O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Sergipe (IFS) comemorou, na quinta (31), o centenário do Campus São Cristóvão, antigo Colégio Agrícola e Escola Agrotécnica federal de Sergipe. A cerimônia contou com a presença de representantes da Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju, SE). Amaury Santos, chefe de Pesquisa e Desenvolvimento, representou a Unidade da Embrapa, que no início de suas operações, na década de 1970, funcionou no mesmo povoado da área do Campus, o Quissamã, em São Cristóvão, Grande Aracaju. Prestigiaram a cerimônia, também, membros da equipe da Embrapa que fizeram sua formação na instituição – a analista Pureza Prado, secretária da Chefia da Unidade, e o técnico agrícola Arnaldo Rodrigues, dirigente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (Sinpaf). A solenidade teve tom emocionante, com belas homenagens a servidores e dirigentes aposentados do Instituto que contribuíram para a construção de sua rica e longa história. Marco Arlindo, diretor-geral do campus, destacou nominalmente os responsáveis pela construção do Campus São Cristóvão e falou da relevância da instituição para a educação em Sergipe. A reitora do IFS, Ruth Sales Gama, rememorou a história do Campus São Cristóvão e ressaltou a importância dos jovens que por lá passaram e atualmente estudam no local. História O Campus São Cristóvão, antes chamado de Escola Agrotécnica Federal de São Cristóvão, tem sua origem no Patronato São Maurício, que fora criado em 1924 pelo governo do Estado de Sergipe e oferecia curso de aprendizes artífices a crianças e adolescentes com problemas de ajustamento social e emocional. Em 1926, o Patronato teve sua denominação modificada, passando a se chamar “Patronato de Menores Francisco de Sá” em homenagem ao Ministro da Aviação do governo Artur Bernardes. Em 1931, o interventor federal, Augusto Maynard Gomes, modificou a denominação do Patronato, que passou a se chamar “Patronato de Menores Cyro de Azevedo”. Em 1934, dez anos após a sua criação, o “Patronato de Menores” foi federalizado e por Decreto denominado “Aprendizado Agrícola de Sergipe” e, em 1939, passou a “Aprendizado Agrícola Benjamim Constant”. A partir de 1943, é autorizado a manter cursos de Ensino Rural com duração de 3 (três) anos, destinados à formação de trabalhadores rurais. O programa de ensino agrícola de grau elementar e médio foi institucionalizado, no Brasil, pela Lei Orgânica do Ensino Agrícola, Decreto Lei nº 9.613, de 20/08/1946, e artigos 2º e 4º do Decreto Federal n.º 22.470, de 20/01/1947, que apresentava a seguinte inovação: criação de escolas agrícolas, que deveriam funcionar em regime de internato, onde seriam ministradas as quatro séries do 1º ciclo (Ginásio Agrícola) e as três séries do 2º ciclo, atribuindo3se aos concluintes o diploma de Técnico em Agricultura. Naquele momento, em Sergipe, o Aprendizado recebeu nova denominação passando a se chamar “Escola de Iniciação Agrícola Benjamin Constant”, ministrando o curso de Iniciação Agrícola, em dois anos, para qualificar operários e complementando em mais três anos para concluir o curso de Mestria Agrícola. Em 1952, quando a escola passou a ministrar os ensinos primário e ginasial, foi denominada “Escola Agrícola Benjamin Constant” com o objetivo de formar técnicos agrícolas, mantendo dois cursos: o de Técnico em Agropecuária e o de técnico em Economia Doméstica. Em decorrência da Lei n.º 4.024, de 20 de dezembro de 1961 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), as Escolas Agrícolas passaram a ser denominadas de Colégios Agrícolas, ministrando as três séries do 2º ciclo (Colegial) e conferindo aos concluintes o diploma de Técnico. Tal iniciativa foi viabilizada com base no Decreto-lei n° 9.613 de 20 de agosto de 1946 – Lei Orgânica do Ensino Agrícola, cujo artigo 1º prescreve, in verbis: “Esta lei estabelece as bases de organização e de regime do ensino agrícola, que é o ramo do ensino até o segundo grau, destinado essencialmente à preparação profissional dos trabalhadores da agricultura”. Em 1967, através do Decreto n.