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Artigo: Circuito produtivo de frutas e hortaliças em escala familiar

Na produção de frutas e hortaliças, assim como é na agricultura de maneira geral, a cadeia ou circuito produtivo contempla desde a terra até a mesa do consumidor, ou seja, antes, dentro e depois da porteira. No meio empresarial é comum se dizer que primeiro é preciso garantir a comercialização de seu produto para depois pensar como é que vai se produzir. O agricultor já com o seu pedaço de terra, além do conhecimento, da mão-de-obra da sua família, necessita de capital para investir no seu empreendimento. Certamente tem que dispor de recursos próprios, no entanto é importante que existam linhas de financiamento para viabilizar investimento e custeio da fruticultura e da olericultura. Bancos e cooperativas de crédito são instituições que possibilitam esse apoio, com as suas linhas de financiamento. Na agricultura familiar, constituída por produtores proprietários de pequenas áreas de terra, a escala de produção é pequena. Nessa situação, para que se possa ter condições de competitividade no mercado é ainda mais importante que os agricultores estejam organizados em associações e cooperativas. Na etapa “antes da porteira”, temos os fornecedores de máquinas e equipamentos, materiais e insumos agrícolas, as instituições financeiras e a assistência técnica. Essa etapa pode, de maneira bem efetiva, ser suprida pela organização dos produtores por meio de associações ou cooperativas. Por meio dessas organizações, os produtores podem realizar compras em comum e, dessa maneira, com a aquisição de maiores volumes se tem maior poder de barganha junto aos fornecedores, além de economia com frete. Também é possível a criação de um departamento técnico, por meio do qual se contrata profissionais para a realização da assistência técnica. “Dentro da porteira”, o agricultor para estabelecer o seu sistema de produção precisa investir no preparo do solo, na sua correção e adubação, na aquisição de sementes ou mudas certificadas, na infraestrutura de barracões, estufas, sistemas de irrigação, máquinas, equipamentos, ferramentas, materiais para os sistemas de sustentação (palanques tratados e arame) e os insumos agrícolas. A Associação ou Cooperativa agrícola fornece por meio do seu departamento comercial, insumos, materiais, máquinas e equipamentos e do departamento técnico a assistência necessária. Na fase que aqui denominamos de “depois da porteira”, temos o transporte, a industrialização e a distribuição da produção até chegar ao consumidor, considerando que frutas e hortaliças são produtos perecíveis e demandam uma logística adequada. Nas associações e cooperativas essa etapa está relacionada ao setor das vendas em comum. De forma grupal é possível viabilizar instalações, como uma packing house para limpeza, classificação, processamento mínimo, embalagem, refrigeração, assim como fabricação de polpa de frutas, transporte e distribuição por meio de caminhões frigoríficos. Para realimentar o circuito produtivo temos a fase do planejamento/ replanejamento da produção conforme demanda do mercado. Com essa informação o produtor é orientado no dimensionamento da sua programação da produção de forma a atender as necessidades do consumidor (mercado) evitando falta ou excesso de oferta. Geralmente o departamento técnico e comercial de uma cooperativa orientam nesse aspecto. Finalmente, temos as políticas públicas para a agricultura familiar, fundamentais para viabilizar apoio aos diferentes segmentos da cadeia ou circuito produtivo: assistência técnica e pesquisa oficial, linhas de crédito, assistência ao associativismo/cooperativismo, subsídios para aquisição de mudas, legislações que viabilizem as culturas (tais como o estabelecimento de “vazio sanitário”, como exemplo, para a cultura do maracujazeiro azedo), logística e estrutura para comercialização, entre outras. A Embrapa Agropecuária Oeste e parceiros (Embrapa Hortaliças, Agaer, Senar, Sebrae, UFGD, Semagro, Prefeituras Municipais e Associações/Cooperativas de Agricultores) contribuem para o desenvolvimento da horticultura familiar, na realização de ações de pesquisa, transferência de tecnologias e comunicação, na execução do Projeto ProHorta. Busca-se conjuntamente viabilizar opções para a diversificação da produção sustentável de hortaliças e frutas. Nessa primeira fase do ProHorta, dentre as ações previstas, temos atividades que estão relacionadas à cultura do maracujá amarelo. Algumas experiências preliminares indicam o potencial dessa cultura para a região da Grande Dourados, além do retorno econômico em curto prazo. O objetivo dessa atividade é o desenvolvimento regional da produção sustentável de maracujá amarelo (sistema de produção orgânico ou integrado). A proposta atende demandas da região e busca incentivar a inserção de mais opções de produção hortifruti para o mercado consumidor do Mato Grosso do Sul. Ainda fazendo parte do ProHorta, as atividades da Embrapa estão relacionadas ao desenvolvimento de sistemas conservacionistas e agroecológicos, com ênfase no manejo do solo, visando sua fertilidade e aumento da produtividade das culturas. Assim, são realizadas pesquisas buscando desenvolver e/ou aperfeiçoar tecnologias como: rotação de culturas, plantas de cobertura e plantio direto de hortaliças, adubação com compostagem, vermicompostagem, entre outros. Também estão previstos ensaios de competição de cultivares inicialmente com abóbora tipo kabotiá, alface crespa, brócolis de cabeça e cenoura visando identificar materiais genéticos mais adaptados as condições de clima e solo regionais e características de acordo com a preferência do consumidor. Dessa maneira, o trabalho desenvolvido pela Embrapa, busca ampliar a oferta e o consumo regional de frutas e hortaliças de qualidade, considerando que o Mato Grosso do Sul é um estado importador destes produtos. Além disso, a viabilização dessas atividades é uma excelente opção de renda e emprego para a agricultura familiar que contribuem para o desenvolvimento sustentável de nossa região, com o fortalecimento destas cadeias produtivas.

