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Projeto Sacuritá busca avanços no cultivo de moluscos em comunidades tradicionais no NE

‘Sacuritá’ é uma palavra de origem tupi-guarani que significa ‘molusco’. É, também, o nome escolhido para ‘batizar’, trazendo um termo mais leve e carregado de tradição, o projeto ‘Fortalecimento dos sistemas de produção de moluscos bivalves em Sergipe, Alagoas e Pernambuco’. Liderada pelo pesquisador da Embrapa Tabuleiros Costeiros Jefferson Legat, a iniciativa conta recursos do Ministério da Pesca e Aquicultura e com parceiros como a Universidade Federal de Sergipe (UFS), e quer gerar, até 2027, avanços técnicos e agregação de valor à produção de moluscos por comunidades tradicionais de marisqueiras em áreas costeiras dos três estados. A ideia é fortalecer os sistemas agroalimentares de espécies nativas de moluscos bivalves com os quais as marisqueiras já têm tradição de trabalhar, como ostras e massunins, em áreas costeiras de Pernambuco, Sergipe e Alagoas, por meio de tecnologias sustentáveis voltadas à produção e valorização de alimentos seguros, com inserção no mercado, no turismo gastronômico e no aproveitamento de resíduos da cadeia produtiva. Apresentações nas cidades Uma das ações do projeto prevê a apresentação pelas equipes de pesquisa e transferência de tecnologia nas cidades onde a atividade marisqueira já possui tradição e organização social das catadoras. A primeira delas aconteceu na sexta (14) em São Cristóvão, cidade mais antiga e primeira capital de Sergipe, banhada pelo Rio Vaza-Barris. O auditório do Paço Municipal recebeu dezenas de marisqueiras e lideranças de povoados, além de gestores e autoridades municipais, entre os quais o prefeito Júlio Nascimento, bem como as equipes da Embrapa e UFS para a apresentação do projeto. “O componente participativo e colaborativo, de construir coletivamente as ações e buscar as melhorias ouvindo e dialogando com as comunidades de marisqueiras, considerando suas particularidades e diferenciais locais, é fundamental para que os impactos gerados sejam duradouros e sustentáveis, e tragam melhorias efetivas na produção local”, defende Legat. “Esperamos aumentar a produtividade das ostras e massunins, desenvolver produtos a partir de resíduos das conchas e fomentar o turismo de vivência. Isso vai contribuir positivamente na economia das comunidades e abrir caminhos para futuros projetos”, complementou o pesquisador. Para Dona Delma, marisqueira de um povoado local em São Cristóvão, a parceria da Prefeitura com a Embrapa e UFS traz grande otimismo para o fortalecimento da atividade na cidade. “Nossa atividade sempre envolveu muita luta, com grandes dificuldades enfrentadas nos mangues e maré debaixo de sol para trazer o alimento, também com pouca valorização e reconhecimento pela sociedade. É uma alegria ver essa parceria começar a acontecer para nos trazer melhorias, com ganho de renda, reconhecimento e benefícios”, declarou. O projeto Financiado por meio de uma linha de recursos do Ministério de Pesca e Aquicultura com cerca de R$ 1 milhão, o Projeto Sacuritá tem como objeto o fortalecimento de sistemas agroalimentares de espécies nativas de moluscos bivalves em áreas costeiras de Pernambuco, Sergipe e Alagoas, por meio de tecnologias sustentáveis voltadas à produção e valorização de alimentos seguros com inserção no mercado, no turismo gastronômico e no aproveitamento de resíduos da cadeia produtiva. A condução do projeto acontece em quatro eixos – tecnologias e boas práticas para fortalecimento da produção de ostra e massunim; Valoração de produtos com emprego de depuração e segurança sanitária; aproveitamento de resíduos das cascas para uso na indústria cosmética, compostagem de adubos e alimentação de galinhas; formação e fortalecimento de redes sociotécnicas e capacitação das marisqueiras. Rol de ações Produção – Fornecimento de sementes de ostras produzidas em viveiros de produção de sementes e Instalação de 1 Unidade de Referência Tecnológica e Capacitação para manejo de estruturas de cultivo flutuantes Ostranne em cada estado (SE, AL e PE); Fornecimento de sementes de massunins produzidas em viveiros de produção de sementes e Instalação de 1 Unidade de Referência Tecnológica para cultivo de massunins no ambiente natural através do método de ‘semeadura direta’. Valoração – Estabelecer protocolos de depuração de ostras e massunins para eliminar possíveis contaminantes químicos, físicos e biológicos e instalar uma microdepuradora para ostras e outra para massunins em cada estado. Aproveitamento de resíduos – Produção de farinha de conchas para formulação de ração animal para galinhas poedeiras; Desenvolvimento de adubo através de processos de compostagem; Produção de pó de concha para substituição de microplásticos em produtos esfoliantes. Formação de redes – Fortalecer redes sociotécnicas para discussão, aprendizagem e favorecimento do fluxo de informações entre atores públicos e privados; Capacitação de produtores, técnicos e extensionistas. Geotecnologias – Elaboração de mapas identificando comunidades produtoras, pontos de comercialização, locais de captura e cultivo, características ambientais e socioeconômicas. Turismo – Desenvolvimento do turismo de vivência, incluindo material de identificação de espécies.

