Notícias

No RJ, delegação da Arábia Saudita conhece tecnologias para recuperação de áreas degradadas

Interessada em tecnologias voltadas para a recuperação de áreas degradadas, restauração florestal e resistência à seca, uma delegação da Arábia Saudita esteve em Seropédica, RJ, na Embrapa Agrobiologia, na última terça-feira, 10. O grupo, do Centro Nacional de Desenvolvimento da Cobertura Vegetal e Combate à Desertificação do Reino da Arábia Saudita (NCVC), pôde conhecer uma série de tecnologias desenvolvidas pela Embrapa na temática e ainda teve a oportunidade de conhecer alguns laboratórios estratégicos, como o de leguminosas florestais e o Centro de Recursos Biológicos Johanna Döbereiner, uma das referências da Embrapa em insumos biológicos microbianos. O NCVC é uma instituição governamental autônoma que atua especialmente na revegetação de áreas desertificadas da Arábia Saudita. “A intenção foi aproveitar a oportunidade de estar o Brasil para saber mais sobre as experiências do País em áreas relacionadas ao combate à desertificação, degradação da terra e seca”, detalha o gerente-geral de Florestas do NCVC, Eduardo Mansur – único brasileiro da missão. “Aspectos específicos que estão sendo pesquisados na Embrapa Agrobiologia são de nosso interesse, incluindo aqueles relacionados ao manejo sustentável do solo e da água e à adaptação das plantas a condições adversas, incluindo mudanças climáticas”, completou. Durante a visita à Embrapa Agrobiologia, a delegação – formada por cinco pessoas, inclusive Mansur, e liderada pelo Dr. Khaled Alabdulkader – participou de reunião com a participação de especialistas da Embrapa Agrobiologia, da Embrapa Semiárido e da Embrapa Solos, que falaram sobre recuperação de áreas utilizadas para mineração e exploração de petróleo, controle de erosão e voçorocas, restauração florestal e semeadura direta, sistemas agroflorestais, corredores ecológicos, uso de leguminosas em pastagens e mitigação de gases de efeito estufa, entre outros temas. Pesquisadores apresentaram soluções para a agricultura de sequeiro – que permite o aproveitamento da água da chuva em locais com baixa pluviosidade -, como manejo e armazenamento da água, desenvolvimento de cultivares adaptadas, sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta com baixa emissão de carbono, reuso de águas domésticas, agricultura biossalina, uso de espécies forrageiras, entre outras. Também apresentaram possibilidades de utilização da biodiversidade, como a prospecção de recursos genéticos da própria Caatinga e uso agroindustrial; técnicas de recuperação e conservação, como uso de torres micrometeorológicas e seleção de espécies para restauração da terra; soluções que consideram as mudanças climáticas, como seleção de cultivares, agrossistemas resilientes e identificação de problemas fitossanitários. Além disso, também foi falado sobre construção de barragens subterrâneas, uma tecnologia criada para armazenar água de chuva no solo para a produção de alimentos e consumo animal. “Pudemos perceber que o grupo foi bastante impactado com tudo o que ouviu e viu aqui, apesar de ter sido uma visita curta”, opina a chefe-geral da Embrapa Agrobiologia, Cristhiane Amâncio, apontando a possibilidade de possíveis desdobramentos futuros em termos de parceria. Segundo elao, perceber a visibilidade internacional da Embrapa no que concerne à agenda de florestas e clima é um resultado bastante positivo. “É gratificante ver uma instituição de um país tão importante na geopolítica internacional, uma instituição da agenda de florestas e desertificação, localizar na Embrapa um ponto de relevância para tratar de restauração ecológica e recuperação de áreas degradadas”, pontua. A Arábia Saudita sediará em dezembro, na capital Riad, a 16ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas para Combater a Desertificação (UNCCD COP16) – e por isso a delegação esteve no Rio de Janeiro na semana passada, com a intenção de apresentar suas expectativas em reunião do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.