°60.731, os Ginásios Agrícolas passam a ser subordinados ao Ministério da Educação e da Cultura, vinculados à Diretoria de Ensino Agrícola (DEA) e, posteriormente, em 1970, à diretoria de Ensino Médio (DEM). Em sintonia com o modelo desenvolvimentista adotado pelo governo, as escolas buscam ajustar suas ações às demandas decorrentes do surgimento de grandes empresas voltadas para o desenvolvimento de tecnologias agrícolas, cuja base metodológica fundamentava-se na educação para o trabalho, com a premissa filosófica do “aprender a fazer e fazer para aprender”. Competiam aos discentes as tarefas, desde a plantação até a comercialização, preparando3os para a administração de propriedades agrícolas. A produção e o trabalho eram as bases educativas que fundamentavam esse modelo de ensino. A denominação Escola Agrotécnica Federal de São Cristóvão-SE adveio com o Decreto n° 83.935 de 04/09/79, cujo teor alterou a denominação dos estabelecimentos de ensino subordinados à COAGRI. Com o advento do Decreto n.º 93.613/86, extingui3se a COAGRI e cria-se a Secretaria de Ensino de 2º Grau – SESG, que absorveu as atividades do referido órgão. Em 1990, o Decreto n.º 99.244/90 reorganiza a Administração Federal transformando a SESG em Secretaria de Educação Tecnológica – SENETE e posteriormente, em 1992, em Secretaria de Educação Média e Tecnológica – SEMTEC. Em 17 de novembro de 1993, a Escola Agrotécnica Federal de São Cristóvão é transformada em autarquia federal vinculada ao Ministério da Educação e do Desporto, através da lei n° 8.731. *Seção ‘História’ com informações do IFS
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Sergipe (IFS) comemorou, na quinta (31), o centenário do Campus São Cristóvão, antigo Colégio Agrícola e Escola Agrotécnica federal de Sergipe. A cerimônia contou com a presença de representantes da Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju, SE).
Amaury Santos, chefe de Pesquisa e Desenvolvimento, representou a Unidade da Embrapa, que no início de suas operações, na década de 1970, funcionou no mesmo povoado da área do Campus, o Quissamã, em São Cristóvão, Grande Aracaju.
Prestigiaram a cerimônia, também, membros da equipe da Embrapa que fizeram sua formação na instituição – a analista Pureza Prado, secretária da Chefia da Unidade, e o técnico agrícola Arnaldo Rodrigues, dirigente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Pesquisa e Desenvolvimento Agropecuário (Sinpaf).
A solenidade teve tom emocionante, com belas homenagens a servidores e dirigentes aposentados do Instituto que contribuíram para a construção de sua rica e longa história.
Marco Arlindo, diretor-geral do campus, destacou nominalmente os responsáveis pela construção do Campus São Cristóvão e falou da relevância da instituição para a educação em Sergipe. A reitora do IFS, Ruth Sales Gama, rememorou a história do Campus São Cristóvão e ressaltou a importância dos jovens que por lá passaram e atualmente estudam no local.
História
O Campus São Cristóvão, antes chamado de Escola Agrotécnica Federal de São Cristóvão, tem sua origem no Patronato São Maurício, que fora criado em 1924 pelo governo do Estado de Sergipe e oferecia curso de aprendizes artífices a crianças e adolescentes com problemas de ajustamento social e emocional.
Em 1926, o Patronato teve sua denominação modificada, passando a se chamar “Patronato de Menores Francisco de Sá” em homenagem ao Ministro da Aviação do governo Artur Bernardes. Em 1931, o interventor federal, Augusto Maynard Gomes, modificou a denominação do Patronato, que passou a se chamar “Patronato de Menores Cyro de Azevedo”.
