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Embrapa protagoniza participação brasileira na Federação Internacional do Leite

    O Brasil conquistou sua filiação à Federação Internacional do Leite (FIL/IDF), a mais antiga organização global do setor lácteo, em evento ocorrido em Brasília/DF, no mês de fevereiro, através da atuação da Embrapa. Neste evento, foi feita a formação do Comitê Brasileiro da FIL/IDF, com a participação destacada da Embrapa Clima Temperado (Pelotas, RS), sendo indicado o engenheiro de alimentos Marcelo Bonnet para assumir o cargo de Diretor Técnico-Científico. O Comitê foi empossado formalmente pelo secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Marcos Montes, representando a Ministra Tereza Cristina. A ocasião contou com a presença da diretora-geral FIL/IDF, Caroline Emond, do presidente da Embrapa, Sebastião Barbosa, do diretor-executivo de Inovação e Tecnologia, Cleber Soares, e o chefe-geral da unidade de pesquisas de Pelotas, Clenio Pillon. Outros especialistas da empresa de pesquisa também assumiram funções em subcomitês.

    A FIL/IDF, com 116 anos de existência, é sediada em Bruxelas, Bélgica. Mais de 40 países-membros são filiados à FIL/IDF, perfazendo mais de 75% do leite produzido no mundo. A Federação conta com o trabalho voluntário de mais de dois mil especialistas dos diversos países-membros da instituição, o que impacta decisivamente a segurança alimentar do planeta em suas diversas dimensões.

    Tamanha é a importância histórica e contemporânea da FIL/IDF que esta foi o esteio fundamental da formação do Codex alimentarius, organização fundada em 1963, vinculada à FAO e à OMS. O Codex é a mais importante organização internacional dedicada à qualidade, integridade e segurança dos alimentos, e das práticas justas de comércio de alimentos.  Este fato histórico indica o papel primordial do setor lácteo para a segurança alimentar global, operando como referência para as demais cadeias produtivas.

    A participação nacional na FIL/IDF, mediante processo integrado, amplo e inclusivo, visa garantir a presença brasileira na agenda do setor lácteo mundial, não somente sob o aspecto comercial, mas sobretudo participando ativamente das discussões de diretrizes, normas, protocolos, métodos e códigos relevantes ao setor lácteo, em todas as suas dimensões. “O país não somente será representado, mas haverá espaço para que as necessidades e interesses legítimos nacionais no âmbito do setor sejam incluídos e debatidos em nível efetivamente global e estratégico. Oportuniza-se assim um ambiente inédito e soberano para debate e construção de políticas de Estado para o setor lácteo brasileiro, orientado e mediado pelas melhores práticas e experiências globais”, considerou o diretor técnico-científico empossado, Marcelo Bonnet.

    O chefe-geral da Embrapa Clima Temperado, Clenio Pillon, exaltou o evento como uma ação positiva para alinhar as agendas de demandas requeridas pelo setor produtivo. “O Brasil é o quarto maior produtor de leite do mundo, atrás apenas de Estados Unidos, Índia e China, e na Embrapa, somos uma referência mundial no melhoramento genético de forrageiras para os trópicos e para a região subtropical; temos cerca de 24 unidade de pesquisa trabalhando em rede, com parcerias muito fortes”, disse Pillon, como forma de contribuir com o Comitê Brasileiro.

    Para o diretor-executivo de Inovação e Tecnologia, Cleber Soares, a cadeia produtiva do leite é uma das protagonistas do desenvolvimento do País, e a Embrapa deve atuar com os atores da cadeia para, entre outras ações, otimizar sistemas de produção, elevar e promover a sustentabilidade e fortalecer a comunicação com a sociedade. “Precisamos aproximar o cidadão comum do setor agro e, para a cadeia do leite, permanece o desafio de informar mais à sociedade sobre o processo de produção do leite”, comentou Soares.

Histórico do Brasil junto a FIL

    O Brasil esteve praticamente alijado da agenda da FIL/IDF nos últimos 116 anos. Isso significa afastamento das melhores práticas e estratégias em prol do setor. Esse fato, contribuiu para as grandes dificuldades que o país ainda encontra para construir políticas de Estado para o leite, consideradas historicamente prioritárias em países mais desenvolvidos. De fato, após alguns esforços pontuais, o Brasil até então não havia conseguido se estabelecer como membro reconhecido da FIL/IDF em mais de século. Em 2010, o então chefe-geral da Embrapa Gado de Leite (Juiz de Fora/MG),  Duarte Vilela, motivou a Embrapa a dar os primeiros passos para reverter a situação. Incumbiu o engenheiro Marcelo Bonnet, então lotado naquela Unidade, para que participasse do encontro de cúpula da FIL/IDF, na Nova Zelândia. Naquele mesmo evento, o técnico foi escolhido pelos pares como representante do Brasil em um Comitê de Trabalho Permanente da FIL/IDF. No ano seguinte, foi eleito Vice-Presidente, e daí Presidente, do Comitê Permanente de Resíduos e Contaminantes Químicos (SCRCC), participando ainda como membro do Comitê Permanente de Higiene Microbiológica (SCMH) da FIL/IDF.

    Apesar de terem sido reconhecidos os árduos anos de trabalho voluntário de um pequeno grupo de brasileiros na FIL/IDF, e os esforços na Embrapa, o Brasil foi suspenso de toda e qualquer participação na FIL/IDF na Assembléia Geral de 2014, em Paris. A suspensão ocorreu em virtude do não-pagamento da anuidade de aproximadamente 40 mil euros, referente  a aquele ano e devida pelo Brasil, e que se acumulava a valores muito maiores ao longo dos anos anteriores de participação errática e de inadimplência por mais de século por parte do país.

    Naqueles anos, havia enorme dificuldade em sensibilizar o governo e o próprio setor produtivo para a importância da FIL/IDF para o país, mesmo considerando que, entre vários aspectos estratégicos, as normas, diretrizes e protocolos adotados pelo MAPA para legislar a cadeia do leite no Brasil são aqueles preconizados pela FIL/IDF.

    Em 2018, decidiu-se solucionar a questão histórica e perturbadora. Parte do setor produtivo nacional, liderado pela Associação Brasileira das Pequenas e Médias Cooperativas e Indústrias de Laticínios – G100, orientado de forma mais intensa pela Embrapa Clima Temperado, e com apoio da Diretoria de Inovação e Tecnologia da Embrapa e de nações amigas, negociou junto à FIL/IDF o aceite do Brasil como seu membro pleno, bem como o perdão integral à dívida financeira que se acumulava.

    Com o sucesso da negociação, a Embrapa Clima Temperado foi convidada para a Diretoria Técnico-Científica do Comitê Brasileiro da FIL/IDF, representada pelo engenheiro de alimentos Marcelo Bonnet. “Na verdade, representamos os colegas da equipe do leite da unidade nessa importante agenda, divisora de águas da história do leite brasileiro”, pondera Marcelo.

    A conquista histórica foi marcada principalmente pela formação inédita do Comitê Brasileiro da FIL/IDF, representativo do setor, e a atuação da Embrapa em prol do desenvolvimento setor lácteo brasileiro.

Funcionamento

    Cada país participa da FIL/IDF por meio de Comitês Nacionais. Neste evento, houve a formação do Comitê Brasileiro (CB) da FIL/IDF, composto por representantes das esferas privadas e públicas. O CB é liderado pelo setor privado organizado, com três posições superiores: Presidência (Vasco Praça Filho, Presidente do G100), Direção (Wilson Massote Primo, Diretor-Executivo do G100) e Direção Técnico-Científica, ocupada por convite do CB pelo representante da Embrapa Clima Temperado.

    O CB foi estruturado com respaldo técnico-científico, contendo dez subcomitês (SC), liderados por especialistas reconhecidos nos âmbitos públicos e/ou privados, com experiência internacional. Os subcomitês são de Ciência e Tecnologia; Economia e Políticas; Gestão e Sistemas Produtivas; Higiene e Segurança; Marketing e Comunicação; Meio Ambiente; Métodos de Amostragem e Análise; Normas, Padrões e Legislação; Nutrição e Saúde; Saúde e Bem-Estar Animal. Cada SC é composto por um Coordenador e um vice-Coordenador, e demais membros. Cada SC realiza integração inédita entre os setores privados (por exemplo, técnicos de indústrias, cooperativas, fazendas, representates do setor organizado) e públicos (Embrapa, MAPA, ANVISA, entre outros).

    Ainda representando a Embrapa Clima Temperado (Pelotas, RS) participam do CB FIL/IDF a pesquisadora Maira Zanela, no Subcomitê Saúde e Bem-Estar Animal e o pesquisador Waldyr Stumpf Junior, no Subcomitê Gestão e Sistemas Produtivos, havendo também participação de empregados selecionados de outras unidades da Embrapa no país.

