Dirigentes de instituições de P&D da Argentina, Uruguai, Paraguai, Brasil e Chile, e do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), definiram as linhas estratégicas de trabalho do Programa Cooperativo para o Desenvolvimento Tecnológico Agroalimentar e Agroindustrial do Cone Sul (Procisur). As linhas estratégicas definidas pelo Procisur para o período 2023-2026 são a intensificação sustentável, por meio de iniciativas conjuntas em sanidade vegetal e animal e na produção de bioinsumos; a mudança climática com ações de adaptação, priorizando a gestão da água, solo e de mitigação, focalizando no papel da pecuária regional; a Agricultura Familiar orientando os esforços em jovens e mulheres rurais; e o desenvolvimento institucional continuando com as iniciativas que promovam a equidade de gênero nos institutos membros e o fortalecimento das instituições no contexto da agricultura 4.0. O Procisur promove a interação e articulação científica e tecnológica do setor na região desde 1980 e adota o slogan “cooperação que gera resultados”. A reunião foi de 14 a 16 de março, em Santiago, Chile. Mariano Garmendia, Presidente do Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (Inta) da Argentina, é o atual presidente da Comissão Diretiva. Ele destacou que a reunião permitiu que fossem ajustadas as definições orçamentárias e as linhas principais de trabalho para os próximos meses. No encontro também ficou definida a necessidade de avançar no desenvolvimento de bioinsumos, na gestão hídrica da região e em temas de saúde animal, particularmente a influenza aviária, que são necessidades urgentes e de longo prazo, presentes na agenda política regional. Kepler Euclides Filho é pesquisador da Embrapa e membro do Comitê de Assessoramento Técnico do Procisur. Ele representou o Brasil na reunião e avalia que o Procisur tem conseguido ampliar a capacidade dos institutos de pesquisa dos diferentes países, apesar da diversidade de características das instituições e do volume e grandeza dos desafios. Kepler explica que são vários os projetos conjuntos em desenvolvimento. Ele cita, por exemplo, o treinamento conjunto no uso de drones em culturas como soja, milho e trigo, avanços no setor agroflorestal, com envolvimento de famílias rurais e comunidades indígenas. Para ele, temas como os bioinsumos são fundamentais não apenas para o Brasil, mas para o conjunto dos países. Balanço Social A experiência da Embrapa com o Balanço Social tem servido de referência e estimula o interesse dos demais países em ampliar o conhecimento público da sociedade sobre a atuação dos institutos de pesquisa. Um dos desafios é ampliar a capacidade dos institutos de pesquisa dos diferentes países e aumentar a ação conjunta. Cecilia Gianoni, secretária-executiva do Procisur, afirmou que “estamos interessadas em uma estratégia comum para a gestão hídrica entre os países do Procisur e na geração de bioinsumos. Isso é algo que temos visto no uso de organismos para o controle biológico há alguns anos, mas que agora precisamos abordar como produtos. Através do Procisur podem surgir propostas biológicas de uso regional para tratar problemas que afetam de igual maneira todos os países membros”. A próxima etapa é a criação de grupos de trabalho para troca de experiências e resultados de pesquisa e a identificação de oportunidades comuns que gerem soluções e produtos de alcance regional. Sobre o Procisur O Programa Cooperativo para o Desenvolvimento Tecnológico Agroalimentar e Agroindustrial do Cone Sul (Procisur) foi criado em 1980 com apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Ele é um instrumento institucional de integração e articulação dos Institutos Nacionais de Pesquisa Agropecuária da Argentina (INTA Argentina), Brasil (Embrapa), Chile (INIA Chile), Paraguai (IPTA) e Uruguai (INIA Uruguai), e o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA). Desde a década de 1990, o Programa se formaliza por meio de convênios quadrienais celebrados entre os membros participantes. Nos convênios são criadas as condições e os meios para a execução da estratégia de cooperação.
