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Instituições se unem para criar programa de conservação de solo e água para o RJ

Especialistas de diversos órgãos federais e estaduais estão elaborando uma proposta de programa de conservação de solos e água para o estado do Rio de Janeiro, com base no Programa Integrado de Conservação de Solo e Água do Paraná, um dos pioneiros no Brasil. A intenção é promover a adoção de práticas de conservação do solo e da água e desenvolver sistemas de produção agropecuários de maior sustentabilidade, por meio da integração de esforços de instituições públicas e privadas. Uma reunião técnica está marcada para o dia 8 de maio, na Embrapa Solos (RJ), para que a primeira versão do documento seja construída, e a expectativa da equipe é disponibilizar o programa para os entes públicos responsáveis nos próximos meses.

A proposta começou a ser discutida durante o seminário em alusão ao Dia Nacional de Conservação do Solo, realizado no último dia 13, na Embrapa Solos. Os especialistas analisaram o panorama atual da conservação de solos no estado e o que a pesquisa oferece para o planejamento correto de uso agropecuário das terras nas bacias hidrográficas e para a adequação ambiental e produtiva das propriedades rurais.

De acordo com o pesquisador da Embrapa Solos Aluísio Granato de Andrade, um dos autores da proposta inicial que foi apresentada durante o seminário, o estado do Rio de Janeiro vem sendo explorado com práticas agrícolas inadequadas desde a época do Império, e que muita riqueza já foi gerada com a extração de madeira da Mata Atlântica e com o cultivo do café e da cana-de-açúcar. “Atualmente, a maior parte das terras do estado está ocupada com pastagens para a criação de bovinos. Muitas dessas áreas encontram-se degradadas, com ocorrência de erosão laminar em sulcos e voçorocas. Esse quadro de degradação acarreta perda da capacidade de produção agrícola do solo, desvalorização da propriedade rural, êxodo rural e o assoreamento dos recursos hídricos, gerando graves prejuízos ao produtor, além de deslizamentos de encostas e enchentes, em períodos de chuva, e escassez hídrica, em períodos de estiagem prolongada.”

Participaram das discussões iniciais representantes da Embrapa; Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa); Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário da Casa Civil; Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária, Pesca a Abastecimento do RJ (Seapec); Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ); Emater-Rio; Pesagro-Rio; Fiocruz; Faerj/Senar; Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia; Associação dos Engenheiros Agrônomos do Estado do Rio de Janeiro e outros órgãos.

Pronasolos ampliará informações sobre solos fluminenses

Grande parte do estado do Rio de Janeiro ainda necessita de um maior detalhamento de informação do solo, para que se possa viabilizar o programa estadual de conservação e o promover o desenvolvimento rural sustentável das diferentes regiões do estado, destaca Aluísio Andrade. Dentre essas áreas já foram priorizadas pela equipe do Programa Nacional de Solos do Brasil (Pronasolos) a parte fluminense da bacia do Rio Paraíba do Sul e do Rio Guandú, a região serrana e a região noroeste do estado.

O Pronasolos, iniciado em dezembro, engloba atividades de investigação, documentação, inventário e interpretação de dados de solos brasileiros, para gestão desse recurso e sua conservação, em todos os estados. A ideia é promover o ordenamento territorial no Brasil conjugando o desenvolvimento econômico no campo com a conservação dos recursos naturais e o gerenciamento dos recursos hídricos.

A chefe-adjunta de Transferência de Tecnologia da Embrapa Solos, Petula Nascimento, ressaltou a importância das ações previstas no âmbito do Pronasolos e da implementação de um programa voltado para a conservação dos solos nas bacias hidrográficas do estado. “O desconhecimento sobre informações detalhadas dos solos, que mostrem suas potencialidades, suas limitações e sua distribuição geográfica, dificulta a racionalização de seu uso e contribui para o desperdício de insumos agrícolas. Isso é um impeditivo para o aumento da produtividade agrícola.”

Além das perspectivas que o Pronasolos está abrindo para um conhecimento mais qualificado dos solos fluminenses, pesa a favor da implementação de uma política de conservação a capilaridade que o programa estadual Rio Rural, iniciado em 2006, trouxe junto aos produtores das principais microbacias hidrográficas do estado do Rio de Janeiro. De acordo com a Superintendência de Desenvolvimento Sustentável da Seapec, as ações do Rio Rural já beneficiaram 48 mil agricultores familiares, residentes em 366 microbacias de 72 municípios.

“Hoje nós temos uma condição no estado melhor que há 12 anos, quando o programa Rio Rural se estabeleceu. Temos pessoas no campo discutindo sustentabilidade, muitos produtores sensibilizados e técnicos com mais informações e conhecimento. É um processo que não está no zero, mas que deve ser alavancado e aprofundado, com investimentos em pesquisa e conhecimento. Essa articulação que está sendo estabelecida será fundamental para isso”, enfatizou a pesquisadora Elga Hissa, coordenadora técnica do programa Rio Rural.

O chefe da divisão técnica da Superintendência Federal de Agricultura do RJ/Mapa, Celso Merola Junger, salientou a importância do envolvimento da classe política em projetos de recuperação de áreas degradadas, que envolvem ações de pesquisa e extensão rural que levem o produtor rural a adotar práticas conservacionistas. “Sabemos das dificuldades de recursos financeiros, por isso precisamos da sensibilização política para contemplar essas ações no orçamento. É preciso que se entenda que os problemas dos solos nas bacias hidrográficas refletem inclusive na cidade do Rio de Janeiro, pois seu abastecimento se dá por meio do Rio Paraíba, que passa por regiões com sérios problemas ambientais, que precisam ser recuperadas e preservadas.” 

