A Embrapa Meio Ambiente participou da 6ª edição do International Fish Congress & Fish Expo Brasil (IFC 2024), realizada de 24 a 26 de setembro em Foz do Iguaçu (PR). O evento, um dos mais importantes para o setor de pescado no Brasil, reuniu mais de 150 expositores e promoveu sete atividades simultâneas, abordando questões estratégicas e inovações tecnológicas para toda a cadeia produtiva. A participação da Embrapa aconteceu em parceria com a Itaipu Binacional, no estande da hidrelétrica, onde foram apresentados resultados técnicos de pesquisas com aquicultura realizadas pelas instituições. A Embrapa é parceira da Itaipu em um projeto de cooperação científica que visa validar protocolos para a produção de juvenis de tilápia e pacu em Sistema de Bioflocos (BFT – Biofloc Technology). Este sistema de produção intensiva é sustentável, pois quase não exige a renovação da água. A tecnologia permite a ciclagem de nutrientes e a reutilização da água por meio de microrganismos que assimilam compostos nitrogenados, tornando o sistema mais eficiente e ambientalmente amigável. Além disso, a biomassa microbiana gerada serve como fonte complementar de nutrientes para os peixes, reduzindo os custos com alimentação. Um dos temas abordados foi a produção de tilápia em tanques-rede com ênfase no funcionamento do sistema BFT e na avaliação ambiental dessa prática. Durante a programação do IFC, a pesquisadora Mariana Silveira, da Embrapa Meio Ambiente, apresentou uma palestra voltada a produtores e técnicos, detalhando as ações do projeto e as iniciativas de transferência de tecnologia, como o Dia de Campo e o mapeamento de interessados no sistema BFT por meio de questionário online. Encerrando a participação, no dia 26 de setembro, foi realizado um Dia de Campo nas instalações de Itaipu. O evento reuniu produtores e técnicos extensionistas para apresentar o sistema de bioflocos em operação, destacando seu potencial para a produção sustentável de peixes na região. O pesquisador Hamilton Hisano, da Embrapa Meio Ambiente, que coordena o projeto BFT junto a Itaipu, ressaltou que a pesquisa trabalha com juvenis de tilápia (Oreochromis niloticus), a espécie de peixe mais produzida no Brasil, devido a vantagens como rusticidade, rápido crescimento e qualidade da carne, e de pacu (Piaractus mesopotamicus). A produtora Marilaine Del Pintor Sanches, da Piscicultura Piracema, que possui centros de produção em Munhõz de Mello e Jardim Olinda, no Paraná, acompanhou um grupo de mais de 20 produtores na visita técnica à Itaipu. Ela destacou a preocupação da organização em identificar, por meio de um questionário, o nível de conhecimento de cada produtor sobre o sistema BFT. “Participar desse Dia de Campo com a Embrapa e os técnicos da Itaipu foi de grande valia para o aprendizado sobre o sistema de bioflocos”, afirmou. Marilaine ressaltou a importância de olhar para o futuro do setor com um viés de sustentabilidade produtiva. “É preciso cuidar do sistema, da água e do ambiente e o BFT congrega muito bem todos esses conceitos”, concluiu. Aníbal Santos, técnico do setor de Transferência de Tecnologia da Embrapa Meio Ambiente, explica que a estratégia de medir o nível de conhecimento dos piscicultores sobre o sistema de bioflocos é essencial para preparar o caminho para futuras ações de difusão de conhecimento e transferência de tecnologia. O pesquisador Hamilton Hisano complementa: “Estão previstos outros eventos e iniciativas para divulgar os resultados do projeto e ampliar o acesso às informações sobre esse sistema de produção. Queremos alcançar produtores, técnicos, extensionistas e outros interessados no setor aquícola.” Celso Carlos Buglione, técnico da Itaipu, destacou que o desenvolvimento da tecnologia de cultivo de peixes em bioflocos pela parceria entre Itaipu Binacional e Embrapa é de extrema relevância para a região e para a aquicultura no Brasil, pois fortalece a sustentabilidade e a eficiência produtiva, beneficiando tanto os produtores locais, quanto o setor aquícola nacional.
