Pesquisadores da Unidade de Execução de Pesquisa e Desenvolvimento de Recife, da Embrapa Solos, e especialistas da Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA) ministraram capacitação para construção de barragens subterrâneas, de 2 a 5 de setembro, no Parque de Exposições Aristófanes Fernandes, em Parnamirim (RN). O curso foi promovido pela Secretaria de Estado da Agricultura, da Pecuária e da Pesca do Rio Grande do Norte (Sape/RN) e pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), que estão viabilizando a construção de 490 Barragens Subterrâneas em 80 municípios potiguares, até junho de 2025, por meio de um convênio. Participaram da capacitação membros das três entidades sem fins lucrativos que serão responsáveis pela construção das barragens subterrâneas – Associação de Apoio às Comunidades do Campo (AACC), Cooperativa de Trabalho e Serviços Técnicos de Reforma Agrária (Cooptera) e Centro de Estudos e Assessoria Aplicados ao Desenvolvimento (CEAAD), além de técnicos de assistência rural da Sape/RN que trabalharão como fiscais das obras. Com carga horária total de 24 horas, o curso teve maior foco teórico, com palestras tratando de tecnologias sociais e programas de políticas públicas para o Semiárido brasileiro, a importância das barragens subterrâneas para mitigação dos efeitos das mudanças climáticas, seleção de local e solo apropriado para barragem subterrânea, etapas de construção etc. Pela Embrapa, ministraram palestras durante a capacitação os pesquisadores Maria Sonia Lopes da Silva, Luis de França da Silva Neto, Manoel Batista de Oliveira Neto e Alessandra Monteiro Salviano. Por parte da ASA participaram Antônio Gomes Barbosa, coordenador geral do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), além de Cláudio Almeida Ribeiro, Juliana Vieira e Maíra Acioli, assessores técnicos do P1+2. Yara da Silva Farias, que atua na Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, explica que o curso de capacitação para construção de barragens subterrâneas foi pensado como uma estratégia para qualificação da atuação das entidades executoras responsáveis pela implementação dessas tecnologias sociais no estado do RN. De acorco com ela, o MDS entende que processos formativos como esse são fundamentais para garantir que as tecnologias sociais sejam entendidas não só como equipamentos de captação e armazenamento de água da chuva, mas também como ferramentas de promoção do protagonismo e da autonomia das famílias em relação à gestão dos recursos hídricos em ambientes em situação de restrição hídrica, sobretudo no atual momento de mudanças climáticas. “No caso das barragens subterrâneas e outras tecnologias sociais voltadas para produção de alimentos, o potencial de transformação da vida das famílias beneficiárias é ainda maior, pois além de promoverem a segurança alimentar, muitas vezes fomentam a inclusão produtiva dessas famílias”, salienta. Para o titular da Sape/RN, Guilherme Saldanha, o curso é um passo importante na execução do projeto. “Além de oferecer conhecimento aos participantes do curso, esta é uma forma de garantir a eficiência de todo o investimento financeiro”, explica o gestor. De acordo com Cláudio Almeida, o benefício do acesso a este tipo de tecnologia social é a garantia de uma boa convivência com o Semiárido, além da soberania e segurança alimentar da população contemplada. “São ações como essa que apoiam a agricultura familiar resiliente ao clima, que promovem a biodiversidade e conservação de biomas importantes, tanto do ponto de vista ambiental, cultural e econômico.” “A erradicação da fome e da pobreza são as grandes protagonistas desta iniciativa. Cada barragem subterrânea irá representar o esforço das entidades participantes em proporcionar uma mudança de vida significativa às famílias que terão acesso”, analisa Maria Sonia da Silva. A capacitação realizada incluiu, ainda, uma visita técnica ao município de Poço Branco (RN), que oportunizou a construção coletiva de conhecimentos por meio da observação de experiências reais com a tecnologia de barragem subterrânea na região. De acordo com o governo estadual, estão programados para outubro encontros de imersão na parte prática do processo de construção das barragens, quando serão construídos modelos reais de barragens subterrâneas em local ainda a ser definido.
