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Consultor do BID confere ações de combate à mosca-da-carambola no Amapá

Gerardo Ortiz conheceu os resultados das pesquisas da Embrapa.

 

O consultor do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Gerardo Ortiz, fez uma visita técnica de uma semana ao Amapá para verificar in loco as ações da superintendência local do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no controle da mosca-da-carambola ((Bactrocera carambolae) e o andamento das pesquisas da Embrapa Amapá visando subsidiar o Ministério na erradicação desta praga. Fez parte da agenda de trabalho, uma visita aos pontos dos municípios de Oiapoque, Calçoene, Tartarugalzinho, Amapá, Pracuúba, Santana e Macapá onde estão instaladas armadilhas para captura da mosca-da-carambola. Acompanhado do superintendente Federal de Agricultura no Amapá, José Victor Torres Alves Costa, e do Agente de Atividades Agropecuárias (aposentado), José Mac-Dowell Pires Filho, o consultor esteve também na área portuária de Santana e locais de embarque e desembarque de transporte fluvial em Macapá, a fim de verificar as condições de controle da saída de frutos hospedeiros da praga.

A mosca-da-carambola é uma praga quarentenária com presença restrita aos estados do Amapá e Roraima, sob controle oficial do Ministério da Agricultura. Originária do sudeste asiático é considerada espécie invasora no Brasil, Suriname, República da Guiana e Guiana Francesa. No Brasil, foi registrada em 1996 em Oiapoque, município do extremo norte do Amapá.

Na Embrapa Amapá, Gerardo Ortiz reuniu inicialmente com o chefe-geral interino, Nagib Melém, e pesquisadores responsáveis pelas pesquisas de moscas-das-frutas, Ricardo Adaime da Silva e Cristiane Ramos de Jesus Barros. Na ocasião, ele tirou suas dúvidas quanto aos resultados e perspectivas dos estudos e mostrou-se otimista quanto à possibilidade do BID investir recursos financeiros nas pesquisas visando o combate da praga. Criado em 1959, o BID é uma das principais fontes de financiamento de longo prazo para o desenvolvimento econômico, social e institucional da América Latina e do Caribe. Também realiza pesquisas de vanguarda e oferece assessoria de políticas, assistência técnica e capacitação para clientes do setor público e privado.

Na ocasião, Nagib Melém destacou para o consultor do BID que o Ministério da Agricultura estima que, se a praga ficar fora de controle no Brasil, poderá gerar um prejuízo potencial de US$ 30,7 milhões no ano inicial e de cerca de US$ 92,4 milhões no terceiro ano de infestação. Portanto, esforço da parceria entre Mapa,  Embrapa e a Diagro, é concentrado para prevenir a entrada da mosca-da-carambola em áreas do Brasil produtoras e exportadoras de frutas, evitando assim prejuízos em torno de R$ 400 milhões anuais, no caso de as exportações de manga, laranja e goiaba serem suspensas, por exemplo.

Na visita monitorada aos laboratórios de pesquisas de proteção de plantas, Ortiz constatou a estrutura, instrumentos, métodos e resultados de estudos desenvolvidos para combate à mosca-da-carambola, os quais subsidiam o Mapa. Os setores visitados foram salas de criação de moscas-das-frutas e de parasitoides agentes de controle biológico, e os laboratórios de entomologia e fitopatologia.

A pesquisadora Cristiane Ramos de Jesus Barros, líder da pesquisa com mosca-da-carambola, ressaltou que no Amapá estão instalados vários experimentos para testar produtos em apoio ao Programa Nacional de Erradicação da Mosca-da-Carambola (PNEMC), que é coordenado pelo Mapa. A intenção é ampliar as opões de tecnologias para o controle e combate da praga. “De forma geral, o objetivo é chegarmos a estratégias que apresentem, no mínimo, a mesma eficiência das tecnologias já existentes, mas com menor impacto ambiental e maior segurança para as pessoas”, explicou a pesquisadora. A expectativa da Embrapa é contribuir com produtos à base de tecnologias “mais limpas”, atendendo às demandas do PNEMC.

Uma das pesquisas da Embrapa Amapá aponta que há 21 espécies vegetais hospedeiras da mosca-da-carambola no estado: caju, manga, taperebá, biribá, ajuru, Licania sp., acerola, muruci, araçá-boi, pitanga, goiaba, goiaba-araçá, ameixa-roxa, jambo-vermelho, carambola, sapotilha (sapoti), abiu, cutiti, tangerina, laranja-da-terra e pimenta-de-cheiro.

Projeto científico “Mosca-da-carambola no Brasil” 
Estes dados são resultantes de pesquisas no âmbito do projeto “Mosca-da-carambola no Brasil: biologia, ecologia e controle”, concluído em 2017. Os estudos incluem também estratégias para monitoramento e controle da mosca-da-carambola, por meio de testes de controle químico, biológico e alternativo para controle da praga nas diferentes fases do seu ciclo de vida, com o objetivo de atingir maior eficiência e minimizar os custos de controle e possíveis impactos ambientais.

