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Ações de transferência de tecnologias recebem reforço no Juruá

O trabalho desenvolvido pela Embrapa no Juruá, por meio do seu Escritório de Transferência de Tecnologias, instalado no município de Cruzeiro do Sul, recebeu novos investimentos. Além da revitalização do espaço físico, a base de atendimento conta com mais um veículo para o trabalho em comunidades rurais. O reforço na estrutura de funcionamento da Empresa visa fortalecer o trabalho da Empresa na região, para ampliar o atendimento a demandas da produção familiar. Há mais de três décadas a Embrapa atua com foco no aumento da produtividade agrícola em comunidades rurais familiares de Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Porto Walter, Rodrigues Alves e Marechal Thaumaturgo. Uma das prioridades desse trabalho é o fortalecimento da cadeia produtiva da mandioca, matéria prima para a produção de farinha, principal produto comercial do Juruá e fonte de renda para centenas de famílias rurais. As atividades de transferência de tecnologias e capacitação no Juruá também buscam desenvolver outras culturas na região, como café, pimenta-do-reino e guaraná, e o cultivo de hortaliças para diversificar a produção e a renda dos agricultores. O trabalho, executado por uma equipe multidisciplinar, formada por profissionais da Embrapa e de instituições parceiras, envolve diferentes frentes, incluindo a realização de estudos de campo com a participação de produtores rurais e a capacitação de agricultores e técnicos de órgãos que atuam no apoio à produção local. “Além disso, são executadas pesquisas sobre manejo conservacionista do solo e estudos de mapeamento com foco na determinação da aptidão agrícola dos solos da região e melhoria da gestão do uso da terra, incluindo atividades na Terra Indígena Puyanawa, localizada em Mâncio Lima”, explica o pesquisador Eufran Amaral, chefe-geral da Embrapa Acre e coordenador das pesquisas com solos no Juruá. Os resultados gerados têm servido de base para a elaboração do Plano Agrícola dos municípios, política pública que orienta onde plantar e quais culturas devem ser priorizadas considerando características dos solos da região e as exigências dos cultivos. Apoio parlamentar e orçamento sem contingenciamento Viabilizada com recursos de emendas aprovadas por parlamentares da bancada acreana, a reforma do Escritório da Embrapa no Juruá permitirá melhor atendimento a estudantes, técnicos e produtores no processo de transferência e divulgação de tecnologias para a agricultura do Juruá. Entre outras mudanças, o espaço conta com salas mais amplas para a realização de ações de capacitação pela Empresa e instituições parceiras. Para o deputado federal Alan Rick, autor de uma das emendas que viabilizaram a reforma e ampliação do escritório da Embrapa no Juruá, presente na inauguração do novo espaço, no dia 6 de março, trata-se de um investimento necessário e urgente, já que o prédio carecia de melhorias para assegurar seu funcionamento. “Verificamos a necessidade e buscamos alocar recursos para garantir a revitalização do espaço, com adequações estruturais para continuidade de atividades essenciais para o desenvolvimento da produção no Juruá. Esse é um trabalho que merece o nosso apoio”, diz. Alan Rick está entre os parlamentares acreanos que votaram pela manutenção, na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), de despesas envolvendo ações de pesquisa e desenvolvimento e de transferência de tecnologias vinculadas ao Programa de Pesquisa e Inovações para a Agropecuária e previstas pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). A derrubada do veto da presidência da República evita o bloqueio (contingenciamento) de recursos do orçamento anual de empresas que atuam na linha de frente da pesquisa nacional, entre elas a Embrapa, a Fundação Instituto Osvaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). “A Embrapa é referência mundial em pesquisa e sabemos da importância do seu trabalho para desenvolvimento da produção familiar e manutenção do agronegócio brasileiro. Com essa visão a Frente Parlamentar da Agropecuária no Congresso Nacional se mobilizou para derrubar o veto presidencial que impediria a realização de despesas vitais para a continuidade de pesquisas do setor agropecuário brasileiro, reunindo 282 deputados e 50 senadores contrários ao veto. Votei pela derrubada do veto e não poderia fazer diferente já que a manutenção seria um desastre para a Ciência. Com isso, garantimos um orçamento sem cortes nem contingenciamento para a Embrapa e recursos para pesquisas em favor dos produtores rurais e de toda a sociedade”, afirma o parlamentar. Cooperação com as prefeituras As ações da Embrapa no Juruá