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Chega ao fim projeto da Embrapa para pesquisa de arroz em país da América do Sul

Pesquisadores da Embrapa Arroz e Feijão integraram capacitação de técnicos, condução de experimentos e um seminário, marcando as atividades finais do projeto de apoio ao desenvolvimento do arroz de terras altas no Suriname

Iniciado em abril de 2016, o projeto “Apoio ao melhoramento do cultivo do arroz no Suriname” é uma ação trilateral, envolvendo Brasil (Embrapa e Agência Brasileira de Cooperação, ABC), Nova Zelândia (Embaixada da Nova Zelândia no Brasil e Landcare Research) e Suriname (Ministério da Agricultura do Suriname). O desenvolvimento das pesquisas teve por objetivo apresentar tecnologias sustentáveis, visando a proporcionar aumento da produtividade do arroz junto à comunidade Quilombola desse país sul americano, que, há pouco mais de 40 anos, deixou de ser colônia holandesa. Nesta fase de conclusão dos trabalhos, estiveram presentes, como representantes da Embrapa, os pesquisadores Adriano Nascente, Flávia Alcântara, Elcio Guimarães, Alexandre Barrigossi e Marta Cristina Filipi. Entre os dias 4 e 19 de agosto, aconteceram: a capacitação de 35 técnicos da extensão rural do Suriname em produção de sementes e agroecologia; o acompanhamento da condução de experimentos sobre adubação e espaçamento entre plantas; e o seminário final, para apresentação dos principais resultados do projeto.

Desde 2016, o pesquisador Adriano Stephan Nascente, coordenador técnico do projeto, esteve presente no país em todas as fases dos experimentos, orientando quanto às melhores práticas de semeadura, adubação, controle de pragas, doenças e plantas daninhas e colheita, recebendo apoio da pesquisadora do Ministério da Agricultura do Suriname, Ruby Kromokardi. Em seus estudos, Nascente avaliou diferentes cultivares de arroz, sendo três de Suriname e quatro do Brasil (as variedades brasileiras foram as mais produtivas, sendo elas: BRS Esmeralda, 2.903 kg/ha; BRS Sertaneja, 2.802 kg/ha; e BRSMG Curinga 2.255 kg/ha), analisando, também, as doses adequadas de nitrogênio, fósforo e potássio, nutrientes mais requeridos em quantidade pelo arroz. O projeto abordou e difundiu entre os agricultores o uso de boas práticas de cultivo, como: adubação, espaçamento e população de plantas; e controle de plantas daninhas para promover o aumento significativo da produtividade de grãos do arroz no país.

Os pequenos agricultores de Suriname utilizam técnicas rudimentares, com produtividade menor que 1.000 kg/ha. As ações promovidas dentro do projeto, com adoção de tecnologia adequada, proporcionaram produtividade perto de 3.000 kg/ha, três vezes maior do que o obtido pelas comunidades com os métodos tradicionais de cultivo. O incremento significativo da produtividade de grãos auxilia, por consequência, na segurança alimentar do país. Os trabalhos incluíram a condução de experimentos, capacitações técnicas, instalações de Unidades Demonstrativas e realização de dias de campo, para apresentar o potencial produtivo das cultivares com o uso de tecnologias.

Visita aos experimentos
Durante a missão no Suriname, Adriano Nascente e Ruby Kromokardi realizaram visita aos experimentos de arroz instalados no campo experimental do Ministério da Agricultura do Suriname em Tijgerkreek West, Distrito de Saramacca. No local estão instalados experimentos de espaçamento entre plantas, onde estão sendo testados os espaçamentos de 17 cm, 25 cm e 35 cm. De acordo com Nascente, espaçamentos menores, caso proporcionem maiores produtividades, são mais interessantes, pois, quando mais próximas, as plantas fazem sombras nas entrelinhas e controlam as ervas daninhas. Outro experimento realizado é o que avalia a adubação com fertilizantes sintéticos, em comparação com adubação com composto orgânico, esterco bovino e palha de leguminosas. Ruby relata que, no Suriname, existem diversos produtores que produzem o seu próprio composto, caso seja verificado que esse tratamento proporciona melhor rendimento ao arroz, será mais fácil de o agricultor adotar essa técnica. Mesmo com o encerramento formal do projeto nessa missão, os experimentos serão colhidos pela Ruby e equipe no mês de setembro e Nascente irá realizar as análises dos dados e publicar os resultados, na forma de artigo científico e publicação técnica.

Curso de produção e armazenamento de sementes
Nos dias 13 e 14 de agosto, na sede do Ministério da Agricultura do Suriname em Paramaribo, aconteceu o curso que apresentou os “passos para a obtenção de sementes de qualidade de arroz”. No curso, aconteceram palestras sobre “sementes: componentes e funções”, ministrada pela pesquisadora do Ministério, Esther Doelahasori; “qualidade de sementes e planejamento de um campo de produção de sementes”, pela pesquisadora do Ministério, Patrícia Milton. Em seguida, os pesquisadores da Embrapa Arroz e Feijão Adriano Nascente, Marta Cristina Filippi e José Alexandre Barrigossi falaram sobre “tecnologia a ser utilizada em condições de campo para se produzir semente de qualidade”; “controle de doenças do arroz no campo e nas sementes armazenadas” e “controle de pragas tanto no campo quanto no armazenamento”, respectivamente. Patrícia encerrou o curso apresentando as técnicas adequadas para o processamento e armazenamento das sementes. De acordo com Nascente, a semente é a base para a obtenção de altas produtividades e os técnicos tiveram a oportunidade de observar os principais cuidados que devem ser observados para a sua produção e, agora, têm como orientar os produtores nas técnicas aprendidas.

Produção agroecológica
Nos dias 15 e 16 de agosto, também na sede do Ministério da Agricultura do Suriname, ocorreu o curso de Agroecologia. A atividade é uma demanda antiga dos produtores e técnicos do país, uma vez que ali ocorre a produção agroecológica de forma empírica e os produtores querem aprender a fazer da forma mais correta. No primeiro dia, a pesquisadora da Embrapa Arroz e Feijão, Flávia Alcântara falou sobre histórico e conceitos em agroecologia, sobre regulação, certificação e os princípios agroecológicos que devem ser seguidos para que se alcance a sustentabilidade do sistema. No segundo dia, Adriano Nascente falou sobre “manejo de plantas de cobertura”, Marta Cristina sobre “manejo agroecológico de doenças”, Alexandre sobre “manejo agroecológico de pragas”, Ruby sobre produção de compostos orgânicos” e Flávia fez o encerramento, com as considerações finais e perspectivas da produção agroecológica no mundo. Flávia ressaltou que os técnicos tiveram a oportunidade de conhecer conceitos e técnicas em Agroecologia, um início para que busquem, a partir de agora, mais informações e comecem a pôr em prática, juntamente com os agricultores, a produção agroecológica das culturas de interesse.

Seminário Final
No dia 17 de agosto ocorreu o seminário final. O evento contou com a participação de cerca de 80 pessoas, entre técnicos, autoridades e produtores rurais. A abertura foi feita pela pesquisadora Ruby Kromokardi, que saudou os participantes do evento. Em seguida, o técnico da Agencia Brasileira de Cooperação, André Pereira Galvão, fez os seus comentários sobre o “Projeto de Apoio ao Cultivo do Arroz de Terras Altas no Suriname”, ressaltando a cooperação dos três países. Em seguida, o chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Arroz e Feijão, Elcio Guimaraes, falou sobre a Embrapa, a importância dessas parcerias internacionais e deixou aberta a possiblidade de novas parcerias. A próxima apresentação foi do Embaixador do Brasil no Suriname, Sr. Laudemar Gonçalves de Aguiar Neto que tratou dos trabalhos de cooperação do Brasil no Suriname e apresentou os projetos que estão sendo desenvolvidos no país atualmente. Laudemar disse também que não medirá esforços para trazer mais ações para serem executadas no país.

Ruby Kromokardi apresentou, no momento seguinte, as ações desenvolvidas no projeto durante a sua execução. Ela foi seguida de Adriano Nascente, que apresentou os principais resultados do projeto, como a alta produtividade, a publicação de um artigo científico, elaboração de folder com os passos para a obtenção de lavouras mais produtivas e a disponibilização de documento com as principais pragas e doenças da cultura do arroz.  Entretanto, Nascente ressaltou que são necessárias políticas públicas para que os resultados obtidos cheguem aos agricultores. “Eles têm necessidade de máquinas e implementos para o preparo do solo, semeadura, aplicação de pesticidas e colheita. Além disso, necessitam de insumos como sementes, fertilizantes e pesticidas, bem como assistência técnica”, lembra Nascente.

A apresentação final foi feita pelo Ministro da Agricultura, Sr. Lekhram Soerdjan, que agradeceu participantes e executores do projeto e relatou que o Ministério irá envidar esforços para que os resultados obtidos se tornem realidade para os agricultores familiares do Suriname. Ele solicitou que tivesse uma continuação do projeto, imaginando que as ações planejadas devam sair da esfera de pesquisa e ir para a do produtor rural.

Próximas ações
Satisfeito com o resultado, o Ministério da Agricultura, solicitou a execução de um novo projeto, voltado, principalmente, para a divulgação das tecnologias geradas e validadas para as comunidades do povo Maroon, comunidade quilombola do país. Além disso, ele gostaria de ampliar essa cooperação técnica trabalhando também nas culturas do arroz irrigado, soja e milho. A Embrapa ressaltou que existe a disposição e possibilidade de se fazer novos projetos, entretanto, o processo tem que começar pela solicitação da cooperação técnica pelo Ministério da Agricultura do Suriname. Dessa forma, o Ministro ficou de protocolar uma solicitação formal de nova cooperação técnica no Ministério de Relações Exteriores do Suriname, que será encaminhado à ABC, para dar os encaminhamentos.

Parceria que estimula novas ações
Graças aos bons resultados obtidos em Suriname, o governo da Nova Zelândia decidiu apoiar outro projeto, agora para o desenvolvimento da cultura do arroz de terras altas no Estado do Maranhão. Conduzido durante o período de agosto de 2017 a julho de 2018, as atividades visaram a proporcionar aumento da produtividade de grãos e melhorar a qualidade do arroz produzido no estado pelos agricultores familiares, por meio da divulgação e validação de tecnologias sustentáveis de cultivo. As ações atingiram os municípios de Igarapé do Meio, Itapecuru Mirim e Codó. O projeto foi conduzido em parceria com as Prefeituras desses Municípios e outras instituições, como o MST e Associações de produtores do Estado do Maranhão. A produtividade média obtida nas Unidades Demonstrativas nesse projeto foi de 4000 kg/ha, quatro vezes superior à média obtida pelos agricultores no Estado.

Pesquisadores da Embrapa Arroz e Feijão integraram capacitação de técnicos, condução de experimentos e um seminário, marcando as atividades finais do projeto de apoio ao desenvolvimento do arroz de terras altas no Suriname

Iniciado em abril de 2016, o projeto “Apoio ao melhoramento do cultivo do arroz no Suriname” é uma ação trilateral, envolvendo Brasil (Embrapa e Agência Brasileira de Cooperação, ABC), Nova Zelândia (Embaixada da Nova Zelândia no Brasil e Landcare Research) e Suriname (Ministério da Agricultura do Suriname). O desenvolvimento das pesquisas teve por objetivo apresentar tecnologias sustentáveis, visando a proporcionar aumento da produtividade do arroz junto à comunidade Quilombola desse país sul americano, que, há pouco mais de 40 anos, deixou de ser colônia holandesa. Nesta fase de conclusão dos trabalhos, estiveram presentes, como representantes da Embrapa, os pesquisadores Adriano Nascente, Flávia Alcântara, Elcio Guimarães, Alexandre Barrigossi e Marta Cristina Filipi. Entre os dias 4 e 19 de agosto, aconteceram: a capacitação de 35 técnicos da extensão rural do Suriname em produção de sementes e agroecologia; o acompanhamento da condução de experimentos sobre adubação e espaçamento entre plantas; e o seminário final, para apresentação dos principais resultados do projeto.

Desde 2016, o pesquisador Adriano Stephan Nascente, coordenador técnico do projeto, esteve presente no país em todas as fases dos experimentos, orientando quanto às melhores práticas de semeadura, adubação, controle de pragas, doenças e plantas daninhas e colheita, recebendo apoio da pesquisadora do Ministério da Agricultura do Suriname, Ruby Kromokardi. Em seus estudos, Nascente avaliou diferentes cultivares de arroz, sendo três de Suriname e quatro do Brasil (as variedades brasileiras foram as mais produtivas, sendo elas: BRS Esmeralda, 2.903 kg/ha; BRS Sertaneja, 2.802 kg/ha; e BRSMG Curinga 2.255 kg/ha), analisando, também, as doses adequadas de nitrogênio, fósforo e potássio, nutrientes mais requeridos em quantidade pelo arroz. O projeto abordou e difundiu entre os agricultores o uso de boas práticas de cultivo, como: adubação, espaçamento e população de plantas; e controle de plantas daninhas para promover o aumento significativo da produtividade de grãos do arroz no país.

