Notícias

O impacto da inteligência artificial nos negócios do novo agro é discutido em live

O novo Agro e como a Inteligência Artificial (IA) vai impactar no seu negócio foi o tema da sexta live do movimento Ideas for Milk, realizada na terça-feira (13/10). Coordenado pelo analista da Embrapa Gado de Leite, Wagner Arbex, o debate reuniu o consultor da Ciatécnica, um ecossistema que engloba diversos profissionais, empresas e instituições para o desenvolvimento de soluções em inovação; Ronan Damasco, há quase 30 anos diretor nacional de tecnologia da Microsoft e o professor Filipe Rodrigues, do Insituto Universitário da Maia (Ismai), de Portugal, onde leciona e pesquisa inovação e empreendedorismo. Estudioso da tecnologia da informação desde os anos 70, Taurion explica que as tecnologias cumprem ciclos evolutivos. Elas surgem com o propósito de resolver diversas questões, o que não acontece em sua totalidade em um primeiro momento. Mas outras técnicas derivadas ou complementares às anteriores surgem direcionadas a aperfeiçoar determinadas funções e se adequar às novas necessidades. “ A IA é um conjunto de tecnologias, o que aumenta seu potencial”, comenta. Ele argumenta que o desenvolvimento de seu uso para aspectos específicos é necessário um envolvimento multidisciplinar. “O algoritmo não funciona sozinho, é preciso alimentá-lo com informações”, observa. Para ele, existe um grande e crescente potencial e o agro faz parte disso, pois vê-se que o setor já começa a sofrer importantes mudanças. “Existe o potencial, mas também um grande desafio. Startups têm condições de criar algoritmos fantásticos, mas precisam de dados e conhecer melhor sobre negócios, o que indústrias e associações profissionais têm de sobra. Não adianta apenas colocar sensor ou câmera em uma vaca. Essa multidisciplinaridade talvez seja o próximo passo dos sistemas educacionais e de formação de profissionais em diversas áreas”, prevê. Damasco afirma que já há uma série de tecnologias modernas ingressadas no agro, como a internet das coisas (IOT), por exemplo. Mas para ele, o diferencial da IA é que ela já existe em nossas vidas há muito tempo e vem se alimentando de nossos perfis e preferências, enfim, se adequando, ou seja, chega com uma gama muito alta de informações e variáveis, o que a torna imprescindível para inúmeras aplicações, inclusive e especialmente no agro. “ A IA existe há aproximadamente 70 anos, mas só agora com a explosão de dados gerada pelas tecnologias modernas e digitais, que é a maior do que todas as épocas anteriores da humanidade juntas, é que nos demos conta da sua existência”, conta. Ele assegura que a adaptação das tecnologias com base em IA aos mais diversos universos é normal e fácil. Ele prevê o surgimento frequente de tecnologias para as mais diversas soluções, inclusive dentro e fora das fazendas. “E o mais importante é que os recursos para isso estão cada vez mais disponíveis e baratos”, frisa. Rodrigues lembra que todas essas tecnologias necessitam de um elemento essencial: o ser humano. É a combinação e sintonia de ambos que vai fazer tudo funcionar. Ele destaca que é o homem quem detém a ética, o juízo dos valores, a intuição e o conceito, mas também o preconceito, o que torna o julgamento menos objetivo. Mas como a máquina não julga, ela apresenta um resultado de forma objetiva. “É preciso alimentar os sistemas com bons dados para que ela apresente uma boa solução”, adverte. O professor realça o alto custo da mão de obra no campo e a maior disponibilidade e o barateamento da computação. “Essa equação é inevitável e soluções cada vez melhores hão de surgir”, antevê. Ele cita o exemplo da ordenha robótica, hoje predominante no território europeu. O sistema não só automatiza todo o processo, ele colhe e fornece informações. Indica se uma vaca está sujeita à mastite, fornece dados sobre peso, alimentação e até prevê o seu cio. Rodrigues relata que com todas as facilidades disponíveis, a Europa hoje tem alta produção de leite e baixo consumo. A quantidade de informação e interação criou um novo consumidor, mais exigente. Segundo ele, a saída é a criação de um produto de maior valor agregado: mais saudável, adequado às mais diversas necessidades, que respeita o trabalhador, o animal e o meio ambiente. “E as tecnologias com base em IA e IOT são imprescindíveis para criar esse novo mercado no agronegócio”, garante.