envolvem diferentes projetos executados em parceria com a Universidade Federal do Acre (Ufac), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Instituto Federal de Tecnologia e Educação (IFAC) e outras instituições locais. O trabalho conjunto com as prefeituras, viabilizado por meio de Acordos de Cooperação Técnica, é baseado em prioridades definidas em função das necessidades de cada município. Em Cruzeiro do Sul, as ações contemplam as cadeias produtivas do café, açaí e pimenta do reino. Em Mâncio Lima, segundo o Secretário Municipal de Agricultura, Ézio Nascimento Júnior, o conhecimento tecnológico disponibilizado pela Embrapa tem sido fundamental para criar novas alternativas de renda para as famílias rurais, ao lado da produção de côco, principal atividade econômica do município. Com orientação técnica na cafeicultura foi possível implantar as primeiras lavouras com variedades clonais de café Conilon. “Já contamos com 40 hectares plantados e os produtores se preparam para a colheita da primeira safra, que acontecerá no mês de abril. O cultivo de café é uma atividade que gera renda e contribui para melhoria da qualidade de vida no campo. A parceria com a Embrapa viabiliza o acesso a tecnologias que reduzem o risco na cultura e garantem sucesso na produção”, ressalta. De acordo com o analista da Embrapa Daniel Lambertucci, supervisor de transferência de tecnologias no Juruá, o trabalho realizado é estratégico para a região, mas, sozinha a empresa não consegue atender as demandas crescentes. A solução para ampliar a capacidade de atuação é investir em parcerias. “O trabalho conjunto com as prefeituras e outras instituições tem ajudado a diversificar a produção e para melhor aproveitamento do potencial produtivo das propriedades rurais, contribuindo para tirar os agricultores do monocultivo da mandioca. Nosso papel é sensibilizar os produtores rurais, mostrando, de forma prática, que com adoção de tecnologias adequadas a cada realidade, é possível produzir mais e melhorar a renda, mas esse processo de convencimento é lento e gradativo”, ressalta o gestor. Mapeamento de solos Embora a agricultura dos municípios do Juruá apresentem prioridades distintas, a busca por conhecimentos sobre solos é comum. Nos planos de trabalho que integram a cooperação com as prefeituras estão previstos estudos de mapeamento de solos nos cinco municípios, com foco na geração de informações para subsidiar políticas públicas para desenvolvimento da produção local. A primeira fase desses estudos, realizada entre 2017 e 2019, contemplou o município de Cruzeiro do Sul, primeira cidade do Juruá a contar com dados detalhados sobre os tipos de solos, hidrografia, relevo e vegetação e grau de ocupação da terra. “Esses conhecimentos são essenciais para a tomada de decisão sobre onde plantar e que cultura priorizar para melhorar a sua renda e alavancar a economia do município”, diz Eufran Amaral. Os mapas gerados pela pesquisa servirão de base para a elaboração do plano agrícola dos municípios do Juruá. A integração desses estudos com ações do projeto “Conhecimento compartilhado para gestão territorial local na Amazônia – Terramz” vai reforçar o trabalho das equipes nos levantamentos em Mâncio Lima, em andamento, e nos demais municípios da região, em fase de planejamento. Além disso, o projeto vai capacitar profissionais de diferentes áreas para o uso efetivo dos dados do mapeamento. O primeiro passo foi o curso “Uso de mapas pedológicos”, realizado pela Embrapa, em parceria com a Universidade federal do Acre (Ufac), realizado ente os dias 9 e 13 de março, em parceria com a Ufac. A capacitação contemplou técnicos das prefeituras e Secretaria de Produção e Agronegócio (Sepa) de Cruzeiro do Sul e Mâncio Lima e enfatizou o uso de metodologias para interpretação de características químicas, físicas e morfológicas dos solos e de paisagens, entre outras informações necessárias para a elaboração do planejamento agrícola dos municípios. Com ações desenvolvidas no Acre, Amapá, Roraima, Amazonas e Maranhão, a partir de demandas específicas de cada localidade, o Terramz faz parte do Projeto Integrado da Amazônia (PIA), iniciativa financiada pelo Fundo Amazônia e operacionalizada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em cooperação com o Ministério do Meio Ambiente. Por meio de metodologias participativas as equipes atuam no levantamento, monitoramento e análise de dados geoespaciais sobre o uso da terra, degradação florestal, incêndios, queimadas e disponibilidade de recursos naturais. Os mapas produzidos em escala local visam trazer inovações para o processo de ocupação e gestão de territórios menores como municípios, vilas e propriedades rurais e orientem as atividades produtivas.