‘Sacuritá’ é uma palavra de origem tupi-guarani que significa ‘molusco’. É, também, o nome escolhido para ‘batizar’, trazendo um termo mais leve e carregado de tradição, o projeto ‘Fortalecimento dos sistemas de produção de moluscos bivalves em Sergipe, Alagoas e Pernambuco’.

Liderada pelo pesquisador da Embrapa Tabuleiros Costeiros Jefferson Legat, a iniciativa conta recursos do Ministério da Pesca e Aquicultura e com parceiros como a Universidade Federal de Sergipe (UFS), e quer gerar, até 2027, avanços técnicos e agregação de valor à produção de moluscos por comunidades tradicionais de marisqueiras em áreas costeiras dos três estados. 

A ideia é fortalecer os sistemas agroalimentares de espécies nativas de moluscos bivalves com os quais as marisqueiras já têm tradição de trabalhar, como ostras e massunins, em áreas costeiras de Pernambuco, Sergipe e Alagoas, por meio de tecnologias sustentáveis voltadas à produção e valorização de alimentos seguros, com inserção no mercado, no turismo gastronômico e no aproveitamento de resíduos da cadeia produtiva.

Apresentações nas cidades

Uma das ações do projeto prevê a apresentação pelas equipes de pesquisa e transferência de tecnologia nas cidades onde a atividade marisqueira já possui tradição e organização social das catadoras.

A primeira delas aconteceu na sexta (14) em São Cristóvão, cidade mais antiga e primeira capital de Sergipe, banhada pelo  Rio Vaza-Barris. O auditório do Paço Municipal recebeu dezenas de marisqueiras e lideranças de povoados, além de gestores e autoridades municipais, entre os quais o prefeito Júlio Nascimento, bem como as equipes da Embrapa e UFS para a apresentação do projeto.

“O componente participativo e colaborativo, de construir coletivamente as ações e buscar as melhorias ouvindo e dialogando com as comunidades de marisqueiras, considerando suas particularidades e diferenciais locais, é fundamental para que os impactos gerados sejam duradouros e sustentáveis, e tragam melhorias efetivas na produção local”, defende Legat. 

“Esperamos aumentar a produtividade das ostras e massunins, desenvolver produtos a partir de resíduos das conchas e fomentar o turismo de vivência. Isso vai contribuir positivamente na economia das comunidades e abrir caminhos para futuros projetos”, complementou o pesquisador. 

Para Dona Delma, marisqueira de um povoado local em São Cristóvão, a parceria da Prefeitura com a Embrapa e UFS traz grande otimismo para o fortalecimento da atividade na cidade. “Nossa atividade sempre envolveu muita luta, com grandes dificuldades enfrentadas nos mangues e maré debaixo de sol para trazer o alimento, também com pouca valorização e reconhecimento pela sociedade. É uma alegria ver essa parceria começar a acontecer para nos trazer melhorias, com ganho de renda, reconhecimento e benefícios”, declarou. 

O projeto

Financiado por meio de uma linha de recursos do Ministério de Pesca e Aquicultura com cerca de R$ 1 milhão, o Projeto Sacuritá tem como objeto o fortalecimento de sistemas agroalimentares de espécies nativas de moluscos bivalves em áreas costeiras de Pernambuco, Sergipe e Alagoas, por meio de tecnologias sustentáveis voltadas à produção e valorização de alimentos seguros com inserção no mercado, no turismo gastronômico e no aproveitamento de resíduos da cadeia produtiva.

A condução do projeto acontece em quatro eixos – tecnologias e boas práticas para fortalecimento da produção de ostra e massunim; Valoração de produtos com emprego de depuração e segurança sanitária; aproveitamento de resíduos das cascas para uso na indústria cosmética, compostagem de adubos e alimentação de galinhas; formação e fortalecimento de redes sociotécnicas e capacitação das marisqueiras.

Rol de ações

Produção – Fornecimento de sementes de ostras produzidas em viveiros de produção de sementes e Instalação de 1 Unidade de Referência Tecnológica e Capacitação para manejo de estruturas de cultivo flutuantes Ostranne em cada estado (SE, AL e PE); Fornecimento de sementes de massunins produzidas em viveiros de produção de sementes e Instalação de 1 Unidade de Referência Tecnológica para cultivo de massunins no ambiente natural através do método de ‘semeadura direta’.

Valoração – Estabelecer protocolos de depuração de ostras e massunins para eliminar possíveis contaminantes químicos, físicos e biológicos e instalar uma microdepuradora para ostras e outra para massunins em cada estado.

Aproveitamento de resíduos – Produção de farinha de conchas para formulação de ração animal para galinhas poedeiras; Desenvolvimento de adubo através de processos de compostagem; Produção de pó de concha para substituição de microplásticos em produtos esfoliantes.

Formação de redes – Fortalecer redes sociotécnicas para discussão, aprendizagem e favorecimento do fluxo de informações entre atores públicos e privados; Capacitação de produtores, técnicos e extensionistas.

Geotecnologias – Elaboração de mapas identificando comunidades produtoras, pontos de comercialização, locais de captura e cultivo, características ambientais e socioeconômicas.

Turismo – Desenvolvimento do turismo de vivência, incluindo material de identificação de espécies.

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