O novo Agro e como a Inteligência Artificial (IA) vai impactar no seu negócio foi o tema da sexta live do movimento Ideas for Milk, realizada na terça-feira (13/10). Coordenado pelo analista da Embrapa Gado de Leite, Wagner Arbex, o debate reuniu o consultor da Ciatécnica, um ecossistema que engloba diversos profissionais, empresas e instituições para o desenvolvimento de soluções em inovação; Ronan Damasco, há quase 30 anos diretor nacional de tecnologia da Microsoft e o professor Filipe Rodrigues, do Insituto Universitário da Maia (Ismai), de Portugal, onde leciona e pesquisa inovação e empreendedorismo.

Estudioso da tecnologia da informação desde os anos 70, Taurion explica que as tecnologias cumprem ciclos evolutivos. Elas surgem com o propósito de resolver diversas questões, o que não acontece em sua totalidade em um primeiro momento. Mas outras técnicas derivadas ou complementares às anteriores surgem direcionadas a aperfeiçoar determinadas funções  e se adequar às novas necessidades. “ A IA é um conjunto de tecnologias, o que aumenta seu potencial”, comenta. Ele argumenta que o desenvolvimento de seu uso para aspectos específicos é necessário um envolvimento multidisciplinar. “O algoritmo não funciona sozinho, é preciso alimentá-lo com informações”, observa.

Para ele, existe um grande e crescente potencial e o agro faz parte disso, pois vê-se que o setor já começa a sofrer importantes mudanças. “Existe o potencial, mas também um grande desafio. Startups têm condições de criar algoritmos fantásticos, mas precisam de dados e conhecer melhor sobre negócios, o que indústrias e associações profissionais têm de sobra. Não adianta apenas colocar sensor ou câmera em uma vaca. Essa multidisciplinaridade talvez seja o próximo passo dos sistemas educacionais e de formação de profissionais  em diversas áreas”, prevê.

Damasco afirma que já há uma série de tecnologias modernas ingressadas no agro, como a internet das coisas (IOT), por exemplo. Mas para ele, o diferencial da IA é que ela já existe em nossas vidas há muito tempo e vem se alimentando de nossos perfis e preferências, enfim, se adequando, ou seja, chega com uma gama muito alta de informações e variáveis, o que a torna imprescindível para inúmeras aplicações, inclusive e especialmente no agro.

“ A IA existe há aproximadamente 70 anos, mas só agora com a explosão de dados gerada pelas tecnologias modernas  e digitais, que é a maior do que todas as épocas anteriores da humanidade juntas, é que nos demos conta da sua existência”, conta. Ele assegura que a adaptação das tecnologias com base em IA aos mais diversos universos é normal e fácil. Ele prevê o surgimento frequente de tecnologias para as mais diversas soluções, inclusive dentro e fora das fazendas. “E o mais importante é que os recursos para isso estão cada vez mais disponíveis e baratos”, frisa.

Rodrigues lembra que todas essas tecnologias necessitam de um elemento essencial: o ser humano. É a combinação e sintonia de ambos que vai fazer tudo funcionar. Ele destaca que é o homem quem detém a ética, o juízo dos valores, a intuição e o conceito, mas também o preconceito, o que torna o julgamento menos objetivo. Mas como a máquina não julga, ela apresenta um resultado de forma objetiva. “É preciso alimentar os sistemas com bons dados para que ela apresente uma boa solução”, adverte.

O professor realça o alto custo da mão de obra no campo e a maior disponibilidade e o barateamento da computação. “Essa equação é inevitável e soluções cada vez melhores hão de surgir”, antevê. Ele cita o exemplo da ordenha robótica, hoje predominante no território europeu. O sistema não só automatiza todo o processo, ele colhe e fornece informações. Indica se uma vaca está sujeita à mastite, fornece dados sobre peso, alimentação e até prevê o seu cio.

Rodrigues relata que com todas as facilidades disponíveis, a Europa hoje tem alta produção de leite e baixo consumo. A quantidade de informação e interação criou um novo consumidor, mais exigente. Segundo ele, a saída é a criação de um produto de maior valor agregado: mais saudável, adequado às mais diversas necessidades, que respeita o trabalhador, o animal e o meio ambiente. “E as tecnologias com base em IA e IOT são imprescindíveis para criar esse novo mercado no agronegócio”, garante.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *