Notícias

Solenidade de posse do chefe-geral da Embrapa Arroz e Feijão

A solenidade de posse da nova gestão da Embrapa Arroz e Feijão será no próximo dia 28 de novembro, a partir das 10 horas, no Auditório do centro de pesquisa, localizado na Rodovia GO-462, Km 12, no município de Santo Antônio de Goiás. O pesquisador Elcio Perpétuo Guimarães foi selecionado pelo diretor-presidente da Embrapa, Celso Moretti, após submissão ao edital, apresentação de plano de trabalho e memorial submetido ao Comitê de Avaliação e Seleção (CAS); na parte conclusiva do processo, Elcio Guimarães, passou por entrevista com a diretoria executiva. A decisão sobre a chefia-geral da Unidade foi anunciada por intermédio da portaria de nº 1200, de 7 de outubro e publicada no Boletim de Comunicações Administrativas da Embrapa, sendo efetivada para exercício ao cargo, em 14 de outubro de 2019. Foram convidados para a solenidade de posse autoridades do poder executivo e legislativo do Estado e do município, representantes de instituições públicas e privadas, reitorias da UFG, PUC Goiás, IFGoiano, empresários e produtores rurais do agro regional. Elcio iniciou sua formação superior em 1972, no curso de agronomia da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ – USP), em Piracicaba, São Paulo. Em 1976 foi cursar o mestrado em Melhoramento Genético de Plantas, também na ESALQ. Neste mesmo ano foi contratado como agrônomo para fazer parte do quadro de pesquisadores da Embrapa. Em 1976, concomitante à contratação na Embrapa, deu continuidade ao mestrado, onde defendeu tese sobre a cultura do arroz, utilizando técnicas de mutação para produzir variantes para ciclo e altura de plantas. Em 1982, cursou o doutorado nos Estados Unidos, na Universidade de Iowa “Iowa State University” desenvolvendo pesquisa com seleção recorrente em soja. No percurso de sua vida profissional, o pesquisador fez parte da equipe técnica do Centro Internacional de Agricultura Tropical (CIAT), na Colômbia, trabalhando na área de melhoramento genético do arroz. Lá desenvolveu um programa integrado de melhoramento, com intercâmbio de material genético o que proporcionou inúmeras visitas técnicas e valiosas trocas de experiências entre diversos pesquisadores do Brasil e do exterior. Em 2000 juntou-se ou corpo técnico da Organização da Nações Unidas para Agricultura e a Alimentação (FAO), onde esteve por 9 anos. Durante esse período o foco foi fortalecer as relações com a Embrapa e promover ações conjuntas entre os técnicos dessas duas instituições. Na FAO, teve a oportunidade de coordenar a criação da Plataforma Mundial de Parceria em Capacitação em Melhoramento de Plantas (GIPB do inglês), uma iniciativa que foi inúmeras vezes mencionada pelos Países Membros da FAO, como um exemplo a ser seguido dentro da Organização. Em 2010, foi convidado pelo então Diretor Geral do CIAT, para a posição de Diretor Regional para América Latina e Caribe. Como resultado, o pesquisador teve a oportunidade de realizar vários trabalhos e reuniões técnicas entre membros de diversas instituições internacionais e a Embrapa. Também no período em que esteve no CIAT, foram desenvolvidos projetos de cooperações técnicas e colaborações bilaterais, além de serem capacitados mais de 60 pesquisadores brasileiros. Após 15 anos de imersão no gerenciamento de trabalhos de pesquisa e desenvolvimento (P&D), em nível internacional, e as ações constantes de fortalecimento das relações destas instituições com as Unidades da Embrapa, em 2016, Élcio decidiu retornar ao centro de pesquisa de arroz e feijão para utilizar essas experiências no País. Esse regresso ocorreu em um momento que o Brasil passava por turbulências em diferentes setores e a nossa Empresa foi estimulada a se transformar para responder mais agilmente às demandas do agronegócio nacional. A partir de 2017 assumiu a Chefia Adjunta de P&D, que lhe permitiu não só entender as demandas da área, mas, também, as condições de trabalho da Unidade, a motivação da equipe, a relação entre as diferentes áreas (pesquisa, transferência e administração) e onde estão as necessidades e oportunidades de aprimorar os processos de gestão de pesquisa, transferência de tecnologia e gestão administrativa. Desafios da pesquisa para Goiás – Nas últimas décadas, o agronegócio brasileiro mudou muito e a localização geográfica da Embrapa Arroz e Feijão acabou sendo beneficiada, por se encontrar em uma das regiões agrícolas mais dinâmicas do País. Entre os desafios da pesquisa para Goiás é preciso levar em consideração esse cenário diversificado e estar preparado para responder às demandas de soluções em temas como agricultura 4.0, bioinsumos, nanotecnologia, bioeconomia e manejo inteligente em sistemas de produção, que não necessariamente incluem o arroz e o feijão. Em se tratando de ambiente complexo e diversificado pode-se destacar a soja, o milho, a cana de açúcar, o algodão, além do gado de corte e de leite produtos que são, muitas das vezes, mais relevantes na região que as próprias culturas do arroz e do feijão, e que não se pode, como Embrapa, ignorar esses aspectos. Neste sentido, o arroz teve uma forte redução na área plantada, principalmente no sistema de terras altas. Por outro lado, a pesquisa contribuiu fortemente no aumento da produtividade e da qualidade de grãos dessa cultura. A Embrapa Arroz e Feijão vivencia, nas últimas décadas, grandes mudanças em termos de expansão geográfica das áreas de produção de suas culturas bem como a inserção destas nos sistemas produtivos. Outros desafios estão relacionados às mudanças dos hábitos alimentares, que estão fazendo com que o consumo geral de arroz e feijão sofram alterações, mas que, contudo, este mesmo cenário está abrindo nichos de mercados importantes para tipos especiais de arroz e de feijão, incluindo biofortificados. Para ambas as culturas, o desenvolvimento e a transferência de tecnologias, incluindo a agricultura familiar, tanto convencional quanto a agroecologia, são temas a serem considerados. De igual maneira, estão o entendimento dos impactos ambientais dos sistemas de produção em que estão inseridas essas culturas. Nesse contexto, é preciso ter claras quais são as demandas e expectativas dos diferentes atores das cadeias produtivas, como priorizar ações, informações e distribuição de recursos, visando a aumentar o foco das pesquisas e gerar, com colaboradores e parceiros, inovações para o agronegócio do arroz e do feijão e para posicionamento estratégico da Embrapa como empresa relevante para o setor agrícola brasileiro. Serviço: Posse do Chefe-Geral da Embrapa Arroz e feijão Data: 28 novembro Horário: 10h00 Local: Auditório da Unidade – Rod. Goiânia a Nova Veneza, Km 12

A solenidade de posse da nova gestão da Embrapa Arroz e Feijão será no próximo dia 28 de novembro, a partir das 10 horas, no Auditório do centro de pesquisa, localizado na Rodovia GO-462, Km 12, no município de Santo Antônio de Goiás.

O pesquisador Elcio Perpétuo Guimarães foi selecionado pelo diretor-presidente da Embrapa, Celso Moretti, após submissão ao edital, apresentação de plano de trabalho e memorial submetido ao Comitê de Avaliação e Seleção (CAS); na parte conclusiva do processo, Elcio Guimarães, passou por entrevista com a diretoria executiva.

A decisão sobre a chefia-geral da Unidade foi anunciada por intermédio da portaria de nº 1200, de 7 de outubro e publicada no Boletim de Comunicações Administrativas da Embrapa, sendo efetivada para exercício ao cargo, em 14 de outubro de 2019.

Foram convidados para a solenidade de posse autoridades do poder executivo e legislativo do Estado e do município, representantes de instituições públicas e privadas, reitorias da UFG, PUC Goiás, IFGoiano, empresários e produtores rurais do agro regional.

Elcio iniciou sua formação superior em 1972, no curso de agronomia da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (ESALQ – USP), em Piracicaba, São Paulo. Em 1976 foi cursar o mestrado em Melhoramento Genético de Plantas, também na ESALQ. Neste mesmo ano foi contratado como agrônomo para fazer parte do quadro de pesquisadores da Embrapa.

Em 1976, concomitante à contratação na Embrapa, deu continuidade ao mestrado, onde defendeu tese sobre a cultura do arroz, utilizando técnicas de mutação para produzir variantes para ciclo e altura de plantas.

Em 1982, cursou o doutorado nos Estados Unidos, na Universidade de Iowa “Iowa State University” desenvolvendo pesquisa com seleção recorrente em soja. No percurso de sua vida profissional, o pesquisador fez parte da equipe técnica do Centro Internacional de Agricultura Tropical (CIAT), na Colômbia, trabalhando na área de melhoramento genético do arroz. Lá desenvolveu um programa integrado de melhoramento, com intercâmbio de material genético o que proporcionou inúmeras visitas técnicas e valiosas trocas de experiências entre diversos pesquisadores do Brasil e do exterior.

Em 2000 juntou-se ou corpo técnico da Organização da Nações Unidas para Agricultura e a Alimentação (FAO), onde esteve por 9 anos. Durante esse período o foco foi fortalecer as relações com a Embrapa e promover ações conjuntas entre os técnicos dessas duas instituições. Na FAO, teve a oportunidade de coordenar a criação da Plataforma Mundial de Parceria em Capacitação em Melhoramento de Plantas (GIPB do inglês), uma iniciativa que foi inúmeras vezes mencionada pelos Países Membros da FAO, como um exemplo a ser seguido dentro da Organização. Em 2010, foi convidado pelo então Diretor Geral do CIAT, para a posição de Diretor Regional para América Latina e Caribe.

Como resultado, o pesquisador teve a oportunidade de realizar vários trabalhos e reuniões técnicas entre membros de diversas instituições internacionais e a Embrapa. Também no período em que esteve no CIAT, foram desenvolvidos projetos de cooperações técnicas e colaborações bilaterais, além de serem capacitados mais de 60 pesquisadores brasileiros.

Após 15 anos de imersão no gerenciamento de trabalhos de pesquisa e desenvolvimento (P&D), em nível internacional, e as ações constantes de fortalecimento das relações destas instituições com as Unidades da Embrapa, em 2016, Élcio decidiu retornar ao centro de pesquisa de arroz e feijão para utilizar essas experiências no País.

Esse regresso ocorreu em um momento que o Brasil passava por turbulências em diferentes setores e a nossa Empresa foi estimulada a se transformar para responder mais agilmente às demandas do agronegócio nacional.

A partir de 2017 assumiu a Chefia Adjunta de P&D, que lhe permitiu não só entender as demandas da área, mas, também, as condições de trabalho da Unidade, a motivação da equipe, a relação entre as diferentes áreas (pesquisa, transferência e administração) e onde estão as necessidades e oportunidades de aprimorar os processos de gestão de pesquisa, transferência de tecnologia e gestão administrativa.

Desafios da pesquisa para Goiás – Nas últimas décadas, o agronegócio brasileiro mudou muito e a localização geográfica da Embrapa Arroz e Feijão acabou sendo beneficiada, por se encontrar em uma das regiões agrícolas mais dinâmicas do País.

Entre os desafios da pesquisa para Goiás é preciso levar em consideração esse cenário diversificado e estar preparado para responder às demandas de soluções em temas como agricultura 4.0, bioinsumos, nanotecnologia, bioeconomia e manejo inteligente em sistemas de produção, que não necessariamente incluem o arroz e o feijão.

Em se tratando de ambiente complexo e diversificado pode-se destacar a soja, o milho, a cana de açúcar, o algodão, além do gado de corte e de leite produtos que são, muitas das vezes, mais relevantes na região que as próprias culturas do arroz e do feijão, e que não se pode, como Embrapa, ignorar esses aspectos.

Neste sentido, o arroz teve uma forte redução na área plantada, principalmente no sistema de terras altas. Por outro lado, a pesquisa contribuiu fortemente no aumento da produtividade e da qualidade de grãos dessa cultura. A Embrapa Arroz e Feijão vivencia, nas últimas décadas, grandes mudanças em termos de expansão geográfica das áreas de produção de suas culturas bem como a inserção destas nos sistemas produtivos.

Outros desafios estão relacionados às mudanças dos hábitos alimentares, que estão fazendo com que o consumo geral de arroz e feijão sofram alterações, mas que, contudo, este mesmo cenário está abrindo nichos de mercados importantes para tipos especiais de arroz e de feijão, incluindo biofortificados. Para ambas as culturas, o desenvolvimento e a transferência de tecnologias, incluindo a agricultura familiar, tanto convencional quanto a agroecologia, são temas a serem considerados.

De igual maneira, estão o entendimento dos impactos ambientais dos sistemas de produção em que estão inseridas essas culturas. Nesse contexto, é preciso ter claras quais são as demandas e expectativas dos diferentes atores das cadeias produtivas, como priorizar ações, informações e distribuição de recursos, visando a aumentar o foco das pesquisas e gerar, com colaboradores e parceiros, inovações para o agronegócio do arroz e do feijão e para posicionamento estratégico da Embrapa como empresa relevante para o setor agrícola brasileiro.

Serviço:

Posse do Chefe-Geral da Embrapa Arroz e feijão

Data: 28 novembro

Horário: 10h00

Local: Auditório da Unidade – Rod. Goiânia a Nova Veneza, Km 12

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *