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Missão da Bolívia conhece as experiências brasileiras na produção de algodão

Representantes do governo, técnicos e agricultores familiares da Bolívia que trabalham na cadeia produtiva do algodão iniciaram no último dia 27 uma visita ao Brasil para conhecer a experiência do país no setor algodoeiro. Durante nove dias, um grupo de 22 pessoas visitará a Paraíba e Brasília para conhecer experiências na área de políticas públicas, sistemas de algodão sustentável, produção agroecológica, produção de algodão colorido, associativismo e comercialização estatal.

A visita técnica ao Brasil faz parte da iniciativa Cooperação Sul-Sul Trilateral, Projeto +Algodão, realizada pelo governo brasileiro, através da Agência Brasileira de Cooperação (ABC/MRE), FAO e sete países parceiros, entre eles, o governo da Bolívia. Executado desde 2013, o objetivo é contribuir para o desenvolvimento sustentável da cadeia de valor do algodão nos países parceiros, bem como ampliar as capacidades de coordenação interinstitucional para o fortalecimento do setor.

No primeiro dia da missão, o grupo foi recebido pelo governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, e visitou a indústria têxtil Norfil, em João Pessoa. No dia seguinte, a comitiva boliviana visitou dois empreendimentos produtivos em Catolé de Boa Vista e conheceu um pouco mais sobre as políticas de assistência técnica e extensão rural desenvolvidas pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural da Paraíba (Emater-PB) e a sede da Embrapa Algodão (Campina Grande).

Durante a visita na Embrapa, os bolivianos foram recebidos pelo chefe-geral Liv Severino, que apresentou as principais linhas de atuação da Unidade. Eles também puderam interagir com os pesquisadores da cultura e conhecer os sistemas de produção do algodão para o Cerrado e para o Semiárido brasileiro. O grupo ainda conheceu o laboratório de fibras e demonstração de descaroçamento e de mini colheitadeira.

O coordenador departamental do projeto + Algodão na Bolívia, Rosendo Mendoza, lembra que nos anos 1990 a Bolívia chegou a produzir 90 mil hectares de algodão, mas teve uma drástica queda devido aos preços internacionais da fibra que tornaram o algodão boliviano menos competitivo. “Em 2017 foram cultivados cerca de dois mil hectares por cerca de 25 produtores”, conta. “A tecnologia que nossos produtores utilizam não é muito atualizada porque desde 2004 não se investe mais em pesquisas no algodão. Os nossos produtores copiam a tecnologia de outros países, mas não há validação da tecnologia para a realidade local. Nessa visita, queremos conhecer a tecnologia que a Embrapa desenvolve para os pequenos e médios produtores”, acrescenta.

A agenda na Paraíba, também incluiu visitas a propriedades de produção de algodão orgânico no Assentamento Margarida Alves, em Juarez Távora, onde o grupo aprenderá sobre processamento e processos de comércio justo, e à CoopNatural, cooperativa que processa algodão naturalmente colorido e orgânico produzido no Estado.

De 2 a 4 de setembro, acontece a segunda parte da missão, em Brasília, com a participação em uma série de atividades como uma roda de conversa com o Fórum de Economia Solidária do Distrito Federal e do Entorno, visita a uma propriedade agrícola, a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia e a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), entre outras.

Cooperação Sul-Sul para o fortalecimento do setor

O projeto + Algodão, executado no âmbito do Programa de Cooperação Internacional Brasil-FAO, também apresenta a possibilidade de avançar rumo a mercados e nichos diferenciados que permitam a agregação de valor e a geração de renda para as famílias.

A experiência brasileira na atividade algodoeira é referência para o projeto, já que o país passou da condição de importador a de grande exportador de algodão, devido ao grande aumento de produtividade. O Brasil fez investimentos significativos em pesquisa agrícola, que promoveu o desenvolvimento de tecnologias adaptadas às novas fronteiras agrícolas. Além disso, o país é referência em políticas públicas para a agricultura familiar, o que vem despertando o interesse de outros países da América Latina.

A Bolívia, assim como a Argentina, a Colômbia, o Equador, o Haiti, o Paraguai e o Peru são parceiros estratégicos neste projeto de cooperação.

Mais algodão na Bolívia

Na Bolívia, o projeto + Algodão tem como área de atuação o município de Pailón, que contribui com 70% da produção de algodão para o país, e os municípios com população indígena de Charagua, Gutiérrez e San Antonio de Lomerío. Neste território, o projeto desenvolve ações para fortalecer as capacidades técnicas, produtivas, gerenciais e de articulação para reativar o sistema produtivo do algodão, a partir do desenvolvimento sustentável e da economia comunitária sustentável.

Participam das ações do projeto + Algodão na Bolívia o Ministério do Desenvolvimento Rural e Terras, o Ministério do Desenvolvimento Produtivo e Economia Plural; FAO e ABC/MRE; e as instituições brasileiras cooperantes: Emater-PB e Secretaria Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho (Senaes/MT).

Com informações da FAO

Representantes do governo, técnicos e agricultores familiares da Bolívia que trabalham na cadeia produtiva do algodão iniciaram no último dia 27 uma visita ao Brasil para conhecer a experiência do país no setor algodoeiro. Durante nove dias, um grupo de 22 pessoas visitará a Paraíba e Brasília para conhecer experiências na área de políticas públicas, sistemas de algodão sustentável, produção agroecológica, produção de algodão colorido, associativismo e comercialização estatal.

A visita técnica ao Brasil faz parte da iniciativa Cooperação Sul-Sul Trilateral, Projeto +Algodão, realizada pelo governo brasileiro, através da Agência Brasileira de Cooperação (ABC/MRE), FAO e sete países parceiros, entre eles, o governo da Bolívia. Executado desde 2013, o objetivo é contribuir para o desenvolvimento sustentável da cadeia de valor do algodão nos países parceiros, bem como ampliar as capacidades de coordenação interinstitucional para o fortalecimento do setor.

No primeiro dia da missão, o grupo foi recebido pelo governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, e visitou a indústria têxtil Norfil, em João Pessoa. No dia seguinte, a comitiva boliviana visitou dois empreendimentos produtivos em Catolé de Boa Vista e conheceu um pouco mais sobre as políticas de assistência técnica e extensão rural desenvolvidas pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural da Paraíba (Emater-PB) e a sede da Embrapa Algodão (Campina Grande).

Durante a visita na Embrapa, os bolivianos foram recebidos pelo chefe-geral Liv Severino, que apresentou as principais linhas de atuação da Unidade. Eles também puderam interagir com os pesquisadores da cultura e conhecer os sistemas de produção do algodão para o Cerrado e para o Semiárido brasileiro. O grupo ainda conheceu o laboratório de fibras e demonstração de descaroçamento e de mini colheitadeira.

O coordenador departamental do projeto + Algodão na Bolívia, Rosendo Mendoza, lembra que nos anos 1990 a Bolívia chegou a produzir 90 mil hectares de algodão, mas teve uma drástica queda devido aos preços internacionais da fibra que tornaram o algodão boliviano menos competitivo. “Em 2017 foram cultivados cerca de dois mil hectares por cerca de 25 produtores”, conta. “A tecnologia que nossos produtores utilizam não é muito atualizada porque desde 2004 não se investe mais em pesquisas no algodão. Os nossos produtores copiam a tecnologia de outros países, mas não há validação da tecnologia para a realidade local. Nessa visita, queremos conhecer a tecnologia que a Embrapa desenvolve para os pequenos e médios produtores”, acrescenta.

A agenda na Paraíba, também incluiu visitas a propriedades de produção de algodão orgânico no Assentamento Margarida Alves, em Juarez Távora, onde o grupo aprenderá sobre processamento e processos de comércio justo, e à CoopNatural, cooperativa que processa algodão naturalmente colorido e orgânico produzido no Estado.

De 2 a 4 de setembro, acontece a segunda parte da missão, em Brasília, com a participação em uma série de atividades como uma roda de conversa com o Fórum de Economia Solidária do Distrito Federal e do Entorno, visita a uma propriedade agrícola, a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia e a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), entre outras.

Cooperação Sul-Sul para o fortalecimento do setor

O projeto + Algodão, executado no âmbito do Programa de Cooperação Internacional Brasil-FAO, também apresenta a possibilidade de avançar rumo a mercados e nichos diferenciados que permitam a agregação de valor e a geração de renda para as famílias.

A experiência brasileira na atividade algodoeira é referência para o projeto, já que o país passou da condição de importador a de grande exportador de algodão, devido ao grande aumento de produtividade. O Brasil fez investimentos significativos em pesquisa agrícola, que promoveu o desenvolvimento de tecnologias adaptadas às novas fronteiras agrícolas. Além disso, o país é referência em políticas públicas para a agricultura familiar, o que vem despertando o interesse de outros países da América Latina.

A Bolívia, assim como a Argentina, a Colômbia, o Equador, o Haiti, o Paraguai e o Peru são parceiros estratégicos neste projeto de cooperação.

Mais algodão na Bolívia

Na Bolívia, o projeto + Algodão tem como área de atuação o município de Pailón, que contribui com 70% da produção de algodão para o país, e os municípios com população indígena de Charagua, Gutiérrez e San Antonio de Lomerío. Neste território, o projeto desenvolve ações para fortalecer as capacidades técnicas, produtivas, gerenciais e de articulação para reativar o sistema produtivo do algodão, a partir do desenvolvimento sustentável e da economia comunitária sustentável.

Participam das ações do projeto + Algodão na Bolívia o Ministério do Desenvolvimento Rural e Terras, o Ministério do Desenvolvimento Produtivo e Economia Plural; FAO e ABC/MRE; e as instituições brasileiras cooperantes: Emater-PB e Secretaria Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho (Senaes/MT).

Com informações da FAO

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