Na tarde desta sexta-feira, dia 24, representantes da chefia da unidade estiveram em diálogo com professores do curso de geologia da Universidade Federal do Paraná para discutir a visita dos docentes ao campo experimental da Embrapa Pantanal – a fazenda Nhumirim, localizada no Pantanal da Nhecolândia, em MS. Os docentes estiveram no local durante a última semana para coletar materiais nas lagoas salinas existentes na propriedade. A ação faz parte do projeto Microbial, desenvolvido pela UFPR em parceria com a Petrobrás.
“Estamos estudando vários lagos continentais, a exemplo do Pantanal, da Patagônia, Chile, Argentina. Fazemos uma comparação geoquímica desses lagos e verificamos o tipo de precipitação de minerais que acontece em cada um deles”, diz o professor Leonardo Cury, que coordena o Laboratório de Análise de Minerais e Rochas (Lamir) na universidade. “O Pantanal é um ambiente único, com algumas lagoas salinas que interessam bastante a esse estudo”.
De acordo com o professor, o grupo de pesquisadores realizou coletas que serão enviadas para laboratório de forma a caracterizar o tipo de argilomineral e os sinais de isótopos presentes (ou seja, os sinais químicos que indicam uma parcela dos fatores ambientais que levaram à formação desses minerais). “É um ambiente bastante diferente dos que estudamos, com certeza único no mundo”, descreve.
As salinas pantaneiras possuem formas arredondadas e faixas de praia que ficam bastante visíveis em épocas de estiagem. Das quase 10 mil baías existentes no Pantanal da Nhecolândia, cerca de 1.500 são salinas. A salinidade dessas águas é alimentada, pelo menos em parte, por processos geoquímicos atuais relacionados à dinâmica de secas e cheias da região. Os dados são de estudos realizados por pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), da Universidade de São Paulo (USP), Institut de Recherche pour le Dévelopment (IRD) e University of California-Riverside (UCR).
“O Pantanal pode ser entendido como o termômetro do planeta com todas essas mudanças climáticas. Ele também pode ser entendido como uma área de potencial agropecuário gigantesco. Da mesma maneira, ele tem um grande potencial para que a gente possa compreender o registro de eventos que aconteceram no nosso planeta no passado para poder modelar o que está acontecendo no presente e entender o futuro”.
Segundo Leonardo, os materiais e informações coletados na última semana no Pantanal serão analisados pela equipe de pesquisa para dar continuidade aos estudos. “Nossa ideia é fazer o monitoramento de algumas lagoas e, ao mesmo tempo, complementar o monitoramento da Embrapa que já existe”.
Na tarde desta sexta-feira, dia 24, representantes da chefia da unidade estiveram em diálogo com professores do curso de geologia da Universidade Federal do Paraná para discutir a visita dos docentes ao campo experimental da Embrapa Pantanal – a fazenda Nhumirim, localizada no Pantanal da Nhecolândia, em MS. Os docentes estiveram no local durante a última semana para coletar materiais nas lagoas salinas existentes na propriedade. A ação faz parte do projeto Microbial, desenvolvido pela UFPR em parceria com a Petrobrás.
“Estamos estudando vários lagos continentais, a exemplo do Pantanal, da Patagônia, Chile, Argentina. Fazemos uma comparação geoquímica desses lagos e verificamos o tipo de precipitação de minerais que acontece em cada um deles”, diz o professor Leonardo Cury, que coordena o Laboratório de Análise de Minerais e Rochas (Lamir) na universidade. “O Pantanal é um ambiente único, com algumas lagoas salinas que interessam bastante a esse estudo”.
De acordo com o professor, o grupo de pesquisadores realizou coletas que serão enviadas para laboratório de forma a caracterizar o tipo de argilomineral e os sinais de isótopos presentes (ou seja, os sinais químicos que indicam uma parcela dos fatores ambientais que levaram à formação desses minerais). “É um ambiente bastante diferente dos que estudamos, com certeza único no mundo”, descreve.
As salinas pantaneiras possuem formas arredondadas e faixas de praia que ficam bastante visíveis em épocas de estiagem. Das quase 10 mil baías existentes no Pantanal da Nhecolândia, cerca de 1.500 são salinas. A salinidade dessas águas é alimentada, pelo menos em parte, por processos geoquímicos atuais relacionados à dinâmica de secas e cheias da região. Os dados são de estudos realizados por pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), da Universidade de São Paulo (USP), Institut de Recherche pour le Dévelopment (IRD) e University of California-Riverside (UCR).
“O Pantanal pode ser entendido como o termômetro do planeta com todas essas mudanças climáticas. Ele também pode ser entendido como uma área de potencial agropecuário gigantesco. Da mesma maneira, ele tem um grande potencial para que a gente possa compreender o registro de eventos que aconteceram no nosso planeta no passado para poder modelar o que está acontecendo no presente e entender o futuro”.
Segundo Leonardo, os materiais e informações coletados na última semana no Pantanal serão analisados pela equipe de pesquisa para dar continuidade aos estudos. “Nossa ideia é fazer o monitoramento de algumas lagoas e, ao mesmo tempo, complementar o monitoramento da Embrapa que já existe”.