Pesquisadores da Unidade de Execução de Pesquisa e Desenvolvimento de Recife, da Embrapa Solos, e especialistas da Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA) ministraram capacitação para construção de barragens subterrâneas, de 2 a 5 de setembro, no Parque de Exposições Aristófanes Fernandes, em Parnamirim (RN). O curso foi promovido pela Secretaria de Estado da Agricultura, da Pecuária e da Pesca do Rio Grande do Norte (Sape/RN) e pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), que estão viabilizando a construção de 490 Barragens Subterrâneas em 80 municípios potiguares, até junho de 2025, por meio de um convênio.
Participaram da capacitação membros das três entidades sem fins lucrativos que serão responsáveis pela construção das barragens subterrâneas – Associação de Apoio às Comunidades do Campo (AACC), Cooperativa de Trabalho e Serviços Técnicos de Reforma Agrária (Cooptera) e Centro de Estudos e Assessoria Aplicados ao Desenvolvimento (CEAAD), além de técnicos de assistência rural da Sape/RN que trabalharão como fiscais das obras.
Com carga horária total de 24 horas, o curso teve maior foco teórico, com palestras tratando de tecnologias sociais e programas de políticas públicas para o Semiárido brasileiro, a importância das barragens subterrâneas para mitigação dos efeitos das mudanças climáticas, seleção de local e solo apropriado para barragem subterrânea, etapas de construção etc.
Pela Embrapa, ministraram palestras durante a capacitação os pesquisadores Maria Sonia Lopes da Silva, Luis de França da Silva Neto, Manoel Batista de Oliveira Neto e Alessandra Monteiro Salviano. Por parte da ASA participaram Antônio Gomes Barbosa, coordenador geral do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), além de Cláudio Almeida Ribeiro, Juliana Vieira e Maíra Acioli, assessores técnicos do P1+2.
Yara da Silva Farias, que atua na Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do MDS, explica que o curso de capacitação para construção de barragens subterrâneas foi pensado como uma estratégia para qualificação da atuação das entidades executoras responsáveis pela implementação dessas tecnologias sociais no estado do RN. De acorco com ela, o MDS entende que processos formativos como esse são fundamentais para garantir que as tecnologias sociais sejam entendidas não só como equipamentos de captação e armazenamento de água da chuva, mas também como ferramentas de promoção do protagonismo e da autonomia das famílias em relação à gestão dos recursos hídricos em ambientes em situação de restrição hídrica, sobretudo no atual momento de mudanças climáticas. “No caso das barragens subterrâneas e outras tecnologias sociais voltadas para produção de alimentos, o potencial de transformação da vida das famílias beneficiárias é ainda maior, pois além de promoverem a segurança alimentar, muitas vezes fomentam a inclusão produtiva dessas famílias”, salienta.
Para o titular da Sape/RN, Guilherme Saldanha, o curso é um passo importante na execução do projeto. “Além de oferecer conhecimento aos participantes do curso, esta é uma forma de garantir a eficiência de todo o investimento financeiro”, explica o gestor.
De acordo com Cláudio Almeida, o benefício do acesso a este tipo de tecnologia social é a garantia de uma boa convivência com o Semiárido, além da soberania e segurança alimentar da população contemplada. “São ações como essa que apoiam a agricultura familiar resiliente ao clima, que promovem a biodiversidade e conservação de biomas importantes, tanto do ponto de vista ambiental, cultural e econômico.”
“A erradicação da fome e da pobreza são as grandes protagonistas desta iniciativa. Cada barragem subterrânea irá representar o esforço das entidades participantes em proporcionar uma mudança de vida significativa às famílias que terão acesso”, analisa Maria Sonia da Silva.
A capacitação realizada incluiu, ainda, uma visita técnica ao município de Poço Branco (RN), que oportunizou a construção coletiva de conhecimentos por meio da observação de experiências reais com a tecnologia de barragem subterrânea na região. De acordo com o governo estadual, estão programados para outubro encontros de imersão na parte prática do processo de construção das barragens, quando serão construídos modelos reais de barragens subterrâneas em local ainda a ser definido.