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Experimento analisa fluxos de óxido nitroso em pastagem de brachiaria no sudeste do Brasil

Cientistas da Embrapa Meio Ambiente apresentaram no 8th International Greenhouse Gas & Animal Agriculture Conference, EUA (conference.ifas.ufl.edu/ggaa), de 5 a 9 de junho de 2022, um experimento realizado no verão de 2020 em uma pastagem com brachiaria no Sudeste do Brasil, com o objetivo de medir fluxos horários de metano e de óxido nitroso para identificar horários próximos ao fluxo médio e possíveis relações com parâmetros ambientais – temperatura do ar e do solo, radiação solar, radiação fotossinteticamente ativa, umidade relativa do ar, e umidade do solo. O experimento mostrou que os fluxos de óxido nitroso atingiram seu pico às 15h e um valor mínimo à 1h. Os horários com fluxos próximos da média ocorreram entre 11h e 13h, entre 7h e 9h e entre 5h e 7h. Os fluxos de óxido nitroso foram positivamente correlacionados com a temperatura do ar e com a radiação fotossinteticamente ativa e negativamente correlacionados com a umidade relativa do ar, sendo que repetições do experimento serão necessárias para fundamentar as relações encontradas. “Estes resultados são importantes para identificar quais horários seriam mais favoráveis para registrar fluxos médios diários deste gás, o que aprimoraria os cálculos de fatores de emissão de óxido nitroso para este tipo de sistema de produção”, explica a pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente Magda Lima. O Brasil possui extensas áreas de pastagens para bovinos de corte, parte delas ocorrendo na região Sudeste, caracterizada por uma estação chuvosa distribuída durante todo o verão e uma estação seca no inverno. Devido à abrangência representativa desse sistema de produção, é desafiador realizar medições locais das emissões de gases de efeito estufa. Definir os tempos de amostragem em que as taxas médias de emissão diurna e noturna ocorrem pode ser um passo importante na otimização dos cronogramas de medição de campo. Dados sobre a variação diária dos fluxos de gás nas pastagens brasileiras ainda são escassos. A área de estudo está situada na Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos – FZEA/USP, em Pirassununga, SP, e a pastagem é de manejo contínuo. Os dados de temperatura, de radiação solar e radiação fotossinteticamente ativa foram obtidos de uma estação climatológica em dois dias de fevereiro de 2020 e os dados de umidade do solo foram registrados por sensores de umidade. Câmaras fechadas foram usadas ao mesmo tempo para a coleta de gases. As concentrações de metano e de óxido nitroso foram amostradas a cada 2 horas ao longo de 24 horas. Os fluxos de metano apresentaram concentrações baixas ou negativas ao longo dos períodos diurno e noturno, correlacionando-se negativamente com a temperatura do solo. Em condições de solo aerado, ou seja, com solo não inundado, os fluxos de metano são geralmente baixos, mesmo na estação chuvosa de verão. O estudo é de Magda Lima, Alfredo Luiz, Abrahão Galvão e Osvaldo Cabral, pesquisadores da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP).

Cientistas da Embrapa Meio Ambiente apresentaram no 8th International Greenhouse Gas & Animal Agriculture Conference, EUA (conference.ifas.ufl.edu/ggaa), de 5 a 9 de junho de 2022, um experimento realizado no verão de 2020 em uma pastagem com brachiaria no Sudeste do Brasil, com o objetivo de medir fluxos horários de metano e de óxido nitroso para identificar horários próximos ao fluxo médio e possíveis relações com parâmetros ambientais – temperatura do ar e do solo, radiação solar, radiação fotossinteticamente ativa, umidade relativa do ar, e umidade do solo. O experimento mostrou que os fluxos de óxido nitroso atingiram seu pico às 15h e um valor mínimo à 1h. Os horários com fluxos próximos da média ocorreram entre 11h e 13h, entre 7h e 9h e entre 5h e 7h. 

Os fluxos de óxido nitroso foram positivamente correlacionados com a temperatura do ar e com a radiação fotossinteticamente ativa e negativamente correlacionados com a umidade relativa do ar, sendo que repetições do experimento serão necessárias para fundamentar as relações encontradas. 

“Estes resultados são importantes para identificar quais horários seriam mais favoráveis para registrar fluxos médios diários deste gás, o que aprimoraria os cálculos de fatores de emissão de óxido nitroso para este tipo de sistema de produção”, explica a pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente Magda Lima.

O Brasil possui extensas áreas de pastagens para bovinos de corte, parte delas ocorrendo na região Sudeste, caracterizada por uma estação chuvosa distribuída durante todo o verão e uma estação seca no inverno.

Devido à abrangência representativa desse sistema de produção, é desafiador realizar medições locais das emissões de gases de efeito estufa. Definir os tempos de amostragem em que as taxas médias de emissão diurna e noturna ocorrem pode ser um passo importante na otimização dos cronogramas de medição de campo. Dados sobre a variação diária dos fluxos de gás nas pastagens brasileiras ainda são escassos.

A área de estudo está situada na Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos – FZEA/USP, em Pirassununga, SP, e a pastagem é de manejo contínuo. Os dados de temperatura, de radiação solar e radiação fotossinteticamente ativa foram obtidos de uma estação climatológica em dois dias de fevereiro de 2020 e os dados de umidade do solo foram registrados por sensores de umidade. Câmaras fechadas foram usadas ao mesmo tempo para a coleta de gases. As concentrações de metano e de óxido nitroso foram amostradas a cada 2 horas ao longo de 24 horas.

Os fluxos de metano apresentaram concentrações baixas ou negativas ao longo dos períodos diurno e noturno, correlacionando-se negativamente com a temperatura do solo. Em condições de solo aerado, ou seja, com solo não inundado, os fluxos de metano são geralmente baixos, mesmo na estação chuvosa de verão.

O estudo é de Magda Lima, Alfredo Luiz, Abrahão Galvão e Osvaldo Cabral, pesquisadores da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP).

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