Assessoria de Estratégia da Embrapa (AEST), Embrapa Gado de Leite e Embrapa Florestas realizaram na manhã de quinta-feira, 31, um seminário sobre transição energética. O evento reuniu autoridades, empresários e especialistas para discutir os desafios e as oportunidades para o Brasil na substituição de fontes fósseis por renováveis. Na abertura, Eduardo Matos, Chefe da Assessoria de Estratégia destacou a importância dos debates em socioeconomia com foco na transição energética. Ele agradeceu a presença de parceiros da Embrapa e de outras instituições, ressaltando a necessidade de fortalecer o trabalho conjunto entre pesquisadores de socioeconomia. Na mesa estavam Marie Paviot, do Banco Mundial e Ana Borin, da Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento (DEPD/Embrapa). A programação incluiu a participação de representantes do Banco Mundial, dos Ministérios de Minas e Energia (MME) e da Agricultura (Mapa), além de especialistas do portfólio de Economia Verde da Embrapa. Para os organizadores do evento, nas últimas cinco décadas a agricultura brasileira enfrentou enormes desafios, transformou-se e transformou os territórios rurais e urbanos. Esse processo contou com relevante participação do Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária (SNPA), coordenado pela Embrapa. Além de gerar tecnologia, a Embrapa contribuiu para a articulação dos atores públicos e privados, inclusive extrapolando os limites do setor agrícola. A transição energética, tratada como a substituição de fontes de energia fósseis por fontes renováveis, é considerada um importante vetor do futuro do planeta. A transição energética, pode contribuir para uma ‘nova economia’ focada na ‘reconstrução da natureza’ e na geração de emprego e renda. Eduardo Matos destacou a importância de fortalecer a cooperação entre pesquisadores de socioeconomia em todas as unidades descentralizadas da Embrapa. O chefe da Assessoria de Estratégia ressaltou que o evento foi um desdobramento do esforço de um grupo dedicado ao tema da socioeconomia, criado para fortalecer a colaboração entre unidades da Embrapa e ampliar o espaço de diálogo sobre temas cruciais para o desenvolvimento nacional. Embora o trabalho desse grupo tenha sido formalmente concluído, Matos frisou que seu legado continua a impulsionar a continuidade dos debates e ampliar as oportunidades de escuta e troca de ideias. Agradeceu, ainda, o esforço coletivo da equipe que se dedicou ao projeto, reforçando o compromisso de manter e expandir o espaço de diálogo. Matos destacou o valor estratégico do evento, apontando para a urgência da questão e o compromisso permanente da Embrapa em desenvolver iniciativas sustentáveis. A moderação do seminário foi da pesquisadora Rita Milagres. Durante as apresentações, Marie Paviot, do Banco Mundial, reforçou a importância de alianças estratégicas e destacou o papel da entidade em apoiar iniciativas que promovam a sustentabilidade no setor agrícola brasileiro. Ana Borin, representando a Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa, trouxe uma visão ampla das estratégias da Embrapa, reforçando o papel da transição energética como um dos pilares do novo Plano Diretor da empresa. Transição energética Felipe Sbarbi, representando o Banco Mundial, contextualizou o histórico do banco e ressaltou a relevância da transição energética no país, destacando que projetos relacionados a hidrogênio verde, descarbonização industrial e eficiência energética estão ganhando força. O Banco Mundial vê o Brasil como um líder potencial na área climática, apontando para políticas energéticas nacionais que, ao longo das décadas, têm permitido uma matriz energética majoritariamente renovável. Para apoiar essa transição, Sbarbi citou iniciativas em biocombustíveis e hidrogênio de baixo carbono como caminhos promissores para avançar na descarbonização. Ele destacou que a parceria com o Brasil inclui tanto investimentos quanto suporte técnico em projetos estratégicos e na modernização de hidrelétricas para garantir flexibilidade ao sistema elétrico. Além disso, Sbarbi abordou o papel dos biocombustíveis, vistos como essenciais para a transição nos setores de transporte e indústria, e ressaltou o desafio de alavancar investimentos privados, essencial para sustentar a agenda de sustentabilidade e atender à crescente demanda energética do Brasil. Liderança em energia renovável Leandro de Oliveira Albuquerque, assessor especial da Secretaria Nacional de Transição Energética e Planejamento do Ministério de Minas e Energia (MME), destacou a posição de liderança do Brasil em energia renovável, com 90% de sua matriz elétrica proveniente de fontes limpas e 47% da matriz energética total composta por renováveis. Ele enfatizou que o MME vê a crescente demanda por fontes renováveis como uma oportunidade para inserir o Brasil no cenário global, especialmente nas discussões sobre indústria verde e mercado de carbono. Albuquerque ressaltou que, com recursos limpos abundantes e custos de energia competitivos, o Brasil está bem posicionado para aumentar sua participação na indústria global. Políticas Públicas integradas Lizane Soares Ferreira, secretária-adjunta de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, abordou a importância de políticas públicas integradas para promover a sustentabilidade nas cadeias produtivas agropecuárias. Ela mencionou que o Ministério tem investido em iniciativas como o Plano ABC+ e o Plano Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas, visando descarbonizar o setor agrícola e fomentar uma produção mais sustentável. Segundo Lizane, essas iniciativas são essenciais para o cumprimento dos compromissos climáticos do Brasil e para ampliar o uso de biomassa e outras fontes renováveis na matriz energética. A secretária-adjunta frisou o papel da Embrapa e de outras instituições parceiras na criação de incentivos para inovação e acesso ao crédito diferenciado, que impulsionam a adoção de tecnologias de baixo carbono. Lizane defendeu a educação e a assistência técnica como fatores essenciais para capacitar os produtores na implementação dessas práticas, enfatizando que a transição energética no setor agrícola deve ser realizada de forma justa e acessível. Ela concluiu ressaltando a relevância do fortalecimento de programas voltados para a sustentabilidade, como os de biocombustíveis e bioinsumos que ajudam a tornar o Brasil mais competitivo e alinhado às demandas internacionais por uma agricultura verde e responsável. Alavancar o desenvolvimento sustentável Áurea Fabiana Gerum, responsável pelo portfólio de Economia Verde da Embrapa, lembrou o compromisso da Embrapa com a criação de tecnologias que alavanquem o desenvolvimento sustentável, chamando a atenção para a relevância do setor agrícola como protagonista nesse processo. Ela comentou sobre a importância de soluções tecnológicas que promovam eficiência energética e redução de emissões, alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).E enfatizou a relevância da bioeconomia e da transição para fontes de energia renováveis, alinhando-se aos objetivos estratégicos da empresa e às demandas globais por práticas agrícolas mais sustentáveis. Áurea ressaltou que a Embrapa está engajada em iniciativas que visam reduzir a dependência de combustíveis fósseis na agricultura, promovendo alternativas como o uso de biomassa e outras fontes de energia limpa. Soluções inovadoras e sustentáveis A reunião foi concluída com a entrega oficial do relatório do projeto Ciplan, que destaca a importância da colaboração entre a Embrapa e o setor privado para promover a inovação e a sustentabilidade. O relatório é parte das atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação no acordo de cooperação assinado pela e a empresa Ciplan Cimento Planalto, visando contribuir para a transição energética e explorar oportunidades de produção de biomassa. Sérgio Bautz, CEO da Ciplan, apresentou o relato de cooperação da Embrapa. Ele enfatizou que a parceria com a Embrapa representa um marco na busca por soluções inovadoras e sustentáveis para a indústria de cimento. E sugeriu que outras indústrias considerem essa colaboração com a Embrapa para integrar biomassa e outras alternativas renováveis em seus processos, criando uma rede mais ampla de transição energética na indústria nacional. A iniciativa da empresa, segundo ele, não apenas beneficia o meio ambiente, mas também impulsiona o desenvolvimento econômico local, gerando emprego e renda, e contribuindo para uma economia de baixo carbono . Job Vieira, da Assessoria de Estratégia, um dos organizadores do evento, destacou a importância dos debates em socioeconomia como um espaço de diálogo no compartilhamento de conhecimentos. Revelou ainda que novos debates estão sendo planejados com as equipes para tratar de temas de interesse estratégico para a Embrapa e parceiros. Além de discutir a viabilidade econômica dessas mudanças, o evento sinalizou para a importância de desenvolver ações concretas e colaborativas para acelerar a transição energética no país.
