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Câmara Setorial de Milho e Sorgo debate sobre Milho BTMAX, Tecnologias espectrais e qualidade de armazenagem

A Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas, MG) participou da 50ª Reunião Ordinária da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Milho e Sorgo, promovida pelo Ministério da Agricultura e Pecuária realizada em 21 de novembro de 2024. A reunião, presidida por Enori Barbieri, contou com a presença do chefe-geral Frederico Ozanan e da chefe-adjunta de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Milho e Sorgo Maria Marta Pastina. Na ocasião, a Embrapa abordou três assuntos estratégicos: “Milho BTMAX”, “Inovações na análise de qualidade de grãos baseadas em tecnologias espectrais: perspectivas para a produção de milho e sorgo no Brasil” e “Impactos da deficiência de armazenagem e de práticas de campo na qualidade de grãos brasileiros”. “Trabalhamos por meios de plataformas que nos ajudam a contribuir com tecnologias e ativos biotecnológicos cada vez mais disruptivos para o mercado. São várias rotas tecnológicas com uma carteira de mais de 90% de recursos de projetos em inovação aberta com instituições públicas e privadas”, disse Sara Rios, chefe-adjunta de Transferência e Tecnologia da Embrapa. Rios e o diretor financeiro da empresa Agroceres Urbano Campos Ribeiral apresentaram as inovações tecnológicas do evento transgênico de milho BTMAX. “Para o desafio do controle integrado das pragas de culturas agrícolas, especialmente a lagarta-do-cartucho (Spodoptera-frugiperda), pelos prejuízos bilionários causados nas lavouras brasileiras, utilizamos por exemplo as rotas para desenvolvimento de Bioinseticidas, biofábricas, eventos transgênicos, produtos de edição gênica, dentre outros”, contou Rios. “Um dos destaques e que é um ativo de disrupção nacional é o EH913, nome comercial BTMAX, primeiro evento transgênico de milho 100% brasileiro, desenvolvido para o controle da S. frugiperda, em parceria entre a Embrapa e a Helix Sementes e Biotecnologia”, mencionou Rios. Ribeiral comentou sobre os avanços do BTMAX. “Para nós da Agroceres, é uma grande honra fazer parte dessa parceria com a Embrapa, ainda mais em um trabalho que gerou impacto tão significativo para a ciência brasileira. Todas as etapas desse trabalho nos surpreenderam muito, positivamente”. O BTMAX apresenta alta eficácia contra as pragas lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda), considerada a principal praga da cultura do milho, e broca-da-cana (Diatraea saccharalis). O evento transgênico BTMAX, obtido com a adição de um gene da bactéria Bacillus thuringiensis (Bt), foi aprovado por unanimidade pela CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) em junho de 2022. Tecnologias espectrais A pesquisadora Maria Lúcia Ferreira Simeone apresentou a pesquisa “Inovações na análise de qualidade de grãos baseadas em tecnologias espectrais: perspectivas para a produção de milho e sorgo no Brasil”. O trabalho explora o uso de tecnologias espectrais para a análise da composição nutricional de milho e sorgo, com o objetivo de otimizar o controle de qualidade desses grãos. (Foto: Micro NIR – Francine Santos) Uma das tecnologias destacadas é a Espectroscopia no Infravermelho Próximo (NIR), que se caracteriza por sua rapidez, seu baixo custo e sua não destrutividade das amostras no processo analítico. Outra aplicação desenvolvida pelo grupo de pesquisa foi a detecção da micotoxina fumonisina diretamente nos grãos de milho utilizando a tecnologia NIR hiperespectral. Clique aqui, para ler a notícia sobre a apresentação dessas tecnologias. Armazenagem e qualidade de grãos Para falar sobre os “Impactos da deficiência de armazenagem e de práticas de campo na qualidade de grãos brasileiros”, o convidado foi o pesquisador Marco Aurélio Guerra Pimentel, da Embrapa. A deficiência estrutural de armazenagem afeta diretamente a qualidade dos grãos, pela falta de espaço adequado para acondicionar os grãos, mas também indiretamente pela deficiência nas operações básicas de pós-colheita. O milho, o sorgo e os demais cereais produzidos em segunda safra sofrem mais com esse cenário, pois, nos maiores estados produtores, essas culturas são colhidas num momento em que muitas unidades ainda mantêm soja armazenada, que foi colhida na safra de verão. (Foto: Estrutura para armazenagem de grãos – Paulo Kurtz) Segundo Pimentel, na última safra de grãos, o País registrou um volume aproximado de 115 milhões de toneladas deficitárias em armazenagem. “A produção cresce em média de 12 a 13 milhões de toneladas por ano, enquanto o crescimento da capacidade de armazenagem cresce em média de 4 a 5 milhões de toneladas ao ano”, pontuou. “Aumentar as unidades de armazenamento nas fazendas no Brasil será um ganho muito grande em todos os aspectos, para desafogar as unidades nas épocas de pico de colheita, para manter a qualidade dos produtos que podem ser estocados em volumes menores, e para vender a produção em períodos de preço melhor para o produtor. Apesar dos desafios ainda presentes, já observamos ações concretas e grande preocupação com o tema, na busca de somar esforços nas ações de pesquisa e desenvolvimento e transferência de tecnologias, o que tem sido feito em conjunto com a Associação Brasileira de Pós-Colheita (ABRAPÓS), com as universidades, empresas parceiras e com outras Unidades da Embrapa, por meio de eventos técnico-científicos e parcerias institucionais”, relata Marco Aurélio Pimentel. Para ler a notícia completa sobre a armazenagem de grãos, clique aqui.

A Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas, MG) participou da 50ª Reunião Ordinária da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Milho e Sorgo, promovida pelo Ministério da Agricultura e Pecuária realizada em 21 de novembro de 2024.

A reunião, presidida por Enori Barbieri, contou com a presença do chefe-geral Frederico Ozanan e da chefe-adjunta de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Milho e Sorgo Maria Marta Pastina.

Na ocasião, a Embrapa abordou três assuntos estratégicos: “Milho BTMAX”, “Inovações na análise de qualidade de grãos baseadas em tecnologias espectrais: perspectivas para a produção de milho e sorgo no Brasil” e “Impactos da deficiência de armazenagem e de práticas de campo na qualidade de grãos brasileiros”.

 “Trabalhamos por meios de plataformas que nos ajudam a contribuir com tecnologias e ativos biotecnológicos cada vez mais disruptivos para o mercado. São várias rotas tecnológicas com uma carteira de mais de 90% de recursos de projetos em inovação aberta com instituições públicas e privadas”, disse Sara Rios, chefe-adjunta de Transferência e Tecnologia da Embrapa.

Rios e o diretor financeiro da empresa Agroceres Urbano Campos  Ribeiral apresentaram as inovações tecnológicas do evento transgênico de milho BTMAX. “Para o desafio do controle integrado das pragas de culturas agrícolas, especialmente a lagarta-do-cartucho (Spodoptera-frugiperda), pelos prejuízos bilionários causados nas lavouras brasileiras, utilizamos por exemplo as rotas para desenvolvimento de Bioinseticidas, biofábricas, eventos transgênicos, produtos de edição gênica, dentre outros”, contou Rios.

“Um dos destaques e que é um ativo de disrupção nacional é o EH913, nome comercial BTMAX, primeiro evento transgênico de milho 100% brasileiro, desenvolvido para o controle da S. frugiperda, em parceria entre a Embrapa e a Helix Sementes e Biotecnologia”, mencionou Rios.

Ribeiral comentou sobre os avanços do BTMAX. “Para nós da Agroceres, é uma grande honra fazer parte dessa parceria com a Embrapa, ainda mais em um trabalho que gerou impacto tão significativo para a ciência brasileira. Todas as etapas desse trabalho nos surpreenderam muito, positivamente”.

O BTMAX apresenta alta eficácia contra as pragas lagarta-do-cartucho (Spodoptera frugiperda), considerada a principal praga da cultura do milho, e broca-da-cana (Diatraea saccharalis). O evento transgênico BTMAX, obtido com a adição de um gene da bactéria Bacillus thuringiensis (Bt), foi aprovado por unanimidade pela CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) em junho de 2022.

Tecnologias espectrais

A pesquisadora Maria Lúcia Ferreira Simeone apresentou a pesquisa “Inovações na análise de qualidade de grãos baseadas em tecnologias espectrais: perspectivas para a produção de milho e sorgo no Brasil”.

O trabalho explora o uso de tecnologias espectrais para a análise da composição nutricional de milho e sorgo, com o objetivo de otimizar o controle de qualidade desses grãos. (Foto: Micro NIR – Francine Santos)

Uma das tecnologias destacadas é a Espectroscopia no Infravermelho Próximo (NIR), que se caracteriza por sua rapidez, seu baixo custo e sua não destrutividade das amostras no processo analítico. Outra aplicação desenvolvida pelo grupo de pesquisa foi a detecção da micotoxina fumonisina diretamente nos grãos de milho utilizando a tecnologia NIR hiperespectral.

Clique aqui, para ler a notícia sobre a apresentação dessas tecnologias.

Armazenagem e qualidade de grãos

Para falar sobre os “Impactos da deficiência de armazenagem e de práticas de campo na qualidade de grãos brasileiros”, o convidado foi o pesquisador Marco Aurélio Guerra Pimentel, da Embrapa.

A deficiência estrutural de armazenagem afeta diretamente a qualidade dos grãos, pela falta de espaço adequado para acondicionar os grãos, mas também indiretamente pela deficiência nas operações básicas de pós-colheita. O milho, o sorgo e os demais cereais produzidos em segunda safra sofrem mais com esse cenário, pois, nos maiores estados produtores, essas culturas são colhidas num momento em que muitas unidades ainda mantêm soja armazenada, que foi colhida na safra de verão. (Foto: Estrutura para armazenagem de grãos – Paulo Kurtz)

Segundo Pimentel, na última safra de grãos, o País registrou um volume aproximado de 115 milhões de toneladas deficitárias em armazenagem. “A produção cresce em média de 12 a 13 milhões de toneladas por ano, enquanto o crescimento da capacidade de armazenagem cresce em média de 4 a 5 milhões de toneladas ao ano”, pontuou.

“Aumentar as unidades de armazenamento nas fazendas no Brasil será um ganho muito grande em todos os aspectos, para desafogar as unidades nas épocas de pico de colheita, para manter a qualidade dos produtos que podem ser estocados em volumes menores, e para vender a produção em períodos de preço melhor para o produtor.

Apesar dos desafios ainda presentes, já observamos ações concretas e grande preocupação com o tema, na busca de somar esforços nas ações de  pesquisa e desenvolvimento e transferência de tecnologias, o que tem sido feito em conjunto com a Associação Brasileira de Pós-Colheita (ABRAPÓS), com as universidades, empresas parceiras e com outras Unidades da Embrapa, por meio de eventos técnico-científicos e parcerias institucionais”, relata Marco Aurélio Pimentel.

Para ler a notícia completa sobre a armazenagem de grãos, clique aqui.

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