Durante a Expoagro, realizada de 10 a 19 de maio de 2024 no Parque de Exposições João Humberto de Carvalho, em Dourados, Mato Grosso do Sul, os participantes puderam conhecer o Sistema Antecipasto da Embrapa. Esse sistema integra a soja com forrageiras, onde o capim é semeado nas entrelinhas da soja após sua emergência. Após a colheita da soja, o capim se estabelece e a pecuária assume protagonismo na área. Essa técnica de manejo, que permite antecipar a formação da pastagem em até 30 dias, resulta em ganho de peso dos animais, aumento da produtividade de grãos e, em alguns casos, controle eficaz de plantas daninhas. “Essa estratégia de manejo permite que, no sistema de Integração-Lavoura-Pecuária (ILP), o rebanho disponha de pasto por um período prolongado, especialmente durante a estiagem, quando os desafios alimentares são maiores”, informa o pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, Luis Armando Zago Machado. Desta forma, Zago destaca que o Antecipasto é recomendado para os produtores rurais que já utilizam ILP, nos biomas Cerrado e Mata Atlântica, e que tem um grande potencial de crescimento nas áreas de expansão de soja. “Essas áreas geralmente possuem solos arenosos, com problemas de fertilidade e com pouca oferta de água, disponível apenas para uma cultura, que seria a soja, inviabilizando o milho safrinha”, explica o pesquisador. Ele acrescenta ainda que, ao permitir que os produtores tenham acesso a pastagens mais cedo, possibilitando o pastejo por um período prolongado, o Antecipasto contribui para a eficiência da produção e para práticas agrícolas mais sustentáveis. “Atualmente, temos vários técnicos agropecuários de diferentes biomas do país interessados em conhecer essa tecnologia e que têm procurado a Embrapa Agropecuária Oeste em busca de informações”, informa Zago. A tecnologia tem potencial de validação nos estados de Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Roraima, São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Bahia. Experiência – A implementação do Sistema Antecipasto já está sendo adotada por agricultores de vários municípios do sul de Mato Grosso do Sul (Maracaju, Dourados, Nova Andradina, Anaurilândia, Rio Brilhante e Nova Alvorada do Sul). Com 270 hectares de Antecipasto implantados na fazenda Rosa Branca, em Rio Brilhante, o produtor Carlos Eduardo Barbosa falou sobre sua experiência no painel. Ele disse que está satisfeito com os resultados do Antecipasto e contou que “além de aumentar a disponibilidade de pastagens e melhorar a nutrição do gado, a produtividade de grãos foi excelente”. Ele enfatizou que o sistema Antecipasto funciona muito bem e acrescentou que a tecnologia pode ser útil “tanto em sistemas de ILP quanto nas propriedades que possuem apenas agricultura, onde o produtor pretenda fazer ciclagem de nutrientes, garantir uma palhada ou ainda reduzir a pressão operacional no momento da transição”. Carlos Eduardo disse ainda que as experiências, que contribuíram para a validação do Antecipasto ao longo desses anos, foram positivas e acrescentou que sempre fizeram o consórcio Antecipasto utilizando a BRS Tamani. Equipamentos – ‘Máquinas e plantabilidade’ foi o assunto da palestra realizada por Cristiano Taufer, da Pantanal Peças e Implementos Agrícolas, que em sua fala destacou que “cada situação é uma realidade. Mas, em nosso trabalho, buscamos mensurar a necessidade de cada cliente para que possamos fazer o dimensionamento adequado do equipamento, que pode ser utilizado no sistema Antecipasto, no consórcio milho-braquiária e ainda no cultivo de culturas de inverno”. Inovação – O Chefe Adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Agropecuária Oeste, Auro Akio Otsubo disse que o Antecipasto é uma nova tecnologia que está em constante atualização, especialmente no processo de validação em outras regiões do país. Ele esclareceu ainda que “este é um ativo tecnológico, ou seja, não é um produto. Trata-se de uma estratégia de manejo que exige conhecimento técnico especializado. Contribuindo assim com a valorização dos profissionais interessados em novas tecnologias e inovações”. O primeiro-secretário do Sindicato Rural de Dourados, Michael Araújo, destacou que o Painel da Embrapa faz parte da programação da Expoagro há muitos anos e disse: “Esses eventos apresentam novas estratégias para os produtores, e isso é sempre bom, pois nos permite conhecer e aprender sobre novas tecnologias que podem ser implantadas”. Ele aproveitou para convidar os presentes a prestigiar os próximos dias da Expoagro, que termina apenas no domingo, 19 de maio, e que conta com eventos técnicos, atividades comerciais, parque de diversões, exposição agrícola e shows musicais de renome nacional. Saiba Mais – O Painel: Sistema Antecipasto foi realizado durante a 58ª edição da Expoagro, na manhã de 17 de maio, no auditório do Sindicato Rural de Dourados. O evento foi uma realização da Embrapa Agropecuária Oeste em parceria com o Sindicato Rural. O evento também foi transmitido pelo canal do YouTube do Sindicato, fazendo parte da Expoagro Digital. Confira no link: https://www.youtube.com/watch?v=QXLLCGOUfKk
Durante a Expoagro, realizada de 10 a 19 de maio de 2024 no Parque de Exposições João Humberto de Carvalho, em Dourados, Mato Grosso do Sul, os participantes puderam conhecer o Sistema Antecipasto da Embrapa. Esse sistema integra a soja com forrageiras, onde o capim é semeado nas entrelinhas da soja após sua emergência. Após a colheita da soja, o capim se estabelece e a pecuária assume protagonismo na área. Essa técnica de manejo, que permite antecipar a formação da pastagem em até 30 dias, resulta em ganho de peso dos animais, aumento da produtividade de grãos e, em alguns casos, controle eficaz de plantas daninhas.