Assessoria de Estratégia da Embrapa (AEST), Embrapa Gado de Leite e Embrapa Florestas realizaram na manhã de quinta-feira, 31, um seminário sobre transição energética. O evento reuniu autoridades, empresários e especialistas para discutir os desafios e as oportunidades para o Brasil na substituição de fontes fósseis por renováveis.
Na abertura, Eduardo Matos, Chefe da Assessoria de Estratégia destacou a importância dos debates em socioeconomia com foco na transição energética. Ele agradeceu a presença de parceiros da Embrapa e de outras instituições, ressaltando a necessidade de fortalecer o trabalho conjunto entre pesquisadores de socioeconomia. Na mesa estavam Marie Paviot, do Banco Mundial e Ana Borin, da Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento (DEPD/Embrapa). A programação incluiu a participação de representantes do Banco Mundial, dos Ministérios de Minas e Energia (MME) e da Agricultura (Mapa), além de especialistas do portfólio de Economia Verde da Embrapa.
Para os organizadores do evento, nas últimas cinco décadas a agricultura brasileira enfrentou enormes desafios, transformou-se e transformou os territórios rurais e urbanos. Esse processo contou com relevante participação do Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária (SNPA), coordenado pela Embrapa. Além de gerar tecnologia, a Embrapa contribuiu para a articulação dos atores públicos e privados, inclusive extrapolando os limites do setor agrícola.
A transição energética, tratada como a substituição de fontes de energia fósseis por fontes renováveis, é considerada um importante vetor do futuro do planeta. A transição energética, pode contribuir para uma ‘nova economia’ focada na ‘reconstrução da natureza’ e na geração de emprego e renda.
Eduardo Matos destacou a importância de fortalecer a cooperação entre pesquisadores de socioeconomia em todas as unidades descentralizadas da Embrapa. O chefe da Assessoria de Estratégia ressaltou que o evento foi um desdobramento do esforço de um grupo dedicado ao tema da socioeconomia, criado para fortalecer a colaboração entre unidades da Embrapa e ampliar o espaço de diálogo sobre temas cruciais para o desenvolvimento nacional. Embora o trabalho desse grupo tenha sido formalmente concluído, Matos frisou que seu legado continua a impulsionar a continuidade dos debates e ampliar as oportunidades de escuta e troca de ideias. Agradeceu, ainda, o esforço coletivo da equipe que se dedicou ao projeto, reforçando o compromisso de manter e expandir o espaço de diálogo. Matos destacou o valor estratégico do evento, apontando para a urgência da questão e o compromisso permanente da Embrapa em desenvolver iniciativas sustentáveis.
A moderação do seminário foi da pesquisadora Rita Milagres. Durante as apresentações, Marie Paviot, do Banco Mundial, reforçou a importância de alianças estratégicas e destacou o papel da entidade em apoiar iniciativas que promovam a sustentabilidade no setor agrícola brasileiro. Ana Borin, representando a Diretoria de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa, trouxe uma visão ampla das estratégias da Embrapa, reforçando o papel da transição energética como um dos pilares do novo Plano Diretor da empresa.