O trabalho desenvolvido pela Embrapa no Juruá, por meio do seu Escritório de Transferência de Tecnologias, instalado no município de Cruzeiro do Sul, recebeu novos investimentos. Além da revitalização do espaço físico, a base de atendimento conta com mais um veículo para o trabalho em comunidades rurais. O reforço na estrutura de funcionamento da Empresa visa fortalecer o trabalho da Empresa na região, para ampliar o atendimento a demandas da produção familiar.

Há mais de três décadas a Embrapa atua com foco no aumento da produtividade agrícola em comunidades rurais familiares de Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Porto Walter, Rodrigues Alves e Marechal Thaumaturgo. Uma das prioridades desse trabalho é o fortalecimento da cadeia produtiva da mandioca, matéria prima para a produção de farinha, principal produto comercial do Juruá e fonte de renda para centenas de famílias rurais.

As atividades de transferência de tecnologias e capacitação no Juruá também buscam desenvolver outras culturas na região, como café, pimenta-do-reino e guaraná, e o cultivo de hortaliças para diversificar a produção e a renda dos agricultores. O trabalho, executado por uma equipe multidisciplinar, formada por profissionais da Embrapa e de instituições parceiras, envolve diferentes frentes, incluindo a realização de estudos de campo com a participação de produtores rurais e a capacitação de agricultores e técnicos de órgãos que atuam no apoio à produção local.

“Além disso, são executadas pesquisas sobre manejo conservacionista do solo e estudos de mapeamento com foco na determinação da aptidão agrícola dos solos da região e melhoria da gestão do uso da terra, incluindo atividades na Terra Indígena Puyanawa, localizada em Mâncio Lima”, explica o pesquisador Eufran Amaral, chefe-geral da Embrapa Acre e coordenador das pesquisas com solos no Juruá.

Os resultados gerados têm servido de base para a elaboração do Plano Agrícola dos municípios, política pública que orienta onde plantar e quais culturas devem ser priorizadas considerando características dos solos da região e as exigências dos cultivos.

Apoio parlamentar e orçamento sem contingenciamento

Viabilizada com recursos de emendas aprovadas por parlamentares da bancada acreana, a reforma do Escritório da Embrapa no Juruá permitirá melhor atendimento a estudantes, técnicos e produtores no processo de transferência e divulgação de tecnologias para a agricultura do Juruá. Entre outras mudanças, o espaço conta com salas mais amplas para a realização de ações de capacitação pela Empresa e instituições parceiras.

Para o deputado federal Alan Rick, autor de uma das emendas que viabilizaram a reforma e ampliação do escritório da Embrapa no Juruá, presente na inauguração do novo espaço, no dia 6 de março, trata-se de um investimento necessário e urgente, já que o prédio carecia de melhorias para assegurar seu funcionamento. “Verificamos a necessidade e buscamos alocar recursos para garantir a revitalização do espaço, com adequações estruturais para continuidade de atividades essenciais para o desenvolvimento da produção no Juruá. Esse é um trabalho que merece o nosso apoio”, diz.

Alan Rick está entre os parlamentares acreanos que votaram pela manutenção, na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), de despesas envolvendo ações de pesquisa e desenvolvimento e de transferência de tecnologias vinculadas ao Programa de Pesquisa e Inovações para a Agropecuária e previstas pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). A derrubada do veto da presidência da República evita o bloqueio (contingenciamento) de recursos do orçamento anual de empresas que atuam na linha de frente da pesquisa nacional, entre elas a Embrapa, a Fundação Instituto Osvaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).

“A Embrapa é referência mundial em pesquisa e sabemos da importância do seu trabalho para desenvolvimento da produção familiar e manutenção do agronegócio brasileiro. Com essa visão a Frente Parlamentar da Agropecuária no Congresso Nacional se mobilizou para derrubar o veto presidencial que impediria a realização de despesas vitais para a continuidade de pesquisas do setor agropecuário brasileiro, reunindo 282 deputados e 50 senadores contrários ao veto.  Votei pela derrubada do veto e não poderia fazer diferente já que a manutenção seria um desastre para a Ciência. Com isso, garantimos um orçamento sem cortes nem contingenciamento para a Embrapa e recursos para pesquisas em favor dos produtores rurais e de toda a sociedade”, afirma o parlamentar.

