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Logística, mercado de grãos e questões tributárias em debate durante Congresso Nacional de Milho e Sorgo

A conferência de abertura do XXXIII Congresso Nacional de Milho e Sorgo (CNMS), que acontece de 12 a 15 de setembro de 2022, abordará o tema “Commodities agrícolas brasileiras e os desafios para produção e posicionamento de grãos e proteína animal”, de acordo com a visão de Ricardo João Santin, presidente da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) e membro do CAE (Comitê Assessor Externo) da Embrapa Milho e Sorgo. A moderação ficará a cargo do diretor-executivo da Abramilho (Associação Brasileira dos Produtores de Milho) Glauber Silveira. Temas de impacto para o agronegócio brasileiro – como o complexo de enfezamentos do milho, o manejo da adubação em tempos de altos preços e escassez de fertilizantes, cenários futuros da cadeia produtiva de grãos, conjunturas nacional e internacional e volatilidade econômica das commodities agrícolas – serão debatidos durante o evento. Na entrevista a seguir, veja, na visão de Santin, os principais desafios para o setor de proteína animal, desde os fatores de logística relacionados ao abastecimento interno de grãos até as questões conjunturais de mercado. O senhor abordará o tema “Commodities agrícolas brasileiras e os desafios para a produção e posicionamento de grãos e proteína animal”. Quais os principais desafios enfrentados? Poderíamos elencar a alta carga tributária e as dificuldades de logística entre as principais? Quais as possíveis soluções? Ricardo Santin: São diversos os desafios. Por um lado, há a necessidade de aprimorar, sim, o desenho logístico nacional com a necessidade de se construir uma logística que se volte ao abastecimento interno de grãos – hoje, o desenho ferroviário é quase totalmente voltado às exportações. Por outro lado, é preciso construir medidas que favoreçam a previsibilidade do mercado de grãos, que hoje é fortemente exposto ao fator especulativo. São ferramentas como o sistema de informação das exportações – já amplamente utilizado por outras nações, como os Estados Unidos – onde o mercado é esclarecido sobre o que realmente será exportado em termos de grãos, e o que ficará no mercado interno. A carga tributária também é um fator de competitividade, mas não apenas do ponto de vista de custos, como também organizacional. A simplificação do sistema tributário geraria enormes ganhos em relação a custos e fatores burocráticos. É preciso também aprimorar as nossas estratégias de imagem internacional. Estamos em luta constante contra difamações ao agro brasileiro, sob acusações que tentam invalidar o que realmente somos: um setor que protege e preserva o meio ambiente. Ao mesmo tempo, precisamos fortalecer nosso trabalho global pela construção de acordos bilaterais. O Brasil é uma potência exportadora, mas perde competitividade pela falta de acordos com mercados importantes. Grandes competidores globais estão avançando nessa estratégia. Precisamos focar nossas energias nisto também, para não ficarmos para trás. Durante a reunião do Conselho Assessor Externo na Embrapa Milho e Sorgo, no último dia 4 de maio, o senhor apresentou, como uma das demandas das cadeias de aves e suínos, o desenvolvimento de cultivares de milho com maior conversão alimentar. Qual sua visão a respeito dessa agenda? Como grande instituição para o desenvolvimento técnico e científico do agro, a Embrapa supriria uma demanda importante na oferta de cultivares que gerem maior nível de aproveitamento proteico e energético nas aves. Falamos de ganhos que desencadeiam benefícios para todo o setor. Com menor demanda de insumos por ave ou por suíno, reduzem-se demanda logística, emissões de transportes, custos de produção, entre infindáveis outros pontos de competitividade. Sobre o Congresso O XXXIII Congresso Nacional de Milho e Sorgo acontece de 12 a 15 de setembro de 2022 em formato híbrido, sendo on-line para os inscritos e presencial para convidados, em Sete Lagoas, cidade localizada na região Central de Minas Gerais. O evento técnico-científico é realizado a cada dois anos pela ABMS (Associação Brasileira de Milho e Sorgo). Nesta XXXIII edição, a organizadora é a Embrapa Milho e Sorgo, com o tema “Brasil: 200 anos de independência – Sustentabilidade e desafios para a cadeia produtiva de grãos”. A Coordenação Geral do XXXIII CNMS oferece ao Brasil um evento âncora de oportunidades de conexões para integração de esforços em inteligência estratégica, planificação, novos ordenamentos territoriais, pesquisa, desenvolvimento e inovação. O congresso pretende ser indutor de maior impacto dessas cadeias produtivas, em prol da maior independência tecnológica para a matriz nacional e da agregação de valor para o mercado brasileiro. SERVIÇO XXXIII Congresso Nacional de Milho e Sorgo Quando: 12 a 15 de setembro de 2022 Formato: On-line Onde: Sete Lagoas-MG Mais informações em www.abms.org.br/cnms

A conferência de abertura do XXXIII Congresso Nacional de Milho e Sorgo (CNMS), que acontece de 12 a 15 de setembro de 2022, abordará o tema “Commodities agrícolas brasileiras e os desafios para produção e posicionamento de grãos e proteína animal”, de acordo com a visão de Ricardo João Santin, presidente da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) e membro do CAE (Comitê Assessor Externo) da Embrapa Milho e Sorgo. A moderação ficará a cargo do diretor-executivo da Abramilho (Associação Brasileira dos Produtores de Milho) Glauber Silveira.