Transição energéticaFelipe Sbarbi, representando o Banco Mundial, contextualizou o histórico do banco e ressaltou a relevância da transição energética no país, destacando que projetos relacionados a hidrogênio verde, descarbonização industrial e eficiência energética estão ganhando força. O Banco Mundial vê o Brasil como um líder potencial na área climática, apontando para políticas energéticas nacionais que, ao longo das décadas, têm permitido uma matriz energética majoritariamente renovável. Para apoiar essa transição, Sbarbi citou iniciativas em biocombustíveis e hidrogênio de baixo carbono como caminhos promissores para avançar na descarbonização. Ele destacou que a parceria com o Brasil inclui tanto investimentos quanto suporte técnico em projetos estratégicos e na modernização de hidrelétricas para garantir flexibilidade ao sistema elétrico. Além disso, Sbarbi abordou o papel dos biocombustíveis, vistos como essenciais para a transição nos setores de transporte e indústria, e ressaltou o desafio de alavancar investimentos privados, essencial para sustentar a agenda de sustentabilidade e atender à crescente demanda energética do Brasil. Liderança em energia renovávelLeandro de Oliveira Albuquerque, assessor especial da Secretaria Nacional de Transição Energética e Planejamento do Ministério de Minas e Energia (MME), destacou a posição de liderança do Brasil em energia renovável, com 90% de sua matriz elétrica proveniente de fontes limpas e 47% da matriz energética total composta por renováveis. Ele enfatizou que o MME vê a crescente demanda por fontes renováveis como uma oportunidade para inserir o Brasil no cenário global, especialmente nas discussões sobre indústria verde e mercado de carbono. Albuquerque ressaltou que, com recursos limpos abundantes e custos de energia competitivos, o Brasil está bem posicionado para aumentar sua participação na indústria global. Políticas Públicas integradasLizane Soares Ferreira, secretária-adjunta de Inovação, Desenvolvimento Sustentável, Irrigação e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, abordou a importância de políticas públicas integradas para promover a sustentabilidade nas cadeias produtivas agropecuárias. Ela mencionou que o Ministério tem investido em iniciativas como o Plano ABC+ e o Plano Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas, visando descarbonizar o setor agrícola e fomentar uma produção mais sustentável. Segundo Lizane, essas iniciativas são essenciais para o cumprimento dos compromissos climáticos do Brasil e para ampliar o uso de biomassa e outras fontes renováveis na matriz energética. A secretária-adjunta frisou o papel da Embrapa e de outras instituições parceiras na criação de incentivos para inovação e acesso ao crédito diferenciado, que impulsionam a adoção de tecnologias de baixo carbono. Lizane defendeu a educação e a assistência técnica como fatores essenciais para capacitar os produtores na implementação dessas práticas, enfatizando que a transição energética no setor agrícola deve ser realizada de forma justa e acessível. Ela concluiu ressaltando a relevância do fortalecimento de programas voltados para a sustentabilidade, como os de biocombustíveis e bioinsumos que ajudam a tornar o Brasil mais competitivo e alinhado às demandas internacionais por uma agricultura verde e responsável. |
Alavancar o desenvolvimento sustentável
Áurea Fabiana Gerum, responsável pelo portfólio de Economia Verde da Embrapa, lembrou o compromisso da Embrapa com a criação de tecnologias que alavanquem o desenvolvimento sustentável, chamando a atenção para a relevância do setor agrícola como protagonista nesse processo. Ela comentou sobre a importância de soluções tecnológicas que promovam eficiência energética e redução de emissões, alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).E enfatizou a relevância da bioeconomia e da transição para fontes de energia renováveis, alinhando-se aos objetivos estratégicos da empresa e às demandas globais por práticas agrícolas mais sustentáveis. Áurea ressaltou que a Embrapa está engajada em iniciativas que visam reduzir a dependência de combustíveis fósseis na agricultura, promovendo alternativas como o uso de biomassa e outras fontes de energia limpa.
Soluções inovadoras e sustentáveis
A reunião foi concluída com a entrega oficial do relatório do projeto Ciplan, que destaca a importância da colaboração entre a Embrapa e o setor privado para promover a inovação e a sustentabilidade. O relatório é parte das atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação no acordo de cooperação assinado pela e a empresa Ciplan Cimento Planalto, visando contribuir para a transição energética e explorar oportunidades de produção de biomassa.
Sérgio Bautz, CEO da Ciplan, apresentou o relato de cooperação da Embrapa. Ele enfatizou que a parceria com a Embrapa representa um marco na busca por soluções inovadoras e sustentáveis para a indústria de cimento. E sugeriu que outras indústrias considerem essa colaboração com a Embrapa para integrar biomassa e outras alternativas renováveis em seus processos, criando uma rede mais ampla de transição energética na indústria nacional. A iniciativa da empresa, segundo ele, não apenas beneficia o meio ambiente, mas também impulsiona o desenvolvimento econômico local, gerando emprego e renda, e contribuindo para uma economia de baixo carbono.
Job Vieira, da Assessoria de Estratégia, um dos organizadores do evento, destacou a importância dos debates em socioeconomia como um espaço de diálogo no compartilhamento de conhecimentos. Revelou ainda que novos debates estão sendo planejados com as equipes para tratar de temas de interesse estratégico para a Embrapa e parceiros.
Além de discutir a viabilidade econômica dessas mudanças, o evento sinalizou para a importância de desenvolver ações concretas e colaborativas para acelerar a transição energética no país.
Jorge Duarte
Superintendência de Comunicação (Sucom)
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