Visitas e reuniões realizadas em dezembro por equipe interinstitucional do Centro de Ciência para o Desenvolvimento em Agricultura Digital (CCD-AD/Semear Digital) junto a produtores e agentes públicos do município de Alto Alegre/SP, resultaram no diagnóstico inicial do Distrito Agrotecnológico (DAT). As ações do Semear Digital têm coordenação da Embrapa Agricultura Digital e financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). O objetivo do diagnóstico elaborado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA) é alinhar as necessidades das cadeias produtivas locais da cana de açúcar, batata doce e pecuária leiteira e mista às demandas digitais dos produtores às soluções tecnológicas a serem apresentadas. As atividades de capacitação, pesquisa e inovação do programa são realizadas em ambientes de produção denominados DATs. Celso Vegro especialista do IEA, responsável pelo diagnóstico realizado a partir das visitas, explica que “empregando a metodologia de Sistemas Agrários, foi possível identificar discrepâncias daquilo que se convencionou denominar de agricultura familiar”. Segundo indica, nesse universo, mesmo em municípios pequenos como Alto Alegre existe diferenciação social entre os mais de 850 agricultores familiares atuando na agropecuária local. “Desde aqueles com elevado nível de adoção tecnológica até aqueles em que o determinante de sua estratégia se assenta na produção de subsistência. Reconhecer esses perfis e delinear ações voltadas para cada perfil de agricultor familiar norteou essa campanha em campo”, ressalta. Pontos Focais – O Instituto Agronômico (IAC), por meio do pesquisador científico Glauber Gava, será ponto focal do Semear Digital em Alto Alegre, com apoio da diretoria regional da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati). “O DAT de Alto Alegre possui grande importância por estar situado no cinturão sucroenergético do oeste paulista e possuir uma bovinocultura de leite significativa”, aponta Gava. O pesquisador indica que tais sistemas agroindustriais apresentam demanda crescente por tecnologias digitais, “que podem resultar em aumento de produtividade e redução dos custos de produção, promovendo um grande desenvolvimento sustentável da região”, avalia. Pela prefeitura, representando os agricultores, estará a bióloga Elisabete Garcia David. “A expectativa é ter conectividade e tecnologias digitais nas mais diversas regiões do município, o que atualmente não acontece. O uso de tecnologias e serviços técnicos via web devem aumentar a renda dos produtores”, avalia. A melhoria da produtividade e da condução das lavouras por meio de soluções desenvolvidas para necessidades locais e capacitações também figuram entre as expectativas. Segundo dados de 2022, Alto Alegre possui 3.841 habitantes. Das quase 900 unidades produtivas, aproximadamente metade das propriedades atua com pecuária, são 20 mil bovinos. Nos outros 50% a atividade predominante é a cultura da cana-de-açúcar, cerca de 16.000 ha cultivados, indicou o Levantamento Censitário por Unidades de Produção Agropecuária (Lupa/SP) de 2017. O município possui sinal de internet que não atinge toda a zona rural do município, sendo atendida pelo provedor do município vizinho, Penápolis, informa a coordenadora de parcerias do Semear Digital, Luciana Romani. São parceiros do Centro Semear Digital: a Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” da Universidade de São Paulo (Esalq/USP) também integra o consórcio ao lado do Instituto Agronômico (IAC/SP), do Instituto de Economia Agrícola (IEA/SP), Universidade Federal de Lavras (UFLA) e do Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), além do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD). REUNIÕES COM PRODUTORES Durante a visita ao município, foram realizadas reuniões com lideranças locais, prefeitura, associações e agroindústria. Também foram entrevistados sete proprietários rurais, atuantes no município, com perfil familiar e, a partir das reuniões e entrevistas, foi elaborado um relatório sobre os sistemas de produção, valor agregado e renda agrícola de imóveis rurais selecionados no município de Alto Alegre. “O mapeamento do ‘tempo zero’ do DAT, que antecede os trabalhos em campo, é realizado por meio da adoção da metodologia denominada Análise Diagnóstico de Sistemas Agrários (DSA), utilizada pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) na elaboração de diagnósticos para diferentes localidades, que delineiam as diretrizes para o desenvolvimento rural local”, destaca Luciana Romani. A partir de fevereiro, a cada 20 dias serão realizadas reuniões de alinhamento com todos os pontos focais das instituições parceiras do Semear Digital de modo a imprimir eficiência na condução dos DATs e na gestão dos recursos, acrescenta a coordenadora. O município de Lagoinha será o próximo DAT a receber, no início do próximo mês, a visita da equipe técnica do programa. O Centro de Ciência para o Desenvolvimento em Agricultura Digital pode alcançar até 14 mil pequenas e médias propriedades rurais a partir dos 10 DATs distribuídos por todas as regiões do País, cinco estão localizados no estado de São Paulo: Caconde, São Miguel Arcanjo, Jacupiranga, Lagoinha e Alto Alegre. Para saber mais acesse: Embrapa e parceiros vão desenvolver ações de inclusão digital em dez municípios brasileiros
Visitas e reuniões realizadas em dezembro por equipe interinstitucional do Centro de Ciência para o Desenvolvimento em Agricultura Digital (CCD-AD/Semear Digital) junto a produtores e agentes públicos do município de Alto Alegre/SP, resultaram no diagnóstico inicial do Distrito Agrotecnológico (DAT). As ações do Semear Digital têm coordenação da Embrapa Agricultura Digital e financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
O objetivo do diagnóstico elaborado pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA) é alinhar as necessidades das cadeias produtivas locais da cana de açúcar, batata doce e pecuária leiteira e mista às demandas digitais dos produtores às soluções tecnológicas a serem apresentadas. As atividades de capacitação, pesquisa e inovação do programa são realizadas em ambientes de produção denominados DATs.
