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Projeto vai inserir a Embrapa Cerrados nas pesquisas sobre pulses e colheitas especiais

Uma proposta de projeto de pesquisa da Embrapa – Pulse e “Colheitas Especiais” – vai contemplar, de forma inédita, a participação da Embrapa Cerrados (DF) nas ações de pesquisa e transferência de tecnologia da Empresa na temática. Os pulses são as sementes secas e comestíveis de leguminosas como feijão, ervilha, lentilha e grão-de-bico, entre outras menos conhecidas do brasileiro, como os feijões mungo e azuki. A palavra “pulse” é originária do latim puls, que significa “sopa grossa”. Quando cozidos, esses grãos produzem um caldo grosso, ou mesmo uma sopa grossa. Para saber mais sobre os pulses, clique aqui. “Até hoje, não estávamos pesquisando os pulses. Temos, distribuídos no Bioma Cerrado, 45 pontos de testes de material genético e de manejo de solo, de fitopatologia, de entomologia e de zoneamento de risco climático. É uma equipe multidisciplinar muito forte e que a partir de agora vai cerrar fileiras com os parceiros. Estamos juntos para ajudar no crescimento dos pulses principalmente do Centro-Oeste, melhorando o manejo, a produtividade e, com certeza, a sustentabilidade do negócio”, afirma o chefe geral da Embrapa Cerrados, Sebastião Pedro da Silva Neto. Ainda em fase de discussão, a proposta foi apresentada pelo analista Bernardo dos Santos, gestor de ativos de arroz e pulses da Secretaria de Inovação e Negócios (SIN) da Embrapa, durante o Pulse Day Brasília, evento promovido pelo Instituto Brasileiro do Feijão, Pulses e Colheitas Especiais (Ibrafe) na Embrapa Cerrados em novembro de 2021. O projeto tem como objetivo o desenvolvimento, a validação e a transferência de tecnologias em genética e manejo para viabilizar o cultivo, principalmente, em segunda e terceira safra no Cerrado brasileiro. A iniciativa deverá contar com a cooperação técnica de parceiros da cadeia produtiva do feijão e pulses. As culturas pulses contempladas são os feijões do gênero Vigna (mungo, caupi e azuki), o feijão comum, o feijão guandu, a lentilha, a ervilha e o grão-de-bico; enquanto as colheitas especiais são o gergelim e o amendoim. Santos lembrou que muitas culturas pulses estão entrando no Brasil ou sendo expandidas com grande carência de tecnologias como genética adaptada ao Cerrado e informações de manejo, o que impede a exploração do potencial total dessas culturas no País. “Como os sistemas de produção não estão totalmente dominados, há um risco alto para o plantio dessas culturas. Inclusive, empresas exportadoras podem ter dificuldade de encontrar produtores que topem plantá-las para fornecer os grãos”, comentou. Nesse sentido, ele apontou que o projeto vai potencializar o apoio às pesquisas da Empresa sobre pulses. Além da Embrapa Cerrados, que contribuirá com pesquisas em manejo cultural e fitotecnia, participarão as unidades Algodão (amendoim e gergelim), Arroz e Feijão (feijão comum), Hortaliças (grão-de-bico, ervilha e lentilha), Meio Norte (feijões Vigna) e Pecuária Sudeste (feijão guandu). “A Embrapa Cerrados está entrando na cadeia de pulses e colheitas especiais e dará um grande apoio para potencializar os trabalhos que já são feitos pelas unidades de produto, trazendo a expertise de manejo cultural e fitotecnia de sua rede de pesquisa, e vai agregar muito ao projeto”, observou Santos. Ele explicou que o projeto visa dar respostas rápidas aos produtores. O trabalho deve gerar cultivares adaptadas; recomendações de manejo de pragas, doenças, plantas daninhas, fertilidade, irrigação e colheita; espaçamento e densidade populacional de plantas; épocas de semeadura; análise industrial e mercadológica de grãos; além de informações sobre funcionalidade e digestibilidade de proteína, biodisponibilidade, minerais e fatores antinutricionais. O projeto pretende constituir, com as parcerias, um fórum técnico que aproxime a Embrapa do setor produtivo e promova a construção do conhecimento. Os resultados serão apresentados em eventos, unidades de validação, documentos e por meio da capacitação de técnicos e clientes das empresas apoiadoras. “A ideia é que seja uma parceria ‘ganha-ganha’. O parceiro vai investir na pesquisa e obter benefícios”, disse o analista, citando contrapartidas como o acesso direto aos pesquisadores, a capacitação dos clientes e das equipes e a redução dos riscos da operação. Na proposta, a Embrapa participa com o conhecimento técnico e a infraestrutura de pesquisa. Já os parceiros contribuem com infraestrutura para ensaios de validação e recursos financeiros para insumos, viagens e a contratação de pessoal para o acompanhamento dos ensaios. Os recursos financeiros serão geridos por uma fundação de apoio à pesquisa. As culturas poderão ser pesquisadas em projetos individuais ou conjuntamente em projeto único, questão que ainda será definida. Para que a proposta seja finalizada, a Embrapa vai se reunir com as empresas interessadas e definir o escopo do projeto (ou dos projetos), construir o plano de trabalho e efetuar a tramitação do contrato de parceria. Pulse Day Brasília Realizado de forma on-line e presencial para cerca de 100 participantes inscritos, respeitando as regras de segurança sanitária em função da pandemia do novo coronavírus, o Pulse Day Brasília reuniu agentes do setor de pulses do Brasil, como produtores, pesquisadores, investidores, empacotadores, exportadores e corretores. Além da proposta de projeto da Embrapa, foram apresentados temas como o estágio atual da autorregulação e da rastreabilidade; o feijão como causa social; o cenário nacional e internacional do setor para 2022; a importância econômica da produção de feijão no Mato Grosso; e encaminhamentos para a gestão pública. Painéis debateram o novo impulso para as exportações; o pipeline das pesquisas da Embrapa Hortaliças com grão-de-bico, ervilha e lentilha; e a produção e o mercado mundial de mungo. Também foram discutidas em painel as oportunidades para feijão e pulses no mercado de plant-based foods, que no Brasil tem crescido anualmente 11,1% nos últimos cinco anos e faturou US$ 82,8 milhões em 2020, de acordo com a agência Euromonitor. O evento marcou, ainda, o lançamento de produtos especiais feitos com feijão e pulses, como o pão de feijão e cortes de carne vegetal.

