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Projeto de pesquisa busca auxiliar coletores de sementes e vivieristas para ganhar com a floresta em pé

O fortalecimento da cadeia de sementes e mudas da Amazônia (Fundo Amazônia/Embrapa), tema de projeto de pesquisa da Embrapa Meio Ambiente busca dar subsídios para que os coletores de sementes e os viveiristas possam ter suas atividades incrementadas auxiliadas por meio de tecnologias de inovação, desde aprendizagem de como coletar sementes até formas de facilitar a logística do escoamento de mudas conhecendo os viveiros existentes na Amazônia que já faz parte de um banco de dados para auxiliar o agricultor familiar, extrativista e coletor de sementes a ganhar com a mata em pé. O Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (Planaveg) tem como meta reabilitar 12 milhões de hectares de florestas nativas e 15 milhões de hectares de pastagens até 2030. Esse planejamento atende às premissas do Acordo de Paris, assinado em 2017, e tem como base a redução de emissão de gases de efeito estufa, entre eles, o dióxido de carbono, com a intenção de mitigar as mudanças climáticas. De acordo com Ivan Alvarez, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente e líder do projeto, para que essa meta seja alcançada, depende de toda uma cadeia funcionando de insumos, sementes e mudas, que gera recursos e pode ser uma das formas das populações locais ganharem com a floresta em pé. “O objetivo é que a bioeconomia seja uma fonte de renda que evite que as áreas sejam abertas para cultivos de culturas anuais ou pastagem ou mesmo queimadas ilegais”, diz Alvarez. O pesquisador explica que, diferente das florestas plantadas para fins comerciais, a restauração de matas nativas tem a ver com a reabilitação do ambiente natural, garantindo maior diversidade possível com as condições ecológicas estabelecidas. A manutenção da floresta em pé depende da geração de riquezas, formando uma cadeia de bioeconomia que considere desde um coletor de sementes, ao produtor de mudas até o maior valor agregado em produtos da sociobiodiversidade. “Em razão da diversidade dos ecossistemas brasileiros, não se pode fazer uma restauração apenas com árvores, também é preciso usar outros tipos de vegetação como arbustos e forrações”. Por causa dessa diversidade de ecossistemas, há muitas linhas de pesquisa propondo formas de restauração de florestas nativas, inclusive utilizando silvicultura de nativas, tema proposto pelo pesquisador, mas que ainda carece de muitos estudos para implementação. “Uma das formas vislumbradas é do Jovem Rural como agente desse aproveitamento da floresta dentro da propriedade e a sua adequação ambiental passaria a ser uma fonte de receita também ao produtor, acredita Alvarez. Ele iria fazer o manejo de áreas de reserva legal e ganhar com a utilização de espécies florestais nativas”. Sequestro de carbono Dentro do mercado de carbono, a pesquisadora Patrícia da Costa da Embrapa Meio Ambiente enxerga que a sua regulamentação a partir da COP26 e do Decreto nº 11.075/2022 é uma oportunidade de pesquisa ao estabelecer os procedimentos para elaboração dos Planos Setoriais de Mitigação das Mudanças Climáticas e instituiu o Sistema Nacional de Redução das Emissões de Gases do Efeito Estufa. O setor florestal é considerado um dos mais promissores no Brasil para a mitigação e geração de créditos de carbono – CEBDS. As estimativas ainda são muito variáveis, mas indicam que o mercado de carbono brasileiro pode movimentar algo em torno de US$ 100 bilhões a US$ 347 bilhões até 2050, com a geração de 8,5 milhões de empregos. O carbono estocado nas florestas primárias representa emissões evitadas, relevantes no contexto regulação climática global e tem sido valorizado não apenas através do chamado mercado de carbono, como através de outros mecanismos, entre os quais temos: PSA carbono, Cédula de Produto Rural Verde, entre outros. Por sua vez, o carbono sequestrado em florestas secundárias ou em plantios florestais com diferentes finalidades apresenta-se como uma alternativa para mitigação de emissões e tem sido muito buscado neste novo mercado. Assim, se de um lado a manutenção das florestas em pé apresenta-se como primeiro passo para evitar emissões de gases de efeito estufa, de outro lado, a restauração de florestas e o plantio e adoção de sistemas agroflorestais e ILPF, que combinam culturas plantadas e floresta, apresentam-se como alternativas econômicas com valor agregado a partir da possibilidade de compensação de emissões.

O fortalecimento da cadeia de sementes e mudas da Amazônia (Fundo Amazônia/Embrapa), tema de projeto de pesquisa da Embrapa Meio Ambiente busca dar subsídios para que os coletores de sementes e os viveiristas possam ter suas atividades incrementadas auxiliadas por meio de tecnologias de inovação, desde aprendizagem de como coletar sementes até formas de facilitar a logística do escoamento de mudas conhecendo os viveiros existentes na Amazônia que já faz parte de um banco de dados para auxiliar o agricultor familiar, extrativista e coletor de sementes a ganhar com a mata em pé.

O Plano Nacional de Recuperação da Vegetação Nativa (Planaveg) tem como meta reabilitar 12 milhões de hectares de florestas nativas e 15 milhões de hectares de pastagens até 2030. Esse planejamento atende às premissas do Acordo de Paris, assinado em 2017, e tem como base a redução de emissão de gases de efeito estufa, entre eles, o dióxido de carbono, com a intenção de mitigar as mudanças climáticas.
De acordo com Ivan Alvarez, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente e líder do projeto, para que essa meta seja alcançada, depende de toda uma cadeia funcionando de insumos, sementes e mudas, que gera recursos e pode ser uma das formas das populações locais ganharem com a floresta em pé. 

“O objetivo é que a bioeconomia seja uma fonte de renda que evite que as áreas sejam abertas para cultivos de culturas anuais ou pastagem ou mesmo queimadas ilegais”, diz Alvarez. 

O pesquisador explica que, diferente das florestas plantadas para fins comerciais, a restauração de matas nativas tem a ver com a reabilitação do ambiente natural, garantindo maior diversidade possível com as condições ecológicas estabelecidas. A manutenção da floresta em pé depende da geração de riquezas, formando uma cadeia de bioeconomia que considere desde um coletor de sementes, ao produtor de mudas até o maior valor agregado em produtos da sociobiodiversidade. “Em razão da diversidade dos ecossistemas brasileiros, não se pode fazer uma restauração apenas com árvores, também é preciso usar outros tipos de vegetação como arbustos e forrações”.

Por causa dessa diversidade de ecossistemas, há muitas linhas de pesquisa propondo formas de restauração de florestas nativas, inclusive utilizando silvicultura de nativas, tema proposto pelo pesquisador, mas que ainda carece de muitos estudos para implementação. 
“Uma das formas vislumbradas é do Jovem Rural como agente desse aproveitamento da floresta dentro da propriedade e a sua adequação ambiental passaria a ser uma fonte de receita também ao produtor, acredita Alvarez. Ele iria fazer o manejo de áreas de reserva legal e ganhar com a utilização de espécies florestais nativas”.

Sequestro de carbono

Dentro do mercado de carbono, a pesquisadora Patrícia da Costa da Embrapa Meio Ambiente enxerga que a sua regulamentação a partir da COP26 e do Decreto nº 11.075/2022 é uma oportunidade de pesquisa ao estabelecer os procedimentos para elaboração dos Planos Setoriais de Mitigação das Mudanças Climáticas e instituiu o Sistema Nacional de Redução das Emissões de Gases do Efeito Estufa. 

O setor florestal é considerado um dos mais promissores no Brasil para a mitigação e geração de créditos de carbono – CEBDS. As estimativas ainda são muito variáveis, mas indicam que o mercado de carbono brasileiro pode movimentar algo em torno de US$ 100 bilhões a US$ 347 bilhões até 2050, com a geração de 8,5 milhões de empregos.

O carbono estocado nas florestas primárias representa emissões evitadas, relevantes no contexto regulação climática global e tem sido valorizado não apenas através do chamado mercado de carbono, como através de outros mecanismos, entre os quais temos: PSA carbono, Cédula de Produto Rural Verde, entre outros. Por sua vez, o carbono sequestrado em florestas secundárias ou em plantios florestais com diferentes finalidades apresenta-se como uma alternativa para mitigação de emissões e tem sido muito buscado neste novo mercado. Assim, se de um lado a manutenção das florestas em pé apresenta-se como primeiro passo para evitar emissões de gases de efeito estufa, de outro lado, a restauração de florestas e o plantio e adoção de sistemas agroflorestais e ILPF, que combinam culturas plantadas e floresta, apresentam-se como alternativas econômicas com valor agregado a partir da possibilidade de compensação de emissões.

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