O pesquisador da Embrapa Meio Ambiente Wagner Bettiol foi homenageado em 5 de novembro durante as comemorações dos 97 anos do Instituto Biológico (SP) com a Medalha “Rocha Lima”.
De acordo com a diretora-geral do IB, Ana Eugênia Campos, o nome do pesquisador foi escolhido pelo corpo técnico do Instituto Biológico e aprovado pelo Conselho Técnico-Científico da instituição. “Essa homenagem representa a sua enorme contribuição à ciência. É a forma válida de ressaltarmos os seus valores”, disse em convite.
Bettiol deu uma declaração após receber a honraria:
“Agradeço à dra. Ana Eugênia, diretora do Instituto Biológico de São Paulo, e a todos e todas que compõem o IB, por me concederem esta honra.
Fico realmente muito honrado em receber a Medalha “Rocha Lima”, instituída em 1966 pelo governador do Estado de São Paulo, e estar junto na galeria de ganhadores com Harman Lent, Carlos Lacaz, Paulo Vanzolini, Azis Nacib Ab’Sáber, Crodowaldo Pavan, Alba Lavras, Paulo Nogueira Neto, Manoel Portugal, Roberto Rodrigues, José Roberto Postali Parra, Silvio Vasconcelos, Eduardo Feichtenberger, Walkyria Moraes, Márcia Rebouças, Antonio Machado de Castro, Josete Bersano, Mario Sato, Antonio Batista Filho, Elliot Kitajima, Júlio Rodrigues Neto, Angelo Berchieri e Margareth Genovez.
Como disse durante a minha fala ao receber a medalha: eu simplesmente me dedico a essa tão sofrida Ciência e Tecnologia brasileira. Além disso, por sorte tive a oportunidade de estudar controle biológico de doenças de plantas de forma ininterrupta; apoio das instituições em que trabalhei, especialmente a Embrapa Meio Ambiente desde 1986 quando cheguei na Unidade. Também foi fundamental a convivência com todos os empregados da Embrapa, meus orientados da Unesp e da Universidade Feferal de Lavras (UFLA), e tantos profissionais de diferentes partes do Brasil e do mundo.
Muitas pessoas foram extremamente importantes por eu ter recebido este reconhecimento: meus amigos, meus orientadores na Esalq/USP e meus pais. Mas devo tudo isso, principalmente, à Raquel Ghini e aos meus filhos Renato e Marcello, pois sem eles eu jamais teria tido a vida que tenho”.
Quem foi o cientista que dá nome à medalha
Henrique da Rocha Lima, nascido em 24 de novembro de 1879, no Rio de Janeiro, faleceu em 26 de abril de 1956, em São Paulo.
Quando diretor do Instituto Biológico, de 1933 a 1949, tinha como lema o trabalho em equipe. Seus discípulos procuravam trazer para a Instituição novos conceitos e ideias que, discutidas com o mestre, enriqueciam seus paradigmas.
A Medalha “Rocha Lima” foi instituída pela Sociedade Paulista de História da Medicina, em comemoração ao cinquentenário da descoberta e caracterização da Rickettsia prowazekii, em 1966. Tornou-se oficial pelo Decreto de número 46.088, de 15 de março de 1966, pelo então governador do Estado de São Paulo, Adhemar Pereira de Barros. Essa homenagem foi prestada ao cientista que soube dar muito de si para o engrandecimento do Instituto Biológico.
A medalha, segundo o IB, é uma homenagem àqueles que, com apreço, serviram às suas instituições, extrapolando seus limites, evidenciando o dever cumprido. “Assim, que cada homenageado tenha em sua memória, que a escolha de seu nome foi referendada pela sua enorme contribuição à sociedade. Seus desafios foram cumpridos em sua essência”, divulgaram.