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Federarroz, Embrapa e Irga planejam uma nova Abertura da Colheita do Arroz em 2023

Evento se realizará em fevereiro, trazendo crescimento em sua estrutura física e uma visão de atuação do orizicultor como “produtor multissafras”. 

Agendado para os dias 14, 15 e 16 de fevereiro a realização da 33ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos em Terras Baixas, sediada pelo quinto ano consecutivo na Estação Experimental Terras Baixas (ETB), numa realização da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz), correalização da Embrapa e apoio do Instituto Rio Grandense do Arroz (IRGA). As instituições iniciaram os preparativos para esta atividade de grande destaque para a cadeia orizícola, que tem expectativas de crescer em participação de público, oferta de espaço para parceiros e a consolidação de áreas demonstrativas e de colheita para diversificação de culturas. O tema da edição foi definido em Arrozeiros como produtores multissafras. 

As equipes das instituições parceiras trabalham no planejamento para inovações no evento. Uma das possibilidades, que já vem sendo apresentada a cada edição, é a diversificação de grãos para melhor aproveitamento da propriedade pelo produtor rural.  “Além do arroz e da soja, é importante o produtor ter também no sistema a pecuária e o milho, para que possua várias alternativas que tragam rentabilidade aos seus negócios”, explicou  o presidente da Federarroz, Alexandre Velho.

Para o coordenador técnico da ETB, André Andres, o avanço das culturas em rotação de arroz, seja de inverno ou de verão, é irreversível, devido a algumas questões técnicas como o controle de plantas daninhas, manejo do solo e da água, como também, as questões econômicas. “Há alternativas de produzir alimentos numa mesma área sem necessitar a abertura de novas lavouras em outras áreas”, disse. Segundo ele,  o IRGA relatou que o arroz já chegou a 1 milhão e 280 mil hectares em outros anos, e neste momento, a cultura ocupa 950 mil hectares no Estado.  “A Federarroz e seus filiados possuem uma expectativa de que esta área deva ser reduzida em 10%, devido às questões mencionadas (técnicas e econômicas). Mas, estas áreas usadas no passado para cultura do arroz estão prontas para serem usadas por outras culturas”, considerou.

Mudanças do evento

A Comissão Organizadora ajustou os dias de semana de realização do evento, retornando a realizá-lo de terça a quinta-feira durante o período de 14 a 16 de fevereiro. Será estudada a modificação do dia e horário da realização da solenidade de abertura oficial do evento, assim como, a inserção de outras lavouras de grãos a serem colhidas no ato solene, como o milho e a soja.

Outro ponto que se consolida é a expansão da área de exposição de lavouras demonstrativas e de exposição de empresas parceiras no evento, como também, de visitantes. As instituições parceiras na realização da Abertura da Colheita planejam o aumento da área total do evento em 20%. “Vamos agora consolidar este crescimento de estrutura física do evento, que poderá ficar superior a 10 ha, ampliando espaços para apresentação de produtos de empresas parceiras e melhor acesso às lavouras demonstrativas com ruas bem planejadas”, comentou André Andres. A Comissão Organizadora prepara uma edição para acolher mais visitantes – neste ano, foram nove mil participantes – o que também fará incluir no projeto de infraestrutura os ‘espaços-conforto’ para proporcionar áreas de descanso para os visitantes.

A parte técnica do evento ainda não foi definida, mas será oferecida no mesmo modelo das últimas edições, focando na potencialização econômica de uso das propriedades rurais e contando com apresentações das lavouras que promovam a interação entre produtores e técnicos. A Comissão Organizadora realiza a próxima reunião de trabalho no dia 1º de junho, na sede da ETB. 

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