evento apresentou a experiência de jovens que chegaram a buscar outras experiências profissionais, mas retornaram para trabalhar com os pais. Foi promovido pela Embrapa e a Prefeitura de Jundiaí.

A cidade do interior paulista tem tradição no cultivo de frutas, especialmente a uva. Ariana Sgarioni, que administra a Adega Beraldo di Cale, contou em palestra a história da família desde o bisavô, que passou por algumas regiões no Brasil, após imigrar da Itália, até fixar-se em Jundiaí justamente pela possibilidade de trabalhar com os parreirais. A dedicação à atividade passou de geração em geração, com altos e baixos ao longo do tempo. “Eu fui sustentada com dinheiro de uva”, lembrou.

Ariana formou-se nutricionista e buscou a especialização em enologia justamente para levar conhecimento à família, depois de ver as dificuldades da mãe para iniciar a produção na adega. Hoje, com um filho de dois anos, conta orgulhosa como o pequeno já sabe que é um microrganismo, a levedura, o responsável pela transformação da uva em vinho.

Participante do fórum, a engenheira agrônoma Giulia Savieto, de 23 anos, identificou-se com a história de Ariana. Tal com a enóloga, foi “criada” com a renda que os pais obtinham da uva e das outras frutas que ainda hoje produz. Na Agronomia, foi buscar conhecimento para ajudar a família. “Via as dificuldades que eles tinham e queria trazer informação”, conta Giulia. Atualmente, ela trabalha em uma empresa de fertilizantes, mas tem planos de atuar no negócio da família e, por isso, inscreveu-se no fórum junto com o tio, Valdir Fontebasso.

Mais jovem ainda, a estudante Sabrina de Paula, com apenas 14 anos, já quer seguir o passo dos pais, que participaram com ela do fórum.  Sabrina lembra com orgulho como, ainda criança, tornou-se quase professora dos colegas, quando a escola decidiu fazer uma horta. “Não quero perder essa cultura que eu tenho”, afirma, categórica.

Inovação

Outros dois palestrantes relataram, no evento, a experiência de retornar às origens no campo e juntar-se aos pais e avós na condução dos negócios. Em Jarinu, SP, Rodrigo Parise e o irmão assumiram a comercialização de frutas, investiram em marca própria e já começaram a exportar. Em Itatiba, SP, Matias Vargas resgatou a história da Fazenda Pereiras, na família desde o século XIX, e investiu na produção orgânica de hortaliças e no turismo rural.

As falas de Ariana, Rodrigo e Matias mostraram o papel do jovem em buscar a inovação e adaptar o negócio familiar – por vezes, centenário – ao mercado atual. Matias observa que, antes, o objetivo nas propriedades era apenas aumentar a produção; agora, agregar valor é essencial. A experiência dos mais velhos, contudo, é indispensável. Rodrigo diz que é a união entre as gerações que dá resultado. Ariana lembra uma frase do avô alinhada com o pensamento do colega: “Tudo o que divide não multiplica”.

O fórum contou, também, com uma palestra do engenheiro agrônomo Rômulo Kobari, do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural de Atibaia, que falou sobre o comprometimento com os sonhos. Na abertura, o artista Manoel de Matos apresentou a peça teatral “Somos todos José”.

Reunidos em grupos, os participantes foram convidados pelos pesquisadores Ivan Alvarez, da Embrapa Territorial, e Fagoni Calegario, da Embrapa Meio Ambiente, a levantar o que é preciso para atraia os jovens à atividade agropecuária. “Como a gente vai continuar a produção no campo até a agroindústria se os jovens forem embora?”, alertou Ivan. Renda, assistência técnica e acesso a tecnologias foram os itens mais apontados.

A organização do fórum uniu dois projetos da Empresa: Mobilização setorial, capacitação e transferência de tecnologia em Produção Integrada de Morango (PIMo), liderado pela Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP), e Geotecnologias para incrementar a competitividade e sustentabilidade da agricultura familiar no Circuito das Frutas do Estado de São Paulo (GPAF), liderado pela Embrapa Territorial. Integrou a Semana do Agricultor Jundiaiense, promovida pela Unidade de Gestão de Agronegócio, Abastecimento e Turismo (UGAAT) do município.

No Dia Internacional da Agricultura Familiar (25 de julho), pequenos produtores rurais da região de Jundiaí (SP) reuniram-se com seus filhos e alunos da Escola Técnica Benedito Storani no II Fórum Jovens Rurais. Com foco em sucessão na propriedade, o evento apresentou a experiência de jovens que chegaram a buscar outras experiências profissionais, mas retornaram para trabalhar com os pais. Foi promovido pela Embrapa e a Prefeitura de Jundiaí.

A cidade do interior paulista tem tradição no cultivo de frutas, especialmente a uva. Ariana Sgarioni, que administra a Adega Beraldo di Cale, contou em palestra a história da família desde o bisavô, que passou por algumas regiões no Brasil, após imigrar da Itália, até fixar-se em Jundiaí justamente pela possibilidade de trabalhar com os parreirais. A dedicação à atividade passou de geração em geração, com altos e baixos ao longo do tempo. “Eu fui sustentada com dinheiro de uva”, lembrou.

Ariana formou-se nutricionista e buscou a especialização em enologia justamente para levar conhecimento à família, depois de ver as dificuldades da mãe para iniciar a produção na adega. Hoje, com um filho de dois anos, conta orgulhosa como o pequeno já sabe que é um microrganismo, a levedura, o responsável pela transformação da uva em vinho.

Participante do fórum, a engenheira agrônoma Giulia Savieto, de 23 anos, identificou-se com a história de Ariana. Tal com a enóloga, foi “criada” com a renda que os pais obtinham da uva e das outras frutas que ainda hoje produz. Na Agronomia, foi buscar conhecimento para ajudar a família. “Via as dificuldades que eles tinham e queria trazer informação”, conta Giulia. Atualmente, ela trabalha em uma empresa de fertilizantes, mas tem planos de atuar no negócio da família e, por isso, inscreveu-se no fórum junto com o tio, Valdir Fontebasso.

Mais jovem ainda, a estudante Sabrina de Paula, com apenas 14 anos, já quer seguir o passo dos pais, que participaram com ela do fórum.  Sabrina lembra com orgulho como, ainda criança, tornou-se quase professora dos colegas, quando a escola decidiu fazer uma horta. “Não quero perder essa cultura que eu tenho”, afirma, categórica.

Inovação

Outros dois palestrantes relataram, no evento, a experiência de retornar às origens no campo e juntar-se aos pais e avós na condução dos negócios. Em Jarinu, SP, Rodrigo Parise e o irmão assumiram a comercialização de frutas, investiram em marca própria e já começaram a exportar. Em Itatiba, SP, Matias Vargas resgatou a história da Fazenda Pereiras, na família desde o século XIX, e investiu na produção orgânica de hortaliças e no turismo rural.

As falas de Ariana, Rodrigo e Matias mostraram o papel do jovem em buscar a inovação e adaptar o negócio familiar – por vezes, centenário – ao mercado atual. Matias observa que, antes, o objetivo nas propriedades era apenas aumentar a produção; agora, agregar valor é essencial. A experiência dos mais velhos, contudo, é indispensável. Rodrigo diz que é a união entre as gerações que dá resultado. Ariana lembra uma frase do avô alinhada com o pensamento do colega: “Tudo o que divide não multiplica”.

O fórum contou, também, com uma palestra do engenheiro agrônomo Rômulo Kobari, do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural de Atibaia, que falou sobre o comprometimento com os sonhos. Na abertura, o artista Manoel de Matos apresentou a peça teatral “Somos todos José”.

Reunidos em grupos, os participantes foram convidados pelos pesquisadores Ivan Alvarez, da Embrapa Territorial, e Fagoni Calegario, da Embrapa Meio Ambiente, a levantar o que é preciso para atraia os jovens à atividade agropecuária. “Como a gente vai continuar a produção no campo até a agroindústria se os jovens forem embora?”, alertou Ivan. Renda, assistência técnica e acesso a tecnologias foram os itens mais apontados.

A organização do fórum uniu dois projetos da Empresa: Mobilização setorial, capacitação e transferência de tecnologia em Produção Integrada de Morango (PIMo), liderado pela Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP), e Geotecnologias para incrementar a competitividade e sustentabilidade da agricultura familiar no Circuito das Frutas do Estado de São Paulo (GPAF), liderado pela Embrapa Territorial. Integrou a Semana do Agricultor Jundiaiense, promovida pela Unidade de Gestão de Agronegócio, Abastecimento e Turismo (UGAAT) do município.

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