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Proposta de criação do Suater é discutida na Embrapa

Proposta de construção do Sistema de Assistência Técnica e Extensão Rural (Suater) foi discutida nesta segunda-feira (17) na Sede da Embrapa, em workshop liderado pelo ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira. O evento “Contribuições para o fortalecimento da assistência técnica e extensão rural” reuniu parlamentares e representantes de diversas instituições ligadas à extensão rural e à agricultura familiar. A ideia é a convergência dos vários projetos de lei que tramitam na Câmara dos Deputados com foco na criação do sistema e no fortalecimento da assistência técnica e extensão rural em uma proposta alinhada às necessidades da agricultura familiar do País, a ser apresentada como iniciativa do Executivo. A base da proposta é o projeto do deputado federal Joseildo Ramos (PT-BA). Paulo Teixeira ressaltou desafios relacionados ao campo brasileiro: as desigualdades sociais que evidenciam a necessidade de se retirar muitos brasileiros que moram no campo da situação de fome e miséria, alçando-os a outra situação de dignidade. Lembrou a potência agrícola e exportadora que é o Brasil onde, de forma contraditória, ainda existem 10 milhões de brasileiros no mapa da fome. “Produzimos grãos e proteínas, mas ainda não temos soberania alimentar”. Lembrou, ainda, a importância da atenção à crise climática, que afeta as pequenas propriedades, e à revolução digital na agricultura, além das tecnologias de base biológica. A presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, chamou a atenção para a importância de trabalhar a proposta de criação do sistema de forma alinhada a outras políticas públicas. Lembrou que o sucesso da agropecuária brasileira se deve ao investimento em pesquisa e inovação e em extensão rural, forte anos atrás, atrelado a políticas públicas. Isso, segundo a presidente, traz a reflexão da importância da extensão para que a tecnologia chegue aos pequenos e grandes produtores. “É um braço que deve, sem dúvida, ser fortalecido”. Para ela, a discussão em torno da criação do Sistema é também uma oportunidade para traçar estratégias e modelos que respondam como a pesquisa e a extensão podem trabalhar de forma articulada, respondendo aos desafios que se impõem à agricultura hoje. Silvia lembrou também que o PAC Embrapa contempla não apenas a revitalização dos laboratórios e de estruturas da instituição, mas também as empresas e organizações estaduais de pesquisa e as entidades de assistência técnica e extensão rural. “Vejo, hoje, um novo modelo de ecossistema de inovação agrícola que envolve todos nós. Precisamos saber trabalhar de forma articulada, para fazermos a diferença necessária na produção de alimentos saudáveis, com base sustentável nas dimensões econômica, ambiental e social. Além disso, temos os desafios das transições nutricionais e energética, além dos efeitos das mudanças climáticas e a relevância da inclusão socioprodutiva dos pequenos produtores, questões às quais precisamos estar atentos. A criação do Suater pode nos ajudar nesses desafios”. A diretora de Negócios da Embrapa, Ana Euler, que conduziu os debates em torno da proposta, também enfatizou a necessidade de reestruturar um sistema nacional de assistência técnica e extensão rural, em um modelo colaborativo entre as esferas federal, estaduais e municipais, como prevê o projeto do deputado Joseildo Ramos. Lembrou os cerca de 3 milhões de empreendimentos de agricultura familiar no Brasil, responsáveis pela produção de alimentos e por importantes serviços ambientais ao País, e que precisam ter acesso a tecnologia. O deputado Joseildo Ramos, autor do PL base das discussões ora lideradas pelo MDA, louvou a iniciativa de trazer para o Executivo a proposta de criação do Suater. “Trata-se de um elemento gestor de um serviço de suma importância para o País”, disse referindo-se ao sistema em construção. “Mais do que isso, é um compromisso com aqueles que produzem alimentos”. Ressaltou o evento como uma oportunidade para aprofundar o texto do projeto e agregar visões que privilegiem a diversidade de conhecimentos, incluindo os dos povos tradicionais. Projeto As linhas gerais do projeto de criação do Suater foram apresentadas pelo diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural do MDA, Marenilson Silva. Diretrizes, modelos de organização e gestão, a necessidade de integração e articulação entre esforços públicos e privados para atender aos diversos níveis de complexidade dos processos produtivos, o estímulo à organização dos atores e beneficiários envolvidos e o monitoramento dos resultados foram mencionados. Estiveram presentes também ao evento o diretor-geral do Instituto Fome Zero, José Graziano da Silva, o representante da FAO no Brasil, Jorge Meza, e os diretores da Embrapa das áreas de Governança e Gestão, Alderi de Araújo, e de Pessoas, Serviços e Finanças, Selma Beltrão.

Proposta de construção do Sistema de Assistência Técnica e Extensão Rural (Suater) foi discutida nesta segunda-feira (17) na Sede da Embrapa, em workshop liderado pelo ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira. O evento “Contribuições para o fortalecimento da assistência técnica e extensão rural” reuniu parlamentares e representantes de diversas instituições ligadas à extensão rural e à agricultura familiar. A ideia é a convergência dos vários projetos de lei que tramitam na Câmara dos Deputados com foco na criação do sistema e no fortalecimento da assistência técnica e extensão rural em uma proposta alinhada às necessidades da agricultura familiar do País, a ser apresentada como iniciativa do Executivo. A base da proposta é o projeto do deputado federal Joseildo Ramos (PT-BA).

Paulo Teixeira ressaltou desafios relacionados ao campo brasileiro: as desigualdades sociais que evidenciam a necessidade de se retirar muitos brasileiros que moram no campo da situação de fome e miséria, alçando-os a outra situação de dignidade. Lembrou a potência agrícola e exportadora que é o Brasil onde, de forma contraditória, ainda existem 10 milhões de brasileiros no mapa da fome. “Produzimos grãos e proteínas, mas ainda não temos soberania alimentar”. Lembrou, ainda, a importância da atenção à crise climática, que afeta as pequenas propriedades, e à revolução digital na agricultura, além das tecnologias de base biológica.

A presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, chamou a atenção para a importância de trabalhar a proposta de criação do sistema de forma alinhada a outras políticas públicas. Lembrou que o sucesso da agropecuária brasileira se deve ao investimento em pesquisa e inovação e em extensão rural, forte anos atrás, atrelado a políticas públicas. Isso, segundo a presidente, traz a reflexão da importância da extensão para que a tecnologia chegue aos pequenos e grandes produtores. “É um braço que deve, sem dúvida, ser fortalecido”.  

Para ela, a discussão em torno da criação do Sistema é também uma oportunidade para traçar estratégias e modelos que respondam como a pesquisa e a extensão podem trabalhar de forma articulada, respondendo aos desafios que se impõem à agricultura hoje. Silvia lembrou também que o PAC Embrapa contempla não apenas a revitalização dos laboratórios e de estruturas da instituição, mas também as empresas e organizações estaduais de pesquisa e as entidades de assistência técnica e extensão rural.

“Vejo, hoje, um novo modelo de ecossistema de inovação agrícola que envolve todos nós. Precisamos saber trabalhar de forma articulada, para fazermos a diferença necessária na produção de alimentos saudáveis, com base sustentável nas dimensões econômica, ambiental e social. Além disso, temos os desafios das transições nutricionais e energética, além dos efeitos das mudanças climáticas e a relevância da inclusão socioprodutiva dos pequenos produtores, questões às quais precisamos estar atentos. A criação do Suater pode nos ajudar nesses desafios”.

A diretora de Negócios da Embrapa, Ana Euler, que conduziu os debates em torno da proposta, também enfatizou a necessidade de reestruturar um sistema nacional de assistência técnica e extensão rural, em um modelo colaborativo entre as esferas federal, estaduais e municipais, como prevê o projeto do deputado Joseildo Ramos. Lembrou os cerca de 3 milhões de empreendimentos de agricultura familiar no Brasil, responsáveis pela produção de alimentos e por importantes serviços ambientais ao País, e que precisam ter acesso a tecnologia.

O deputado Joseildo Ramos, autor do PL base das discussões ora lideradas pelo MDA, louvou a iniciativa de trazer para o Executivo a proposta de criação do Suater. “Trata-se de um elemento gestor de um serviço de suma importância para o País”, disse referindo-se ao sistema em construção. “Mais do que isso, é um compromisso com aqueles que produzem alimentos”. Ressaltou o evento como uma oportunidade para aprofundar o texto do projeto e agregar visões que privilegiem a diversidade de conhecimentos, incluindo os dos povos tradicionais. 

Projeto

As linhas gerais do projeto de criação do Suater foram apresentadas pelo diretor de Assistência Técnica e Extensão Rural do MDA, Marenilson Silva. Diretrizes, modelos de organização e gestão, a necessidade de integração e articulação entre esforços públicos e privados para atender aos diversos níveis de complexidade dos processos produtivos, o estímulo à organização dos atores e beneficiários envolvidos e o monitoramento dos resultados foram mencionados.

Estiveram presentes também ao evento  o diretor-geral do Instituto Fome Zero, José Graziano da Silva, o representante da FAO no Brasil, Jorge Meza, e os diretores da Embrapa das áreas de Governança e Gestão, Alderi de Araújo, e de Pessoas, Serviços e Finanças, Selma Beltrão.

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