“Essa estratégia de manejo permite que, no sistema de Integração-Lavoura-Pecuária (ILP), o rebanho disponha de pasto por um período prolongado, especialmente durante a estiagem, quando os desafios alimentares são maiores”, informa o pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste, Luis Armando Zago Machado.
Desta forma, Zago destaca que o Antecipasto é recomendado para os produtores rurais que já utilizam ILP, nos biomas Cerrado e Mata Atlântica, e que tem um grande potencial de crescimento nas áreas de expansão de soja. “Essas áreas geralmente possuem solos arenosos, com problemas de fertilidade e com pouca oferta de água, disponível apenas para uma cultura, que seria a soja, inviabilizando o milho safrinha”, explica o pesquisador.
Ele acrescenta ainda que, ao permitir que os produtores tenham acesso a pastagens mais cedo, possibilitando o pastejo por um período prolongado, o Antecipasto contribui para a eficiência da produção e para práticas agrícolas mais sustentáveis. “Atualmente, temos vários técnicos agropecuários de diferentes biomas do país interessados em conhecer essa tecnologia e que têm procurado a Embrapa Agropecuária Oeste em busca de informações”, informa Zago. A tecnologia tem potencial de validação nos estados de Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Roraima, São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Bahia.
Experiência – A implementação do Sistema Antecipasto já está sendo adotada por agricultores de vários municípios do sul de Mato Grosso do Sul (Maracaju, Dourados, Nova Andradina, Anaurilândia, Rio Brilhante e Nova Alvorada do Sul). Com 270 hectares de Antecipasto implantados na fazenda Rosa Branca, em Rio Brilhante, o produtor Carlos Eduardo Barbosa falou sobre sua experiência no painel. Ele disse que está satisfeito com os resultados do Antecipasto e contou que “além de aumentar a disponibilidade de pastagens e melhorar a nutrição do gado, a produtividade de grãos foi excelente”.
Ele enfatizou que o sistema Antecipasto funciona muito bem e acrescentou que a tecnologia pode ser útil “tanto em sistemas de ILP quanto nas propriedades que possuem apenas agricultura, onde o produtor pretenda fazer ciclagem de nutrientes, garantir uma palhada ou ainda reduzir a pressão operacional no momento da transição”. Carlos Eduardo disse ainda que as experiências, que contribuíram para a validação do Antecipasto ao longo desses anos, foram positivas e acrescentou que sempre fizeram o consórcio Antecipasto utilizando a BRS Tamani.
Equipamentos – ‘Máquinas e plantabilidade’ foi o assunto da palestra realizada por Cristiano Taufer, da Pantanal Peças e Implementos Agrícolas, que em sua fala destacou que “cada situação é uma realidade. Mas, em nosso trabalho, buscamos mensurar a necessidade de cada cliente para que possamos fazer o dimensionamento adequado do equipamento, que pode ser utilizado no sistema Antecipasto, no consórcio milho-braquiária e ainda no cultivo de culturas de inverno”.
Inovação – O Chefe Adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Agropecuária Oeste, Auro Akio Otsubo disse que o Antecipasto é uma nova tecnologia que está em constante atualização, especialmente no processo de validação em outras regiões do país. Ele esclareceu ainda que “este é um ativo tecnológico, ou seja, não é um produto. Trata-se de uma estratégia de manejo que exige conhecimento técnico especializado. Contribuindo assim com a valorização dos profissionais interessados em novas tecnologias e inovações”.
O primeiro-secretário do Sindicato Rural de Dourados, Michael Araújo, destacou que o Painel da Embrapa faz parte da programação da Expoagro há muitos anos e disse: “Esses eventos apresentam novas estratégias para os produtores, e isso é sempre bom, pois nos permite conhecer e aprender sobre novas tecnologias que podem ser implantadas”. Ele aproveitou para convidar os presentes a prestigiar os próximos dias da Expoagro, que termina apenas no domingo, 19 de maio, e que conta com eventos técnicos, atividades comerciais, parque de diversões, exposição agrícola e shows musicais de renome nacional.
Saiba Mais – O Painel: Sistema Antecipasto foi realizado durante a 58ª edição da Expoagro, na manhã de 17 de maio, no auditório do Sindicato Rural de Dourados. O evento foi uma realização da Embrapa Agropecuária Oeste em parceria com o Sindicato Rural. O evento também foi transmitido pelo canal do YouTube do Sindicato, fazendo parte da Expoagro Digital. Confira no link: https://www.youtube.com/watch?v=QXLLCGOUfKk