    O Brasil conquistou sua filiação à Federação Internacional do Leite (FIL/IDF), a mais antiga organização global do setor lácteo, em evento ocorrido em Brasília/DF, no mês de fevereiro, através da atuação da Embrapa. Neste evento, foi feita a formação do Comitê Brasileiro da FIL/IDF, com a participação destacada da Embrapa Clima Temperado (Pelotas, RS), sendo indicado o engenheiro de alimentos Marcelo Bonnet para assumir o cargo de Diretor Técnico-Científico. O Comitê foi empossado formalmente pelo secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Marcos Montes, representando a Ministra Tereza Cristina. A ocasião contou com a presença da diretora-geral FIL/IDF, Caroline Emond, do presidente da Embrapa, Sebastião Barbosa, do diretor-executivo de Inovação e Tecnologia, Cleber Soares, e o chefe-geral da unidade de pesquisas de Pelotas, Clenio Pillon. Outros especialistas da empresa de pesquisa também assumiram funções em subcomitês.

    A FIL/IDF, com 116 anos de existência, é sediada em Bruxelas, Bélgica. Mais de 40 países-membros são filiados à FIL/IDF, perfazendo mais de 75% do leite produzido no mundo. A Federação conta com o trabalho voluntário de mais de dois mil especialistas dos diversos países-membros da instituição, o que impacta decisivamente a segurança alimentar do planeta em suas diversas dimensões.

    Tamanha é a importância histórica e contemporânea da FIL/IDF que esta foi o esteio fundamental da formação do Codex alimentarius, organização fundada em 1963, vinculada à FAO e à OMS. O Codex é a mais importante organização internacional dedicada à qualidade, integridade e segurança dos alimentos, e das práticas justas de comércio de alimentos.  Este fato histórico indica o papel primordial do setor lácteo para a segurança alimentar global, operando como referência para as demais cadeias produtivas.

    A participação nacional na FIL/IDF, mediante processo integrado, amplo e inclusivo, visa garantir a presença brasileira na agenda do setor lácteo mundial, não somente sob o aspecto comercial, mas sobretudo participando ativamente das discussões de diretrizes, normas, protocolos, métodos e códigos relevantes ao setor lácteo, em todas as suas dimensões. “O país não somente será representado, mas haverá espaço para que as necessidades e interesses legítimos nacionais no âmbito do setor sejam incluídos e debatidos em nível efetivamente global e estratégico. Oportuniza-se assim um ambiente inédito e soberano para debate e construção de políticas de Estado para o setor lácteo brasileiro, orientado e mediado pelas melhores práticas e experiências globais”, considerou o diretor técnico-científico empossado, Marcelo Bonnet.

    O chefe-geral da Embrapa Clima Temperado, Clenio Pillon, exaltou o evento como uma ação positiva para alinhar as agendas de demandas requeridas pelo setor produtivo. “O Brasil é o quarto maior produtor de leite do mundo, atrás apenas de Estados Unidos, Índia e China, e na Embrapa, somos uma referência mundial no melhoramento genético de forrageiras para os trópicos e para a região subtropical; temos cerca de 24 unidade de pesquisa trabalhando em rede, com parcerias muito fortes”, disse Pillon, como forma de contribuir com o Comitê Brasileiro.

    Para o diretor-executivo de Inovação e Tecnologia, Cleber Soares, a cadeia produtiva do leite é uma das protagonistas do desenvolvimento do País, e a Embrapa deve atuar com os atores da cadeia para, entre outras ações, otimizar sistemas de produção, elevar e promover a sustentabilidade e fortalecer a comunicação com a sociedade. “Precisamos aproximar o cidadão comum do setor agro e, para a cadeia do leite, permanece o desafio de informar mais à sociedade sobre o processo de produção do leite”, comentou Soares.

Histórico do Brasil junto a FIL

    O Brasil esteve praticamente alijado da agenda da FIL/IDF nos últimos 116 anos. Isso significa afastamento das melhores práticas e estratégias em prol do setor. Esse fato, contribuiu para as grandes dificuldades que o país ainda encontra para construir políticas de Estado para o leite, consideradas historicamente prioritárias em países mais desenvolvidos. De fato, após alguns esforços pontuais, o Brasil até então não havia conseguido se estabelecer como membro reconhecido da FIL/IDF em mais de século. Em 2010, o então chefe-geral da Embrapa Gado de Leite (Juiz de Fora/MG),  Duarte Vilela, motivou a Embrapa a dar os primeiros passos para reverter a situação. Incumbiu o engenheiro Marcelo Bonnet, então lotado naquela Unidade, para que participasse do encontro de cúpula da FIL/IDF, na Nova Zelândia. Naquele mesmo evento, o técnico foi escolhido pelos pares como representante do Brasil em um Comitê de Trabalho Permanente da FIL/IDF. No ano seguinte, foi eleito Vice-Presidente, e daí Presidente, do Comitê Permanente de Resíduos e Contaminantes Químicos (SCRCC), participando ainda como membro do Comitê Permanente de Higiene Microbiológica (SCMH) da FIL/IDF.

    Apesar de terem sido reconhecidos os árduos anos de trabalho voluntário de um pequeno grupo de brasileiros na FIL/IDF, e os esforços na Embrapa, o Brasil foi suspenso de toda e qualquer participação na FIL/IDF na Assembléia Geral de 2014, em Paris. A suspensão ocorreu em virtude do não-pagamento da anuidade de aproximadamente 40 mil euros, referente  a aquele ano e devida pelo Brasil, e que se acumulava a valores muito maiores ao longo dos anos anteriores de participação errática e de inadimplência por mais de século por parte do país.

    Naqueles anos, havia enorme dificuldade em sensibilizar o governo e o próprio setor produtivo para a importância da FIL/IDF para o país, mesmo considerando que, entre vários aspectos estratégicos, as normas, diretrizes e protocolos adotados pelo MAPA para legislar a cadeia do leite no Brasil são aqueles preconizados pela FIL/IDF.

    Em 2018, decidiu-se solucionar a questão histórica e perturbadora. Parte do setor produtivo nacional, liderado pela Associação Brasileira das Pequenas e Médias Cooperativas e Indústrias de Laticínios – G100, orientado de forma mais intensa pela Embrapa Clima Temperado, e com apoio da Diretoria de Inovação e Tecnologia da Embrapa e de nações amigas, negociou junto à FIL/IDF o aceite do Brasil como seu membro pleno, bem como o perdão integral à dívida financeira que se acumulava.

    Com o sucesso da negociação, a Embrapa Clima Temperado foi convidada para a Diretoria Técnico-Científica do Comitê Brasileiro da FIL/IDF, representada pelo engenheiro de alimentos Marcelo Bonnet. “Na verdade, representamos os colegas da equipe do leite da unidade nessa importante agenda, divisora de águas da história do leite brasileiro”, pondera Marcelo.

    A conquista histórica foi marcada principalmente pela formação inédita do Comitê Brasileiro da FIL/IDF, representativo do setor, e a atuação da Embrapa em prol do desenvolvimento setor lácteo brasileiro.

Funcionamento

    Cada país participa da FIL/IDF por meio de Comitês Nacionais. Neste evento, houve a formação do Comitê Brasileiro (CB) da FIL/IDF, composto por representantes das esferas privadas e públicas. O CB é liderado pelo setor privado organizado, com três posições superiores: Presidência (Vasco Praça Filho, Presidente do G100), Direção (Wilson Massote Primo, Diretor-Executivo do G100) e Direção Técnico-Científica, ocupada por convite do CB pelo representante da Embrapa Clima Temperado.

    O CB foi estruturado com respaldo técnico-científico, contendo dez subcomitês (SC), liderados por especialistas reconhecidos nos âmbitos públicos e/ou privados, com experiência internacional. Os subcomitês são de Ciência e Tecnologia; Economia e Políticas; Gestão e Sistemas Produtivas; Higiene e Segurança; Marketing e Comunicação; Meio Ambiente; Métodos de Amostragem e Análise; Normas, Padrões e Legislação; Nutrição e Saúde; Saúde e Bem-Estar Animal. Cada SC é composto por um Coordenador e um vice-Coordenador, e demais membros. Cada SC realiza integração inédita entre os setores privados (por exemplo, técnicos de indústrias, cooperativas, fazendas, representates do setor organizado) e públicos (Embrapa, MAPA, ANVISA, entre outros).

    Ainda representando a Embrapa Clima Temperado (Pelotas, RS) participam do CB FIL/IDF a pesquisadora Maira Zanela, no Subcomitê Saúde e Bem-Estar Animal e o pesquisador Waldyr Stumpf Junior, no Subcomitê Gestão e Sistemas Produtivos, havendo também participação de empregados selecionados de outras unidades da Embrapa no país.

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