Uma proposta de projeto de pesquisa da Embrapa – Pulse e “Colheitas Especiais” – vai contemplar, de forma inédita, a participação da Embrapa Cerrados (DF) nas ações de pesquisa e transferência de tecnologia da Empresa na temática.

Os pulses são as sementes secas e comestíveis de leguminosas como feijão, ervilha, lentilha e grão-de-bico, entre outras menos conhecidas do brasileiro, como os feijões mungo e azuki. A palavra “pulse” é originária do latim puls, que significa “sopa grossa”. Quando cozidos, esses grãos produzem um caldo grosso, ou mesmo uma sopa grossa. Para saber mais sobre os pulses, clique aqui

“Até hoje, não estávamos pesquisando os pulses. Temos, distribuídos no Bioma Cerrado, 45 pontos de testes de material genético e de manejo de solo, de fitopatologia, de entomologia e de zoneamento de risco climático. É uma equipe multidisciplinar muito forte e que a partir de agora vai cerrar fileiras com os parceiros. Estamos juntos para ajudar no crescimento dos pulses principalmente do Centro-Oeste, melhorando o manejo, a produtividade e, com certeza, a sustentabilidade do negócio”, afirma o chefe geral da Embrapa Cerrados, Sebastião Pedro da Silva Neto.

Ainda em fase de discussão, a proposta foi apresentada pelo analista Bernardo dos Santos, gestor de ativos de arroz e pulses da Secretaria de Inovação e Negócios (SIN) da Embrapa, durante o Pulse Day Brasília, evento promovido pelo Instituto Brasileiro do Feijão, Pulses e Colheitas Especiais (Ibrafe) na Embrapa Cerrados em novembro de 2021. 

O projeto tem como objetivo o desenvolvimento, a validação e a transferência de tecnologias em genética e manejo para viabilizar o cultivo, principalmente, em segunda e terceira safra no Cerrado brasileiro. A iniciativa deverá contar com a cooperação técnica de parceiros da cadeia produtiva do feijão e pulses. As culturas pulses contempladas são os feijões do gênero Vigna (mungo, caupi e azuki), o feijão comum, o feijão guandu, a lentilha, a ervilha e o grão-de-bico; enquanto as colheitas especiais são o gergelim e o amendoim.

Santos lembrou que muitas culturas pulses estão entrando no Brasil ou sendo expandidas com grande carência de tecnologias como genética adaptada ao Cerrado e informações de manejo, o que impede a exploração do potencial total dessas culturas no País. “Como os sistemas de produção não estão totalmente dominados, há um risco alto para o plantio dessas culturas. Inclusive, empresas exportadoras podem ter dificuldade de encontrar produtores que topem plantá-las para fornecer os grãos”, comentou. 

Nesse sentido, ele apontou que o projeto vai potencializar o apoio às pesquisas da Empresa sobre pulses. Além da Embrapa Cerrados, que contribuirá com pesquisas em manejo cultural e fitotecnia, participarão as unidades Algodão (amendoim e gergelim), Arroz e Feijão (feijão comum), Hortaliças (grão-de-bico, ervilha e lentilha), Meio Norte (feijões Vigna) e Pecuária Sudeste (feijão guandu). 

“A Embrapa Cerrados está entrando na cadeia de pulses e colheitas especiais e dará um grande apoio para potencializar os trabalhos que já são feitos pelas unidades de produto, trazendo a expertise de manejo cultural e fitotecnia de sua rede de pesquisa, e vai agregar muito ao projeto”, observou Santos.

Ele explicou que o projeto visa dar respostas rápidas aos produtores. O trabalho deve gerar cultivares adaptadas; recomendações de manejo de pragas, doenças, plantas daninhas, fertilidade, irrigação e colheita; espaçamento e densidade populacional de plantas; épocas de semeadura; análise industrial e mercadológica de grãos; além de informações sobre funcionalidade e digestibilidade de proteína, biodisponibilidade, minerais e fatores antinutricionais.

O projeto pretende constituir, com as parcerias, um fórum técnico que aproxime a Embrapa do setor produtivo e promova a construção do conhecimento. Os resultados serão apresentados em eventos, unidades de validação, documentos e por meio da capacitação de técnicos e clientes das empresas apoiadoras. “A ideia é que seja uma parceria ‘ganha-ganha’. O parceiro vai investir na pesquisa e obter benefícios”, disse o analista, citando contrapartidas como o acesso direto aos pesquisadores, a capacitação dos clientes e das equipes e a redução dos riscos da operação. 

Na proposta, a Embrapa participa com o conhecimento técnico e a infraestrutura de pesquisa. Já os parceiros contribuem com infraestrutura para ensaios de validação e recursos financeiros para insumos, viagens e a contratação de pessoal para o acompanhamento dos ensaios. Os recursos financeiros serão geridos por uma fundação de apoio à pesquisa. As culturas poderão ser pesquisadas em projetos individuais ou conjuntamente em projeto único, questão que ainda será definida.

Para que a proposta seja finalizada, a Embrapa vai se reunir com as empresas interessadas e definir o escopo do projeto (ou dos projetos), construir o plano de trabalho e efetuar a tramitação do contrato de parceria.

Pulse Day Brasília

Realizado de forma on-line e presencial para cerca de 100 participantes inscritos, respeitando as regras de segurança sanitária em função da pandemia do novo coronavírus, o Pulse Day Brasília reuniu agentes do setor de pulses do Brasil, como produtores, pesquisadores, investidores, empacotadores, exportadores e corretores.

Além da proposta de projeto da Embrapa, foram apresentados temas como o estágio atual da autorregulação e da rastreabilidade; o feijão como causa social; o cenário nacional e internacional do setor para 2022; a importância econômica da produção de feijão no Mato Grosso; e encaminhamentos para a gestão pública. Painéis debateram o novo impulso para as exportações; o pipeline das pesquisas da Embrapa Hortaliças com grão-de-bico, ervilha e lentilha; e a produção e o mercado mundial de mungo.

Também foram discutidas em painel as oportunidades para feijão e pulses no mercado de plant-based foods, que no Brasil tem crescido anualmente 11,1% nos últimos cinco anos e faturou US$ 82,8 milhões em 2020, de acordo com a agência Euromonitor. O evento marcou, ainda, o lançamento de produtos especiais feitos com feijão e pulses, como o pão de feijão e cortes de carne vegetal.

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