Celso Vegro especialista do IEA, responsável pelo diagnóstico realizado a partir das visitas, explica que “empregando a metodologia de Sistemas Agrários, foi possível identificar discrepâncias daquilo que se convencionou denominar de agricultura familiar”.
Segundo indica, nesse universo, mesmo em municípios pequenos como Alto Alegre existe diferenciação social entre os mais de 850 agricultores familiares atuando na agropecuária local. “Desde aqueles com elevado nível de adoção tecnológica até aqueles em que o determinante de sua estratégia se assenta na produção de subsistência. Reconhecer esses perfis e delinear ações voltadas para cada perfil de agricultor familiar norteou essa campanha em campo”, ressalta.
Pontos Focais – O Instituto Agronômico (IAC), por meio do pesquisador científico Glauber Gava, será ponto focal do Semear Digital em Alto Alegre, com apoio da diretoria regional da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati). “O DAT de Alto Alegre possui grande importância por estar situado no cinturão sucroenergético do oeste paulista e possuir uma bovinocultura de leite significativa”, aponta Gava. O pesquisador indica que tais sistemas agroindustriais apresentam demanda crescente por tecnologias digitais, “que podem resultar em aumento de produtividade e redução dos custos de produção, promovendo um grande desenvolvimento sustentável da região”, avalia.
Pela prefeitura, representando os agricultores, estará a bióloga Elisabete Garcia David. “A expectativa é ter conectividade e tecnologias digitais nas mais diversas regiões do município, o que atualmente não acontece. O uso de tecnologias e serviços técnicos via web devem aumentar a renda dos produtores”, avalia. A melhoria da produtividade e da condução das lavouras por meio de soluções desenvolvidas para necessidades locais e capacitações também figuram entre as expectativas.
Segundo dados de 2022, Alto Alegre possui 3.841 habitantes. Das quase 900 unidades produtivas, aproximadamente metade das propriedades atua com pecuária, são 20 mil bovinos. Nos outros 50% a atividade predominante é a cultura da cana-de-açúcar, cerca de 16.000 ha cultivados, indicou o Levantamento Censitário por Unidades de Produção Agropecuária (Lupa/SP) de 2017.
O município possui sinal de internet que não atinge toda a zona rural do município, sendo atendida pelo provedor do município vizinho, Penápolis, informa a coordenadora de parcerias do Semear Digital, Luciana Romani.
São parceiros do Centro Semear Digital: a Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” da Universidade de São Paulo (Esalq/USP) também integra o consórcio ao lado do Instituto Agronômico (IAC/SP), do Instituto de Economia Agrícola (IEA/SP), Universidade Federal de Lavras (UFLA) e do Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), além do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD).
REUNIÕES COM PRODUTORES
Durante a visita ao município, foram realizadas reuniões com lideranças locais, prefeitura, associações e agroindústria. Também foram entrevistados sete proprietários rurais, atuantes no município, com perfil familiar e, a partir das reuniões e entrevistas, foi elaborado um relatório sobre os sistemas de produção, valor agregado e renda agrícola de imóveis rurais selecionados no município de Alto Alegre.
“O mapeamento do ‘tempo zero’ do DAT, que antecede os trabalhos em campo, é realizado por meio da adoção da metodologia denominada Análise Diagnóstico de Sistemas Agrários (DSA), utilizada pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) na elaboração de diagnósticos para diferentes localidades, que delineiam as diretrizes para o desenvolvimento rural local”, destaca Luciana Romani.
A partir de fevereiro, a cada 20 dias serão realizadas reuniões de alinhamento com todos os pontos focais das instituições parceiras do Semear Digital de modo a imprimir eficiência na condução dos DATs e na gestão dos recursos, acrescenta a coordenadora. O município de Lagoinha será o próximo DAT a receber, no início do próximo mês, a visita da equipe técnica do programa.
O Centro de Ciência para o Desenvolvimento em Agricultura Digital pode alcançar até 14 mil pequenas e médias propriedades rurais a partir dos 10 DATs distribuídos por todas as regiões do País, cinco estão localizados no estado de São Paulo: Caconde, São Miguel Arcanjo, Jacupiranga, Lagoinha e Alto Alegre.
Para saber mais acesse: Embrapa e parceiros vão desenvolver ações de inclusão digital em dez municípios brasileiros