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Extrativismo da castanha-do-brasil é avaliado em estudo antropológico

Com o objetivo de realizar um estudo exploratório sobre as dinâmicas de uso dos castanhais e seu entorno pela população extrativista, utilizando uma abordagem de caráter antropológico-etnológico e de geografia-humana, a Embrapa Amazônia Ocidental e a Universidade Federal de Roraima promoveram, dias 29 e 30 de agosto, na RDS Piagaçu-Purus, situada no município de Beruri, Amazonas, a Oficina Produção de Castanha-do-brasil. O evento reuniu produtores extrativistas de castanha e as informações irão subsidiar o projeto Mapeamento de Castanhais Nativos e Caracterização Socioambiental e Econômica de Sistema de Produção de Castanha-do-Brasil na Amazônia (MapCast).

Segundo Lindomar de Jesus Silva, pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, coordenador da Oficina, pretende-se buscar os conhecimentos relacionados nas diferentes formas de extrativismo da castanha-do-brasil ou ainda com outros extrativismos, com atividades de agricultura e caça de animais. “Ao focar nestes aspectos, espera-se compreender como estas populações se relacionam com a castanha-do-brasil, em uma perspectiva que integra a ação humana, os diferentes elementos da natureza e os conhecimentos a eles associados”, explica.

Pretende-se ainda caracterizar diferentes tipologias sociais produção da castanha-do-brasil, com foco na natureza, sob o ponto de vista das percepções espaço-temporais, cujo fio condutor são as atividades desenvolvidas pela comunidade.

A oficina teve como instrutores os professores doutores Maxim Paolo Repetto Carreño e Maria Bárbara de Magalhães Bethonico e a doutoranda Andressa Raquel Stroschein Sganzerla, da Universidade Federal de Roraima; e a participação do técnico Francisco Guedes, da Embrapa Amazônia Ocidental.

Foram abordados os seguintes temas: importância socioeconômica e cultural extrativismo da castanha-do- brasil; sistema de produção da castanha em diferentes realidades; extrativistas e conhecimentos associados e percepções espaço-tempo nos castanhais.

O projeto MapCast começou em 2014 com o objetivo de contribuir para o fortalecimento da cadeia produtiva. Liderado pela pesquisadora da Amazônia Ocidental, Kátia Emídio da Silva o projeto reúne diferentes pesquisadores da Embrapa e de outras instituições e trabalha em dois eixos principais: geração de metodologias para auxiliar no mapeamento e modelagem da ocorrência de castanhais nativos da Amazônia Brasileira, por meio de geotecnologias, e caracterização das relações sociais e econômicas dos sistemas de produção da castanha.

O projeto contempla atividades em seis estados da região Norte – Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Roraima e Rondônia – e um do Centro-Oeste, o Mato Grosso. “O MapCast conta com equipe multidisciplinar, cujos membros estão empenhados na geração e na ampliação de conhecimentos sobre os castanhais naturais da Amazônia. Espera-se, ao final do projeto, ter atingido suas metas e resultados, com contribuição para o fortalecimento da cadeia de valor da castanha-do-brasil”, ressalta Kátia.

A castanha-do-brasil é considerada um dos principais produtos da sociobiodiversidade brasileira, o que implica que seu uso e manejo estão vinculados ao conhecimento e a cultura das populações tradicionais e agricultores familiares. A população que realiza o extrativismo da castanha na Amazônia é diversa, dependendo do grupo social (povos Indígenas em diferentes processos de contato com a sociedade nacional, ribeirinhos, extrativistas, agricultores familiares, entre outros) e da estrutura fundiária de suas terras (Unidades de Conservação, Terras Indígenas, Áreas de Colonização ou de Assentamento, entre outras).

A castanheira-do-brasil, árvore nativa da Amazônia, ocorre em terras altas de toda a Bacia Amazônica. Símbolo da região, a espécie tem merecido atenção especial da pesquisa devido à sua importância social, ecológica e econômica. Em seu ambiente natural, a árvore atinge até 50 metros de altura, sendo uma das espécies mais altas da Amazônia. O fruto da castanheira (ouriço) tem o tamanho aproximado de um côco e pode pesar cerca de dois quilos. Possui casca muito dura e abriga entre oito e 25 sementes, que são as apreciadas castanhas-do-brasil. Desempenha papel importante para milhares de famílias residentes na floresta, ou em áreas próximas, que realizam o extrativismo e comercialização. A castanha apresenta elevado valor nutricional, sendo utilizada diretamente na alimentação e como ingrediente na fabricação de alimentos processados. Além disso, o extrativismo sustentável é uma forma de se obter renda com produtos florestais não madeireiros e, ao mesmo tempo, preservar as florestas nativas da Amazônia.

Com o objetivo de realizar um estudo exploratório sobre as dinâmicas de uso dos castanhais e seu entorno pela população extrativista, utilizando uma abordagem de caráter antropológico-etnológico e de geografia-humana, a Embrapa Amazônia Ocidental e a Universidade Federal de Roraima promoveram, dias 29 e 30 de agosto, na RDS Piagaçu-Purus, situada no município de Beruri, Amazonas, a Oficina Produção de Castanha-do-brasil. O evento reuniu produtores extrativistas de castanha e as informações irão subsidiar o projeto Mapeamento de Castanhais Nativos e Caracterização Socioambiental e Econômica de Sistema de Produção de Castanha-do-Brasil na Amazônia (MapCast).

Segundo Lindomar de Jesus Silva, pesquisador da Embrapa Amazônia Ocidental, coordenador da Oficina, pretende-se buscar os conhecimentos relacionados nas diferentes formas de extrativismo da castanha-do-brasil ou ainda com outros extrativismos, com atividades de agricultura e caça de animais. “Ao focar nestes aspectos, espera-se compreender como estas populações se relacionam com a castanha-do-brasil, em uma perspectiva que integra a ação humana, os diferentes elementos da natureza e os conhecimentos a eles associados”, explica.

Pretende-se ainda caracterizar diferentes tipologias sociais produção da castanha-do-brasil, com foco na natureza, sob o ponto de vista das percepções espaço-temporais, cujo fio condutor são as atividades desenvolvidas pela comunidade.

A oficina teve como instrutores os professores doutores Maxim Paolo Repetto Carreño e Maria Bárbara de Magalhães Bethonico e a doutoranda Andressa Raquel Stroschein Sganzerla, da Universidade Federal de Roraima; e a participação do técnico Francisco Guedes, da Embrapa Amazônia Ocidental.

Foram abordados os seguintes temas: importância socioeconômica e cultural extrativismo da castanha-do- brasil; sistema de produção da castanha em diferentes realidades; extrativistas e conhecimentos associados e percepções espaço-tempo nos castanhais.

O projeto MapCast começou em 2014 com o objetivo de contribuir para o fortalecimento da cadeia produtiva. Liderado pela pesquisadora da Amazônia Ocidental, Kátia Emídio da Silva o projeto reúne diferentes pesquisadores da Embrapa e de outras instituições e trabalha em dois eixos principais: geração de metodologias para auxiliar no mapeamento e modelagem da ocorrência de castanhais nativos da Amazônia Brasileira, por meio de geotecnologias, e caracterização das relações sociais e econômicas dos sistemas de produção da castanha.

O projeto contempla atividades em seis estados da região Norte – Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Roraima e Rondônia – e um do Centro-Oeste, o Mato Grosso. “O MapCast conta com equipe multidisciplinar, cujos membros estão empenhados na geração e na ampliação de conhecimentos sobre os castanhais naturais da Amazônia. Espera-se, ao final do projeto, ter atingido suas metas e resultados, com contribuição para o fortalecimento da cadeia de valor da castanha-do-brasil”, ressalta Kátia.

A castanha-do-brasil é considerada um dos principais produtos da sociobiodiversidade brasileira, o que implica que seu uso e manejo estão vinculados ao conhecimento e a cultura das populações tradicionais e agricultores familiares. A população que realiza o extrativismo da castanha na Amazônia é diversa, dependendo do grupo social (povos Indígenas em diferentes processos de contato com a sociedade nacional, ribeirinhos, extrativistas, agricultores familiares, entre outros) e da estrutura fundiária de suas terras (Unidades de Conservação, Terras Indígenas, Áreas de Colonização ou de Assentamento, entre outras).

A castanheira-do-brasil, árvore nativa da Amazônia, ocorre em terras altas de toda a Bacia Amazônica. Símbolo da região, a espécie tem merecido atenção especial da pesquisa devido à sua importância social, ecológica e econômica. Em seu ambiente natural, a árvore atinge até 50 metros de altura, sendo uma das espécies mais altas da Amazônia. O fruto da castanheira (ouriço) tem o tamanho aproximado de um côco e pode pesar cerca de dois quilos. Possui casca muito dura e abriga entre oito e 25 sementes, que são as apreciadas castanhas-do-brasil. Desempenha papel importante para milhares de famílias residentes na floresta, ou em áreas próximas, que realizam o extrativismo e comercialização. A castanha apresenta elevado valor nutricional, sendo utilizada diretamente na alimentação e como ingrediente na fabricação de alimentos processados. Além disso, o extrativismo sustentável é uma forma de se obter renda com produtos florestais não madeireiros e, ao mesmo tempo, preservar as florestas nativas da Amazônia.

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