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Casa G20 abriga debate sobre fertilizantes

No dia 11 de setembro, a Casa G20 (Zona Sul do Rio de Janeiro) recebeu o evento ‘A cadeia de fertilizantes: os caminhos para inovação, bioeconomia e a segurança alimentar’. Vale lembrar que o Rio de Janeiro sediará o primeiro Centro de Excelência de Fertilizantes do país, no parque tecnológico da UFRJ, na Ilha do Fundão. O Brasil possui forte dependência na importação de fertilizantes, somos o quarto maior consumidor. Uma potência agrícola como nosso país não deveria ter uma vulnerabilidade tão grande no tema pois esse insumo é um dos principais fatores da produção agrícola, que responde por 25% do PIB. Para o chefe geral da Embrapa Solos (Rio de Janeiro-RJ), Daniel Vidal Pérez, que representou a presidente da Embrapa Silvia Massruhá “a grande lição é que o conhecimento sobre fertilizantes precisa ser associado não só com a questão do agro, mas também com as questões geopolíticas e logísticas. Existem vários fatores que precisam ser gerenciados com essa questão dos fertilizantes, esse é o grande ponto. Tem que ser um trabalho muito bem planejado e estruturado porque principalmente os números demonstram que a cadeia de fertilizantes é muito vulnerável para a agricultura brasileira. Ficamos na mão de quem produz o fertilizante e isso não é possível. Se queremos continuar sendo um grande país exportador precisamos ter um mínimo de produção a fim de garantir um pouco da nossa segurança.” Já o keynote speaker do evento Upendra Singh, vice-presidente de pesquisa do Centro Internacional de Desenvolvimento de Fertilizantes (IFDC, da sigla em inglês), defende que o desenvolvimento da indústria moderna de fertilizantes teve um tremendo impacto positivo na produção agrícola e segurança global para alimentos e nutrição. Singh continuou sua apresentação falando sobre o impacto positivo dos fertilizantes no meio ambiente, a consequente redução da degradação dos solos e da perda de biodiversidade e o maior sequestro de carbono. Ele também mencionou as consequências negativas do uso pouco eficiente dos fertilizantes, tais como utilização excessiva de nitrogênio e fósforo e a má utilização de recursos não-renováveis como os micronutrientes. As inovações pensando nos solos são aproveitar os serviços ecossistêmicos e melhorar a saúde do solo, com maior biodiversidade e resiliência e aumentar a eficiência pela sincronia com a demanda de grãos e reduzir perdas. Vale pensar também na integração com material orgânico, componentes biológicos e resíduos reciclados (industriais e residenciais), produção de micronutrientes com volume ou nano-fertilizantes e descentralização. Os fertilizantes devem usar os serviços do ecossistema do solo para continuar com o impacto positivo na produção de alimento ao mesmo tempo em que reduzem a poluição do meio ambiente. O sistema global de alimentação é o maior impulsionador das mudanças climáticas, mudança do uso da terra e perda de biodiversidade. A tendência é de maior produção de comida nos trópicos e maior uso de fertilizantes em condições de maior calor e umidade. Isso pode ser combatido pela maior produção de fertilizantes organominerais, que usam matérias-primas orgânicas como biosólidos, esterco de gado, resíduos de grãos, sobras de comida e os combina com fertilizantes minerais para produzir um conteúdo mais desejável. Os benefícios são adição de valor, um rendimento 15% maior e menor perda de nitrogênio, carbono e micronutrientes.

No dia 11 de setembro, a Casa G20 (Zona Sul do Rio de Janeiro) recebeu o evento ‘A cadeia de fertilizantes: os caminhos para inovação, bioeconomia e a segurança alimentar’. Vale lembrar que o Rio de Janeiro sediará o primeiro Centro de Excelência de Fertilizantes do país, no parque tecnológico da UFRJ, na Ilha do Fundão.

O Brasil possui forte dependência na importação de fertilizantes, somos o quarto maior consumidor. Uma potência agrícola como nosso país não deveria ter uma vulnerabilidade tão grande no tema pois esse insumo é um dos principais fatores da produção agrícola, que responde por 25% do PIB.

Para o chefe geral da Embrapa Solos (Rio de Janeiro-RJ), Daniel Vidal Pérez, que representou a presidente da Embrapa Silvia Massruhá “a grande lição é que o conhecimento sobre fertilizantes precisa ser associado não só com a questão do agro, mas também com as questões geopolíticas e logísticas. Existem vários fatores que precisam ser gerenciados com essa questão dos fertilizantes, esse é o grande ponto. Tem que ser um trabalho muito bem planejado e estruturado porque principalmente os números demonstram que a cadeia de fertilizantes é muito vulnerável para a agricultura brasileira. Ficamos na mão de quem produz o fertilizante e isso não é possível. Se queremos continuar sendo um grande país exportador precisamos ter um mínimo de produção a fim de garantir um pouco da nossa segurança.”

Já o keynote speaker do evento Upendra Singh, vice-presidente de pesquisa do Centro Internacional de Desenvolvimento de Fertilizantes (IFDC, da sigla em inglês), defende que o desenvolvimento da indústria moderna de fertilizantes teve um tremendo impacto positivo na produção agrícola e segurança global para alimentos e nutrição.

Singh continuou sua apresentação falando sobre o impacto positivo dos fertilizantes no meio ambiente, a consequente redução da degradação dos solos e da perda de biodiversidade e o maior sequestro de carbono. Ele também mencionou as consequências negativas do uso pouco eficiente dos fertilizantes, tais como utilização excessiva de nitrogênio e fósforo e a má utilização de recursos não-renováveis como os micronutrientes.

As inovações pensando nos solos são aproveitar os serviços ecossistêmicos e melhorar a saúde do solo, com maior biodiversidade e resiliência e aumentar a eficiência pela sincronia com a demanda de grãos e reduzir perdas.

Vale pensar também na integração com material orgânico, componentes biológicos e resíduos reciclados (industriais e residenciais), produção de micronutrientes com volume ou nano-fertilizantes e descentralização.

Os fertilizantes devem usar os serviços do ecossistema do solo para continuar com o impacto positivo na produção de alimento ao mesmo tempo em que reduzem a poluição do meio ambiente.
O sistema global de alimentação é o maior impulsionador das mudanças climáticas, mudança do uso da terra e perda de biodiversidade. A tendência é de maior produção de comida nos trópicos e maior uso de fertilizantes em condições de maior calor e umidade.

Isso pode ser combatido pela maior produção de fertilizantes organominerais, que usam matérias-primas orgânicas como biosólidos, esterco de gado, resíduos de grãos, sobras de comida e os combina com fertilizantes minerais para produzir um conteúdo mais desejável. Os benefícios são adição de valor, um rendimento 15% maior e menor perda de nitrogênio, carbono e micronutrientes.

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