Dirigentes de instituições de P&D da Argentina, Uruguai, Paraguai, Brasil e Chile, e do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), definiram as linhas estratégicas de trabalho do Programa Cooperativo para o Desenvolvimento Tecnológico Agroalimentar e Agroindustrial do Cone Sul (Procisur).
As linhas estratégicas definidas pelo Procisur para o período 2023-2026 são a intensificação sustentável, por meio de iniciativas conjuntas em sanidade vegetal e animal e na produção de bioinsumos; a mudança climática com ações de adaptação, priorizando a gestão da água, solo e de mitigação, focalizando no papel da pecuária regional; a Agricultura Familiar orientando os esforços em jovens e mulheres rurais; e o desenvolvimento institucional continuando com as iniciativas que promovam a equidade de gênero nos institutos membros e o fortalecimento das instituições no contexto da agricultura 4.0.
O Procisur promove a interação e articulação científica e tecnológica do setor na região desde 1980 e adota o slogan “cooperação que gera resultados”. A reunião foi de 14 a 16 de março, em Santiago, Chile.
Mariano Garmendia, Presidente do Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (Inta) da Argentina, é o atual presidente da Comissão Diretiva. Ele destacou que a reunião permitiu que fossem ajustadas as definições orçamentárias e as linhas principais de trabalho para os próximos meses.
No encontro também ficou definida a necessidade de avançar no desenvolvimento de bioinsumos, na gestão hídrica da região e em temas de saúde animal, particularmente a influenza aviária, que são necessidades urgentes e de longo prazo, presentes na agenda política regional.
Kepler Euclides Filho é pesquisador da Embrapa e membro do Comitê de Assessoramento Técnico do Procisur. Ele representou o Brasil na reunião e avalia que o Procisur tem conseguido ampliar a capacidade dos institutos de pesquisa dos diferentes países, apesar da diversidade de características das instituições e do volume e grandeza dos desafios.
Kepler explica que são vários os projetos conjuntos em desenvolvimento. Ele cita, por exemplo, o treinamento conjunto no uso de drones em culturas como soja, milho e trigo, avanços no setor agroflorestal, com envolvimento de famílias rurais e comunidades indígenas. Para ele, temas como os bioinsumos são fundamentais não apenas para o Brasil, mas para o conjunto dos países.
Balanço Social
A experiência da Embrapa com o Balanço Social tem servido de referência e estimula o interesse dos demais países em ampliar o conhecimento público da sociedade sobre a atuação dos institutos de pesquisa. Um dos desafios é ampliar a capacidade dos institutos de pesquisa dos diferentes países e aumentar a ação conjunta.
Cecilia Gianoni, secretária-executiva do Procisur, afirmou que “estamos interessadas em uma estratégia comum para a gestão hídrica entre os países do Procisur e na geração de bioinsumos. Isso é algo que temos visto no uso de organismos para o controle biológico há alguns anos, mas que agora precisamos abordar como produtos. Através do Procisur podem surgir propostas biológicas de uso regional para tratar problemas que afetam de igual maneira todos os países membros”.
A próxima etapa é a criação de grupos de trabalho para troca de experiências e resultados de pesquisa e a identificação de oportunidades comuns que gerem soluções e produtos de alcance regional.
Sobre o Procisur
O Programa Cooperativo para o Desenvolvimento Tecnológico Agroalimentar e Agroindustrial do Cone Sul (Procisur) foi criado em 1980 com apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Ele é um instrumento institucional de integração e articulação dos Institutos Nacionais de Pesquisa Agropecuária da Argentina (INTA Argentina), Brasil (Embrapa), Chile (INIA Chile), Paraguai (IPTA) e Uruguai (INIA Uruguai), e o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).
Desde a década de 1990, o Programa se formaliza por meio de convênios quadrienais celebrados entre os membros participantes. Nos convênios são criadas as condições e os meios para a execução da estratégia de cooperação.