Em 1934, dez anos após a sua criação, o “Patronato de Menores” foi federalizado e por Decreto denominado “Aprendizado Agrícola de Sergipe” e, em 1939, passou a “Aprendizado Agrícola Benjamim Constant”. A partir de 1943, é autorizado a manter cursos de Ensino Rural com duração de 3 (três) anos, destinados à formação de trabalhadores rurais.
O programa de ensino agrícola de grau elementar e médio foi institucionalizado, no Brasil, pela Lei Orgânica do Ensino Agrícola, Decreto Lei nº 9.613, de 20/08/1946, e artigos 2º e 4º do Decreto Federal n.º 22.470, de 20/01/1947, que apresentava a seguinte inovação: criação de escolas agrícolas, que deveriam funcionar em regime de internato, onde seriam ministradas as quatro séries do 1º ciclo (Ginásio Agrícola) e as três séries do 2º ciclo, atribuindo3se aos concluintes o diploma de Técnico em Agricultura.
Naquele momento, em Sergipe, o Aprendizado recebeu nova denominação passando a se chamar “Escola de Iniciação Agrícola Benjamin Constant”, ministrando o curso de Iniciação Agrícola, em dois anos, para qualificar operários e complementando em mais três anos para concluir o curso de Mestria Agrícola.
Em 1952, quando a escola passou a ministrar os ensinos primário e ginasial, foi denominada “Escola Agrícola Benjamin Constant” com o objetivo de formar técnicos agrícolas, mantendo dois cursos: o de Técnico em Agropecuária e o de técnico em Economia Doméstica.
Em decorrência da Lei n.º 4.024, de 20 de dezembro de 1961 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), as Escolas Agrícolas passaram a ser denominadas de Colégios Agrícolas, ministrando as três séries do 2º ciclo (Colegial) e conferindo aos concluintes o diploma de Técnico. Tal iniciativa foi viabilizada com base no Decreto-lei n° 9.613 de 20 de agosto de 1946 – Lei Orgânica do Ensino Agrícola, cujo artigo 1º prescreve, in verbis: “Esta lei estabelece as bases de organização e de regime do ensino agrícola, que é o ramo do ensino até o segundo grau, destinado essencialmente à preparação profissional dos trabalhadores da agricultura”.
Em 1967, através do Decreto n.°60.731, os Ginásios Agrícolas passam a ser subordinados ao Ministério da Educação e da Cultura, vinculados à Diretoria de Ensino Agrícola (DEA) e, posteriormente, em 1970, à diretoria de Ensino Médio (DEM).
Em sintonia com o modelo desenvolvimentista adotado pelo governo, as escolas buscam ajustar suas ações às demandas decorrentes do surgimento de grandes empresas voltadas para o desenvolvimento de tecnologias agrícolas, cuja base metodológica fundamentava-se na educação para o trabalho, com a premissa filosófica do “aprender a fazer e fazer para aprender”. Competiam aos discentes as tarefas, desde a plantação até a comercialização, preparando3os para a administração de propriedades agrícolas. A produção e o trabalho eram as bases educativas que fundamentavam esse modelo de ensino.
A denominação Escola Agrotécnica Federal de São Cristóvão-SE adveio com o Decreto n° 83.935 de 04/09/79, cujo teor alterou a denominação dos estabelecimentos de ensino subordinados à COAGRI.
Com o advento do Decreto n.º 93.613/86, extingui3se a COAGRI e cria-se a Secretaria de Ensino de 2º Grau – SESG, que absorveu as atividades do referido órgão.
Em 1990, o Decreto n.º 99.244/90 reorganiza a Administração Federal transformando a SESG em Secretaria de Educação Tecnológica – SENETE e posteriormente, em 1992, em Secretaria de Educação Média e Tecnológica – SEMTEC.
Em 17 de novembro de 1993, a Escola Agrotécnica Federal de São Cristóvão é transformada em autarquia federal vinculada ao Ministério da Educação e do Desporto, através da lei n° 8.731.
*Seção ‘História’ com informações do IFS