Na produção de frutas e hortaliças, assim como é na agricultura de maneira geral, a cadeia ou circuito produtivo contempla desde a terra até a mesa do consumidor, ou seja, antes, dentro e depois da porteira. No meio empresarial é comum se dizer que primeiro é preciso garantir a comercialização de seu produto para depois pensar como é que vai se produzir.

O agricultor já com o seu pedaço de terra, além do conhecimento, da mão-de-obra da sua família, necessita de capital para investir no seu empreendimento. Certamente tem que dispor de recursos próprios, no entanto é importante que existam linhas de financiamento para viabilizar investimento e custeio da fruticultura e da olericultura. Bancos e cooperativas de crédito são instituições que possibilitam esse apoio, com as suas linhas de financiamento.

Na agricultura familiar, constituída por produtores proprietários de pequenas áreas de terra, a escala de produção é pequena. Nessa situação, para que se possa ter condições de competitividade no mercado é ainda mais importante que os agricultores estejam organizados em associações e cooperativas.

Na etapa “antes da porteira”, temos os fornecedores de máquinas e equipamentos, materiais e insumos agrícolas, as instituições financeiras e a assistência técnica. Essa etapa pode, de maneira bem efetiva, ser suprida pela organização dos produtores por meio de associações ou cooperativas. Por meio dessas organizações, os produtores podem realizar compras em comum e, dessa maneira, com a aquisição de maiores volumes se tem maior poder de barganha junto aos fornecedores, além de economia com frete. Também é possível a criação de um departamento técnico, por meio do qual se contrata profissionais para a realização da assistência técnica.

“Dentro da porteira”, o agricultor para estabelecer o seu sistema de produção precisa investir no preparo do solo, na sua correção e adubação, na aquisição de sementes ou mudas certificadas, na infraestrutura de barracões, estufas, sistemas de irrigação, máquinas, equipamentos, ferramentas, materiais para os sistemas de sustentação (palanques tratados e arame) e os insumos agrícolas. A Associação ou Cooperativa agrícola fornece por meio do seu departamento comercial, insumos, materiais, máquinas e equipamentos e do departamento técnico a assistência necessária.

Na fase que aqui denominamos de “depois da porteira”, temos o transporte, a industrialização e a distribuição da produção até chegar ao consumidor, considerando que frutas e hortaliças são produtos perecíveis e demandam uma logística adequada. Nas associações e cooperativas essa etapa está relacionada ao setor das vendas em comum. De forma grupal é possível viabilizar instalações, como uma packing house para limpeza, classificação, processamento mínimo, embalagem, refrigeração, assim como fabricação de polpa de frutas, transporte e distribuição por meio de caminhões frigoríficos.

Para realimentar o circuito produtivo temos a fase do planejamento/ replanejamento da produção conforme demanda do mercado. Com essa informação o produtor é orientado no dimensionamento da sua programação da produção de forma a atender as necessidades do consumidor (mercado) evitando falta ou excesso de oferta. Geralmente o departamento técnico e comercial de uma cooperativa orientam nesse aspecto.

Finalmente, temos as políticas públicas para a agricultura familiar, fundamentais para viabilizar apoio aos diferentes segmentos da cadeia ou circuito produtivo: assistência técnica e pesquisa oficial, linhas de crédito, assistência ao associativismo/cooperativismo, subsídios para aquisição de mudas, legislações que viabilizem as culturas (tais como o estabelecimento de “vazio sanitário”, como exemplo, para a cultura do maracujazeiro azedo), logística e estrutura para comercialização, entre outras.

A Embrapa Agropecuária Oeste e parceiros (Embrapa Hortaliças, Agaer, Senar, Sebrae, UFGD, Semagro, Prefeituras Municipais e Associações/Cooperativas de Agricultores) contribuem para o desenvolvimento da horticultura familiar, na realização de ações de pesquisa, transferência de tecnologias e comunicação, na execução do Projeto ProHorta. Busca-se conjuntamente viabilizar opções para a diversificação da produção sustentável de hortaliças e frutas.

Nessa primeira fase do ProHorta, dentre as ações previstas, temos atividades que estão relacionadas à cultura do maracujá amarelo. Algumas experiências preliminares indicam o potencial dessa cultura para a região da Grande Dourados, além do retorno econômico em curto prazo. O objetivo dessa atividade é o desenvolvimento regional da produção sustentável de maracujá amarelo (sistema de produção orgânico ou integrado). A proposta atende demandas da região e busca incentivar a inserção de mais opções de produção hortifruti para o mercado consumidor do Mato Grosso do Sul.

Ainda fazendo parte do ProHorta, as atividades da Embrapa estão relacionadas ao desenvolvimento de sistemas conservacionistas e agroecológicos, com ênfase no manejo do solo, visando sua fertilidade e aumento da produtividade das culturas. Assim, são realizadas pesquisas buscando desenvolver e/ou aperfeiçoar tecnologias como: rotação de culturas, plantas de cobertura e plantio direto de hortaliças, adubação com compostagem, vermicompostagem, entre outros.

Também estão previstos ensaios de competição de cultivares inicialmente com abóbora tipo kabotiá, alface crespa, brócolis de cabeça e cenoura visando identificar materiais genéticos mais adaptados as condições de clima e solo regionais e características de acordo com a preferência do consumidor.

Dessa maneira, o trabalho desenvolvido pela Embrapa, busca ampliar a oferta e o consumo regional de frutas e hortaliças de qualidade, considerando que o Mato Grosso do Sul é um estado importador destes produtos. Além disso, a viabilização dessas atividades é uma excelente opção de renda e emprego para a agricultura familiar que contribuem para o desenvolvimento sustentável de nossa região, com o fortalecimento destas cadeias produtivas.

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