Interessada em tecnologias voltadas para a recuperação de áreas degradadas, restauração florestal e resistência à seca, uma delegação da Arábia Saudita esteve em Seropédica, RJ, na Embrapa Agrobiologia, na última terça-feira, 10. O grupo, do Centro Nacional de Desenvolvimento da Cobertura Vegetal e Combate à Desertificação do Reino da Arábia Saudita (NCVC), pôde conhecer uma série de tecnologias desenvolvidas pela Embrapa na temática e ainda teve a oportunidade de conhecer alguns laboratórios estratégicos, como o de leguminosas florestais e o Centro de Recursos Biológicos Johanna Döbereiner, uma das referências da Embrapa em insumos biológicos microbianos.

O NCVC é uma instituição governamental autônoma que atua especialmente na revegetação de áreas desertificadas da Arábia Saudita. “A intenção foi aproveitar a oportunidade de estar o Brasil para saber mais sobre as experiências do País em áreas relacionadas ao combate à desertificação, degradação da terra e seca”, detalha o gerente-geral de Florestas do NCVC, Eduardo Mansur – único brasileiro da missão. “Aspectos específicos que estão sendo pesquisados na Embrapa Agrobiologia são de nosso interesse, incluindo aqueles relacionados ao manejo sustentável do solo e da água e à adaptação das plantas a condições adversas, incluindo mudanças climáticas”, completou.

Durante a visita à Embrapa Agrobiologia, a delegação – formada por cinco pessoas, inclusive Mansur, e liderada pelo Dr. Khaled Alabdulkader – participou de reunião com a participação de especialistas da Embrapa Agrobiologia, da Embrapa Semiárido e da Embrapa Solos, que falaram sobre recuperação de áreas utilizadas para mineração e exploração de petróleo, controle de erosão e voçorocas, restauração florestal e semeadura direta, sistemas agroflorestais, corredores ecológicos, uso de leguminosas em pastagens e mitigação de gases de efeito estufa, entre outros temas.

Pesquisadores apresentaram soluções para a agricultura de sequeiro – que permite o aproveitamento da água da chuva em locais com baixa pluviosidade -, como manejo e armazenamento da água, desenvolvimento de cultivares adaptadas, sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta com baixa emissão de carbono, reuso de águas domésticas, agricultura biossalina, uso de espécies forrageiras, entre outras. Também apresentaram possibilidades de utilização da biodiversidade, como a prospecção de recursos genéticos da própria Caatinga e uso agroindustrial; técnicas de recuperação e conservação, como uso de torres micrometeorológicas e seleção de espécies para restauração da terra; soluções que consideram as mudanças climáticas, como seleção de cultivares, agrossistemas resilientes e identificação de problemas fitossanitários. Além disso, também foi falado sobre construção de barragens subterrâneas, uma tecnologia criada para armazenar água de chuva no solo para a produção de alimentos e consumo animal.

“Pudemos perceber que o grupo foi bastante impactado com tudo o que ouviu e viu aqui, apesar de ter sido uma visita curta”, opina a chefe-geral da Embrapa Agrobiologia, Cristhiane Amâncio, apontando a possibilidade de possíveis desdobramentos futuros em termos de parceria. Segundo elao, perceber a visibilidade internacional da Embrapa no que concerne à agenda de florestas e clima é um resultado bastante positivo. “É gratificante ver uma instituição de um país tão importante na geopolítica internacional, uma instituição da agenda de florestas e desertificação, localizar na Embrapa um ponto de relevância para tratar de restauração ecológica e recuperação de áreas degradadas”, pontua.

A Arábia Saudita sediará em dezembro, na capital Riad, a 16ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas para Combater a Desertificação (UNCCD COP16) – e por isso a delegação esteve no Rio de Janeiro na semana passada, com a intenção de apresentar suas expectativas em reunião do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *