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Embrapa avalia contexto territorial da área afetada pelo rompimento da barragem de Brumadinho

Uma análise do contexto territorial da região afetada pelo rompimento da barragem com rejeitos de mineração em Brumadinho, MG, foi realizada e entregue pela Embrapa Territorial à Secretaria de Governo da Presidência da República.  O centro de pesquisa gerou cerca de 2.500 mapas e realizou uma primeira avaliação dos quadros natural, agrário, agrícola, de infraestrutura e socioeconômico da área. O trabalho foi focado nos impactos para agricultura e o meio ambiente.

O recorte territorial definido para o estudo inclui 25 municípios, desde a jusante da Mina Córrego do Feijão, áreas adjacentes às calhas dos rios Córrego do Feijão e Paraopeba, até as represas de Retiro Baixo e Três Marias. A área em estudo soma quase 1,8 milhão de hectares. Em parte eles foram diretamente ou indiretamente impactados pelo rompimento da barragem, seja porque foram cobertos pela lama de rejeitos (297 ha), pela contaminação da água dos rios ou seja pela destruição da infraestrutura logística e viária.

Segundo a chefe-adjunta de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Territorial, Lucíola Magalhães, a partir de imagens de satélite de alta resolução espacial de sete dias antes (18/01) e quatro dias após o desastre (29/01), foi possível determinar com precisão a área afetada pelos rejeitos, bem como identificar as edificações e as áreas de produção agrícola, atingidas pelo rompimento da barragem. As imagens de satélites foram fornecidas pela Divisão de Inteligência do Comando de Operações Espaciais da Força Aérea Brasileira, dentro dos acordos de cooperação existentes entre esta instituição e a Embrapa Territorial.

Com as imagens de satélite também foram levantadas informações detalhadas da cobertura vegetal impactada, seja em áreas exploradas ou dedicadas à preservação da vegetação nativa dentro dos imóveis rurais. No Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (SiCAR), constam 12.590 imóveis cadastrados nos 25 municípios avaliados. Na produção agrícola, destaca-se a horticultura. Os produtores locais respondem por cerca de 20% da produção de alface de Minas Gerais. A irrigação é recurso utilizado pelos produtores: há 179 outorgas de uso de água para este fim, especialmente no Norte da região estudada.

Os dados gerados nas análises do quadro natural indicaram áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade (flora e fauna) e áreas com plantas raras, bem como a ocorrência das espécies da flora ameaçadas de extinção. Na região, predomina o bioma Cerrado, mas a área mais próxima ao município de Brumadinho está na Mata Atlântica e concentra a maior parte das unidades de conservação. No total são 21 áreas protegidas. Elas  totalizam pouco mais de 53 hectares. Em termos de áreas legalmente atribuídas, há uma terra indígena e 15 assentamentos rurais.

O trabalho da Embrapa Territorial avaliou ainda o quadro socioeconômico da região, com base, principalmente, no sistema Geoweb “Inclusão Produtiva no seu Município”. Para acompanhamento da evolução da situação na região, o centro de pesquisa apresentou à Secretaria do Governo (SeGOV) e à membros do Gabinete de Crise, a proposta de um Sistema de Inteligência, Gestão e Monitoramento Territorial Estratégico para o evento de Brumadinho.

O Sistema consiste em uma plataforma web para concentração e gerenciamento de dados sobre a região, oriundos de inúmeras instituições, atuando na região. Ele também visa à gestão territorial das ações planejadas e em curso para a recuperação de indicadores presentes em todos os cinco quadros (natural, agrário, agrícola, de infraestrutura e socioeconômico) analisados.

“A ausência de informações organizadas e reunidas em bases territoriais traz, não só para este caso, baixa eficiência nos processos de planejamento e tomada de decisão. Nesse sentido, o Sistema de Inteligência Territorial foi pensado e proposto para operar nessa região por pelo menos quatro anos. Ele pode agregar e coordenar ações e dados fundamentais para o sucesso do processo de recuperação e servir de exemplo para situações similares que venham a ocorrer”, destaca Lucíola Magalhães.

Uma análise do contexto territorial da região afetada pelo rompimento da barragem com rejeitos de mineração em Brumadinho, MG, foi realizada e entregue pela Embrapa Territorial à Secretaria de Governo da Presidência da República.  O centro de pesquisa gerou cerca de 2.500 mapas e realizou uma primeira avaliação dos quadros natural, agrário, agrícola, de infraestrutura e socioeconômico da área. O trabalho foi focado nos impactos para agricultura e o meio ambiente.

O recorte territorial definido para o estudo inclui 25 municípios, desde a jusante da Mina Córrego do Feijão, áreas adjacentes às calhas dos rios Córrego do Feijão e Paraopeba, até as represas de Retiro Baixo e Três Marias. A área em estudo soma quase 1,8 milhão de hectares. Em parte eles foram diretamente ou indiretamente impactados pelo rompimento da barragem, seja porque foram cobertos pela lama de rejeitos (297 ha), pela contaminação da água dos rios ou seja pela destruição da infraestrutura logística e viária.

Segundo a chefe-adjunta de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Territorial, Lucíola Magalhães, a partir de imagens de satélite de alta resolução espacial de sete dias antes (18/01) e quatro dias após o desastre (29/01), foi possível determinar com precisão a área afetada pelos rejeitos, bem como identificar as edificações e as áreas de produção agrícola, atingidas pelo rompimento da barragem. As imagens de satélites foram fornecidas pela Divisão de Inteligência do Comando de Operações Espaciais da Força Aérea Brasileira, dentro dos acordos de cooperação existentes entre esta instituição e a Embrapa Territorial.

Com as imagens de satélite também foram levantadas informações detalhadas da cobertura vegetal impactada, seja em áreas exploradas ou dedicadas à preservação da vegetação nativa dentro dos imóveis rurais. No Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (SiCAR), constam 12.590 imóveis cadastrados nos 25 municípios avaliados. Na produção agrícola, destaca-se a horticultura. Os produtores locais respondem por cerca de 20% da produção de alface de Minas Gerais. A irrigação é recurso utilizado pelos produtores: há 179 outorgas de uso de água para este fim, especialmente no Norte da região estudada.

Os dados gerados nas análises do quadro natural indicaram áreas prioritárias para a conservação da biodiversidade (flora e fauna) e áreas com plantas raras, bem como a ocorrência das espécies da flora ameaçadas de extinção. Na região, predomina o bioma Cerrado, mas a área mais próxima ao município de Brumadinho está na Mata Atlântica e concentra a maior parte das unidades de conservação. No total são 21 áreas protegidas. Elas  totalizam pouco mais de 53 hectares. Em termos de áreas legalmente atribuídas, há uma terra indígena e 15 assentamentos rurais.

O trabalho da Embrapa Territorial avaliou ainda o quadro socioeconômico da região, com base, principalmente, no sistema Geoweb “Inclusão Produtiva no seu Município”. Para acompanhamento da evolução da situação na região, o centro de pesquisa apresentou à Secretaria do Governo (SeGOV) e à membros do Gabinete de Crise, a proposta de um Sistema de Inteligência, Gestão e Monitoramento Territorial Estratégico para o evento de Brumadinho.

O Sistema consiste em uma plataforma web para concentração e gerenciamento de dados sobre a região, oriundos de inúmeras instituições, atuando na região. Ele também visa à gestão territorial das ações planejadas e em curso para a recuperação de indicadores presentes em todos os cinco quadros (natural, agrário, agrícola, de infraestrutura e socioeconômico) analisados.

“A ausência de informações organizadas e reunidas em bases territoriais traz, não só para este caso, baixa eficiência nos processos de planejamento e tomada de decisão. Nesse sentido, o Sistema de Inteligência Territorial foi pensado e proposto para operar nessa região por pelo menos quatro anos. Ele pode agregar e coordenar ações e dados fundamentais para o sucesso do processo de recuperação e servir de exemplo para situações similares que venham a ocorrer”, destaca Lucíola Magalhães.

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