Especialistas de diversos órgãos federais e estaduais estão elaborando uma proposta de programa de conservação de solos e água para o estado do Rio de Janeiro, com base no Programa Integrado de Conservação de Solo e Água do Paraná, um dos pioneiros no Brasil. A intenção é promover a adoção de práticas de conservação do solo e da água e desenvolver sistemas de produção agropecuários de maior sustentabilidade, por meio da integração de esforços de instituições públicas e privadas. Uma reunião técnica está marcada para o dia 8 de maio, na Embrapa Solos (RJ), para que a primeira versão do documento seja construída, e a expectativa da equipe é disponibilizar o programa para os entes públicos responsáveis nos próximos meses.

A proposta começou a ser discutida durante o seminário em alusão ao Dia Nacional de Conservação do Solo, realizado no último dia 13, na Embrapa Solos. Os especialistas analisaram o panorama atual da conservação de solos no estado e o que a pesquisa oferece para o planejamento correto de uso agropecuário das terras nas bacias hidrográficas e para a adequação ambiental e produtiva das propriedades rurais.

De acordo com o pesquisador da Embrapa Solos Aluísio Granato de Andrade, um dos autores da proposta inicial que foi apresentada durante o seminário, o estado do Rio de Janeiro vem sendo explorado com práticas agrícolas inadequadas desde a época do Império, e que muita riqueza já foi gerada com a extração de madeira da Mata Atlântica e com o cultivo do café e da cana-de-açúcar. “Atualmente, a maior parte das terras do estado está ocupada com pastagens para a criação de bovinos. Muitas dessas áreas encontram-se degradadas, com ocorrência de erosão laminar em sulcos e voçorocas. Esse quadro de degradação acarreta perda da capacidade de produção agrícola do solo, desvalorização da propriedade rural, êxodo rural e o assoreamento dos recursos hídricos, gerando graves prejuízos ao produtor, além de deslizamentos de encostas e enchentes, em períodos de chuva, e escassez hídrica, em períodos de estiagem prolongada.”

Participaram das discussões iniciais representantes da Embrapa; Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa); Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário da Casa Civil; Secretaria Estadual de Agricultura, Pecuária, Pesca a Abastecimento do RJ (Seapec); Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ); Emater-Rio; Pesagro-Rio; Fiocruz; Faerj/Senar; Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia; Associação dos Engenheiros Agrônomos do Estado do Rio de Janeiro e outros órgãos.

Pronasolos ampliará informações sobre solos fluminenses

Grande parte do estado do Rio de Janeiro ainda necessita de um maior detalhamento de informação do solo, para que se possa viabilizar o programa estadual de conservação e o promover o desenvolvimento rural sustentável das diferentes regiões do estado, destaca Aluísio Andrade. Dentre essas áreas já foram priorizadas pela equipe do Programa Nacional de Solos do Brasil (Pronasolos) a parte fluminense da bacia do Rio Paraíba do Sul e do Rio Guandú, a região serrana e a região noroeste do estado.

O Pronasolos, iniciado em dezembro, engloba atividades de investigação, documentação, inventário e interpretação de dados de solos brasileiros, para gestão desse recurso e sua conservação, em todos os estados. A ideia é promover o ordenamento territorial no Brasil conjugando o desenvolvimento econômico no campo com a conservação dos recursos naturais e o gerenciamento dos recursos hídricos.

A chefe-adjunta de Transferência de Tecnologia da Embrapa Solos, Petula Nascimento, ressaltou a importância das ações previstas no âmbito do Pronasolos e da implementação de um programa voltado para a conservação dos solos nas bacias hidrográficas do estado. “O desconhecimento sobre informações detalhadas dos solos, que mostrem suas potencialidades, suas limitações e sua distribuição geográfica, dificulta a racionalização de seu uso e contribui para o desperdício de insumos agrícolas. Isso é um impeditivo para o aumento da produtividade agrícola.”

Além das perspectivas que o Pronasolos está abrindo para um conhecimento mais qualificado dos solos fluminenses, pesa a favor da implementação de uma política de conservação a capilaridade que o programa estadual Rio Rural, iniciado em 2006, trouxe junto aos produtores das principais microbacias hidrográficas do estado do Rio de Janeiro. De acordo com a Superintendência de Desenvolvimento Sustentável da Seapec, as ações do Rio Rural já beneficiaram 48 mil agricultores familiares, residentes em 366 microbacias de 72 municípios.

“Hoje nós temos uma condição no estado melhor que há 12 anos, quando o programa Rio Rural se estabeleceu. Temos pessoas no campo discutindo sustentabilidade, muitos produtores sensibilizados e técnicos com mais informações e conhecimento. É um processo que não está no zero, mas que deve ser alavancado e aprofundado, com investimentos em pesquisa e conhecimento. Essa articulação que está sendo estabelecida será fundamental para isso”, enfatizou a pesquisadora Elga Hissa, coordenadora técnica do programa Rio Rural.

O chefe da divisão técnica da Superintendência Federal de Agricultura do RJ/Mapa, Celso Merola Junger, salientou a importância do envolvimento da classe política em projetos de recuperação de áreas degradadas, que envolvem ações de pesquisa e extensão rural que levem o produtor rural a adotar práticas conservacionistas. “Sabemos das dificuldades de recursos financeiros, por isso precisamos da sensibilização política para contemplar essas ações no orçamento. É preciso que se entenda que os problemas dos solos nas bacias hidrográficas refletem inclusive na cidade do Rio de Janeiro, pois seu abastecimento se dá por meio do Rio Paraíba, que passa por regiões com sérios problemas ambientais, que precisam ser recuperadas e preservadas.” 

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