Temas de impacto para o agronegócio brasileiro – como o complexo de enfezamentos do milho, o manejo da adubação em tempos de altos preços e escassez de fertilizantes, cenários futuros da cadeia produtiva de grãos, conjunturas nacional e internacional e volatilidade econômica das commodities agrícolas – serão debatidos durante o evento. Na entrevista a seguir, veja, na visão de Santin, os principais desafios para o setor de proteína animal, desde os fatores de logística relacionados ao abastecimento interno de grãos até as questões conjunturais de mercado.

O senhor abordará o tema “Commodities agrícolas brasileiras e os desafios para a produção e posicionamento de grãos e proteína animal”. Quais os principais desafios enfrentados? Poderíamos elencar a alta carga tributária e as dificuldades de logística entre as principais? Quais as possíveis soluções?

Ricardo Santin: São diversos os desafios. Por um lado, há a necessidade de aprimorar, sim, o desenho logístico nacional com a necessidade de se construir uma logística que se volte ao abastecimento interno de grãos – hoje, o desenho ferroviário é quase totalmente voltado às exportações.

Por outro lado, é preciso construir medidas que favoreçam a previsibilidade do mercado de grãos, que hoje é fortemente exposto ao fator especulativo. São ferramentas como o sistema de informação das exportações – já amplamente utilizado por outras nações, como os Estados Unidos – onde o mercado é esclarecido sobre o que realmente será exportado em termos de grãos, e o que ficará no mercado interno.

A carga tributária também é um fator de competitividade, mas não apenas do ponto de vista de custos, como também organizacional. A simplificação do sistema tributário geraria enormes ganhos em relação a custos e fatores burocráticos.

É preciso também aprimorar as nossas estratégias de imagem internacional.  Estamos em luta constante contra difamações ao agro brasileiro, sob acusações que tentam invalidar o que realmente somos: um setor que protege e preserva o meio ambiente.

Ao mesmo tempo, precisamos fortalecer nosso trabalho global pela construção de acordos bilaterais. O Brasil é uma potência exportadora, mas perde competitividade pela falta de acordos com mercados importantes. Grandes competidores globais estão avançando nessa estratégia. Precisamos focar nossas energias nisto também, para não ficarmos para trás.

Durante a reunião do Conselho Assessor Externo na Embrapa Milho e Sorgo, no último dia 4 de maio, o senhor apresentou, como uma das demandas das cadeias de aves e suínos, o desenvolvimento de cultivares de milho com maior conversão alimentar. Qual sua visão a respeito dessa agenda?

Como grande instituição para o desenvolvimento técnico e científico do agro, a Embrapa supriria uma demanda importante na oferta de cultivares que gerem maior nível de aproveitamento proteico e energético nas aves. Falamos de ganhos que desencadeiam benefícios para todo o setor. Com menor demanda de insumos por ave ou por suíno, reduzem-se demanda logística, emissões de transportes, custos de produção, entre infindáveis outros pontos de competitividade.

Sobre o Congresso

O XXXIII Congresso Nacional de Milho e Sorgo acontece de 12 a 15 de setembro de 2022 em formato híbrido, sendo on-line para os inscritos e presencial para convidados, em Sete Lagoas, cidade localizada na região Central de Minas Gerais. O evento técnico-científico é realizado a cada dois anos pela ABMS (Associação Brasileira de Milho e Sorgo). Nesta XXXIII edição, a organizadora é a Embrapa Milho e Sorgo, com o tema “Brasil: 200 anos de independência – Sustentabilidade e desafios para a cadeia produtiva de grãos”.

A Coordenação Geral do XXXIII CNMS oferece ao Brasil um evento âncora de oportunidades de conexões para integração de esforços em inteligência estratégica, planificação, novos ordenamentos territoriais, pesquisa, desenvolvimento e inovação. O congresso pretende ser indutor de maior impacto dessas cadeias produtivas, em prol da maior independência tecnológica para a matriz nacional e da agregação de valor para o mercado brasileiro.

SERVIÇO

XXXIII Congresso Nacional de Milho e Sorgo

Quando: 12 a 15 de setembro de 2022

Formato: On-line

Onde: Sete Lagoas-MG

Mais informações em www.abms.org.br/cnms

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