A Embrapa Meio Ambiente participou da 6ª edição do International Fish Congress & Fish Expo Brasil (IFC 2024), realizada de 24 a 26 de setembro em Foz do Iguaçu (PR). O evento, um dos mais importantes para o setor de pescado no Brasil, reuniu mais de 150 expositores e promoveu sete atividades simultâneas, abordando questões estratégicas e inovações tecnológicas para toda a cadeia produtiva.
A participação da Embrapa aconteceu em parceria com a Itaipu Binacional, no estande da hidrelétrica, onde foram apresentados resultados técnicos de pesquisas com aquicultura realizadas pelas instituições. A Embrapa é parceira da Itaipu em um projeto de cooperação científica que visa validar protocolos para a produção de juvenis de tilápia e pacu em Sistema de Bioflocos (BFT – Biofloc Technology). Este sistema de produção intensiva é sustentável, pois quase não exige a renovação da água. A tecnologia permite a ciclagem de nutrientes e a reutilização da água por meio de microrganismos que assimilam compostos nitrogenados, tornando o sistema mais eficiente e ambientalmente amigável. Além disso, a biomassa microbiana gerada serve como fonte complementar de nutrientes para os peixes, reduzindo os custos com alimentação.
Um dos temas abordados foi a produção de tilápia em tanques-rede com ênfase no funcionamento do sistema BFT e na avaliação ambiental dessa prática.
Durante a programação do IFC, a pesquisadora Mariana Silveira, da Embrapa Meio Ambiente, apresentou uma palestra voltada a produtores e técnicos, detalhando as ações do projeto e as iniciativas de transferência de tecnologia, como o Dia de Campo e o mapeamento de interessados no sistema BFT por meio de questionário online.
Encerrando a participação, no dia 26 de setembro, foi realizado um Dia de Campo nas instalações de Itaipu. O evento reuniu produtores e técnicos extensionistas para apresentar o sistema de bioflocos em operação, destacando seu potencial para a produção sustentável de peixes na região. O pesquisador Hamilton Hisano, da Embrapa Meio Ambiente, que coordena o projeto BFT junto a Itaipu, ressaltou que a pesquisa trabalha com juvenis de tilápia (Oreochromis niloticus), a espécie de peixe mais produzida no Brasil, devido a vantagens como rusticidade, rápido crescimento e qualidade da carne, e de pacu (Piaractus mesopotamicus).
A produtora Marilaine Del Pintor Sanches, da Piscicultura Piracema, que possui centros de produção em Munhõz de Mello e Jardim Olinda, no Paraná, acompanhou um grupo de mais de 20 produtores na visita técnica à Itaipu. Ela destacou a preocupação da organização em identificar, por meio de um questionário, o nível de conhecimento de cada produtor sobre o sistema BFT. “Participar desse Dia de Campo com a Embrapa e os técnicos da Itaipu foi de grande valia para o aprendizado sobre o sistema de bioflocos”, afirmou. Marilaine ressaltou a importância de olhar para o futuro do setor com um viés de sustentabilidade produtiva. “É preciso cuidar do sistema, da água e do ambiente e o BFT congrega muito bem todos esses conceitos”, concluiu.
Aníbal Santos, técnico do setor de Transferência de Tecnologia da Embrapa Meio Ambiente, explica que a estratégia de medir o nível de conhecimento dos piscicultores sobre o sistema de bioflocos é essencial para preparar o caminho para futuras ações de difusão de conhecimento e transferência de tecnologia. O pesquisador Hamilton Hisano complementa: “Estão previstos outros eventos e iniciativas para divulgar os resultados do projeto e ampliar o acesso às informações sobre esse sistema de produção. Queremos alcançar produtores, técnicos, extensionistas e outros interessados no setor aquícola.”
Celso Carlos Buglione, técnico da Itaipu, destacou que o desenvolvimento da tecnologia de cultivo de peixes em bioflocos pela parceria entre Itaipu Binacional e Embrapa é de extrema relevância para a região e para a aquicultura no Brasil, pois fortalece a sustentabilidade e a eficiência produtiva, beneficiando tanto os produtores locais, quanto o setor aquícola nacional.