Gerardo Ortiz conheceu os resultados das pesquisas da Embrapa.

 

O consultor do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Gerardo Ortiz, fez uma visita técnica de uma semana ao Amapá para verificar in loco as ações da superintendência local do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no controle da mosca-da-carambola ((Bactrocera carambolae) e o andamento das pesquisas da Embrapa Amapá visando subsidiar o Ministério na erradicação desta praga. Fez parte da agenda de trabalho, uma visita aos pontos dos municípios de Oiapoque, Calçoene, Tartarugalzinho, Amapá, Pracuúba, Santana e Macapá onde estão instaladas armadilhas para captura da mosca-da-carambola. Acompanhado do superintendente Federal de Agricultura no Amapá, José Victor Torres Alves Costa, e do Agente de Atividades Agropecuárias (aposentado), José Mac-Dowell Pires Filho, o consultor esteve também na área portuária de Santana e locais de embarque e desembarque de transporte fluvial em Macapá, a fim de verificar as condições de controle da saída de frutos hospedeiros da praga.

A mosca-da-carambola é uma praga quarentenária com presença restrita aos estados do Amapá e Roraima, sob controle oficial do Ministério da Agricultura. Originária do sudeste asiático é considerada espécie invasora no Brasil, Suriname, República da Guiana e Guiana Francesa. No Brasil, foi registrada em 1996 em Oiapoque, município do extremo norte do Amapá.

Na Embrapa Amapá, Gerardo Ortiz reuniu inicialmente com o chefe-geral interino, Nagib Melém, e pesquisadores responsáveis pelas pesquisas de moscas-das-frutas, Ricardo Adaime da Silva e Cristiane Ramos de Jesus Barros. Na ocasião, ele tirou suas dúvidas quanto aos resultados e perspectivas dos estudos e mostrou-se otimista quanto à possibilidade do BID investir recursos financeiros nas pesquisas visando o combate da praga. Criado em 1959, o BID é uma das principais fontes de financiamento de longo prazo para o desenvolvimento econômico, social e institucional da América Latina e do Caribe. Também realiza pesquisas de vanguarda e oferece assessoria de políticas, assistência técnica e capacitação para clientes do setor público e privado.

Na ocasião, Nagib Melém destacou para o consultor do BID que o Ministério da Agricultura estima que, se a praga ficar fora de controle no Brasil, poderá gerar um prejuízo potencial de US$ 30,7 milhões no ano inicial e de cerca de US$ 92,4 milhões no terceiro ano de infestação. Portanto, esforço da parceria entre Mapa,  Embrapa e a Diagro, é concentrado para prevenir a entrada da mosca-da-carambola em áreas do Brasil produtoras e exportadoras de frutas, evitando assim prejuízos em torno de R$ 400 milhões anuais, no caso de as exportações de manga, laranja e goiaba serem suspensas, por exemplo.

Na visita monitorada aos laboratórios de pesquisas de proteção de plantas, Ortiz constatou a estrutura, instrumentos, métodos e resultados de estudos desenvolvidos para combate à mosca-da-carambola, os quais subsidiam o Mapa. Os setores visitados foram salas de criação de moscas-das-frutas e de parasitoides agentes de controle biológico, e os laboratórios de entomologia e fitopatologia.

A pesquisadora Cristiane Ramos de Jesus Barros, líder da pesquisa com mosca-da-carambola, ressaltou que no Amapá estão instalados vários experimentos para testar produtos em apoio ao Programa Nacional de Erradicação da Mosca-da-Carambola (PNEMC), que é coordenado pelo Mapa. A intenção é ampliar as opões de tecnologias para o controle e combate da praga. “De forma geral, o objetivo é chegarmos a estratégias que apresentem, no mínimo, a mesma eficiência das tecnologias já existentes, mas com menor impacto ambiental e maior segurança para as pessoas”, explicou a pesquisadora. A expectativa da Embrapa é contribuir com produtos à base de tecnologias “mais limpas”, atendendo às demandas do PNEMC.

Uma das pesquisas da Embrapa Amapá aponta que há 21 espécies vegetais hospedeiras da mosca-da-carambola no estado: caju, manga, taperebá, biribá, ajuru, Licania sp., acerola, muruci, araçá-boi, pitanga, goiaba, goiaba-araçá, ameixa-roxa, jambo-vermelho, carambola, sapotilha (sapoti), abiu, cutiti, tangerina, laranja-da-terra e pimenta-de-cheiro.

Projeto científico “Mosca-da-carambola no Brasil” 
Estes dados são resultantes de pesquisas no âmbito do projeto “Mosca-da-carambola no Brasil: biologia, ecologia e controle”, concluído em 2017. Os estudos incluem também estratégias para monitoramento e controle da mosca-da-carambola, por meio de testes de controle químico, biológico e alternativo para controle da praga nas diferentes fases do seu ciclo de vida, com o objetivo de atingir maior eficiência e minimizar os custos de controle e possíveis impactos ambientais.

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