Os pequenos agricultores de Suriname utilizam técnicas rudimentares, com produtividade menor que 1.000 kg/ha. As ações promovidas dentro do projeto, com adoção de tecnologia adequada, proporcionaram produtividade perto de 3.000 kg/ha, três vezes maior do que o obtido pelas comunidades com os métodos tradicionais de cultivo. O incremento significativo da produtividade de grãos auxilia, por consequência, na segurança alimentar do país. Os trabalhos incluíram a condução de experimentos, capacitações técnicas, instalações de Unidades Demonstrativas e realização de dias de campo, para apresentar o potencial produtivo das cultivares com o uso de tecnologias.

Visita aos experimentos
Durante a missão no Suriname, Adriano Nascente e Ruby Kromokardi realizaram visita aos experimentos de arroz instalados no campo experimental do Ministério da Agricultura do Suriname em Tijgerkreek West, Distrito de Saramacca. No local estão instalados experimentos de espaçamento entre plantas, onde estão sendo testados os espaçamentos de 17 cm, 25 cm e 35 cm. De acordo com Nascente, espaçamentos menores, caso proporcionem maiores produtividades, são mais interessantes, pois, quando mais próximas, as plantas fazem sombras nas entrelinhas e controlam as ervas daninhas. Outro experimento realizado é o que avalia a adubação com fertilizantes sintéticos, em comparação com adubação com composto orgânico, esterco bovino e palha de leguminosas. Ruby relata que, no Suriname, existem diversos produtores que produzem o seu próprio composto, caso seja verificado que esse tratamento proporciona melhor rendimento ao arroz, será mais fácil de o agricultor adotar essa técnica. Mesmo com o encerramento formal do projeto nessa missão, os experimentos serão colhidos pela Ruby e equipe no mês de setembro e Nascente irá realizar as análises dos dados e publicar os resultados, na forma de artigo científico e publicação técnica.

Curso de produção e armazenamento de sementes
Nos dias 13 e 14 de agosto, na sede do Ministério da Agricultura do Suriname em Paramaribo, aconteceu o curso que apresentou os “passos para a obtenção de sementes de qualidade de arroz”. No curso, aconteceram palestras sobre “sementes: componentes e funções”, ministrada pela pesquisadora do Ministério, Esther Doelahasori; “qualidade de sementes e planejamento de um campo de produção de sementes”, pela pesquisadora do Ministério, Patrícia Milton. Em seguida, os pesquisadores da Embrapa Arroz e Feijão Adriano Nascente, Marta Cristina Filippi e José Alexandre Barrigossi falaram sobre “tecnologia a ser utilizada em condições de campo para se produzir semente de qualidade”; “controle de doenças do arroz no campo e nas sementes armazenadas” e “controle de pragas tanto no campo quanto no armazenamento”, respectivamente. Patrícia encerrou o curso apresentando as técnicas adequadas para o processamento e armazenamento das sementes. De acordo com Nascente, a semente é a base para a obtenção de altas produtividades e os técnicos tiveram a oportunidade de observar os principais cuidados que devem ser observados para a sua produção e, agora, têm como orientar os produtores nas técnicas aprendidas.

Produção agroecológica
Nos dias 15 e 16 de agosto, também na sede do Ministério da Agricultura do Suriname, ocorreu o curso de Agroecologia. A atividade é uma demanda antiga dos produtores e técnicos do país, uma vez que ali ocorre a produção agroecológica de forma empírica e os produtores querem aprender a fazer da forma mais correta. No primeiro dia, a pesquisadora da Embrapa Arroz e Feijão, Flávia Alcântara falou sobre histórico e conceitos em agroecologia, sobre regulação, certificação e os princípios agroecológicos que devem ser seguidos para que se alcance a sustentabilidade do sistema. No segundo dia, Adriano Nascente falou sobre “manejo de plantas de cobertura”, Marta Cristina sobre “manejo agroecológico de doenças”, Alexandre sobre “manejo agroecológico de pragas”, Ruby sobre produção de compostos orgânicos” e Flávia fez o encerramento, com as considerações finais e perspectivas da produção agroecológica no mundo. Flávia ressaltou que os técnicos tiveram a oportunidade de conhecer conceitos e técnicas em Agroecologia, um início para que busquem, a partir de agora, mais informações e comecem a pôr em prática, juntamente com os agricultores, a produção agroecológica das culturas de interesse.

Seminário Final
No dia 17 de agosto ocorreu o seminário final. O evento contou com a participação de cerca de 80 pessoas, entre técnicos, autoridades e produtores rurais. A abertura foi feita pela pesquisadora Ruby Kromokardi, que saudou os participantes do evento. Em seguida, o técnico da Agencia Brasileira de Cooperação, André Pereira Galvão, fez os seus comentários sobre o “Projeto de Apoio ao Cultivo do Arroz de Terras Altas no Suriname”, ressaltando a cooperação dos três países. Em seguida, o chefe de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Arroz e Feijão, Elcio Guimaraes, falou sobre a Embrapa, a importância dessas parcerias internacionais e deixou aberta a possiblidade de novas parcerias. A próxima apresentação foi do Embaixador do Brasil no Suriname, Sr. Laudemar Gonçalves de Aguiar Neto que tratou dos trabalhos de cooperação do Brasil no Suriname e apresentou os projetos que estão sendo desenvolvidos no país atualmente. Laudemar disse também que não medirá esforços para trazer mais ações para serem executadas no país.

Ruby Kromokardi apresentou, no momento seguinte, as ações desenvolvidas no projeto durante a sua execução. Ela foi seguida de Adriano Nascente, que apresentou os principais resultados do projeto, como a alta produtividade, a publicação de um artigo científico, elaboração de folder com os passos para a obtenção de lavouras mais produtivas e a disponibilização de documento com as principais pragas e doenças da cultura do arroz.  Entretanto, Nascente ressaltou que são necessárias políticas públicas para que os resultados obtidos cheguem aos agricultores. “Eles têm necessidade de máquinas e implementos para o preparo do solo, semeadura, aplicação de pesticidas e colheita. Além disso, necessitam de insumos como sementes, fertilizantes e pesticidas, bem como assistência técnica”, lembra Nascente.

A apresentação final foi feita pelo Ministro da Agricultura, Sr. Lekhram Soerdjan, que agradeceu participantes e executores do projeto e relatou que o Ministério irá envidar esforços para que os resultados obtidos se tornem realidade para os agricultores familiares do Suriname. Ele solicitou que tivesse uma continuação do projeto, imaginando que as ações planejadas devam sair da esfera de pesquisa e ir para a do produtor rural.

Próximas ações
Satisfeito com o resultado, o Ministério da Agricultura, solicitou a execução de um novo projeto, voltado, principalmente, para a divulgação das tecnologias geradas e validadas para as comunidades do povo Maroon, comunidade quilombola do país. Além disso, ele gostaria de ampliar essa cooperação técnica trabalhando também nas culturas do arroz irrigado, soja e milho. A Embrapa ressaltou que existe a disposição e possibilidade de se fazer novos projetos, entretanto, o processo tem que começar pela solicitação da cooperação técnica pelo Ministério da Agricultura do Suriname. Dessa forma, o Ministro ficou de protocolar uma solicitação formal de nova cooperação técnica no Ministério de Relações Exteriores do Suriname, que será encaminhado à ABC, para dar os encaminhamentos.

Parceria que estimula novas ações
Graças aos bons resultados obtidos em Suriname, o governo da Nova Zelândia decidiu apoiar outro projeto, agora para o desenvolvimento da cultura do arroz de terras altas no Estado do Maranhão. Conduzido durante o período de agosto de 2017 a julho de 2018, as atividades visaram a proporcionar aumento da produtividade de grãos e melhorar a qualidade do arroz produzido no estado pelos agricultores familiares, por meio da divulgação e validação de tecnologias sustentáveis de cultivo. As ações atingiram os municípios de Igarapé do Meio, Itapecuru Mirim e Codó. O projeto foi conduzido em parceria com as Prefeituras desses Municípios e outras instituições, como o MST e Associações de produtores do Estado do Maranhão. A produtividade média obtida nas Unidades Demonstrativas nesse projeto foi de 4000 kg/ha, quatro vezes superior à média obtida pelos agricultores no Estado.

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