Cooperação com as prefeituras

As ações da Embrapa no Juruá envolvem diferentes projetos executados em parceria com a Universidade Federal do Acre (Ufac), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Instituto Federal de Tecnologia e Educação (IFAC) e outras instituições locais. O trabalho conjunto com as prefeituras, viabilizado por meio de Acordos de Cooperação Técnica, é baseado em prioridades definidas em função das necessidades de cada município. Em Cruzeiro do Sul, as ações contemplam as cadeias produtivas do café, açaí e pimenta do reino.

Em Mâncio Lima, segundo o Secretário Municipal de Agricultura, Ézio Nascimento Júnior, o conhecimento tecnológico disponibilizado pela Embrapa tem sido fundamental para criar novas alternativas de renda para as famílias rurais, ao lado da produção de côco, principal atividade econômica do município. Com orientação técnica na cafeicultura foi possível implantar as primeiras lavouras com variedades clonais de café Conilon.

“Já contamos com 40 hectares plantados e os produtores se preparam para a colheita da primeira safra, que acontecerá no mês de abril. O cultivo de café é uma atividade que gera renda e contribui para melhoria da qualidade de vida no campo. A parceria com a Embrapa viabiliza o acesso a tecnologias que reduzem o risco na cultura e garantem sucesso na produção”, ressalta.

De acordo com o analista da Embrapa Daniel Lambertucci, supervisor de transferência de tecnologias no Juruá, o trabalho realizado é estratégico para a região, mas, sozinha a empresa não consegue atender as demandas crescentes. A solução para ampliar a capacidade de atuação é investir em parcerias. “O trabalho conjunto com as prefeituras e outras instituições tem ajudado a diversificar a produção e para melhor aproveitamento do potencial produtivo das propriedades rurais, contribuindo para tirar os agricultores do monocultivo da mandioca. Nosso papel é sensibilizar os produtores rurais, mostrando, de forma prática, que com adoção de tecnologias adequadas a cada realidade, é possível produzir mais e melhorar a renda, mas esse processo de convencimento é lento e gradativo”, ressalta o gestor.

Mapeamento de solos

Embora a agricultura dos municípios do Juruá apresentem prioridades distintas, a busca por conhecimentos sobre solos é comum. Nos planos de trabalho que integram a cooperação com as prefeituras estão previstos estudos de mapeamento de solos nos cinco municípios, com foco na geração de informações para subsidiar políticas públicas para desenvolvimento da produção local. A primeira fase desses estudos, realizada entre 2017 e 2019, contemplou o município de Cruzeiro do Sul, primeira cidade do Juruá a contar com dados detalhados sobre os tipos de solos, hidrografia, relevo e vegetação e grau de ocupação da terra. “Esses conhecimentos são essenciais para a tomada de decisão sobre onde plantar e que cultura priorizar para melhorar a sua renda e alavancar a economia do município”, diz Eufran Amaral.

Os mapas gerados pela pesquisa servirão de base para a elaboração do plano agrícola dos municípios do Juruá. A integração desses estudos com ações do projeto “Conhecimento compartilhado para gestão territorial local na Amazônia – Terramz” vai reforçar o trabalho das equipes nos levantamentos em Mâncio Lima, em andamento, e nos demais municípios da região, em fase de planejamento. Além disso, o projeto vai capacitar profissionais de diferentes áreas para o uso efetivo dos dados do mapeamento.

O primeiro passo foi o curso “Uso de mapas pedológicos”, realizado pela Embrapa, em parceria com a Universidade federal do Acre (Ufac), realizado ente os dias 9 e 13 de março, em parceria com a Ufac. A capacitação contemplou técnicos das prefeituras e Secretaria de Produção e Agronegócio (Sepa) de Cruzeiro do Sul e Mâncio Lima e enfatizou o uso de metodologias para interpretação de características químicas, físicas e morfológicas dos solos e de paisagens, entre outras informações necessárias para a elaboração do planejamento agrícola dos municípios.

Com ações desenvolvidas no Acre, Amapá, Roraima, Amazonas e Maranhão, a partir de demandas específicas de cada localidade, o Terramz faz parte do Projeto Integrado da Amazônia (PIA), iniciativa financiada pelo Fundo Amazônia e operacionalizada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em cooperação com o Ministério do Meio Ambiente. Por meio de metodologias participativas as equipes atuam no levantamento, monitoramento e análise de dados geoespaciais sobre o uso da terra, degradação florestal, incêndios, queimadas e disponibilidade de recursos naturais. Os mapas produzidos em escala local visam trazer inovações para o processo de ocupação e gestão de territórios menores como municípios, vilas e propriedades rurais e orientem as atividades produtivas.

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