Na tarde desta quinta-feira (20), teve início a colheita de arroz no Rio Grande do Sul. O ato simbólico que marca o início da safra foi realizado durante a 35ª Abertura Oficial da Colheita de Arroz e Grãos em Terras Baixas, na Estação Experimental de Terras Baixas da Embrapa Clima Temperado, município de Capão do Leão (RS). Este é o sétimo ano consecutivo que o evento ocorre nas dependências da Embrapa. As boas-vindas de Clenio Pillon, diretor-executivo de Pesquisa e Desenvolvimento (DEPD) da Embrapa, deram início às manifestações das autoridades. Pillon afirmou que a realização do evento na Instituição representa a realização de um sonho construído a muitas mãos. Nesse sentido, valorizou a presença de instituições públicas e privadas e do setor produtivo, que representam o melhor em termos de genética, insumos, boas práticas para o sistema de produção e máquinas e equipamentos. “Nós temos aqui uma verdadeira cidade da inovação, que transforma a lavoura arrozeira e as demais cadeias associadas nesse ambiente de terras baixas em uma grande referência mundial”, disse. Na sequência, falou sobre alguns desafios estratégicos do setor, não apenas orizícola, mas também do País e do mundo. Entre eles, apontou questões como segurança alimentar – fazendo referência aos avanços na produção de alimentos nos últimos 50 anos -; soberania alimentar, relembrando a dependência de insumos; mudanças climáticas, fazendo alusão à crise climática recente no estado; e, por fim, descarbonização. “Hoje, os consumidores não querem mais só consumir um alimento, mas um alimento saudável, produzido com balanços ambientais favoráveis. Essa será, cada vez mais, uma grande preocupação da humanidade. Devemos ter um compromisso muito forte, não apenas com a questão da sustentabilidade por uma visão de mercado, mas com uma visão ética da sustentabilidade”, acrescentou. Por fim, também afirmou a necessidade de inclusão sócio-produtiva e digital, no campo e na cidade. “Esse é um papel de protagonismo esperado para a pesquisa agropecuária nacional, que aqui representa essa grande aliança nacional que ajudou a transformar esse país em um celeiro para a nossa humanidade”, finalizou. Alexandre Velho, presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), afirmou estar se encaminhando ao fim da sua jornada como presidente da Federarroz. Também valorizou o evento como promotor da sustentabilidade no campo e agradeceu às empresas parceiras: Embrapa, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e Instituto Riograndense do Arroz (Irga). “Sem esta união de forças, não conseguiríamos fazer um evento desta magnitude”, afirmou. Na sequência, apontou algumas dificuldades do setor, como os altos custos de produção – o principal problema atual das lavouras na visão de Velho. Nesse sentido, criticou a intervenção no mercado do arroz e reforçou a necessidade de seguro agrícola e, no âmbito estadual, de maior reservação de água. “Quando pego a projeção de produtividade que a Conab anuncia e divido pelo custo real de produção da lavoura do Estado, chego facilmente ao valor de R$ 95. O produtor não pode vender arroz abaixo desse preço. Tem prejuízo”, avaliou. Por fim, Gabriel Souza, governador em exercício, iniciou sua fala reconhecendo a eficiência e competência do produtor de arroz gaúcho, que produz 70% do grão no Brasil. Também falou sobre os ganhos em produtividade com base em tecnologia e manejo, valorizando o empenho dos produtores e da ciência, em especial da Embrapa e do Irga. Além disso, destacou alguns investimentos voltados ao setor, como na malha ferroviária gaúcha e na remodelação das carreiras do próprio Irga; abordou um acordo com o Ministério Público para retirar a área produtiva já consolidada da reserva legal do estado; e mencionou programas ligados à viabilização de irrigação aos produtores. Com relação ao último ponto, ainda fez referência a necessidade do setor se preparar para as mudanças climáticas, fazendo alusão aos eventos recentes. O ato ainda contou com a manifestação do superintendente do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) no Estado, José Cleber Dias de Souza, que, ao abordar as contribuições da pasta, fez um resgate histórico dos investimentos em ensino e pesquisa agropecuária no Brasil na década de 1930, que, por sua vez, culminaram posteriormente na criação da Embrapa. E do senador Luis Carlos Heinze, que, entre outros assuntos, destacou as contribuições da tecnologia sulco-camalhão, desenvolvida pela Embrapa, que facilita a irrigação e drenagem nas terras baixas e viabiliza o cultivo de culturas como a soja.
Na tarde desta quinta-feira (20), teve início a colheita de arroz no Rio Grande do Sul. O ato simbólico que marca o início da safra foi realizado durante a 35ª Abertura Oficial da Colheita de Arroz e Grãos em Terras Baixas, na Estação Experimental de Terras Baixas da Embrapa Clima Temperado, município de Capão do Leão (RS). Este é o sétimo ano consecutivo que o evento ocorre nas dependências da Embrapa.
As boas-vindas de Clenio Pillon, diretor-executivo de Pesquisa e Desenvolvimento (DEPD) da Embrapa, deram início às manifestações das autoridades. Pillon afirmou que a realização do evento na Instituição representa a realização de um sonho construído a muitas mãos. Nesse sentido, valorizou a presença de instituições públicas e privadas e do setor produtivo, que representam o melhor em termos de genética, insumos, boas práticas para o sistema de produção e máquinas e equipamentos.
“Nós temos aqui uma verdadeira cidade da inovação, que transforma a lavoura arrozeira e as demais cadeias associadas nesse ambiente de terras baixas em uma grande referência mundial”, disse.
Na sequência, falou sobre alguns desafios estratégicos do setor, não apenas orizícola, mas também do País e do mundo. Entre eles, apontou questões como segurança alimentar – fazendo referência aos avanços na produção de alimentos nos últimos 50 anos -; soberania alimentar, relembrando a dependência de insumos; mudanças climáticas, fazendo alusão à crise climática recente no estado; e, por fim, descarbonização.
“Hoje, os consumidores não querem mais só consumir um alimento, mas um alimento saudável, produzido com balanços ambientais favoráveis. Essa será, cada vez mais, uma grande preocupação da humanidade. Devemos ter um compromisso muito forte, não apenas com a questão da sustentabilidade por uma visão de mercado, mas com uma visão ética da sustentabilidade”, acrescentou.
Por fim, também afirmou a necessidade de inclusão sócio-produtiva e digital, no campo e na cidade. “Esse é um papel de protagonismo esperado para a pesquisa agropecuária nacional, que aqui representa essa grande aliança nacional que ajudou a transformar esse país em um celeiro para a nossa humanidade”, finalizou.
Alexandre Velho, presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), afirmou estar se encaminhando ao fim da sua jornada como presidente da Federarroz. Também valorizou o evento como promotor da sustentabilidade no campo e agradeceu às empresas parceiras: Embrapa, Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e Instituto Riograndense do Arroz (Irga). “Sem esta união de forças, não conseguiríamos fazer um evento desta magnitude”, afirmou.
Na sequência, apontou algumas dificuldades do setor, como os altos custos de produção – o principal problema atual das lavouras na visão de Velho. Nesse sentido, criticou a intervenção no mercado do arroz e reforçou a necessidade de seguro agrícola e, no âmbito estadual, de maior reservação de água. “Quando pego a projeção de produtividade que a Conab anuncia e divido pelo custo real de produção da lavoura do Estado, chego facilmente ao valor de R$ 95. O produtor não pode vender arroz abaixo desse preço. Tem prejuízo”, avaliou.
Por fim, Gabriel Souza, governador em exercício, iniciou sua fala reconhecendo a eficiência e competência do produtor de arroz gaúcho, que produz 70% do grão no Brasil. Também falou sobre os ganhos em produtividade com base em tecnologia e manejo, valorizando o empenho dos produtores e da ciência, em especial da Embrapa e do Irga.
Além disso, destacou alguns investimentos voltados ao setor, como na malha ferroviária gaúcha e na remodelação das carreiras do próprio Irga; abordou um acordo com o Ministério Público para retirar a área produtiva já consolidada da reserva legal do estado; e mencionou programas ligados à viabilização de irrigação aos produtores. Com relação ao último ponto, ainda fez referência a necessidade do setor se preparar para as mudanças climáticas, fazendo alusão aos eventos recentes.
O ato ainda contou com a manifestação do superintendente do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) no Estado, José Cleber Dias de Souza, que, ao abordar as contribuições da pasta, fez um resgate histórico dos investimentos em ensino e pesquisa agropecuária no Brasil na década de 1930, que, por sua vez, culminaram posteriormente na criação da Embrapa. E do senador Luis Carlos Heinze, que, entre outros assuntos, destacou as contribuições da tecnologia sulco-camalhão, desenvolvida pela Embrapa, que facilita a irrigação e drenagem nas terras baixas e viabiliza o cultivo de culturas como a soja.