Notícias

Agricultoras de Paragominas (PA) aprendem a manejar abelhas sem ferrão

Mulheres da comunidade Alto Corací, em Paragominas, Nordeste do estado do Pará, participarão, nos dias 5 e 6 de fevereiro, de capacitação em meliponicultura, que é a atividade de criação de abelhas nativas sem ferrão. O curso “Meliponicultura para Mulheres” é promovido pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) em parceria com a Associação Abelha e conta com apoio técnico da Embrapa.

As abelhas nativas sem ferrão são essenciais para a manutenção da floresta, da biodiversidade e para a produção de alimentos, uma vez que polinizam diversas culturas agrícolas. O Brasil abriga mais de 250 espécies de abelhas nativas conhecidas pela ciência, de um total de 600 descritas mundialmente.

A atividade de criação dessas abelhas (meliponicultura) alia a geração de renda ao aumento de produtividade e à manutenção da floresta. “O objetivo desta formação é empoderar as mulheres da comunidade do Alto Corací, proporcionando-lhes conhecimentos práticos e ferramentas para desenvolver atividades relacionadas à meliponicultura, contribuindo assim para a sustentabilidade dos ecossistemas e a segurança alimentar da região”, explicou Andrés González, Oficial de Pecuária Sustentável, Saúde Animal e Biodiversidade da FAO.

No curso, as mulheres terão acesso a conhecimentos sobre a importância das abelhas nativas na polinização, a biologia da espécie, a relação das abelhas com as plantas da região, além de técnicas de manejo e criação racional. “Trata-se de um curso básico, porém completo. O conteúdo dá condições às mulheres iniciarem na criação de abelhas sem ferrão, conciliando com suas atividades na agricultura e na comunidade”, afirma Márcia Maués, pesquisadora da Embrapa Amazônia Oriental, instituição executora da capacitação.

Além das abelhas, existem outros insetos que também são polinizadores como as vespas, borboletas, moscas, abelhas, formigas, besouros e mariposas, bem como outras espécies, como beija-flores e morcegos.

“A FAO reafirma o seu compromisso com a preservação dos polinizadores, reconhecendo seu ecossistema, serviço ambiental e cultural, e promovendo ao mesmo tempo, a igualdade de gênero nas comunidades rurais”, explica Andrés González.

A capacitação é uma das ações promovidas pela FAO que fazem parte da Estratégia de Integração da Biodiversidade no setor agroalimentar e estão inseridas no Plano de Ação 2018-2030. Essas ações estão alinhadas com a Iniciativa Internacional para Polinizadores, que promove medidas abrangentes e sustentáveis para a manutenção de 90% das plantas silvestres e 75% das culturas que alimentam o mundo e dependem de polinizadores.

Curso: Abelhas sem ferrão: uma introdução à meliponicultura
Curso: Abelhas da América Latina: uma introdução à sua identificação taxonômica

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *