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Embrapa Cocais e Funai realizam oficina do Sisteminha Comunidades no Maranhão

Este mês, Embrapa e Cocais e Funai realizaram a Oficina Sisteminha Comunidades em Grajaú-MA para ensinar sobre a construção dos módulos do Sisteminha Comunidades, como tanques de piscicultura, composteiras, minhocários, galinheiros e áreas de plantio. O evento ocorreu no Território Indígena Morro Branco (parte prática) e na Universidade Federal do Maranhão – UFMA (parte teórica) e contou com o apoio também da Universidade Federal de Uberlândia – UFU, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de MG – FAPEMIG, Prefeitura Municipal e Secretarias Municipais de Economia Solidária e Agronegócio do município e UFMA. Participaram 15 indígenas do Maranhão representando cinco povos – Guajajara, Gavião, Kanela, Timbira e Krenyê – de terras indígenas Morro Branco, Governador, Araribóia, Gavião, Geralda Toco Preto, Krenyê e Porquinhos. E ainda 10 indígenas de outros estados representando 8 povos – Macuxi, Terena, Kaingang, Guarani, Xokleng, Krahô, Xerente e Ye’kuana – oriundos dos territórios indígenas Ibirama Lã Klanõ (SC), Palmas (SC/PR), Guarita (RS), Cachoeirinha (MS), Buriti (MS), Raposa Serra do Sol (RR), Xerente (TO), Krahô (TO) e Morro da Palha (SC). A tecnologia é apropriada para pequenos espaços, em áreas urbanas e rurais, para garantir alimentação básica e diversificada às famílias e possibilitar a geração de renda, por meio da comercialização do excedente da produção. Possui baixo custo e alta adaptabilidade às diversas condições de clima, solo, água, populações, urbanização (ou não) e mercados locais. Para o pesquisador da Embrapa Cocais Luiz Carlos Guilherme, os benefícios para os povos indígenas com a implantação do Sisteminha Comunidades são diversos: fortalecimento da soberania e segurança alimentar das famílias indígenas; provisão de alimentos acessíveis e de qualidade; geração de renda com os excedentes de produção; otimização do uso dos recursos naturais envolvidos na produção, com redução dos desperdícios; diversificação produtiva; empoderamento das mulheres e jovens; e fixação dos indígenas em seus territórios. Além disso, segundo ele, “no atual contexto de crise/mudanças climáticas, modelos de produção resilientes e inteligentes são oportunidades de repensar o uso dos recursos naturais. A adaptabilidade do Sisteminha aos contextos urbanos e periurbanos é ampla, o que pode beneficiar à sociedade em geral”. Para o coordenador de Produção Sustentável da Coordenação-Geral de Promoção ao Etnodesenvolvimento (CGEtno) da Funai, Leiva Martins Pereira, a referida tecnologia foi escolhida pela Funai como ferramenta prática para a produção de alimentos de qualidade, com rapidez e sustentabilidade, no enfrentamento à escassez da produção de alimentos nas comunidades indígenas. “Esperamos que esta oficina seja uma semente a ser adaptada e replicada nos mais diversos contextos, promovendo o direito humano à alimentação adequada, previsto em nossa Constituição Federal”, afirmou. Novas oficinas em nível nacional estão previstas para 2025 e 2026 com a participação das Coordenações Regionais da Funai. E, também, futuras capacitações em nível local voltadas para as Coordenações Técnicas Locais (CTLs), indígenas e instituições estaduais, para a disseminação do Sisteminha Histórico da tecnologia em terras indígenas O Sisteminha é uma Tecnologia Social desenvolvida para integrar sistemas de produção de alimentos em escala familiar, ideal para pequenos espaços (a partir de 100m²), com o máximo aproveitamento de insumos e recursos naturais como resultado dessa integração de sistemas. Seu módulo central é um tanque de piscicultura de escala familiar (cerca de 4m de diâmetro), com recirculação de água, integrado a outros módulos diversos de produção (horta, galinheiro, apicultura, compostagem, etc). A tecnologia foi desenvolveu-se a partir da Tese de Doutorado do Pesquisador Luiz Carlos Guilherme, realizada na UFU com apoio da FAPEMIG, no início dos anos 2000. Desde então têm sido implementada nas mais diversas realidades da agricultura familiar, dentro e fora do País, com destaque para o continente africano. Há cerca de 10 anos atrás, a partir de diálogos da Embrapa Cocais com a Coordenação Regional da Funai no Maranhão (CR-MA), começaram algumas experiências de implementação do Sisteminha em Terras Indígenas no estado. Em 2021, essa ação ganhou mais força, com experiências marcantes de implementação, tal como a do Povo Krenyê, no município de Tuntum-MA, cuja estratégia de fixação no território recém-constituído tem a marca da exitosa implementação do módulo de aves de postura do Sisteminha. Desde o ano passado, com a reorganização do Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA e sua articulação com a Embrapa, ganhou força a proposta de se constituir a iniciativa Sisteminha Comunidades, voltada para o atendimento e expansão da tecnologia junto aos Povos Indígenas e demais Povos e Comunidades Tradicionais no país. Desde março de 2024, na ocasião do 1º Seminário Nacional do Sisteminha Comunidades, a Funai passou a compor a Rede Sisteminha Comunidades, junto com diversas instituições governamentais, ONGs e sociedade civil. Comunidades.

Este mês, Embrapa e Cocais e Funai realizaram a Oficina Sisteminha Comunidades em Grajaú-MA para ensinar sobre a construção dos módulos do Sisteminha Comunidades, como tanques de piscicultura, composteiras, minhocários, galinheiros e áreas de plantio. O evento ocorreu no Território Indígena Morro Branco (parte prática) e na Universidade Federal do Maranhão – UFMA (parte teórica) e contou com o apoio também da Universidade Federal de Uberlândia – UFU, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de MG – FAPEMIG, Prefeitura Municipal e Secretarias Municipais de Economia Solidária e Agronegócio do município e UFMA.

Participaram 15 indígenas do Maranhão representando cinco povos –  Guajajara, Gavião, Kanela, Timbira e Krenyê – de terras indígenas Morro Branco, Governador, Araribóia, Gavião, Geralda Toco Preto, Krenyê e Porquinhos. E ainda 10 indígenas de outros estados representando 8 povos – Macuxi, Terena, Kaingang, Guarani, Xokleng, Krahô, Xerente e Ye’kuana –  oriundos dos territórios indígenas Ibirama Lã Klanõ (SC), Palmas (SC/PR), Guarita (RS), Cachoeirinha (MS), Buriti (MS), Raposa Serra do Sol (RR), Xerente (TO), Krahô (TO) e Morro da Palha (SC).

A tecnologia é apropriada para pequenos espaços, em áreas urbanas e rurais, para garantir alimentação básica e diversificada às famílias e possibilitar a geração de renda, por meio da comercialização do excedente da produção. Possui baixo custo e alta adaptabilidade às diversas condições de clima, solo, água, populações, urbanização (ou não) e mercados locais.

Para o pesquisador da Embrapa Cocais Luiz Carlos Guilherme, os benefícios para os povos indígenas com a implantação do Sisteminha Comunidades são diversos: fortalecimento da soberania e segurança alimentar das famílias indígenas; provisão de alimentos acessíveis e de qualidade; geração de renda com os excedentes de produção; otimização do uso dos recursos naturais envolvidos na produção, com redução dos desperdícios; diversificação produtiva; empoderamento das mulheres e jovens; e fixação dos indígenas em seus territórios. Além disso, segundo ele, “no atual contexto de crise/mudanças climáticas, modelos de produção resilientes e inteligentes são oportunidades de repensar o uso dos recursos naturais. A adaptabilidade do Sisteminha aos contextos urbanos e periurbanos é ampla, o que pode beneficiar à sociedade em geral”.

Para o coordenador de Produção Sustentável da Coordenação-Geral de Promoção ao Etnodesenvolvimento (CGEtno) da Funai, Leiva Martins Pereira, a referida tecnologia foi escolhida pela Funai como ferramenta prática para a produção de alimentos de qualidade, com rapidez e sustentabilidade, no enfrentamento à escassez da produção de alimentos nas comunidades indígenas. “Esperamos que esta oficina seja uma semente a ser adaptada e replicada nos mais diversos contextos, promovendo o direito humano à alimentação adequada, previsto em nossa Constituição Federal”, afirmou.

Novas oficinas em nível nacional estão previstas para 2025 e 2026 com a participação das Coordenações Regionais da Funai. E, também, futuras capacitações em nível local voltadas para as Coordenações Técnicas Locais (CTLs), indígenas e instituições estaduais, para a disseminação do Sisteminha

Histórico da tecnologia em terras indígenas

O Sisteminha é uma Tecnologia Social desenvolvida para integrar sistemas de produção de alimentos em escala familiar, ideal para pequenos espaços (a partir de 100m²), com o máximo aproveitamento de insumos e recursos naturais como resultado dessa integração de sistemas. Seu módulo central é um tanque de piscicultura de escala familiar (cerca de 4m de diâmetro), com recirculação de água, integrado a outros módulos diversos de produção (horta, galinheiro, apicultura, compostagem, etc).

A tecnologia foi desenvolveu-se a partir da Tese de Doutorado do Pesquisador Luiz Carlos Guilherme, realizada na UFU com apoio da FAPEMIG, no início dos anos 2000. Desde então têm sido implementada nas mais diversas realidades da agricultura familiar, dentro e fora do País, com destaque para o continente africano.

Há cerca de 10 anos atrás, a partir de diálogos da Embrapa Cocais com a Coordenação Regional da Funai no Maranhão (CR-MA), começaram algumas experiências de implementação do Sisteminha em Terras Indígenas no estado. Em 2021, essa ação ganhou mais força, com experiências marcantes de implementação, tal como a do Povo Krenyê, no município de Tuntum-MA, cuja estratégia de fixação no território recém-constituído tem a marca da exitosa implementação do módulo de aves de postura do Sisteminha.    

Desde o ano passado, com a reorganização do Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA e sua articulação com a Embrapa, ganhou força a proposta de se constituir a iniciativa Sisteminha Comunidades, voltada para o atendimento e expansão da tecnologia junto aos Povos Indígenas e demais Povos e Comunidades Tradicionais no país. Desde março de 2024, na ocasião do 1º Seminário Nacional do Sisteminha Comunidades, a Funai passou a compor a Rede Sisteminha Comunidades, junto com diversas instituições governamentais, ONGs e sociedade civil. Comunidades.

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