Um grupo formado por técnicos do Ministério da Agricultura, Florestas e Pesca (MAFF) do Japão e de representantes de empresas japonesas sediadas no Brasil foi recebido nessa quinta-feira, 12 de setembro, na Embrapa Pecuária Sudeste, em São Carlos – SP. Os visitantes fazem parte de uma comitiva japonesa que participa da 5ª Missão Empresarial Conjunta Público-Privada do Diálogo Agrícola e Alimentar Japão-Brasil, que também trouxe o Ministro da Agricultura, Florestas e Pesca daquele país. A delegação foi dividida em grupos para otimizar a participação em eventos no Brasil, como, por exemplo, uma reunião, no dia 11 de setembro, em São Paulo, entre os governos dos dois países e o setor privado, além do encontro do GT da Agricultura do G20 em Mato Grosso, que ocorre até esta sexta-feira (13). Na Embrapa Pecuária Sudeste, o foco dos representantes de empresas japonesas, como a Ajinomoto do Brasil, e de técnicos do Ministério da Agricultura japonês, foi conhecer tecnologias sustentáveis que contribuem para melhorar a produtividade pecuária, como os sistemas integrados. De acordo com o consultor David Matsuzake, o interesse é a importação de alimentos brasileiros que sejam produzidos em sistemas sustentáveis e com segurança alimentar. “O Japão produz cerca de 40% dos produtos alimentícios de que necessita. A maior parte da área agricultável é dedicada ao arroz, importando a maior parte dos alimentos”, disse Matsuzake. O chefe-geral, Alexandre Berndt, apresentou dados de pesquisas brasileiras sobre emissão de GEE e as tecnologias capazes de mitigar esses gases e, em alguns sistemas como o ILPF, ter um balanço positivo de carbono. Para ele, é importante mostrar o que o país está fazendo de relevante para uma produção mais sustentável e com maior produtividade. Além disso, Berndt ressaltou que é preciso entender as expectativas que esses parceiros internacionais têm. “Claramente, o grupo demonstrou grande preocupação em relação à sustentabilidade. Temos que estar atentos a esses sinais e ter argumentos para defender o nosso tipo de produção responsável e intensificada e, ao mesmo tempo, ajustar alguns processos em função de feedbacks durante as visitas”, observou. Na mesma linha, o pesquisador Alberto Bernardi falou sobre as condições de pastagens no Brasil e como a intensificação tecnológica e a integração com árvores e culturas anuais podem contribuir para a recuperação de áreas com algum grau de degradação. Segundo o técnico do MAFF, Shun Saito, existe a possibilidade de cooperação tecnológica com a Embrapa com enfoque na inovação e na sustentabilidade da produção agropecuária, beneficiando produtores e consumidores dos dois países. Saito ainda destacou que no Japão as atividades agropecuárias e florestais são atividades separadas. Ele ficou impressionado com a integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) e acredita que quem ganha com esse tipo de produção é o planeta.
Um grupo formado por técnicos do Ministério da Agricultura, Florestas e Pesca (MAFF) do Japão e de representantes de empresas japonesas sediadas no Brasil foi recebido nessa quinta-feira, 12 de setembro, na Embrapa Pecuária Sudeste, em São Carlos – SP.
Os visitantes fazem parte de uma comitiva japonesa que participa da 5ª Missão Empresarial Conjunta Público-Privada do Diálogo Agrícola e Alimentar Japão-Brasil, que também trouxe o Ministro da Agricultura, Florestas e Pesca daquele país. A delegação foi dividida em grupos para otimizar a participação em eventos no Brasil, como, por exemplo, uma reunião, no dia 11 de setembro, em São Paulo, entre os governos dos dois países e o setor privado, além do encontro do GT da Agricultura do G20 em Mato Grosso, que ocorre até esta sexta-feira (13).
Na Embrapa Pecuária Sudeste, o foco dos representantes de empresas japonesas, como a Ajinomoto do Brasil, e de técnicos do Ministério da Agricultura japonês, foi conhecer tecnologias sustentáveis que contribuem para melhorar a produtividade pecuária, como os sistemas integrados. De acordo com o consultor David Matsuzake, o interesse é a importação de alimentos brasileiros que sejam produzidos em sistemas sustentáveis e com segurança alimentar. “O Japão produz cerca de 40% dos produtos alimentícios de que necessita. A maior parte da área agricultável é dedicada ao arroz, importando a maior parte dos alimentos”, disse Matsuzake.
O chefe-geral, Alexandre Berndt, apresentou dados de pesquisas brasileiras sobre emissão de GEE e as tecnologias capazes de mitigar esses gases e, em alguns sistemas como o ILPF, ter um balanço positivo de carbono. Para ele, é importante mostrar o que o país está fazendo de relevante para uma produção mais sustentável e com maior produtividade. Além disso, Berndt ressaltou que é preciso entender as expectativas que esses parceiros internacionais têm. “Claramente, o grupo demonstrou grande preocupação em relação à sustentabilidade. Temos que estar atentos a esses sinais e ter argumentos para defender o nosso tipo de produção responsável e intensificada e, ao mesmo tempo, ajustar alguns processos em função de feedbacks durante as visitas”, observou.
Na mesma linha, o pesquisador Alberto Bernardi falou sobre as condições de pastagens no Brasil e como a intensificação tecnológica e a integração com árvores e culturas anuais podem contribuir para a recuperação de áreas com algum grau de degradação.
Segundo o técnico do MAFF, Shun Saito, existe a possibilidade de cooperação tecnológica com a Embrapa com enfoque na inovação e na sustentabilidade da produção agropecuária, beneficiando produtores e consumidores dos dois países. Saito ainda destacou que no Japão as atividades agropecuárias e florestais são atividades separadas. Ele ficou impressionado com a integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) e acredita que quem ganha com esse tipo de produção é o planeta.